Aula 02_As Tendências Pedagógicas na prática escolar.pptx
1. AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
NA PRÁTICA ESCOLAR
Prof. Dr. Joelson de Sousa Morais
Diretoria de Tecnologias na Educação - DTED
2. PRÁTICA EDUCATIVA E SOCIEDADE
é parte integrante do processo educativo mais
global pelo qual os membros da sociedade são
preparados para a participação na vida social.
TRABALHO
DOCENTE
É um fenômeno social e universal, sendo uma
atividade humana necessária à existência e
funcionamento de todas as sociedades.
EDUCAÇÃO
(Prática
educativa)
“Não há sociedade sem prática educativa, nem prática educativa
sem sociedade”
(LIBÂNEO, 1994)
3. (LIBÂNEO, 1994)
O processo de ensino é uma atividade
conjunta de professores e alunos, organizado sob a
direção de um professor, com a finalidade de prover
as condições e meios pelos quais os alunos
assimilam ativamente conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções (LIBÂNEO, 1994, p. 29).
O ENSINO COMO PRÁTICA SOCIAL
O ensino deve situar-se em
contextos sociopolíticos, de
interesses e valores, de conflito
(ANTOLÍ, 2012, p. 102).
4. Ensinar é uma realidade que pode ser interrogada e pesquisada não
só pela percepção de atos visíveis em sua execução, em suas
modalidades, seus sucessos e fracassos, mas também pela reflexão
sobre o seu significado na formação da personalidade e suas
consequências para a vida social (CASTRO, 2002, p. 20).
Como prática social, o ensino conforma-se e
configura-se em determinadas condições
concretas, tais como o contexto institucional,
as condições de trabalho dos docentes, suas
representações e os sentidos que elaboram
sobre seu trabalho (FRANCO, 2010, p. 90).
5. Os efeitos educativos dependem da interação complexa
de todos os fatores que se inter-relacionam nas
situações de ensino:
Tipo de
atividade
metodológica
Aspectos
materiais da
situação
Estilo do
professor
Relações
sociais
Conteúdos
culturais
(LIBÂNEO, 1994)
6. CUNHO LIBERAL
CLASSIFICAÇÃO DAS TENDÊNCIAS
CUNHO PROGRESSISTA
Pedagogia Libertadora.
Pedagogia Crítico-Social
dos conteúdos.
(LIBÂNEO, 1994)
Pedagogia Tradicional.
Pedagogia Renovada.
Tecnicismo Educacional
7. PEDAGOGIA TRADICIONAL
DIDÁTICA
Disciplina normativa, um conjunto de
princípios e regras que regulam o
ensino.
ALUNO
PROFESSOR
APRENDIZAGEM
Receptiva, automática, não mobilizando a
atividade mental do aluno e o desenvolvimento
de suas capacidades intelectuais.
Recebedor da matéria e sua tarefa é
decorá-la.
Detentor do saber. “Transmissor”.
ENSINO Centrada do professor. Vertical.
(LIBÂNEO, 1994)
8. Na PEDAGOGIA TRADICIONAL...
O professor tende a encaixar os alunos
num modelo idealizado de homem que
nada tem a ver com a vida presente e
futura.
A matéria de ensino é tratada
isoladamente, isto é, desvinculada dos
interesses dos alunos e dos problemas
reais da sociedade e da vida.
O método é dado pela lógica e
sequência da matéria, é o meio utilizado
pelo professor para comunicar a matéria
e não dos alunos para aprendê-la. (LIBÂNEO, 1994)
10. PEDAGOGIA RENOVADA
DIDÁTICA
ALUNO
PROFESSOR
APRENDIZAGEM
Sujeito da aprendizagem.
Incentiva, orienta, organiza as situações de
aprendizagem, adequando-as às capacidades de
características individuais dos alunos.
ENSINO Valoriza o processo da aprendizagem
Entendida como “direção da
aprendizagem”.
Ativa, mobilizada pela criação, expressão verbal,
escrita plástica e outro.
(LIBÂNEO, 1994)
11. Tanto na organização das
experiências de
aprendizagem como na
seleção de métodos
importa o processo de
aprendizagem e não
diretamente o ensino.
Dá importância aos
métodos e técnicas:
Na PEDAGOGIA RENOVADA...
trabalho de grupo;
atividades cooperativas;
estudo individual;
pesquisas;
projetos;
experimentações, etc.
A Didática não é a direção do ensino, é a orientação da
aprendizagem, uma vez que esta é uma experiência
própria do aluno através da pesquisa, da investigação.
(LIBÂNEO, 1994)
12. CARACTERÍSTICAS:
A valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e
interesses próprios e, por isso mesmo, sujeito da aprendizagem e
agente do seu próprio desenvolvimento;
Tratamento científico do processo educacional, considerando as
etapas sucessivas do desenvolvimento biológico e psicológico;
Respeito às capacidades e aptidões individuais, individualização
do ensno conforme os ritmos próprios de aprendizagem;
Rejeição de modelos em favor da atividade e da liberdade de
expressão da criança.
(LIBÂNEO, 1994)
13. A denominação Pedagogia Renovada se aplica:
tanto ao movimento da
educação nova
propriamente dito, que
inclui a criação de
“escolas novas”, a
disseminação da
pedagogia ativa e dos
métodos ativos
como também a
outras correntes que
adotam certos
princípios de
renovação
educacional mas sem
vínculo com a Escola
Nova.
