3. SOBRE O JOGO
Bayer Leverkusen 0 x 0 Bayern Munchen (3x5
após grandes penalidades)
Bay Arena, Leverkusen
Quarta-feira, 8 Abril 2015 19h:30m
DFB Pokal – ¼ de final
Substituições: Benatia (5) por Rode (20); Lahm
(21) por Thiago (6); Boateng (17) por
Badstuber (28);
Cartões: Dante, Thiago e Müller
4. ONZE INICIAL + SUBS.
Com a
entrada de
Rode e a
saída de
Benatia
(lesão): Xabi
é um falso 3º
central em
inicio de
construção
subindo após
esta fase para
o sector
intermédio e
fechando no
miolo em org.
defensiva
(4x3)
5. TRANSIÇÕES
Transição ofensiva (defesa -> ataque):
Recuperação pelos centrais e pelos ML’s em zonas baixas tem como principal destinatário os
MC’s, neste momento procuram circular curto, não projectando (normalmente procuram Xabi
Alonso). Quando recuperam alto procuram verticalizar atacando de forma rápida procuram o
espaço com a procura da profundidade (agressivos!). Nas zonas laterais + congestionadas a
facilidade de saída no toque curto impressiona, principalmente pelos médios (!), optam por sair
dessas zonas circulando em tabelas curtas e rápidas.
Xabi procura verticalizar por meio de um passe (forte nos 3 tipos: curto, médio e longo)
enquanto Lahm assume mais vezes acções de condução dando outra forma de sair. Atenção à
largura.
Transição defensiva (ataque -> defesa):
Equipa altamente pressionante na reacção à perda. Linha média e atacantes intensos e
agressivos na execução da pressão: ‘saltam’ rápido enquanto que os ML’s baixam para
protegerem o corredor. Por outro lado quando perdem em zonas de construção e em inicio de
criação a linha defensiva excessivamente subida permite espaço para uma saída longa (com Xabi
como médio é + complicado, + um a saltar na pressão, maior equilíbrio!) – atenção a Neuer
muito forte a controlar o espaço! Temos que ser agressivos e profundos conduzindo por um lado
e tentando variar ainda mais à profundidade nas costas da linha com velocidade (momento de
maior exposição defensiva – linha lenta e mal posicionada, não tem grande capacidade no
controlo da largura precisa de suporte por parte dos ML’s porém estes estão subidos em org.
ofensiva.
11. Equipa organizada em 3x4x3 com linha de 4 no miolo. Fortes no passe curto e em tabelas, tem maior fluxo de jogo curto em
Inicio de construção. Futebol total em estado puro, inclusivé Neuer joga com os pés. ‘Campo grande’ pelos ML’s, bem executado
mas sem nunca desguarnecer o jogo interior: com os MC, os EXT e o PL. Rápidos, agressivos e dinâmicos, tem grande
intensidade no seu jogo. Fortes no espaços pequenos (!). Priveligando um jogo curto, não hesitam em jogar um futebol + vertical
que é visível na fase de criação, nomeadamente por espaço interior. Na 1ª fase o apoio frontal ao portador por parte de
Lahm/Xabi e os apoios à largura de Rafinha e Bernat são, normalmente, as linhas de passe + procuradas sendo que uma saída
longa para Lewa não deve ser esquecida (Neuer, Dante e Boateng). Com os centrais em posse, o recuo territorial de Xabi e, por
conseguinte, de Gotze faz com se forme um triângulo com Lahm (combinação 1!) – tem que ser precavido (Gotze vem de trás e
surpreende jogadores posicionados de costas para defender). A passagem para a 2ª fase com a colocação da bola em espaço
interior (Xabi + Lahm) – pressionar para condicionar, retira grande parte do fluxo ofensivo desta equipa, é a que tem a maior
preponderância no seguimento do processo de construção. Os apoios à largura dos ML’s, os apoios frontais (entre linhas) dos
EXT e/ou de Lewandowski são as linhas de passe para Xabi que utiliza mais este gesto técnico, enquanto que Lahm assume mais
acções de condução em penetração por espaço interior, suportado nos apoios à largura e frontais + próximos. Forte circulação
entre eles, por norma, são eles quem varia o flanco (Xabi fortíssimo no passe, seja curto, médio ou longo). Por fora atenção ás
combinações com o EXT e Lewa (combinação 2) – o EXT ataca a profundidade + Lewa baixa para receber entre linhas. Como por
fora é mais fácil pressionar, recorrem muito ás linhas de passe dadas pelos centrais + atrasados em relação ao portador. Xabi +
Lahm por dentro também são solução, com espaço podem assumir condução (+ Bernat!!). Na entrada da 3ª fase por dentro é
normalmente em condução diagonal dos extremos com ruturas em diagonal nas costas por parte dos 2 avançados restantes,
sendo que também funciona a condução de Lahm por dentro. A diagonal interior do avançado também pode terminar em
variação para o espaço exterior solicitada pela entrada do lateral no espaço vazio. Atenção ao movimento nas costas dos
avançados, lançados pelos MC’s em 2ª fase. Quando Lewa recebe de costas e o EXT ataca a profundidade (combinação 2), o EXT
