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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências Exatas e Naturais
Programa de Pós-Graduação em Física
Exame de Seleção - Data: 25/01/2011
Nome do Candidato:
Nível: Mestrado Doutorado
1. Seja uma partícula com energia potencial dada pela função V (r). Mos-
tre que é possível definir uma densidade de corrente de probabilidade
j(r, t), de tal modo que, quando é medida a posição da partícula, a
derivada temporal da probabilidade de obter um valor dentro de uma
dada região compacta v é sempre igual ao fluxo de probabilidade que
entra na região v através da sua fronteira s. (Assuma que s, a fronteira
de v, é uma superfície suave).
2. Usando a descrição de Heisenberg para uma partícula com energia po-
tencial V (r), (a) mostre que a derivada temporal do valor médio do
momento é igual ao valor médio da força clássica no estado quântico,
i.e.
d
dt
p (t) = − V (t),
onde A ≡ ψ|A|ψ . Assuma que a energia potencial V (r) é uma
função analítica em todo o espaço, isto é, pode ser expandida em série
de potências, por exemplo:
V (x, y, z) =
nx,ny,nz
anxnynz xnx
yny
znz
.
i
(b) Mostre também que se a força for constante ( V = const.), ou
elástica ( V = kr), então o valor médio da força clássica no estado
quântico é igual à força clássica no valor médio da posição da partícula,
i.e.
− V (t) = − V ( r (t)).
3. Considere os campos vetoriais
• v1(r) = α[2y2ˆi + (4xy + 2z2
)ˆj] + [α4yz + 2βsinal(z)]ˆk,
• v2(r) = α[4xyˆi + 6yzˆj] + [α3xz + βsinal(z)]ˆk,
sendo que α e β são constantes com unidades apropriadas para que
esses campos tenham a mesma dimensão de um campo elétrico, e a
função sinal definimos como:
sinal(z) =
1, se z > 0
−1, se z < 0
.
Responda as questões formuladas nos itens a seguir, justificando, com
base nos seus cálculos explicitados, cada uma de suas respostas.
(a) Um dos campos mencionados (v1 ou v2) representa um certo campo
eletrostático E(r) (considere o campo magnético nulo). Qual dos
dois campos vetoriais listados representa E?
(b) Considerando o campo E identificado no item anterior, calcule
as densidades superficiais de carga localizadas em cada uma das
seguintes superfícies:
• z = 0;
ii
• z = 1.
(c) Defina uma função potencial ϕ(r) associada ao campo elétrico
E(r), assumindo ϕ(0, 0, 0) = 0.
(d) Calcule o mínimo trabalho envolvido para movermos uma carga
elétrica q do ponto (a, a, a) ao ponto (b, b, b), na presença de E.
4. Considere uma superfície em forma de casca esférica, definida pela
equação r = Rˆr, imersa no vácuo, com uma densidade superficial
de carga elétrica uniforme prescrita σ, girando com velocidade an-
gular constante ω = ωˆk, sendo ˆi, ˆj,ˆk os vetores da base cartesiana.
Para esse modelo, o potencial vetor A na região r ≤ R é dado por
A(r, θ, φ) = ˆφµ0Rωσ
3
rsenθ, onde r, θ, φ são as coordenadas esféricas, e
µ0 é a permissividade magnética do vácuo. Responda as questões for-
muladas nos itens a seguir, justificando, com base nos seus cálculos
explicitados, cada uma de suas respostas.
(a) Escreva a expressão para o campo elétrico E na região r < R.
(b) Escreva a expressão para o campo magnético B na região r < R
(dica: ˆrcosθ − ˆθsenθ = ˆk).
(c) Suponha que num instante t0 uma partícula puntiforme de massa
m e carga q encontra-se na origem do sistema de coordenadas,
com uma velocidade v dada por v = vˆj. Escreva a expressão para
a força eletromagnética F que atua sobre a partícula no instante
t0.
(d) Considerando a situação da partícula mencionada no item ante-
rior, escreva, em função dos dados do problema, o limite máximo
para |v|, de modo que, a partir do instante t0, a partícula descreva
iii
sua trajetória sem chocar-se contra a casca esférica (despreze em
sua análise a radiação emitida pela carga q ao se mover sob a ação
da força).