Dentro do movimento
escolanovista
desenvolveu-se:
-Pedagogia Pragmática ou Progressivista (John Dewey /
1859-1952) nos E. Unidos.
- Movimento dos Pioneiros da Escola Nova (Anísio
Teixeira) no Brasil na década de 30.
(LIBÂNEO, 1994)
14. PEDAGOGIA TECNICISTA
Desenvolveu-se no Brasil na década de 50, à
sombra do progressivismo, ganhando nos
anos 60 autonomia quando constituiu-se
especificamente como tendência, inspirada
na teoria behaviorista da aprendizagem e na
abordagem sistêmica do ensino.
Acabou sendo imposta às escolas pelos organismos oficiais ao
longo de duas décadas, por ser compatível com a orientação
econômica, política e ideológica do regime militar então vigente.
(LIBÂNEO, 1994)
15. (CASTRO, 2002).
PEDAGOGIA TECNICISTA
DIDÁTICA
ALUNO
PROFESSOR
Centrado no domínio de técnicas com
eficiência e eficácia.
ENSINO
Operacionalização de técnicas e instrumentos,
visando o alcance de objetivos previamente
estabelecidos.
Instrumental, interessada na
racionalização do ensino, no uso de
meios e técnicas mais eficazes.
Administrador e executor do
planejamento.
(LIBÂNEO, 1994)
16. TENDÊNCIAS DE CUNHO
PROGRESSISTAS
Adquiriu maior solidez e sistematização.
1980
Também denominadas teorias críticas da educação
No começo do século formaram-se movimentos de renovação
educacional por iniciativa de militantes socialistas.
No início dos anos 60 surgiram os movimentos de educação de
adultos que geraram idéias pedagógicas e práticas
educacionais de educação popular, configurando a tendência
que veio a ser denominada de Pedagogia Libertadora.
(LIBÂNEO, 1994)
17. Trata-se de duas tendências pedagógicas progressistas, propondo uma
educação escolar crítica a serviço das transformações sociais e
econômicas, ou seja, de superação das desigualdades sociais decorrentes
das formas sociais capitalistas de organização da sociedade.
PEDAGOGIA
LIBERTADORA
PEDAGOGIA
CRÍTICO-SOCIAL
DOS CONTEÚDOS
Retomou as propostas
de educação popular
dos anos 60 (clientela
adulta)
- Paulo Freire.
Inspirada no materialismo
histórico dialético, concebe o
ensino como condição p/ a
participação efetivo do povo
nas lutas sociais
- Dermeval Saviane.
(LIBÂNEO, 1994)
18. PEDAGOGIA LIBERTADORA
DIDÁTICA
ALUNO
PROFESSOR
Sujeito da aprendizagem.
ENSINO
Centrado na discussão de temas sociais e
políticos. Questões da realidade social
imediata.
Não tem uma proposta explícita de
Didática.
Coordenador ou animador das atividades
que se organizam sempre pela ação
conjunta.
(LIBÂNEO, 1994)
19. A Pedagogia Libertadora tem sido empregada
com muito êxito em vários setores dos
movimentos sociais, como sindicatos,
associações de bairro, comunidades religiosas.
Em relação à sua aplicação nas escolas
públicas, especialmente no ensino de 1º grau,
os representantes dessa tendência não
chegaram a formular uma orientação
pedagógico-didática especificamente escolar,
compatível com a idade, o desenvolvimento
mental e as características de aprendizagem
das crianças e jovens.
(LIBÂNEO, 1994)
20. PEDAGOGIA CRÍTICO-
SOCIAL DOS CONTEÚDOS
DIDÁTICA
ALUNO
PROFESSOR
APRENDIZAGEM
ENSINO
A tarefa de propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas
capacidades e habilidades intelectuais, mediante a
transmissão e assimilação ativa dos conteúdos escolares
articulando, no mesmo processo, a aquisição de noções
sistematizadas e as qualidades individuais dos alunos que
lhes possibilitam a auto-atividade e a busca independente e
criativa das noções.
Direção do processo de ensinar,
tendo em vista finalidades sócio-
políticas e pedagógicas e as
condições e meios formativos.
(LIBÂNEO, 1994)
21. A PEDAGOGIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS...
Busca uma síntese superadora de traços significativos da
Pedagogia Tradicional e da Escola Nova.
Toma o partido dos interesses majoritários da sociedade,
atribuindo à instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos
alunos o domínio de conteúdos científicos, os métodos de estudo
e habilidades e hábitos de raciocínio científico, de modo a irem
formando a consciência crítica face às realidades sociais e
capacitando-se a assumir no conjunto das lutas sociais a sua
condição de agente ativos de transformação da sociedade e de si
próprios.
(LIBÂNEO, 1994)
22. • ANTOLÍ, Vicenç Benedito. A didática como espaço e área do conhecimento:
fundamentação teórica e pesquisa didática. In.: FAZENDA, I. C. A. Didática e
interdisciplinaridade. 17. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
• CASTRO, Amélia Domingues de. O ensino: objeto da didática. In.: _____; CARVALHO,
A. M. P. de (Orgs.). Ensinar a ensinar: didática para a escola fundamental e média. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
• FRANCO, Maria Amélia Santoro. Didática e pedagogia: da teoria de ensino à teoria da
formação. In.: _____; PIMENTA, S. G. (Orgs.). Didática: embates contemporâneos. São
Paulo: Loyola, 2010.
• LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
• ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F. Rosa.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
REFERÊNCIAS