pode receber a bola fruto da triangulação ou o próprio PL pode procurar uma definição individual saindo da zona em condução
– nunca excluir possibilidade do passe atrasado (quando Lewa recebe de costas). Quando criam por fora, preferencialmente é
pelos ML’s, termina em cruzamento (Bernat + capaz de tomar outras alternativas: EXT abre no corredor, Bernat procura diagonal
para espaço interior – combinação 3). Colocam sempre várias unidades por dentro para finalizar jogando com a defesa muito
subida, a linha média igualmente e priveligiando o espaço interior no posicionamento dos EXT+PL. Na 4ª fase as finalizações de
Muller + Lewa na área em resposta a cruzamentos largos ou curtos (aqui juntar Gotze + Lahm). Preocupação também com as
finalizações cruzadas de Lewa+Gotze+Muller sendo que os 2 primeiros tem + criatividade podendo driblar o guarda-redes no
1x1 (Muller + concreto, avança para a finalização – sem complicar). Especial atenção ás finalizações após rutura em diagonal de
Bernat (inclusivé finalizações após rutura no interior da área) e as meias distâncias de Xabi Alonso, Lahm e Bernat.
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA
17. ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA
Equipa altamente pressionante em todos os momentos. Agressivos, intensos mas sem grande rigor a nível posicional.
Pressionam alto com o bloco subido e tentam ter as linhas próximas. Procuram não dar espaço ao portador para decidir,
condicionando espaço central e dinâmicos. Laterais baixam, médios fecham corredor central e Gotze tem espiritio de sacrifio
enquanto que Muller vai auxiliando, a espaços, a fechar o corredor (tentam defender em 5x4x1). União + entre ajuda, coesos
e organizados, jogam com um guarda-redes (Neuer) que controla bem o espaço dado entre ele a linha defensiva pelo que a
busca das costas tem que ser precisa e preferencialmente em diagonal para os corredores laterais. Os EXT procuram realizar
uma pressão alta na 1ª fase mas recuam após esse momento para a linha média, enquanto que os ML’s passam a DL’s para
fecharem em 5x4x1 com destaque para a individualização da marcação de Boateng ao PL adversário. Na 1ª fase é perceptível
de imediato a preocupação em não deixar sair desde trás, altos no campo, fecham linhas de passe + próximas obrigando a
sair longo. Procurar ‘chamar’ linha média colocando 1 jogador nas costas da 1º linha de pressão para obrigar a subir a linha
média e conseguir encontrar espaço nas costas dessa mesma linha, procurando assim tirar partido da lentidão de alguns
elementos do último sector bávaro. Na 2ª fase grande preocupação em bloquear jogo entre linhas procurando formar um
5x4 (sendo que acabam por fechar em 5x3 porque Muller não baixa!) atrás com a vigilância apertada sobre o PL adversário,
sempre Boateng a procurar ‘matar’ acção entre linhas deste (explorar abertura do espaço intrasectorial com rutura – vão
sempre ser apanhados em contra-pé). Por fora o objectivo de defender movimentos entre linhas do PL mantém-se sendo que
apostam + em defender com 2 linhas de 4 (ML desse lado sai na pressão, central fecha em cobertura – proporcionado porque
Muller não fecha o corredor), sendo que a linha média está curta e que o posicionamento do lateral do lado oposto é
definido pelo posicionamento do EXT (arrastar!). Com a alteração de sistema passaram a defender em duas linhas de 4
sempre com um dos EXT (Gotze!) a baixar para fechar o corredor e Boateng abandona HxH com PL do adversário. É sempre
possível variar à largura, sendo que é muito + convidativo faze-lo apostando em movimentos + verticais, mas existe espaço à
largura! Na 3ª fase por dentro: linhas curtas e mal definidas (possível explorar largura + profundidade provocando
arrastamento). Encurtam ainda + a largura para não cederem espaço frontal. Quando o adversário procura criar por espaço
exterior (HxH de Boateng), com apoio em cobertura ao 1x1 no corredor e zonas protegidas no 1º e 2º poste, havendo algum
espaço nas costas do duelo BOATENGxPL -> cabe ao EXT fechar esse espaço (muitas vezes atrasado em relação à zona da bola
– os médios basculam para encurtarem espaço na zona da bola). Procurar sempre 2º poste porque os laterais são muito
baixos ou então o referido espaço nas costas de Boateng. Na 4ª fase destaque para a flexibilidade e velocidade de Neuer,
forte também a nível posicional. Forte entre os postes e fora deles, no 1x1 é exímio e é dono de uma grande elasticidade. Os
remates tem que ter enorme precisão e força para o bater. Bolas rasteiras são o ponto menos forte num GR que impressiona
pelo jogo fora da baliza: comunicação + controlo do espaço nas costas da defesa.
