3. DEFINIÇÃO
•Doença crônica do fígado decorrente da destruição e regeneração das células hepáticas.
•Desorganização da arquitetura lobular e vascular fibrose e formação nodular difusa.
•CIRROSE X Doença Parenquimatosa do Fígado.
4. FISIOPATOLOGIA
CÉLULAS ESTRELADAS:
•Encontradas no Espaço de Disse do lóbulo hepático. São quiescentes.
•Quando ativadas produzem proliferação, contração, quimiotaxia e fibrogênese da MEC.
•Levam a lesão e fibrogênese de forma crônica.
•Formação de micronódulos nódulos CIRROSE.
Agressão
hepática
Inflamação +
citocinas
Lesão do
hepatócito
Ativação da
MEC
Fibrogênese
5. FISIOPATOLOGIA
Lesão hepática parenquimatosa crônica com
atividade necroinflamatória
Ativação de células ESTRELADAS
Formação de MEC (liberação de colágenos I
e III)
Capilarização sinusóide
Fibrose em ponte
Nódulos de regeneração com traves
fibróticas
Contração
sinusóide
Hipertensão
Portal
Fibrose
Necrose
Regen.
6. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Cirrose
compensada
Cirrose
descompensada
Sinais do complexo hiperestrogenismo-
hipoandrogenismo
Sinais de hipertensão
portal
Sinais de insuficiência
hepatocelular
Ascite, hemorragia digestiva varicosa, circulação colateral, S.
hipertensão portopulmonar, esplenomegalia, pancitopenia.
Icterícia, encefalopatia hepática, coagulopatia, hipoalbuminemia
(anasarca), desnutrição, imunodepressão, S. hepatorrenal e
hepatopulmonar.
Assintomático
Oligossintomático: fadiga, anorexia, perda de massa muscular.
Eritema palmar, telangiectasias, ginecomastia, atrofia testicular,
perda de libido, disfunção erétil, rarefação de pelos.
8. DIAGNÓSTICO
1. EXAMES LABORATORIAIS:
◦ Aminotransferases: podem estar normais. Mas se aumentadas inflamação parenquimatosa.
◦ Gama-GT: se aumentado sugere etiologia biliar.
◦ Fosfatase alcalina: se aumentado sugere etiologia biliar.
◦ Bilirrubinas: se aumentadas indicam mau prognóstico. BB > 10mg/dL Transplante!
◦ Gamaglobulina: aumentada.
◦ Sódio sérico: diminuído. Em caso de ascite sinal de péssimo prognóstico.
◦ Albumina (VR = 3,5-5,5 g/dL): hipoalbuminemia.
◦ TAP (VR = até 13,1 seg; INR = 1,0): Alargamento do TAP.
◦ Hemograma: plaquetopenia. Se pancitopenia cirrose avançada com hipertensão portal.
SUGESTIVOS!
9. DIAGNÓSTICO
2. EXAMES DE IMAGEM:
◦ US, USGD, TC de abdome, RNM de abdome, ARM abdominal.
◦ US e TC:
◦ Irregularidade no contorno do fígado bordas serrilhadas.
◦ Alteração da ecotextura.
◦ Evidências de hipertensão portal (USGD).
◦ Presença de complicações: ascite e CHC.
◦ Diminuição do volume hepático.
◦ Todo paciente cirrótico fazer sreanning para CHC:
◦ US a cada 6 meses. Se suspeitar de nódulo TC.
◦ Fazer dosagem de Alfafetoproteína.
10. DIAGNÓSTICO
3. BIÓPSIA HEPÁTICA:
◦ Nódulos de parênquima hepático delimitado por traves fibróticas.
◦ Fragmento ideal: no mínimo 10mm e representação de 10 espaços porta.
◦ Pode ser feita às cegas, guiada por US ou guiada por TC.
◦ Não indicada em paciente com TAP baixo, ou plaquetopenia.
◦ TAP < 50% / INR > 130 / plaquetas < 80.000
4. FIBROSCAM:
◦ Indolor.
◦ Não invasivo.
◦ Resultado imediato.
◦ Independe do operador.
◦ Mede o grau de fibrose do fígado.
Não tem em Teresina!
11. TRATAMENTO - Pilares
1. TRATAMENTO DA CAUSA ESPECÍFICA.
2. TERAPIA NUTRICIONAL.
3. TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES.
4. TRANSPLANTE HEPÁTICO.
5. TERAPIA ANTIFIBRÓTICA*
15. DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA
1. FATORES DE RISCO:
◦ Dose e duração (>50g/dia, 10-12 anos).
◦ Sexo (mulheres).
◦ Fatores genéticos e nutricionais.
◦ Infecçoes por Hepatite B ou C.
◦ Exposição simultânea a hepatotoxinas.