5. Considere uma tira elástica de comprimento L submetida a uma tensão
f. Sejam ainda U, N, S e T, respectivamente, a energia interna da tira,
o número de moléculas que a compõem, sua entropia e sua temperatura.
Num processo quase estático com N constante, podemos escrever
dU = TdS + fdL.
Suponha que
U = cL0T,
onde c é uma constante e L0, também constante, é o comprimento de
repouso da tira (quando não submetida a nenhuma tensão). Suponha
ainda que a linearidade do comprimento com a tensão, entre o compri-
mento de repouso e o comprimento-limite L1 do regime elástico, possa
ser escrito como
f = g(T)
L − L0
L1 − L0
, L0 < L < L1,
onde L1 é constante e g(T) é uma função da temperatura.
Determine, a menos de constantes multiplicativas, a função g(T).
BOA PROVA !
iv
Formulário
i
∂Ψ(r, t)
∂t
= HΨ(r, t) H = −
2
2mr
∂2
∂r2
+
L2
2mr2
+ V (r)
−
2
2m
2
ψ(r)+V (r)ψ(r) = Eψ(r) j = −
i
2m
[ψ∗
( ψ)−( ψ∗
)ψ]
dx
dt
=
1
i
[x, H]
dp
dt
=
1
i
[p, H]
px = −i
∂
∂x
[x, px] = i Lz = xpy − ypx
L± = Lx ± iLy [Lx, Ly] = i Lz Lz = −i
∂
∂ϕ
L±Ylm(θ, ϕ) = l(l + 1) − m(m ± 1) Ylm±1(θ, ϕ)
· D = ρ · B = 0
× E = −
∂B
∂t
× H = J +
∂D
∂t
D = ε0E + P = εE B = µ0(H + M) = µH
E = − ϕ B = × A
ϕ(r) = [1/(4π 0)] dv ρ(r )/|r − r | u =
1
2
( 0E2
+
1
µ0
B2
)
W = [1/(8π 0)]
N
i=1
N
j=1;j=i
qiqj/|ri − rj| c = 1/
√
µ0 0
F = q E + v × B
v
S = kB ln Ω ∂V
∂N T,p
= ∂µ
∂p
T,N
H(S, p, N) = U + pV F(T, V, N) = U − TS
f[1](S, V, µ) = U − Nµ f[2](S, p, µ) = U − Nµ + pV
G(T, p, N) = U − TS + pV Φ(T, V, µ) = U − TS − Nµ
1
T
= ∂S
∂U V,N
p
T
= ∂S
∂V U,N
µ
T
= − ∂S
∂N U,V
T = ∂U
∂S V,N
µ = ∂U
∂N V,S
p = − ∂U
∂V S,N
−S = ∂F
∂T V,N
− p = ∂F
∂V T,N
∂S
∂V T,N
= ∂p
∂T V,N
− ∂S
∂p
T,N
= ∂V
∂T p,N
• Expressões em coordenadas esféricas
= ˆr
∂
∂r
+
ˆθ
r
∂
∂θ
+
ˆϕ
r senθ
∂
∂ϕ
· A =
1
r2
∂
∂r
r2
Ar +
1
rsenθ
∂
∂θ
(senθAθ) +
1
rsenθ
∂Aϕ
∂ϕ
× A =
1
rsenθ
∂
∂θ
(senθAφ) −
∂Aθ
∂φ
ˆr +
1
r
1
senθ
∂Ar
∂φ
−
∂ (rAφ)
∂r
ˆθ+
1
r
∂ (rAθ)
∂r
−
∂Ar
∂θ
ˆφ
2
ψ =
1
r2
∂
∂r
r2 ∂ψ
∂r
+
1
r2senθ
∂
∂θ
senθ
∂ψ
∂θ
+
1
r2sen2θ
∂2
ψ
∂ϕ2
• Relações envolvendo
· (ψA) = ψ · A + ψ · A × (ψA) = ψ × A + ψ × A
(A · B) = (A · )B + A × ( × B) + (B · )A + B × ( × A)
× (A × B) = A( · B) − B( · A) + (B · )A − (A · )B
× × A = ( · A) − 2
A
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  • 1. Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Exatas e Naturais Programa de Pós-Graduação em Física Exame de Seleção - Data: 25/01/2011 Nome do Candidato: Nível: Mestrado Doutorado 1. Seja uma partícula com energia potencial dada pela função V (r). Mos- tre que é possível definir uma densidade de corrente de probabilidade j(r, t), de tal modo que, quando é medida a posição da partícula, a derivada temporal da probabilidade de obter um valor dentro de uma dada região compacta v é sempre igual ao fluxo de probabilidade que entra na região v através da sua fronteira s. (Assuma que s, a fronteira de v, é uma superfície suave). 2. Usando a descrição de Heisenberg para uma partícula com energia po- tencial V (r), (a) mostre que a derivada temporal do valor médio do momento é igual ao valor médio da força clássica no estado quântico, i.e. d dt p (t) = − V (t), onde A ≡ ψ|A|ψ . Assuma que a energia potencial V (r) é uma função analítica em todo o espaço, isto é, pode ser expandida em série de potências, por exemplo: V (x, y, z) = nx,ny,nz anxnynz xnx yny znz . i
  • 2. (b) Mostre também que se a força for constante ( V = const.), ou elástica ( V = kr), então o valor médio da força clássica no estado quântico é igual à força clássica no valor médio da posição da partícula, i.e. − V (t) = − V ( r (t)). 3. Considere os campos vetoriais • v1(r) = α[2y2ˆi + (4xy + 2z2 )ˆj] + [α4yz + 2βsinal(z)]ˆk, • v2(r) = α[4xyˆi + 6yzˆj] + [α3xz + βsinal(z)]ˆk, sendo que α e β são constantes com unidades apropriadas para que esses campos tenham a mesma dimensão de um campo elétrico, e a função sinal definimos como: sinal(z) = 1, se z > 0 −1, se z < 0 . Responda as questões formuladas nos itens a seguir, justificando, com base nos seus cálculos explicitados, cada uma de suas respostas. (a) Um dos campos mencionados (v1 ou v2) representa um certo campo eletrostático E(r) (considere o campo magnético nulo). Qual dos dois campos vetoriais listados representa E? (b) Considerando o campo E identificado no item anterior, calcule as densidades superficiais de carga localizadas em cada uma das seguintes superfícies: • z = 0; ii
  • 3. • z = 1. (c) Defina uma função potencial ϕ(r) associada ao campo elétrico E(r), assumindo ϕ(0, 0, 0) = 0. (d) Calcule o mínimo trabalho envolvido para movermos uma carga elétrica q do ponto (a, a, a) ao ponto (b, b, b), na presença de E. 4. Considere uma superfície em forma de casca esférica, definida pela equação r = Rˆr, imersa no vácuo, com uma densidade superficial de carga elétrica uniforme prescrita σ, girando com velocidade an- gular constante ω = ωˆk, sendo ˆi, ˆj,ˆk os vetores da base cartesiana. Para esse modelo, o potencial vetor A na região r ≤ R é dado por A(r, θ, φ) = ˆφµ0Rωσ 3 rsenθ, onde r, θ, φ são as coordenadas esféricas, e µ0 é a permissividade magnética do vácuo. Responda as questões for- muladas nos itens a seguir, justificando, com base nos seus cálculos explicitados, cada uma de suas respostas. (a) Escreva a expressão para o campo elétrico E na região r < R. (b) Escreva a expressão para o campo magnético B na região r < R (dica: ˆrcosθ − ˆθsenθ = ˆk). (c) Suponha que num instante t0 uma partícula puntiforme de massa m e carga q encontra-se na origem do sistema de coordenadas, com uma velocidade v dada por v = vˆj. Escreva a expressão para a força eletromagnética F que atua sobre a partícula no instante t0. (d) Considerando a situação da partícula mencionada no item ante- rior, escreva, em função dos dados do problema, o limite máximo para |v|, de modo que, a partir do instante t0, a partícula descreva iii