19. CANTOS
Alonso na marcação + Gotze em apoio + Lahm no exterior da grande área. Destaque para a
agressividade de todos os elementos no interior da área sendo que Muller é um perigo maior na
2ª bola enquanto os restantes são + agressivos e + perigosos na 1ª bola.
Agressivos + boa marcação de Alonso = muito perigosos!
20. LIVRES LATERAIS
Alonso na marcação com Lahm por perto e Gotze na entrada da área.
Agressivos + fortes nos esquemas tácticos + qualidade de Alonso na cobrança + aptidão dos
elementos em jogarem com a cabeça + forte ocupação dos espaços para atacar a bola = muito
perigosos!
21. LIVRES DIRETOS
3 elementos a arrastarem a barreira para a bola passar + 3 para marcar + 1 na área:
Xabi bate em efeito com força mas + colocação. Lewa bate de forma colocada e sem tomar
muito balanço. Destacar ainda: Alaba em força e Robben num misto de grande qualidade de
força + colocação.
22. GRANDES PENALIDADES
(1) Muller apresentou-se calmo e focado, bateu sem tomar muito balanço. Pouca força mas colocado, bateu
na malha lateral da baliza. (2) Lewandowski partiu rápido e decidido para a bola, bateu numa diagonal
acentuada e com força para o canto superior direito (seu…). (3) Xabi Alonso alguma velocidade na corrida
mas sereno na marcação, rematou confiante a média altura e não muito potente. (4) Gotze marcação
potente a média altura. Partiu rápido e agressivo para a bola, sempre concentrado e confiante. (5) Thiago
pouco balanço, muita concentração e um remate fraco e pouco preciso.
NOTAS COMUNS: Todos os jogadores marcaram e demonstraram grande tranquilidade na hora da marcação.
24. CANTOS
Marcação mista na grande área com todos os elementos dentro.
Forte cobertura zonal da linha da pequena área – em todo o seu comprimento – libertando
algum espaço na marca de penalty. A explorar, nessa linha, as costas de Rafinha (último homem
zonal) ou então o espaço entre o 1º (Lahm) e o 2º (Muller) homens zonais. [o 25 recua porque
Lewa é arrastado na marcação para o 1º poste]
25. LIVRES LATERAIS
Marcação mista que faz desposicionar a linha defensiva e que muitas vezes prejudica libertando
espaço (regular!) nas costas de alguns elementos – péssima formação em linha.
Recuam com o arrastamento pelo que provocar movimentos contrário (por exemplo, alguém vir
do 2º poste para o coração da área enquanto os restantes atacam costas) pode criar perigo. 1º
homem zonal e 2º (espaço vazio!!) e descoordenação da linha numa bola, preferencialmente a
salpicar no espaço entre Neuer e o bloco defensivo – o + dificil para quem está a defender.
26. LIVRES DIRETOS
Colocam 6 jogadores na barreira (5+1) para tentar evitar a cobrança direta. Neuer bem
posicionado usa a velocidade e flexibilidade para tapar a baliza (execução tem que ser perfeita e
o mais precisa possível). Rafinha, Bernat e Boateng controlam 2ª bolas e livres curtos. Gotze fora
da área para prever qualquer tipo de jogada ensaiada.
27. GRANDES PENALIDADES
Procurou sempre ‘adivinhar’ os lances tentando ao máximo surpreender o avançado. Denuncia um pouco o
voo fletindo esse joelho (do lado da queda) mas tenta aguentar-se até ao limite pela marcação do
adversário. Destaque para o facto de ‘voar’ e não apenas se deixar cair e para os movimento dos braços
(uma espécie de ‘limpa-vidros’ automóvel). A junção de ambas as características permite-lhe defender
penalties com alguma altura.
Defendeu o 1º tendo caído 2 vezes seguidas para a direita e 2 vezes seguidas para a esquerda.