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Outro dia, ouvi uma explanação de um sacerdote católico com relação a
imortalidade da alma. Para fazer-se entender, o representante da igreja
romana citou diversas religiões, elencando o que cada uma delas defendia.
Ao mencionar o Espiritismo, explicou que a doutrina codificada por Allan
Kardec se fundamenta na reencarnação. Até aí tudo bem; entretanto, ele foi
mais além e afirmou que a reencarnação deriva da primitiva teoria de
metempsicose. O que não é verdade. Metempsicose é o nome que se dá, em
filosofia, à doutrina que ensina que uma mesma alma pode animar
sucessivamente corpos diversos, de homens, animais ou vegetais. A teoria da
metempsicose surgiu nas civilizações antigas e fora bastante difundida por
alguns dos grandes filósofos da Humanidade, como Pitágoras, Sócrates e
Platão,
que explicavam e defendiam a necessidade de se ter muitas vidas para
viabilizar o desenvolvimento de todas as potencialidades do Espírito, a
unicidade da existência não seria razoável, afirmavam, pois seria um fator
determinante e impeditivo para atingir-se a evolução plena. Como muitos
conceitos, este também sofreu o mau do entendimento equivocado, quando
há bom tempo atrás imaginou-se por razões diversas que Espíritos chegados
ao reino hominal, pudessem, sob certas condições, “reencarnar” em corpos
animais e vegetais, e não somente em hominais. De uma maneira geral essa
expressão Metempsicose, representa a transmigração da alma. Esta outra
visão da doutrina da reencarnação caminhou pelos tempos afora, e ainda faz
adeptos e seguidores em pleno século XXI, por algumas religiões (Budismo
e Hinduísmo).
Já a reencarnação, apesar de partir do mesmo princípio, possui outro
significado. Reencarnar é dizer que a alma pode retornar em outro corpo
carnal, sem qualquer semelhança com o antigo. A grande diferença entre
esses conceitos é que a metempsicose defende a possibilidade do retorno da
alma em outras condições que não seja a humana e para a reencarnação isto
não é plausível. Allan Kardec trata do assunto em o "Livro dos Espíritos",
nas questões 611, 612 e 613:
611. A comunhão de origem dos seres vivos no princípio inteligente não é a
consagração da doutrina da metempsicose?
- Duas coisas podem ter a mesma origem e não se assemelharem em nada
mais tarde. Quem reconheceria a árvore, suas folhas, suas flores e seus
frutos no germe informe que se contém na semente de onde saíram?
No momento em que o princípio inteligente atinge o grau necessário para
ser Espírito e entrar no período de humanidade, não tem mais relação com o
seu estado primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a
semente. No homem, somente existe do animal o corpo, as paixões que
nascem da influência do corpo e os instintos de conservação inerente à
matéria. Não se pode dizer, portanto, que tal homem é a encarnação do
Espírito de tal animal e, por conseguinte, a metempsicose, tal como a
entendem, não é exata.
REFLEXÃO:
A nossa origem é uma só; viemos do mesmo princípio inteligente, que no
passar dos tempos foi se transformando pela força da lei do progresso.
Configurando o corpo físico, ...
... podemos analisar a ameba unicelular, que através dos bilhões de anos
entrou na corrente transformatória para se expressar como homem, como
corpo físico animal sublimado, em se referindo aos reinos da natureza. No
caso do Espírito, em se partindo da mônada espiritual, vemos que ela veio
crescendo com os tempos, deixando para trás eras e mais eras, chegando na
plenitude do seu desenvolvimento, como Espírito humano na Terra, onde
deve reencarnar muitas vezes, nascendo e renascendo quantas vezes forem
necessárias para a sua iluminação interna. Entrementes, essa luz de Deus,
que teve seu começo como fluido divino que semeado no corpo térmico dos
mares por mãos angélicas, passou a crescer igualmente mudando de formas,
mudando de posições, mudando de ambientes. Ela não regride, como
querem alguns espiritualistas, acreditando na metempsicose.
Essa ideia pode ser, com o nosso respeito ao assunto, uma psicose
alimentada no passado, quando alguns dos profetas e videntes observaram
Espíritos com as formas de animais. O Espírito pode tomar a forma que os
seus sentimentos possam comandar, porém, isto não quer dizer que os
Espíritos inferiores tomem a forma de animal para nascerem em corpos
iguais a essas formas. A Doutrina Espírita, sendo uma filosofia de mais
profundidade do que as outras, usando a mediunidade para revelar a
verdade, vem nos informar da vida das almas nos planos em que elas
habitam, e os próprios instrumentos encarregados das reencarnações dos
animais, dizem que a alma que já viveu em corpos de homens não volta em
corpos de animais. Não é correto que um Espírito que já alcançou a razão
possa voltar ao corpo de uma vaca, voltando de novo a comer capim, ...
... e ficar prisioneiro em um corpo que regredisse seus dons já aflorados em
outro reino superior. O Espírito avança, vai perdendo certas relações com o
mundo em que viveu antes, os laços vão se desfazendo, para que a alma
principie a libertação, mesmo dos traços físicos.
612. Poderia encarnar num animal o Espírito que animou o corpo de um
homem?
“Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à sua
nascente.”
REFLEXÃO:
A alma de um homem não pode voltar a animar o corpo de um animal. A
Filosofia Espírita é aberta às comparações, ao raciocínio lógico. Como Deus
iria criar as coisas para a regressão?
Ele não seria Deus, porque não teria ciência, quando criou, de que não daria
certo a Sua criação, tendo de voltar atrás, por ter falhado em Suas
experiências! Deus não faz experiências; isso é para os homens dotados de
razão. Ele sabe o que faz, Ele é onisciente, inclusive de nosso destino. Ele
vive no ontem, no amanhã e no futuro longínquo, como se tudo estivesse no
presente. Ele vive no eterno, porque Ele é a eternidade. Já devemos ir
estudando esse viver no eterno, para principiarmos a fazer o mesmo. Se
somos Seus semelhantes, Seus filhos, haveremos de copiar Seus feitos para
vivermos em paz, a paz de consciência. Na ordem das reencarnações, dentro
dos corpos humanos, é que a matéria pode regredir para melhores lições. A
alma, como um ser, pode ser em uma reencarnação um grande político aos
olhos dos seus semelhantes,
... e voltar conforme suas dívidas, como um ser sem nenhuma expressão, até
em corpo deformado, para aprender a verdade no silêncio e no sofrer. Mas,
tomar um corpo que está servindo aos animais na retaguarda, isso nunca,
nem as plantas poderão voltar animando minerais. A vida é crescimento, a
vida é luz, que tem como destino a Luz Maior. Existe, sim, a reencarnação,
mas não regredindo. Ela se processa no mesmo reino. O Espírito, tomando
corpos semelhantes aos que teve, para a sua evolução espiritual, e cada vez
mais se iluminando, mesmo que não mostre essa iluminação, a está
processando por dentro, e ninguém tira essa glória de sua vida. Ela é sua,
por tê-la conquistado sob as bênçãos do Criador. O espírita, principalmente,
deve aprender a adquirir a força do desprendimento.
Desprender-se das coisas materiais não é jogar fora o que Deus lhe confiou;
é saber fazer uso dos bens transitórios, porque somente os valores morais, o
saber, a moral elevada, é que o acompanham pela eternidade. Deus somente
consente que se façam as coisas que deem motivo para aprendizado. O que
iria aprender o Espírito que já tivesse animado o corpo de um homem,
voltando a animar o corpo de um animal irracional? Deus é justo e
misericordioso; Ele não faz coisas para voltar atrás, e o homem é senhor dos
reinos que Ele criou, para que os Espíritos pudessem passar a aprender todas
as coisas. O Espírito é luz, e como tal, não poderá tornar às trevas.
613. Por mais errônea que seja a ideia ligada à metempsicose, não seria ela o
resultado do sentimento intuitivo das diferentes existências do homem?
“Encontramos esse sentimento intuitivo nessa crença como em muitas
outras; mas, como a maior parte dessas ideias intuitivas, o homem a
desnaturou”.
Comentário de Kardec: A metempsicose seria verdadeira se por ela se
entendesse a progressão da alma de um estado inferior para um superior,
realizando os desenvolvimentos que transformariam a sua natureza, mas é
falsa no sentido de transmigração direta do animal para o homem e vice-
versa, o que implicaria a ideia de uma retrogradação ou de fusão. Ora, não
podendo realizar-se essa fusão entre seres corporais de duas espécies, temos
nisso um indício de que se encontram em graus não assimiláveis e que o
mesmo deve acontecer com os espíritos que os animam. Se o mesmo
Espírito pudesse animá-los alternativamente,
... disso resultaria uma identidade de natureza que se traduziria na
possibilidade de reprodução material.
A reencarnação ensinada pelos Espíritos se funda, pelo contrário, sobre a
marcha ascendente da Natureza e sobre a progressão do homem na sua
própria espécie, o que não diminui em nada a sua dignidade. O que o
rebaixa é o mau uso que faz das faculdades que Deus lhe deu para o seu
adiantamento. Como quer que seja, a antiguidade e a universalidade da
doutrina da metempsicose, e o número de homens eminentes que a
professaram, provam que o princípio da reencarnação tem suas raízes na
própria Natureza; esses são, portanto, argumentos antes a seu favor do que
contrários.
O ponto de partida do Espírito é uma dessas questões que se ligam ao
princípio das coisas e estão nos segredos de Deus. Não é dado ao homem
conhecê-las de maneira absoluta, e ele só pode fazer, a seu respeito, meras
suposições, construir sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios
Espíritos estão longe de tudo conhecer, e sobre o que não conhecem podem
ter também opiniões pessoais mais ou menos sensatas. É assim que nem
todos pensam da mesma maneira a respeito das relações existentes entre o
homem e os animais. Segundo alguns, o Espírito não chega ao período
humano senão depois de ter sido elaborado e individualizado nos diferentes
graus dos seres inferiores da Criação. Segundo outros, o Espírito do homem
teria sempre pertencido à raça humana, sem passar pela fieira animal.
O primeiro desses sistemas tem a vantagem de dar uma finalidade ao futuro
dos animais, que constituiriam assim os primeiros anéis da cadeia dos seres
pensantes; o segundo é mais conforme à dignidade do homem e pode
resumir- se da maneira seguinte: As diferentes espécies de animais não
procedem intelectualmente umas das outras, por via de progressão; assim, o
Espírito da ostra não se torna sucessivamente do peixe, da ave, do
quadrúpede e do quadrúmano; cada espécie é um tipo absoluto, física e
moralmente, e cada um dos seus indivíduos tira da fonte universal a
quantidade de princípio inteligente que lhe é necessária, segundo a perfeição
dos seus órgãos e a tarefa que deve desempenhar nos fenômenos da
Natureza, devolvendo-a à massa após a morte.
Forma-se ele do princípio inteligente individualizado? Isso é um mistério
que seria inútil procurar penetrar e sobre o qual, como dissemos, só
podemos construir sistemas. O que é constante e ressalta ao mesmo tempo
do raciocínio e da experiência é a sobrevivência do Espírito, a conservação
de sua individualidade após à morte, sua faculdade de progredir, seu estado
feliz ou infeliz, proporcional ao seu adiantamento na senda do bem, e todas
as verdades morais que são a consequência desse princípio. Quanto às
relações misteriosas existentes entre o homem e os animais, isso, repetimos,
está nos segredos de Deus, como muitas outras coisas cujo conhecimento
atual nada importa para o nosso adiantamento, e sobre as quais seria inútil
nos determos.
REFLEXÃO:
O Espírito traz na consciência as leis estabelecidas por Deus, de modo que
elas irradiam dentro e fora de si, como uma conversa com a alma em
dimensão diferente da que conhecemos pela palavra falada. Certamente que
a Metempsicose, falada e escrita por certos espiritualistas, varando séculos
para dizer ao homem moderno que existe a reencarnação, deve ser bem
esclarecida, e quem melhor deu suas diretrizes foi a codificação do
Espiritismo, organizada por Allan Kardec. A fala dos Espíritos mais
acentuada se encontra em "O Livro dos Espíritos", a dizer que a
Metempsicose seria verdadeira se indicasse a progressão da alma, através da
reencarnação, que se processa como lei natural nos Espíritos de todos os
mundos habitados,
... sendo que o Espírito não regride, de homem para o animal irracional, na
interpretação de certos escritores que cochilam na letra e se esquecem do
Espírito que vivifica. Tudo no mundo, e em todos os mundos, avança,
progride sempre. Somente a forma pode regredir na sua expressão, como
instrumento de cumprimento da lei de causa e efeito. Ha muitas coisas que
escapam ao conhecimento dos doutos. O processo de troca de corpos se
opera em todos os reinos da natureza, e em cada um deles há uma feição
diferente, a que obedece cada ser e cada coisa, segundo a posição em que se
encontra na escala de elevação. É a lei da justiça, atuante e dominante em
todos os espaços, pelo avanço do tempo. A reencarnação é, pois, a evolução
da ideia de Metempsicose, trazendo para a humanidade mais esperança e
mais alegria para viver.
Ninguém regride; avançamos sempre, pois o que aprendemos, aprendemos
para sempre, mas respondemos pelos desvios das coisas divinas.
Procuremos as coisas simples, busquemos a lei de Deus e a Sua justiça, no
dizer do Evangelho, que o resto aproximar-se-á de nós por misericórdia.
Existe entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação, tal qual nos é
ensinada pelo Espiritismo, uma diferença essencial. A metempsicose, como
já foi dito, admite a transmigração da alma para o corpo dos animais, o que
seria uma degradação. Os Espíritos dizem-nos, ao contrário, que a
reencarnação é um progresso incessante, que o homem é um ser cuja alma
nada tem de comum com a alma dos animais e que as diferentes existências
podem realizar-se na Terra ou em outros mundos, até que haja transcorrido o
tempo da purificação.
A doutrina da metempsicose, embora não aceita pelo Espiritismo, tem sua
origem num fato verdadeiro, que é a passagem da alma, em seu processo
evolutivo, pelos reinos inferiores da Natureza. Nesse processo, o princípio
espiritual, antes de chegar à condição de alma humana, passou um dia pelo
reino animal, mas a ele não voltará mais, porque, ao fazer agora parte da
Humanidade, não existe nenhuma possibilidade de reencarnar em corpos de
criaturas pertencentes aos reinos inferiores àquele em que hoje se encontra.
A título de recordação, lembremos que o Espírito só chega ao período de
humanização depois de se haver elaborado e individualizado nos diversos
graus dos seres inferiores da Criação, como é ensinado na obra de Kardec.
Muita Paz!
Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspopt.com.br
A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é
levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida.
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O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
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O Espiritismo e a Metempsicose

  • 1.
  • 2. Outro dia, ouvi uma explanação de um sacerdote católico com relação a imortalidade da alma. Para fazer-se entender, o representante da igreja romana citou diversas religiões, elencando o que cada uma delas defendia. Ao mencionar o Espiritismo, explicou que a doutrina codificada por Allan Kardec se fundamenta na reencarnação. Até aí tudo bem; entretanto, ele foi mais além e afirmou que a reencarnação deriva da primitiva teoria de metempsicose. O que não é verdade. Metempsicose é o nome que se dá, em filosofia, à doutrina que ensina que uma mesma alma pode animar sucessivamente corpos diversos, de homens, animais ou vegetais. A teoria da metempsicose surgiu nas civilizações antigas e fora bastante difundida por alguns dos grandes filósofos da Humanidade, como Pitágoras, Sócrates e Platão,
  • 3. que explicavam e defendiam a necessidade de se ter muitas vidas para viabilizar o desenvolvimento de todas as potencialidades do Espírito, a unicidade da existência não seria razoável, afirmavam, pois seria um fator determinante e impeditivo para atingir-se a evolução plena. Como muitos conceitos, este também sofreu o mau do entendimento equivocado, quando há bom tempo atrás imaginou-se por razões diversas que Espíritos chegados ao reino hominal, pudessem, sob certas condições, “reencarnar” em corpos animais e vegetais, e não somente em hominais. De uma maneira geral essa expressão Metempsicose, representa a transmigração da alma. Esta outra visão da doutrina da reencarnação caminhou pelos tempos afora, e ainda faz adeptos e seguidores em pleno século XXI, por algumas religiões (Budismo e Hinduísmo).
  • 4. Já a reencarnação, apesar de partir do mesmo princípio, possui outro significado. Reencarnar é dizer que a alma pode retornar em outro corpo carnal, sem qualquer semelhança com o antigo. A grande diferença entre esses conceitos é que a metempsicose defende a possibilidade do retorno da alma em outras condições que não seja a humana e para a reencarnação isto não é plausível. Allan Kardec trata do assunto em o "Livro dos Espíritos", nas questões 611, 612 e 613: 611. A comunhão de origem dos seres vivos no princípio inteligente não é a consagração da doutrina da metempsicose? - Duas coisas podem ter a mesma origem e não se assemelharem em nada mais tarde. Quem reconheceria a árvore, suas folhas, suas flores e seus frutos no germe informe que se contém na semente de onde saíram?
  • 5. No momento em que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entrar no período de humanidade, não tem mais relação com o seu estado primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a semente. No homem, somente existe do animal o corpo, as paixões que nascem da influência do corpo e os instintos de conservação inerente à matéria. Não se pode dizer, portanto, que tal homem é a encarnação do Espírito de tal animal e, por conseguinte, a metempsicose, tal como a entendem, não é exata. REFLEXÃO: A nossa origem é uma só; viemos do mesmo princípio inteligente, que no passar dos tempos foi se transformando pela força da lei do progresso. Configurando o corpo físico, ...
  • 6. ... podemos analisar a ameba unicelular, que através dos bilhões de anos entrou na corrente transformatória para se expressar como homem, como corpo físico animal sublimado, em se referindo aos reinos da natureza. No caso do Espírito, em se partindo da mônada espiritual, vemos que ela veio crescendo com os tempos, deixando para trás eras e mais eras, chegando na plenitude do seu desenvolvimento, como Espírito humano na Terra, onde deve reencarnar muitas vezes, nascendo e renascendo quantas vezes forem necessárias para a sua iluminação interna. Entrementes, essa luz de Deus, que teve seu começo como fluido divino que semeado no corpo térmico dos mares por mãos angélicas, passou a crescer igualmente mudando de formas, mudando de posições, mudando de ambientes. Ela não regride, como querem alguns espiritualistas, acreditando na metempsicose.
  • 7. Essa ideia pode ser, com o nosso respeito ao assunto, uma psicose alimentada no passado, quando alguns dos profetas e videntes observaram Espíritos com as formas de animais. O Espírito pode tomar a forma que os seus sentimentos possam comandar, porém, isto não quer dizer que os Espíritos inferiores tomem a forma de animal para nascerem em corpos iguais a essas formas. A Doutrina Espírita, sendo uma filosofia de mais profundidade do que as outras, usando a mediunidade para revelar a verdade, vem nos informar da vida das almas nos planos em que elas habitam, e os próprios instrumentos encarregados das reencarnações dos animais, dizem que a alma que já viveu em corpos de homens não volta em corpos de animais. Não é correto que um Espírito que já alcançou a razão possa voltar ao corpo de uma vaca, voltando de novo a comer capim, ...
  • 8. ... e ficar prisioneiro em um corpo que regredisse seus dons já aflorados em outro reino superior. O Espírito avança, vai perdendo certas relações com o mundo em que viveu antes, os laços vão se desfazendo, para que a alma principie a libertação, mesmo dos traços físicos. 612. Poderia encarnar num animal o Espírito que animou o corpo de um homem? “Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à sua nascente.” REFLEXÃO: A alma de um homem não pode voltar a animar o corpo de um animal. A Filosofia Espírita é aberta às comparações, ao raciocínio lógico. Como Deus iria criar as coisas para a regressão?
  • 9. Ele não seria Deus, porque não teria ciência, quando criou, de que não daria certo a Sua criação, tendo de voltar atrás, por ter falhado em Suas experiências! Deus não faz experiências; isso é para os homens dotados de razão. Ele sabe o que faz, Ele é onisciente, inclusive de nosso destino. Ele vive no ontem, no amanhã e no futuro longínquo, como se tudo estivesse no presente. Ele vive no eterno, porque Ele é a eternidade. Já devemos ir estudando esse viver no eterno, para principiarmos a fazer o mesmo. Se somos Seus semelhantes, Seus filhos, haveremos de copiar Seus feitos para vivermos em paz, a paz de consciência. Na ordem das reencarnações, dentro dos corpos humanos, é que a matéria pode regredir para melhores lições. A alma, como um ser, pode ser em uma reencarnação um grande político aos olhos dos seus semelhantes,
  • 10. ... e voltar conforme suas dívidas, como um ser sem nenhuma expressão, até em corpo deformado, para aprender a verdade no silêncio e no sofrer. Mas, tomar um corpo que está servindo aos animais na retaguarda, isso nunca, nem as plantas poderão voltar animando minerais. A vida é crescimento, a vida é luz, que tem como destino a Luz Maior. Existe, sim, a reencarnação, mas não regredindo. Ela se processa no mesmo reino. O Espírito, tomando corpos semelhantes aos que teve, para a sua evolução espiritual, e cada vez mais se iluminando, mesmo que não mostre essa iluminação, a está processando por dentro, e ninguém tira essa glória de sua vida. Ela é sua, por tê-la conquistado sob as bênçãos do Criador. O espírita, principalmente, deve aprender a adquirir a força do desprendimento.
  • 11. Desprender-se das coisas materiais não é jogar fora o que Deus lhe confiou; é saber fazer uso dos bens transitórios, porque somente os valores morais, o saber, a moral elevada, é que o acompanham pela eternidade. Deus somente consente que se façam as coisas que deem motivo para aprendizado. O que iria aprender o Espírito que já tivesse animado o corpo de um homem, voltando a animar o corpo de um animal irracional? Deus é justo e misericordioso; Ele não faz coisas para voltar atrás, e o homem é senhor dos reinos que Ele criou, para que os Espíritos pudessem passar a aprender todas as coisas. O Espírito é luz, e como tal, não poderá tornar às trevas. 613. Por mais errônea que seja a ideia ligada à metempsicose, não seria ela o resultado do sentimento intuitivo das diferentes existências do homem?
  • 12. “Encontramos esse sentimento intuitivo nessa crença como em muitas outras; mas, como a maior parte dessas ideias intuitivas, o homem a desnaturou”. Comentário de Kardec: A metempsicose seria verdadeira se por ela se entendesse a progressão da alma de um estado inferior para um superior, realizando os desenvolvimentos que transformariam a sua natureza, mas é falsa no sentido de transmigração direta do animal para o homem e vice- versa, o que implicaria a ideia de uma retrogradação ou de fusão. Ora, não podendo realizar-se essa fusão entre seres corporais de duas espécies, temos nisso um indício de que se encontram em graus não assimiláveis e que o mesmo deve acontecer com os espíritos que os animam. Se o mesmo Espírito pudesse animá-los alternativamente,
  • 13. ... disso resultaria uma identidade de natureza que se traduziria na possibilidade de reprodução material. A reencarnação ensinada pelos Espíritos se funda, pelo contrário, sobre a marcha ascendente da Natureza e sobre a progressão do homem na sua própria espécie, o que não diminui em nada a sua dignidade. O que o rebaixa é o mau uso que faz das faculdades que Deus lhe deu para o seu adiantamento. Como quer que seja, a antiguidade e a universalidade da doutrina da metempsicose, e o número de homens eminentes que a professaram, provam que o princípio da reencarnação tem suas raízes na própria Natureza; esses são, portanto, argumentos antes a seu favor do que contrários.
  • 14. O ponto de partida do Espírito é uma dessas questões que se ligam ao princípio das coisas e estão nos segredos de Deus. Não é dado ao homem conhecê-las de maneira absoluta, e ele só pode fazer, a seu respeito, meras suposições, construir sistemas mais ou menos prováveis. Os próprios Espíritos estão longe de tudo conhecer, e sobre o que não conhecem podem ter também opiniões pessoais mais ou menos sensatas. É assim que nem todos pensam da mesma maneira a respeito das relações existentes entre o homem e os animais. Segundo alguns, o Espírito não chega ao período humano senão depois de ter sido elaborado e individualizado nos diferentes graus dos seres inferiores da Criação. Segundo outros, o Espírito do homem teria sempre pertencido à raça humana, sem passar pela fieira animal.
  • 15. O primeiro desses sistemas tem a vantagem de dar uma finalidade ao futuro dos animais, que constituiriam assim os primeiros anéis da cadeia dos seres pensantes; o segundo é mais conforme à dignidade do homem e pode resumir- se da maneira seguinte: As diferentes espécies de animais não procedem intelectualmente umas das outras, por via de progressão; assim, o Espírito da ostra não se torna sucessivamente do peixe, da ave, do quadrúpede e do quadrúmano; cada espécie é um tipo absoluto, física e moralmente, e cada um dos seus indivíduos tira da fonte universal a quantidade de princípio inteligente que lhe é necessária, segundo a perfeição dos seus órgãos e a tarefa que deve desempenhar nos fenômenos da Natureza, devolvendo-a à massa após a morte.
  • 16. Forma-se ele do princípio inteligente individualizado? Isso é um mistério que seria inútil procurar penetrar e sobre o qual, como dissemos, só podemos construir sistemas. O que é constante e ressalta ao mesmo tempo do raciocínio e da experiência é a sobrevivência do Espírito, a conservação de sua individualidade após à morte, sua faculdade de progredir, seu estado feliz ou infeliz, proporcional ao seu adiantamento na senda do bem, e todas as verdades morais que são a consequência desse princípio. Quanto às relações misteriosas existentes entre o homem e os animais, isso, repetimos, está nos segredos de Deus, como muitas outras coisas cujo conhecimento atual nada importa para o nosso adiantamento, e sobre as quais seria inútil nos determos.
  • 17. REFLEXÃO: O Espírito traz na consciência as leis estabelecidas por Deus, de modo que elas irradiam dentro e fora de si, como uma conversa com a alma em dimensão diferente da que conhecemos pela palavra falada. Certamente que a Metempsicose, falada e escrita por certos espiritualistas, varando séculos para dizer ao homem moderno que existe a reencarnação, deve ser bem esclarecida, e quem melhor deu suas diretrizes foi a codificação do Espiritismo, organizada por Allan Kardec. A fala dos Espíritos mais acentuada se encontra em "O Livro dos Espíritos", a dizer que a Metempsicose seria verdadeira se indicasse a progressão da alma, através da reencarnação, que se processa como lei natural nos Espíritos de todos os mundos habitados,
  • 18. ... sendo que o Espírito não regride, de homem para o animal irracional, na interpretação de certos escritores que cochilam na letra e se esquecem do Espírito que vivifica. Tudo no mundo, e em todos os mundos, avança, progride sempre. Somente a forma pode regredir na sua expressão, como instrumento de cumprimento da lei de causa e efeito. Ha muitas coisas que escapam ao conhecimento dos doutos. O processo de troca de corpos se opera em todos os reinos da natureza, e em cada um deles há uma feição diferente, a que obedece cada ser e cada coisa, segundo a posição em que se encontra na escala de elevação. É a lei da justiça, atuante e dominante em todos os espaços, pelo avanço do tempo. A reencarnação é, pois, a evolução da ideia de Metempsicose, trazendo para a humanidade mais esperança e mais alegria para viver.
  • 19. Ninguém regride; avançamos sempre, pois o que aprendemos, aprendemos para sempre, mas respondemos pelos desvios das coisas divinas. Procuremos as coisas simples, busquemos a lei de Deus e a Sua justiça, no dizer do Evangelho, que o resto aproximar-se-á de nós por misericórdia. Existe entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação, tal qual nos é ensinada pelo Espiritismo, uma diferença essencial. A metempsicose, como já foi dito, admite a transmigração da alma para o corpo dos animais, o que seria uma degradação. Os Espíritos dizem-nos, ao contrário, que a reencarnação é um progresso incessante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a alma dos animais e que as diferentes existências podem realizar-se na Terra ou em outros mundos, até que haja transcorrido o tempo da purificação.
  • 20. A doutrina da metempsicose, embora não aceita pelo Espiritismo, tem sua origem num fato verdadeiro, que é a passagem da alma, em seu processo evolutivo, pelos reinos inferiores da Natureza. Nesse processo, o princípio espiritual, antes de chegar à condição de alma humana, passou um dia pelo reino animal, mas a ele não voltará mais, porque, ao fazer agora parte da Humanidade, não existe nenhuma possibilidade de reencarnar em corpos de criaturas pertencentes aos reinos inferiores àquele em que hoje se encontra. A título de recordação, lembremos que o Espírito só chega ao período de humanização depois de se haver elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores da Criação, como é ensinado na obra de Kardec.
  • 21. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspopt.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec! O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!