◦ Sobrecarga de ferro.
2. PATOGÊNESE DA LESÃO HEPÁTICA ALCOÓLICA: 4 teorias:
◦ Hipóxia centrolobular.
◦ Ativação de citocinas e infiltração de neutrófilos.
◦ Formação de complexos antigênicos.
◦ Endotoxinas.
16. DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA
4. ESTÁGIOS DA DHA:
◦ Esteatose hepática:
Pode ocorrer horas após ingestão excessiva de álcool.
Outras doenças causam EH.
Sinais de progressão: esteatose mista; megamitocôndrias.
• Hepatite alcoólica:
Necrose hepatocitária.
Corpúsculos de Malory.
Infiltrado neutrofílico.
Distribuição perivenular.
FIBROSE
PERICENTRAL
FIBROSE
PANLOBULAR
REVERSÍVEL
REVERSÍVEL
ACÚMULO DE
MEC
INTERRUPÇÃO DO ÁLCOOL
PROGRESSÃO DO ÁLCOOL
• Cirrose alcoólica:
20. HEPATITE MEDICAMENTOSA E VIRAL
1. HEPATITE MEDICAMENTOSA:
◦ Principal medicamento Paracetamol Hepatite fulminante.
Descontaminação gástrica com carvão ativado VO 1g/kg. Proteção hepática com NAC 140mg/kg (8 hs após ingestão).
◦ Outros medicamentos: Metildopa, nitrofurantoína, metotrexato, esquema RIP.
◦ Sempre diagnosticas através da Anamnese.
2. HEPATITES VIRAIS:
◦ Hepatite C.
◦ Hepatie B (com ou sem hepatite D).
◦ Sempre pedir sorologia para Hepatites!
21. ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA
•Manifestação clínica da Síndrome pertencente `DHGNA.
•Causas:
• Síndrome metabólica.**
• Desnutrição proteica.
• Nutrição parenteral total.
• Drogas (corticoides, AINEs, estrogênios, Ac. Valpróico, tetraciclinas, amiodarona, cloroquina, nefedipina.
• Gravidez.
• Infecção.
• Miscelâneas.
• **Critérios diagnósticos de Síndrome Metabóklica (pelo menos três):
• Glicemia de jejum > 100mg/dL .
• HDL < 40mg/dL.
• TGC > 150mg/dL.
• Obesidade central: cintura > 102 ou 88.
• HAS > 130x85mmHg
Ou tratamento para
essas comorbidades.
22. ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA
1. FISIOPATOLOGIA:
◦ Acúmulo de gordura dentro da célula devido a Resistência à Insulina:
Aumento da lipólise periférica.
Aumento da conjugação hepática de lipídeos.
Diminuição da B-oxidação mitocondrial.
Aumento da biossíntese de TGC.
Desequilíbrio entre TNF-alfa (aumento) e Adiponectina (diminuição).
• Desenvolvimento da inflamação (pericentrolobular):
Ácidos graxos são uma verdadeira toxina.
Devido aumento de TNF-alfa disfunção mitocondrial e peroxidação de ácidos graxos formação de radicais livres
ativação de células estreladas EH.
23. ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA
2. QUADRO CLÍNICO:
◦ Esteatose simples assintomática.
◦ EHNA fraqueza, mal estar. Hepatomegalia firme e indolor.
◦ Fase cirrótica sintomas de HP e IH.
3. DIAGNÓSTICO:
◦ Elevação de aminotransferases e GGT no máximo 4x seu valor (quando elevado). Se passar de 10x o valor
pesquisar outro diagnóstico.
◦ Se Relação AST/ALT < 1. Obs.: AST/ALT > 2 só em DHA e CIRROSE!
◦ FA não sobem muito (importante) no máximo 2x seu valor. FA 5 ou 10X Doença biliar ou tumor.
◦ Sempre excluir outras ETIOLOGIAS.
◦ TC (mais sensível), US e RNM de abdome.
◦ BHP diagnóstico e prognóstico.
Idade > 45 anos.
Obesidade.
DM.
AST/ALT > 1.
ESTADIAMENTO DA DHGNA
1 Esteatose isolada
2 Esteatose + inflamação
3 E + I + hepatócitos balonizados
4 Todos acima + corpúsculos ed Malory +/- Fibrose
TRATAMENTO:
Perda de Peso!!!
Dieta + atividade física
24. DOENÇA DE WILSON
•Doença genética rara, causada por desordem do metabolismo do COBRE resultando em uma
sobrecarga desse material em diversos órgãos, principalmente fígado e cérebro.
1. FISIOPATOLOGIA:
◦ Justificativas para o acúmulo de cobre:
Fígado incapaz de mandar o cobre à bile.
Baixa produção hepática de ceruloplasmina.