  • 4. sua trajetória sem chocar-se contra a casca esférica (despreze em sua análise a radiação emitida pela carga q ao se mover sob a ação da força). 5. Considere uma tira elástica de comprimento L submetida a uma tensão f. Sejam ainda U, N, S e T, respectivamente, a energia interna da tira, o número de moléculas que a compõem, sua entropia e sua temperatura. Num processo quase estático com N constante, podemos escrever dU = TdS + fdL. Suponha que U = cL0T, onde c é uma constante e L0, também constante, é o comprimento de repouso da tira (quando não submetida a nenhuma tensão). Suponha ainda que a linearidade do comprimento com a tensão, entre o compri- mento de repouso e o comprimento-limite L1 do regime elástico, possa ser escrito como f = g(T) L − L0 L1 − L0 , L0 < L < L1, onde L1 é constante e g(T) é uma função da temperatura. Determine, a menos de constantes multiplicativas, a função g(T). BOA PROVA ! iv
  • 5. Formulário i ∂Ψ(r, t) ∂t = HΨ(r, t) H = − 2 2mr ∂2 ∂r2 + L2 2mr2 + V (r) − 2 2m 2 ψ(r)+V (r)ψ(r) = Eψ(r) j = − i 2m [ψ∗ ( ψ)−( ψ∗ )ψ] dx dt = 1 i [x, H] dp dt = 1 i [p, H] px = −i ∂ ∂x [x, px] = i Lz = xpy − ypx L± = Lx ± iLy [Lx, Ly] = i Lz Lz = −i ∂ ∂ϕ L±Ylm(θ, ϕ) = l(l + 1) − m(m ± 1) Ylm±1(θ, ϕ) · D = ρ · B = 0 × E = − ∂B ∂t × H = J + ∂D ∂t D = ε0E + P = εE B = µ0(H + M) = µH E = − ϕ B = × A ϕ(r) = [1/(4π 0)] dv ρ(r )/|r − r | u = 1 2 ( 0E2 + 1 µ0 B2 ) W = [1/(8π 0)] N i=1 N j=1;j=i qiqj/|ri − rj| c = 1/ √ µ0 0 F = q E + v × B v
  • 6. S = kB ln Ω ∂V ∂N T,p = ∂µ ∂p T,N H(S, p, N) = U + pV F(T, V, N) = U − TS f[1](S, V, µ) = U − Nµ f[2](S, p, µ) = U − Nµ + pV G(T, p, N) = U − TS + pV Φ(T, V, µ) = U − TS − Nµ 1 T = ∂S ∂U V,N p T = ∂S ∂V U,N µ T = − ∂S ∂N U,V T = ∂U ∂S V,N µ = ∂U ∂N V,S p = − ∂U ∂V S,N −S = ∂F ∂T V,N − p = ∂F ∂V T,N ∂S ∂V T,N = ∂p ∂T V,N − ∂S ∂p T,N = ∂V ∂T p,N • Expressões em coordenadas esféricas = ˆr ∂ ∂r + ˆθ r ∂ ∂θ + ˆϕ r senθ ∂ ∂ϕ · A = 1 r2 ∂ ∂r r2 Ar + 1 rsenθ ∂ ∂θ (senθAθ) + 1 rsenθ ∂Aϕ ∂ϕ × A = 1 rsenθ ∂ ∂θ (senθAφ) − ∂Aθ ∂φ ˆr + 1 r 1 senθ ∂Ar ∂φ − ∂ (rAφ) ∂r ˆθ+ 1 r ∂ (rAθ) ∂r − ∂Ar ∂θ ˆφ 2 ψ = 1 r2 ∂ ∂r r2 ∂ψ ∂r + 1 r2senθ ∂ ∂θ senθ ∂ψ ∂θ + 1 r2sen2θ ∂2 ψ ∂ϕ2 • Relações envolvendo · (ψA) = ψ · A + ψ · A × (ψA) = ψ × A + ψ × A (A · B) = (A · )B + A × ( × B) + (B · )A + B × ( × A) × (A × B) = A( · B) − B( · A) + (B · )A − (A · )B × × A = ( · A) − 2 A vi