Resulta em acúmulo de cobre no parênquima lesão de hepatócitos liberação de cobre livre depósito em outros órgãos.
25. DOENÇA DE WILSON
2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS HEPÁTICAS:
◦ Hepatite Crônica Ativa:
Aumento da relação AST/ALT, GGT, BB.
Sintomas de HP e IH (Síndrome cirrótica).
• Insuficiência hepática fulminante:
Aumento do cobre e hemólise.
Aumento da relação AST/ALT, diminuição da albumina.
Sintomas pré-cirróticos.
• Cirrose hepática.
3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EXTRA-HEPÁTICAS:
◦ Neuropsiquiátricas: depressão, irritabilidade, psicose, defict cognitivo, disartria, tremor,
rigidez, discinesia.
◦ Oftalmológicas: anel de Kayser-Fleisher, catarata girassol, cegueira noturna.
◦ Renais: síndrome de Fanconni.
26. DOENÇA DE WILSON
4. DIAGNÓSTICO:
◦ Critérios diagnósticos:
> 40 anos com pelo menos UM dos achados abaixo:
Hepatite crônica ativa sem causa aparente.
Cirrose hepática sem causa aparente.
Anemia hemolítica na presença de hepatite aguda.
Distúrbios inexplicados do SNC.
• Exames Laboratoriais:
Ceruloplasmina (diminuída) descartar desnutrição, IH e síndrome nefrótica.
Excreção de cobre urinário (aumentado).
Cobre sérico livre (aumentado).
Padrão-ouro BHP.
27. DOENÇA DE WILSON
5. TRATAMENTO:
◦ Doença hepática compensada: Sais de Zinco.
◦ Doença hepática descompensada: Fazer índice de Nazer:
Nazer < 7 tratamento clínico: Zinco + Trientine (quelante), com intervalo de 1 hora de um para o outro.
Nazer > 9 TOF
28. HEMATOCROMATOSE
1. FISIOPATOLOGIA:
2. QUADRO CLÍNICO:
◦ Sintomas inespecíficos: astenia, letargia, fadiga, artralgias, perda de libido, impotência sexual,
amenorreia, hepatomegalia.
◦ Sinais e sintomas de evolução: dor abdominal (EP, QSD), DM + anormalidades endócrinas (perda do
libido e atrofia testicular), ICC, arritmias (responsivas ao tratamento da HH), hiperpigmentação
cutânea, artropatia hemocromatótica, sinais de insuficiência hepática crônica (ascite, icterícia,
edemas, esplenomegalia, eritema palmar, telangiectasias, rarefação de pelos, ginecomastia),
predisposição a infecções (diminuição razoável da imunidade).
◦ Obs.: 100x maior o risco de CHC.
Hereditariedade +
fatores externos
Aumento na absorção
de Ferro
Deposição excessiva no
fígado, pâncreas e coração
Lesão aprenquimatosa -
FIBROSE
29. HEMATOCROMATOSE
3. DIAGNÓSTICO:
◦ Análise clínica de sinais e sintomas.
◦ Forte indício para a “Regra dos três Ás” (Astenia crônica, Artralgia e Aminotransferases aumentadas
sem motivos aparentes).
◦ Associar a DM e demais manifestações clínicas.
◦ Bioquímica do ferro:
Ferro sérico (muito sensível, pouco específico).
Índice de saturação de transferrina (mais sensível e específico).
Ferritina sérica (intermediária).
• Confirmação:
BHP confirmar, grau de complicações, prognóstico, lesões pré-malignas.
PCR.
Outros exames importantes para avaliar HH:
• Ferro hepático corável (3+/4+ ou 4+/4+)
• .
• Concentração hepática de ferro.
• Índice hepático de ferro.
30. HEMATOCROMATOSE
4. TRATAMENTO:
◦ Orientações gerais: evitar ferro, vit. C, carne vermelha, evitar bebidas alcoólicas).
◦ Flebotomias (sangria 500mL) eliminar ferro.
1-2 FB/ semana até esgotar estoque de ferro.
Exames de ferro a cada 2-3 meses.
Dosar hemoglobina a cada FB.
Quando os valores estiverem: FS = 30-50mg/mL | IST < 50% | Hb = 11 g/dL. 1 Fb a cada 3-4 meses por toda a vida!
• TOF (pouca sobrevida).
• Tratar comorbidades associadas ao acúmulo de ferro.
31. HEPATITE AUTO-IMUNE
•Causa desconhecida (fatores genéticos + ambientais).
•Progressiva (evolui para cirrose na ausência de tratamento).
•Coexistência de outras desordens auto-imunes (tireoidite, DM1, RCUI, doença celíaca, anemia
hemolítica.
•Característica: mulher entre 10-30 anos.
1. QUADRO CLÍNICO: