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Informaçõesdocumentárias:
Kobashieaorganizaçãodo
conhecimentoedainformação
• A relação da autora com os termos:
“organização da informação” e
“organização do conhecimento”- uma
busca em base de dados
Disciplina: Elaboração de resumos documentários e indexação,
Solange Puntel Mostafa
Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras
Ciências da Informação e da Documentação
Discentes: Felipe, Rodrigo, André, Vander, João e Luís
*Rembrandt
*Van Gogh
A base de dados BRAPCI: www.brapci.ufpr.br
Pautou-se a busca na base com os termos: “organização da
informação”, “organização do conhecimento” e vinculados ao nome
Kobashi. A base nos retornou com 7 artigos de pertinência na
estruturação e na construção do conhecimento cientifico nas
metodologias documentárias e processos indexatórios.
Interessante ressaltar a remissiva gerada pela base, do qual na pesquisa feita
por tais termos, as palavras - chave sugeridas remetem ao trabalho de
indexação.
“cartografia temática conceitos dissertações dissertações e
teses indicadores bibliométricos indicadores
bibliométricos; institucionalização da pesquisa
científica institucionalização da pesquisa científica; linguagens
documentárias lingüística e ciência da informação organização da
informação organização do conhecimento teorias do conceito teses ”
Nair Yumiko
Kobashi
KOBASHI, Nair Yumiko é professora
da Escola de Comunicação e Artes
(ECA) da Universidade de São
Paulo, e elabora pesquisas no campo
das construções documentárias e
indexação. Em sua tese: A
elaboração de informações
documentárias: em busca de uma
metodologia, Kobashi aborda os
diversos aspectos metodológicos na
criação de textos documentais
(resumos) tais como o afeto causado
na recuperação da informação.
Na construção dessa metodologia
em sua tese, Kobashi faz um
levantamento bibliográfico de mais
de 150 referencias como base
empírica para embasar tal trabalho.
Kobashi aponta aspectos cognitivos,
semânticos, tipos de resumos,
formas e formatos indexatórios.
*Paul Klee
Resumos documentários: uma proposta metodológica
“De um modo geral, concebe-se a
elaboração de resumos como
uma operação que consiste em
tratar textos: seleciona-se dos
mesmos as informações
consideradas essenciais, tendo
em vista a produção de um novo
texto condensado” (p.1)
*Cezanne
A seleção de informações é, nesse sentido, uma das
operações centrais dos processos que visam a obter
representações condensadas. Seu fundamento
repousa na distinção entre informação essencial e
informação acessória do texto de partida.” (p.1)
“Assim, o resumo é um produto que mantém com o
texto uma relação de Similaridade”(p.1)
*Picasso
“a expressão concreta de um raciocínio
científico é o texto científico, no qual o autor
expõe as operações do espírito que o
conduziram da observação de certos fatos
empíricos ao enunciado de proposições
denominadas de forma diversa:
teses, hipóteses, interpretações, comentários, co
nclusões, explicações, etc...” (p,2) (Gardin)
*Giacomo Balla
“É no interior da atividade de
conhecer, portanto, que se define o texto
científico: uma unidade de comunicação do
saber, dotado de certos elementos estruturais “
(p.2)
“A primeira coluna do quadro relaciona as
categorias textuais e, a segunda, descreve a
natureza de cada uma delas.” (p.3)
*Albert Bierstadt
TEXTO CANôNICO:
*Portinari
TEXTO DISSERTATIVO:
*Ivan Konstantinovich Aivazovskii
Elaborando resumo:
“ler o texto para identificar seu tema, categoria
responsável pela condensação semântica do
texto ao seu nível hierárquico mais geral.” (p.5)
“selecionar as informações consideradas
pertinentes para o tipo de produto que se quer
elaborar”.(p.5)
*Nadezhda Udaltsova
GT7: PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CT&I -
BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: CONCEITOS E
APLICAÇÕES
“Análise da constituição e institucionalização da
bibliometria, da cientometria e da infometria.“
Segundo Boustany (1997), a análise estatística de informações bibliográficas e a
formulação de modelos ou leis vêm sendo feitas desde o século XIX. Sua expressão
mais sistemática, porém, teve início no século XX, com os trabalhos de Lotka. A
partir daí, as informações bibliográficas ou factuais, reunidas em bancos de dados
públicos, de acesso gratuito ou mantidos por serviços comerciais, foram objeto de
inúmeros estudos que resgataram ou deram origem a novas designações, de acordo
com o objeto em foco: cientometria, infometria, tecnometria, museometria,
arquiometria, iconometria, biblioteconometria, webmetria, entre outras.
(ROSTAING, 1996).
*Renoir
“Apresentar, inicialmente, breve histórico da constituição do campo, os
principais conceitos da bibliometria, da cientometria e da infometria para, em
seguida, abordar algumas tendências atuais dos estudos métricos da
informação. “
Bibliometria, cientometria e infometria: breve histórico
“Gabriel Peignol, pesquisou a produção universal de livros no período
compreendido entre a metade do século XV e início do século XIX.”
Século XX se constitui sua legitimação;
A bibliometria foi caracterizada por Pritchard (1969) como conjunto de
métodos e técnicas quantitativos para a gestão de bibliotecas e
instituições envolvidas com o tratamento de informação.
*Thomas Eakins
QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA:
Lotka, Bradford, Zipf e Price ;
A lei do quadrado inverso, de Lotka (1926), refere-se ao
cálculo da produtividade de autores de artigos científicos.;
A lei de Bradford (1934), por sua vez, trata da dispersão dos
autores em diferentes publicações periódicas;
Lei de Zipf, apresentada em 1935, refere-se à freqüência da
ocorrência de palavras num texto longo. Lei quantitativa
fundamental da atividade humana, Zipf extraiu sua lei de um
princípio geral do “esforço mínimo”: palavra cujo custo de
utilização seja pequeno ou cuja transmissão demande esforço
mínimo são frequentemente usadas em texto grande.
*Umberto Boccioni
Price, que se valeu das propostas de Lotka, Bradford e Zipf para formular suas
leis cienciométricas, os estudos quantitativos adquiriram novos contornos,
centrando-se fundamentalmente, na análise da dinâmica da atividade
científica, incluindo tanto os produtos quanto os produtores de ciência;
MAPAS DA CIÊNCIA:
Os referidos mapas têm por base, segundo Price (1965), as "relações
estruturais de uma rede de referências e citações", projeto que será
desenvolvido no Institute for Scientific Information (ISI), na década de 70,
por meio de métodos de co-citação. (POLANCO, 1995);
A análise multidimensional, aplicada às palavras-chave de registros
bibliográficos, configura-se como uma das contribuições teóricas mais
recentes aos métodos quantitativos. Baseado no cálculo matricial e na álgebra
linear, esse método supõe a classificação automática dos dados e sua
representação por meio de cartografias temáticas.
*San Giorgio Maggiore
O termo infometria, por sua vez, foi proposto em 1987, pela International
Federation of Documentation / Federação Internacional de Documentação
(FID), para designar o conjunto das atividades métricas relativas à
informação, cobrindo tanto a bibliometria quanto a cientometria.
Dessa forma Polanco(1995):
[...] a infometria comporta uma síntese da bibliometria e da
cientometria, mas também como Brookes destacou tão bem, ela significa
uma abertura ao estudo matemático da informação e sobre suas formas
documentárias (Ciência social da informação) seja eletrônica ou física [...]
BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA E INFOMETRIA, distinções:
“A bibliometria tem como objetos de estudo os livros ou as revistas
científicas, cujas análises se vinculam à gestão de bibliotecas e bases de
dados. A cientometria preocupa-se com a dinâmica da ciência, como
atividade social, tendo como objetos de análise a produção, a circulação e o
consumo da produção científica. A infometria, por sua vez, abarca as duas
primeiras, tendo desenvolvido métodos e ferramentas para mensurar e
analisar os aspectos cognitivos da ciência.”
*Francis Bacon
Conceitos operacionais centrais:
A produtividade de autores de artigos científicos (com
base nas leis de Lotka e Price); o núcleo e a dispersão
de artigos em periódicos científicos (lei de Bradford); e
a freqüência de palavras em textos longos (lei de Zipf).
O cálculo de co-ocorrências (de autores, de palavras, de
instituições), fundada em métodos de análise
multidimensional é uma das áreas que vem crescendo de
forma acentuada nos estudos métricos contemporâneos.
*Dalí
MAPAS DA CIÊNCIA E DA TECNICA:
Criação de 3 novos Workshops na: 12th International Conference on
Scientometrics and Informetrics, Rio de Janeiro, julho de 2009, para a
visualização da informação:
WK1: este workshop objetiva identificar e avaliar pesquisas
interdisciplinares: métricas e mapas;
WK2: este workshop objetiva visualizar e analisar a literatura
científica com CitySpace. Ressalta-se que CiteSpace é uma aplicação
Java para analisar e visualizar redes de co-citação, como Chen
(2004) esclarece. A meta central do CiteSpace é facilitar a análise de
tendências emergentes num determinado campo de conhecimento.
Permite ao usuário se informar com rapidez das novidades na área
e, então, tirar proveito.
WK3: este workshop objetiva utilizar mapas de ciência para ensinar
ciência.
Umberto Boccioni
Na visualização da informação, temos 2 eixos:
*consideração o modo como essas técnicas
exploram o substrato visual, as marcas e as
propriedades visuais do desenho;
*as técnicas são classificadas de acordo com as
características dos dados a serem visualizados
(visualização maior dos que utilizam a
informação científica);
*Lyubov Popova
Os dendogramas constituem outra técnica de visualização de
dados. Também conhecidos como diagrama de árvore, permitem
visualizar, hierarquicamente, resultados de análise de
agrupamentos.
Fachin e Santos (2009), que analisaram, com fins exploratórios,
os registros da área de organização da informação e do
conhecimento, armazenados em Library and Information
Science Abstracts (LISA).
Da análise dos agrupamentos, infere-se que, na Base LISA, os
artigos indexados com o descritor knowledge organization têm
conteúdos relativos aos fundamentos da organização do
conhecimento, enquanto os artigos indexados com o descritor
knowledge representation são relativos às aplicações ditas
tecnológicas da organização do conhecimento.
O núcleo e a dispersão na distribuição de dados
Dois fenômenos podem ser destacados nas representações visuais dos estudos
bibliométricos, cientométricos e infométricos: a conjunção e a disjunção de
dados.
O núcleo representa o grupo de dados que aparecem com as maiores
freqüências, relativamente ao conjunto dos itens analisados. Levando-se em
consideração a Lei de Lotka, o núcleo simboliza os autores mais férteis numa
área de especialidade.
A dispersão representa os dados de baixa freqüência relativamente ao conjunto
de dados. Segundo a mesma lei de Lotka, a dispersão corresponde à grande
diversidade de autores que publicam muito pouco dentro da área de
especialidade estudada.
Nesta modelização, o núcleo é o espaço no qual se distribuem os elementos
bibliográficos redundantes e / ou que identificam certa área ou certo domínio
de especialização. Na zona da dispersão, é onde se distribuem os elementos que
representam a individualidade ou a variação da área.
Porque os diferentes atores da comunicação de
conhecimento científico tenderiam a se submeter a tal regra?
Dos estudos realizados para responder a esta
indagação, decorreram duas regras:
1. A vantagem do acúmulo (cumulative advantage) –
subentende-se que quanto maior a freqüência de uma
referência bibliográfica, maior a tendência a reutilizá-la;
2. A especialização – quanto maior a freqüência de uma
referência bibliográfica, menor a quantidade de informação a
ela associada e, portanto, maior é a probabilidade de que seja
rejeitada em favor de uma referência mais específica ou
inovadora.
Pontuações
Breve histórico dos estudos quantitativos da informação para, em seguida, abordar as
tendências dos estudos contemporâneos sobre o tema. Esse percurso permite tirar
algumas conclusões:
1. O campo dos estudos métricos, embora tenha origens remotas, se
consolidou a partir da década de 50.
2. Os objetos de estudo passaram, gradativamente, da contagem de livros e
revistas, para fins de gestão, para a interpretação da atividade científica e
para orientar políticas de ciência.
3. Novos métodos de abordagem e tecnologias foram sendo criados para
correlacionar dados, como estudos de citação, co-autorias e co-words.
4. A visualização de informações ganha, desde os anos 90, lugar de destaque.
5. Os estudos métricos se aproximam, cada vez mais, das ciências ditas
“moles” (CHS) porque estas últimas oferecem teorias e modelos que
permitem interpretar os dados em contextos culturais, políticos, ideológicos
e econômicos distintos.
6. Ao lado dos estudos de natureza externalista, vêm crescendo os estudos
internalistas. Significa, portanto, que aos estudos de quantificação de autores,
de artigos e de citações, agregam-se estudos sobre os conteúdos dos trabalhos
científicos.
Estudos para implantação de ferramenta de apoio a
gestão de linguagens documentárias vocabulário
controlado da USP
A organização e a recuperação da informação fundamentam-se em
pressupostos aceitos na área da ciência da informação. O pressuposto com mais
destaque e importância afirma que a organização da informação é uma
atividade intelectual que apresenta ao menos três dimensões (SVENONIUS,
2001):
a) dimensão social: se explicita no fato de ser uma atividade institucional; nessa
medida ela deve estar em harmonia com os objetivos da instituição no interior
da qual se desenvolve.
b) dimensão teórico/metodológica: se relaciona aos aspectos cognitivos, o seja,
ao conhecimento crítico acumulado pela área, o que permite propor hipóteses
de solução de problemas do campo.
c) dimensão operacional: que se refere ao modo de organizar o trabalho, tendo
em vista os instrumentos que podem ser utilizados no processo.
Seguindo essas três dimensões especialista em
bibliotecas do sistema desenvolveram um projeto
pelo qual foram responsáveis pela criação e
orientação metodológica conhecido como
“Vocabulário Controlado do Departamento Técnico
do Sistema de Bibliotecas da USP (SIBi/USP)”, o
qual conta com professores especialistas nos
assuntos do vocabulário SIbi/USP, assim garantindo
consistência da terminologia e dos sistemas
conceituais de cada área, caracterizando sua
dimensão. O qual em conjunto com o suporte da área
da informática, iniciou se um projeto no qual o
resultado foi um banco de dados bibliográficos da
USP (Dedalus).
Gerenciamento do vocabulário controlado do
SIBI/USP
O “Vocabulário Controlado do SIBi/USP” foi criado
para ser usado pelo Banco DEDALUS, o qual foi feita
uma proposta de um projeto para garantir seu
crescimento controlado e harmonioso, através de
atualizações permanentes dos vocabulários
controlados, assim corrigindo descritores e
introduzindo notas para descritores ambíguos. Gerando
assim uma política de manutenção e atualização de
uma linguagem documentaria, na prática, deve prever
dois aspectos: o gerenciamento do processo e o controle
terminológico.
O primeiro aspecto refere-se ao gerenciamento do processo
inclui a elaboração de diretrizes, a definição dos mecanismos de
revisão e atualização, o estabelecimentos de prazos a verificação
de falhas e solução dos problemas detectados
O segundo aspecto refere-se à análise dos descritores e não
descritores, à revisão/atualização das relações entre eles e à
consulta de fontes e/ou especialistas da área para garantir a
pertinência das modificações a serem introduzidas.
Dessa forma sempre mantendo o banco DEDALUS atualizado
sobre os padrões diretrizes e normas de construção e
manutenção para o vocabulários controlados.
S I S T E M A D E S U G E S T Õ E S D O V O C A B U L Á R I O
C O N T R O L A D O D A U S P - S I B I X 653
A manutenção e
gerenciamento do
vocabulário se efetiva
com o uso do
vocabulário controlado
da SIBi/USP
denominado SIBIX 653,
desenvolvido pelo
departamento tecnico
SIBi/USP.
O SIBIX 653 foi implementado a partir do delineamento do
fluxo de informação proposto pela equipe responsável pelo
gerenciamento do Vocabulário. É constituído por uma base de
dados, um conjunto de programas que controla o fluxo da
informação e propicia a interface para o usuário
(bibliotecários indexadores do Sistema), por meio de
formulário disponível para preenchimento on-line, sendo
assim uma ferramenta essencial de gerenciamento do
vocabulario pois permite fazer o acompanhamento ágil e
seguro das decisões pelas diversas instâncias envolvidas no
processo.
ANÁLISE DOCUMENTÁRIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Levantar questões relacionadas à interface da
Análise Documentária com a Inteligência Artificial.
Nesse sentido, procuraremos expor as perspectivas
que se abrem para a Análise Documentária ao
adotar os pressupostos e técnicas de Inteligência
Artificial; e demonstrar que os mesmos mostram-se
utilizáveis nas operações documentárias de análise,
síntese e representação de
informações/conhecimentos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DOCUMENTAÇÃO:
A Inteligência Artificial (I.A.) é uma área da Informática
voltada à construção de sistemas com caraterísticas
associadas à inteligência do comportamento humano,
particularmente aquelas relacionadas com a compreensão da
linguagem natural, aquisição de conhecimentos, raciocínios e
processos cognitivos. Os sistemas "inteligentes" distinguem-
se dos sistemas tradicionais, que lidam com dados numéricos,
por terem como objeto o processamento de ideias e de
conhecimentos representados por símbolos (CATENAT,
1984; VALLE, 1984). As perspectivas de aplicação de
Inteligência Artificial são bastante variadas, abrangendo,
entre outras, o reconhecimento de imagens, formas e voz,
resolução de problemas, demonstração de teoremas, tradução
automática e manipulação de dispositivos robóticos.
Aplicação da I.A. à Documentação:
As pesquisas para aplicação da I.A. ao nosso
campo de interesse, a Documentação, vêm
sendo feitas tanto em atividades de
processamento quanto de recuperação da
informação.
As aplicações da I.A. à Documentação são,
contudo, limitadas, e podem ser ampliadas e
melhoradas. A exploração de sua aplicação à
Análise Documentária mostra-se
extremamente promissora, como veremos a
seguir.
Análise Documentária e I.A.:
A aproximação da Análise Documentária da Inteligência
Artificial, e mais especificamente dos Sistemas
Especialistas, deu-se por três razões fundamentais:
a) convergência de objetivos - tratamento e representação
de dados e conhecimentos;
b) convergência de problemas - como tratar e representar
dados e conhecimentos qualitativos, em linguagem natural e
em diferentes áreas de conhecimento;
c) convergência de instrumentos - sistemas de
representação específicos tanto na Análise Documentária e
Informática, como em cada área de conhecimento.
CONCLUSÃO:
Essa inter-relação fica clara, sem dúvida, na fase de elaboração
da Base de Conhecimentos, na medida em que os seus
instrumentos (objeto, atributo) dependem de sistemas de
representação, cuja construção e uso são comuns à I.A. e às
técnicas documentárias.
Por outro lado, o exercício sistematiza um procedimento que é
comum tanto aos documentalistas como aos leitores-
cientistas, procedimento que se baseia nos seguintes postulados:
a) o volume de publicações, e, portanto de conhecimentos, é
inversamente proporcional à capacidade de consumo. Quanto
maior a produção, menor a possibilidade de absorção.
b) os bancos de dados bibliográficos e/ou conceituais são
registros sofisticados mas, por se terem tornado
exaustivos, comprometeram a especificidade (quantidade x
qualidade).
O objetivo é chegar a uma representação que sendo "todo"
o conteúdo, seja mais rápida de absorver e portanto mais
econômica para ser consultada (GARDIN,1987).
Mais ainda, esta tendência instaura como objeto da
Documentação já não o documento, nem a informação,
mas sim o conhecimento (com base na informação e no
documento) um conhecimento (tema) que se quer local
(específico) e total (exaustivo) (SOUZA, 1988).
ARQUEOLOGIA DO TRABALHO IMATERIAL: uma
aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses
Os trabalhos de Whitley (1974), realizados no campo
da Sociologia da Ciência, são referências teóricas úteis
para abordar a institucionalização da pesquisa
científica. Segundo o modelo por ele proposto, a
pesquisa científica pode ser analisada segundo duas
categorias: a institucionalização cognitiva e a
institucionalização social.
Considerações Preliminares:
1) os produtos da pesquisa científica, vistos na ótica da
economia informacional, por serem expressões do trabalho
imaterial (HARDT e NEGRI, 2002), podem ser descritos e
analisados para revelar aspectos da institucionalização da
ciência.
2) trabalhos de escavação da produção intelectual, como o
aqui proposto, não são novos. De fato, inspira-se em trabalho
seminal de Foucault - “A arqueologia do saber”. Seu
comentário sobre o porquê da escolha desse título tem
servido de base para muitos trabalhos sobre os processos de
construção do conhecimento.
Inicialmente, empreguei essa palavra de maneira um pouco
cega, para designar uma forma de análise que não seria
efetivamente uma história (no sentido em que se relata, por
exemplo, a história das invenções e das idéias), e que tampouco
seria uma epistemologia, ou seja, uma análise interna da estrutura
de uma ciência. Trata-se de uma coisa diferente, e então eu a
chamei de “arqueologia”; depois, retrospectivamente, pareceu-me
que o acaso não tinha me guiado muito mal: afinal, essa palavra
“arqueologia”, ao preço de uma aproximação que me será
perdoada, eu espero, pode querer dizer: descrição do arquivo. Por
arquivo, entendo o conjunto de discursos efetivamente
pronunciados; e esse conjunto é considerado não somente como um
conjunto de acontecimentos que teriam ocorrido uma vez por todas
e que
permaneceriam em suspenso, nos limbos ou purgatórios da
história, mas também como um conjunto que continua a
funcionar, a se transformar através da história, possibilitando o
surgimento de outros discursos (FOUCAULT, 2000, p. 145).
Explorar as bases de dados de dissertações e teses produzidas
no país, descrevê-las e produzir indicadores tem o
sentido, portanto, de rememorar e reavaliar a atividade
científica desenvolvida na universidade. O projeto proposto
requer abordagem interdisciplinar que entrecruza três
saberes: os Estudos Sociais da Ciência, a Organização e
Representação do Conhecimento e os Métodos
Bibliométricos avançados.
A APLICAÇÃO BIBLIOMÉTRICA À ANÁLISE DE DISSERTAÇÕES E TESES.
Breve caracterização da bibliometria
A bibliometria é uma metodologia de recenseamento das atividades
científicas e correlatas, por meio de análise de dados que apresentem as
mesmas particularidades. Por meio dessa metodologia, pode-se, por
exemplo, identificar a quantidade de trabalhos sobre um determinado
assunto; publicados em uma data precisa; publicados por um autor ou por
uma instituição ou difundidos por um periódico científico, o grau de
desenvolvimento de P&D e de inovação, entre outros. Por meios
bibliométricos pode-se, por exemplo, computar dados para comparar e
confrontar os elementos presentes em referências bibliográficas de
documentos representativos das publicações.
Os indicadores bibliométricos vêm ganhando importância crescente como
instrumentos para análise da atividade científica e das suas relações com o
desenvolvimento econômico e social. Sua construção tem sido incentivada
pelos órgãos de fomento à pesquisa como meio para se obter uma visão
acurada da produção de ciência, de modo a subsidiar a política científica e
avaliar seus resultados.
Exemplo de mapeamento bibliométrico
Em complemento às aplicações para obtenção de
indicadores da ciência, tecnologia e inovação, os estudos
recentes da área concentram-se em técnicas de
mapeamento bibliométrico para monitorar o
desenvolvimento científico (básico ou aplicado), uma vez
que eles são considerados instrumentos úteis para
identificar padrões na estrutura dos campos
científicos, identificar processos de disseminação do
conhecimento e visualizar as dinâmicas do
desenvolvimento científico, tecnológico e de sua efetiva
adoção na produção de bens e serviços.
A visualização da informação por meio de mapas baseia-se
nos estudos sobre a percepção, que mostram que o ser
humano tem primeiro uma percepção global de uma cena
antes de atentar para os detalhes (TUFTE, 1983).
Tais estudos abriram caminhos para explorar as
características da percepção global e, consequentemente,
para aplicá-las aos sistemas de informação, particularmente
nos aspectos relacionados à recuperação de informação, tais
como:
_ Exploração rápida de conjuntos de informações desconhecidas;
_ Evidenciação de relações e estruturas nas informações;
_ Fornecimento de alternativas de acesso a informações pertinentes;
_ Classificação interativa de informação.
Classificação hierárquica de descritores – DENDOGRAMA
A visualização da dinâmica da aplicação de processo
científico de “radiação gama à base de cobalto 60”
sobre os mais diversos tipos de matérias e organismos
vivos evidencia, de forma objetiva, as relações e as
estruturas que foram, ao longo dos últimos 30 anos de
pesquisa no IPEN, hierarquicamente, estabelecidas
entre as temáticas de estudo.
Classificação, em espaço reduzido, não hierárquica de descritores – ESCALA
MULTIDIMENSIONAL (MSD)
Em que se estuda a mesma categoria S63, o
objetivo foi o de representar em espaço
reduzido, os “clusters” que se formaram entre
as temáticas estudadas, a partir dos processos
de radiação gama à base do cobalto 60, bem
como as relações que se estabelecerem entre os
diversos clusters.
Fundamentos semânticos e pragmáticos da
construção de instrumentos de
representação de
informação
por Nair Yumiko Kobashi
• A Organização da informação, enquanto campo disciplinar, tem como uma
de suas preocupações mais importantes propor princípios e métodos para
representar “*...+conhecimento institucionalizado e funcionalizado como
informação” (Abril, 2004, p. 9).
• A principal questão: como organizar informação para que o
conhecimento fique visível e possa ser acessado e fruído?
• o conhecimento e suas representações se expressam pela
linguagem.
• A criação de linguagens para operar em contextos de
produção e de busca de informação é, pois, parte constitutiva
da preocupação com a funcionalidade dos sistemas de
informação
• As Linguagens Documentárias são, nesses
dispositivos, instrumentos privilegiados de mediação
• que apresentam dupla função:
• a) representar o conhecimento inscrito e
• b) promover interação entre usuário e dispositivo.
As teorias lingüísticas e as linguagens de
representação
• Saussure: a língua, concebida como uma atividade
social,passa a ser analisada por métodos que entrecruzam
diferentes disciplinas.
• Na segunda metade do séc. XX, com a virada pragmática no
campo da lingüística, o foco se desloca da estrutura abstrata
da língua para o uso que os falantes dela fazem.
• A idéia central de Bakhtin é que a língua é atividade social que se
funda nas necessidades de comunicação (Cintra et al, 2002). Assim,
para o pesquisador russo, as instâncias enunciativas são
indissociáveis no processo de produção de sentido. Enfatiza-se,
assim, a fala, a parole, a enunciação, o diálogo e o que dele resulta:
o enunciado.
• A compreensão da natureza essencialmente dialógica da linguagem
determina, em larga medida, as propostas de construção de
Linguagens documentárias ancoradas na Socioterminologia.
Decorre daí a concepção de que as Linguagens documentárias só
podem operar adequadamente em horizontes sociais
determinados.
• A incorporação da linguagem do usuário aos sistemas de informação é um
fato recente e auspicioso.
• As unidades denominativas próprias dos usuários (as folksonomias)
tendem a ser uma instância complementar de indexação dos sistemas de
informação. Nesses modelos, admitem-se os processos de registro
referencial temático da informação, tanto pelo sistema quanto pelo
usuário, de modo a torná-los dialogantes.
Relações entre termos nas linguagens de
representação.
• As Linguagens documentárias são constituídas de unidades
especiais. Não por acaso, o signo que interessa é a palavra
denominativa ,que são as unidades típicas das Linguagens
documentárias.
• São unidades que designam nomeando fenômenos e objetos de
campos especializados. Para serem funcionais, essas linguagens
explicitam as relações entre os termos que as constituem.
• Os mecanismos estruturais de fixação do sentido e do valor de cada
unidade da Linguagem documentária não existem, portanto, para
engessar as formas de representar informação.
• É preciso reconhecer, no entanto, que as Linguagens documentárias,
embora úteis, são imperfeitas. Sua atualização permanente é sempre um
desafio. É necessário, desse modo, encontrar formas de atualização e
adaptação que sigam mais de perto a velocidade e a dinâmica da criação
terminológica para que, de fato, seja garantida a sua função
comunicacional.
CUNHA, Isabel Maria Ribeiro Ferin; KOBASHI, Nair Yumiko. Análise documentária e inteligência artificial.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 24, n. 1/4, p. 38-62, 1991.
KOBASHI, Nair Yumiko. Resumos documentários: uma proposta metodológica. Revista de Biblioteconomia
de Brasília, Brasília, v. 21, n. 2, p. 201-210, jul./dez. 1997.
LIMA, Vânia Mara Alves; TORRE, Silvia Regina Saran Della; KOBASHI, Nair Yumiko; COUTTO, Mariza Leal de
Meirelles do; SANTOS, Cibele Araujo Camargo Marques dos; AMARAL, Maria Célia; TOKAREVICZ, Sandra;
GUERRA, Sonia Regina Yole; BOCCATO, Vera Regina Casari; BARCELLOS, João Carlos Holland. Estudos para
implantação de ferramenta de apoio à gestão de linguagens documentárias: vocabulário controlado da
USP. Transinformação, Campinas, v. 18, n. 1, p. 17-25, jan./abr. 2006.
KOBASHI, Nair Yumiko; SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos. Arqueologia do trabalho imaterial: uma
aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de
Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 13, n. esp., p. 106-115, 1º sem. 2008.
SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos; KOBASHI, Nair Yumiko.
BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: conceitos e aplicações. Tendências da Pesquisa Brasileira
em Ciência da Informação, João Pessoa, v. 2, n. 1, p. 155-172, 2009.

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Organização da informação e do conhecimento na obra de Kobashi

  • 1. Informaçõesdocumentárias: Kobashieaorganizaçãodo conhecimentoedainformação • A relação da autora com os termos: “organização da informação” e “organização do conhecimento”- uma busca em base de dados Disciplina: Elaboração de resumos documentários e indexação, Solange Puntel Mostafa Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Ciências da Informação e da Documentação Discentes: Felipe, Rodrigo, André, Vander, João e Luís *Rembrandt
  • 2. *Van Gogh A base de dados BRAPCI: www.brapci.ufpr.br Pautou-se a busca na base com os termos: “organização da informação”, “organização do conhecimento” e vinculados ao nome Kobashi. A base nos retornou com 7 artigos de pertinência na estruturação e na construção do conhecimento cientifico nas metodologias documentárias e processos indexatórios. Interessante ressaltar a remissiva gerada pela base, do qual na pesquisa feita por tais termos, as palavras - chave sugeridas remetem ao trabalho de indexação. “cartografia temática conceitos dissertações dissertações e teses indicadores bibliométricos indicadores bibliométricos; institucionalização da pesquisa científica institucionalização da pesquisa científica; linguagens documentárias lingüística e ciência da informação organização da informação organização do conhecimento teorias do conceito teses ”
  • 3. Nair Yumiko Kobashi KOBASHI, Nair Yumiko é professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, e elabora pesquisas no campo das construções documentárias e indexação. Em sua tese: A elaboração de informações documentárias: em busca de uma metodologia, Kobashi aborda os diversos aspectos metodológicos na criação de textos documentais (resumos) tais como o afeto causado na recuperação da informação. Na construção dessa metodologia em sua tese, Kobashi faz um levantamento bibliográfico de mais de 150 referencias como base empírica para embasar tal trabalho. Kobashi aponta aspectos cognitivos, semânticos, tipos de resumos, formas e formatos indexatórios.
  • 4. *Paul Klee Resumos documentários: uma proposta metodológica “De um modo geral, concebe-se a elaboração de resumos como uma operação que consiste em tratar textos: seleciona-se dos mesmos as informações consideradas essenciais, tendo em vista a produção de um novo texto condensado” (p.1)
  • 5. *Cezanne A seleção de informações é, nesse sentido, uma das operações centrais dos processos que visam a obter representações condensadas. Seu fundamento repousa na distinção entre informação essencial e informação acessória do texto de partida.” (p.1) “Assim, o resumo é um produto que mantém com o texto uma relação de Similaridade”(p.1)
  • 6. *Picasso “a expressão concreta de um raciocínio científico é o texto científico, no qual o autor expõe as operações do espírito que o conduziram da observação de certos fatos empíricos ao enunciado de proposições denominadas de forma diversa: teses, hipóteses, interpretações, comentários, co nclusões, explicações, etc...” (p,2) (Gardin)
  • 7. *Giacomo Balla “É no interior da atividade de conhecer, portanto, que se define o texto científico: uma unidade de comunicação do saber, dotado de certos elementos estruturais “ (p.2) “A primeira coluna do quadro relaciona as categorias textuais e, a segunda, descreve a natureza de cada uma delas.” (p.3)
  • 10. *Ivan Konstantinovich Aivazovskii Elaborando resumo: “ler o texto para identificar seu tema, categoria responsável pela condensação semântica do texto ao seu nível hierárquico mais geral.” (p.5) “selecionar as informações consideradas pertinentes para o tipo de produto que se quer elaborar”.(p.5)
  • 11. *Nadezhda Udaltsova GT7: PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CT&I - BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: CONCEITOS E APLICAÇÕES “Análise da constituição e institucionalização da bibliometria, da cientometria e da infometria.“ Segundo Boustany (1997), a análise estatística de informações bibliográficas e a formulação de modelos ou leis vêm sendo feitas desde o século XIX. Sua expressão mais sistemática, porém, teve início no século XX, com os trabalhos de Lotka. A partir daí, as informações bibliográficas ou factuais, reunidas em bancos de dados públicos, de acesso gratuito ou mantidos por serviços comerciais, foram objeto de inúmeros estudos que resgataram ou deram origem a novas designações, de acordo com o objeto em foco: cientometria, infometria, tecnometria, museometria, arquiometria, iconometria, biblioteconometria, webmetria, entre outras. (ROSTAING, 1996).
  • 12. *Renoir “Apresentar, inicialmente, breve histórico da constituição do campo, os principais conceitos da bibliometria, da cientometria e da infometria para, em seguida, abordar algumas tendências atuais dos estudos métricos da informação. “ Bibliometria, cientometria e infometria: breve histórico “Gabriel Peignol, pesquisou a produção universal de livros no período compreendido entre a metade do século XV e início do século XIX.” Século XX se constitui sua legitimação; A bibliometria foi caracterizada por Pritchard (1969) como conjunto de métodos e técnicas quantitativos para a gestão de bibliotecas e instituições envolvidas com o tratamento de informação.
  • 13. *Thomas Eakins QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA: Lotka, Bradford, Zipf e Price ; A lei do quadrado inverso, de Lotka (1926), refere-se ao cálculo da produtividade de autores de artigos científicos.; A lei de Bradford (1934), por sua vez, trata da dispersão dos autores em diferentes publicações periódicas; Lei de Zipf, apresentada em 1935, refere-se à freqüência da ocorrência de palavras num texto longo. Lei quantitativa fundamental da atividade humana, Zipf extraiu sua lei de um princípio geral do “esforço mínimo”: palavra cujo custo de utilização seja pequeno ou cuja transmissão demande esforço mínimo são frequentemente usadas em texto grande.
  • 14. *Umberto Boccioni Price, que se valeu das propostas de Lotka, Bradford e Zipf para formular suas leis cienciométricas, os estudos quantitativos adquiriram novos contornos, centrando-se fundamentalmente, na análise da dinâmica da atividade científica, incluindo tanto os produtos quanto os produtores de ciência; MAPAS DA CIÊNCIA: Os referidos mapas têm por base, segundo Price (1965), as "relações estruturais de uma rede de referências e citações", projeto que será desenvolvido no Institute for Scientific Information (ISI), na década de 70, por meio de métodos de co-citação. (POLANCO, 1995); A análise multidimensional, aplicada às palavras-chave de registros bibliográficos, configura-se como uma das contribuições teóricas mais recentes aos métodos quantitativos. Baseado no cálculo matricial e na álgebra linear, esse método supõe a classificação automática dos dados e sua representação por meio de cartografias temáticas.
  • 15. *San Giorgio Maggiore O termo infometria, por sua vez, foi proposto em 1987, pela International Federation of Documentation / Federação Internacional de Documentação (FID), para designar o conjunto das atividades métricas relativas à informação, cobrindo tanto a bibliometria quanto a cientometria. Dessa forma Polanco(1995): [...] a infometria comporta uma síntese da bibliometria e da cientometria, mas também como Brookes destacou tão bem, ela significa uma abertura ao estudo matemático da informação e sobre suas formas documentárias (Ciência social da informação) seja eletrônica ou física [...] BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA E INFOMETRIA, distinções: “A bibliometria tem como objetos de estudo os livros ou as revistas científicas, cujas análises se vinculam à gestão de bibliotecas e bases de dados. A cientometria preocupa-se com a dinâmica da ciência, como atividade social, tendo como objetos de análise a produção, a circulação e o consumo da produção científica. A infometria, por sua vez, abarca as duas primeiras, tendo desenvolvido métodos e ferramentas para mensurar e analisar os aspectos cognitivos da ciência.”
  • 16. *Francis Bacon Conceitos operacionais centrais: A produtividade de autores de artigos científicos (com base nas leis de Lotka e Price); o núcleo e a dispersão de artigos em periódicos científicos (lei de Bradford); e a freqüência de palavras em textos longos (lei de Zipf). O cálculo de co-ocorrências (de autores, de palavras, de instituições), fundada em métodos de análise multidimensional é uma das áreas que vem crescendo de forma acentuada nos estudos métricos contemporâneos.
  • 17. *Dalí MAPAS DA CIÊNCIA E DA TECNICA: Criação de 3 novos Workshops na: 12th International Conference on Scientometrics and Informetrics, Rio de Janeiro, julho de 2009, para a visualização da informação: WK1: este workshop objetiva identificar e avaliar pesquisas interdisciplinares: métricas e mapas; WK2: este workshop objetiva visualizar e analisar a literatura científica com CitySpace. Ressalta-se que CiteSpace é uma aplicação Java para analisar e visualizar redes de co-citação, como Chen (2004) esclarece. A meta central do CiteSpace é facilitar a análise de tendências emergentes num determinado campo de conhecimento. Permite ao usuário se informar com rapidez das novidades na área e, então, tirar proveito. WK3: este workshop objetiva utilizar mapas de ciência para ensinar ciência.
  • 18. Umberto Boccioni Na visualização da informação, temos 2 eixos: *consideração o modo como essas técnicas exploram o substrato visual, as marcas e as propriedades visuais do desenho; *as técnicas são classificadas de acordo com as características dos dados a serem visualizados (visualização maior dos que utilizam a informação científica);
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. *Lyubov Popova Os dendogramas constituem outra técnica de visualização de dados. Também conhecidos como diagrama de árvore, permitem visualizar, hierarquicamente, resultados de análise de agrupamentos. Fachin e Santos (2009), que analisaram, com fins exploratórios, os registros da área de organização da informação e do conhecimento, armazenados em Library and Information Science Abstracts (LISA). Da análise dos agrupamentos, infere-se que, na Base LISA, os artigos indexados com o descritor knowledge organization têm conteúdos relativos aos fundamentos da organização do conhecimento, enquanto os artigos indexados com o descritor knowledge representation são relativos às aplicações ditas tecnológicas da organização do conhecimento.
  • 23. O núcleo e a dispersão na distribuição de dados Dois fenômenos podem ser destacados nas representações visuais dos estudos bibliométricos, cientométricos e infométricos: a conjunção e a disjunção de dados. O núcleo representa o grupo de dados que aparecem com as maiores freqüências, relativamente ao conjunto dos itens analisados. Levando-se em consideração a Lei de Lotka, o núcleo simboliza os autores mais férteis numa área de especialidade. A dispersão representa os dados de baixa freqüência relativamente ao conjunto de dados. Segundo a mesma lei de Lotka, a dispersão corresponde à grande diversidade de autores que publicam muito pouco dentro da área de especialidade estudada. Nesta modelização, o núcleo é o espaço no qual se distribuem os elementos bibliográficos redundantes e / ou que identificam certa área ou certo domínio de especialização. Na zona da dispersão, é onde se distribuem os elementos que representam a individualidade ou a variação da área.
  • 24. Porque os diferentes atores da comunicação de conhecimento científico tenderiam a se submeter a tal regra? Dos estudos realizados para responder a esta indagação, decorreram duas regras: 1. A vantagem do acúmulo (cumulative advantage) – subentende-se que quanto maior a freqüência de uma referência bibliográfica, maior a tendência a reutilizá-la; 2. A especialização – quanto maior a freqüência de uma referência bibliográfica, menor a quantidade de informação a ela associada e, portanto, maior é a probabilidade de que seja rejeitada em favor de uma referência mais específica ou inovadora.
  • 25. Pontuações Breve histórico dos estudos quantitativos da informação para, em seguida, abordar as tendências dos estudos contemporâneos sobre o tema. Esse percurso permite tirar algumas conclusões: 1. O campo dos estudos métricos, embora tenha origens remotas, se consolidou a partir da década de 50. 2. Os objetos de estudo passaram, gradativamente, da contagem de livros e revistas, para fins de gestão, para a interpretação da atividade científica e para orientar políticas de ciência. 3. Novos métodos de abordagem e tecnologias foram sendo criados para correlacionar dados, como estudos de citação, co-autorias e co-words. 4. A visualização de informações ganha, desde os anos 90, lugar de destaque. 5. Os estudos métricos se aproximam, cada vez mais, das ciências ditas “moles” (CHS) porque estas últimas oferecem teorias e modelos que permitem interpretar os dados em contextos culturais, políticos, ideológicos e econômicos distintos. 6. Ao lado dos estudos de natureza externalista, vêm crescendo os estudos internalistas. Significa, portanto, que aos estudos de quantificação de autores, de artigos e de citações, agregam-se estudos sobre os conteúdos dos trabalhos científicos.
  • 26. Estudos para implantação de ferramenta de apoio a gestão de linguagens documentárias vocabulário controlado da USP A organização e a recuperação da informação fundamentam-se em pressupostos aceitos na área da ciência da informação. O pressuposto com mais destaque e importância afirma que a organização da informação é uma atividade intelectual que apresenta ao menos três dimensões (SVENONIUS, 2001): a) dimensão social: se explicita no fato de ser uma atividade institucional; nessa medida ela deve estar em harmonia com os objetivos da instituição no interior da qual se desenvolve. b) dimensão teórico/metodológica: se relaciona aos aspectos cognitivos, o seja, ao conhecimento crítico acumulado pela área, o que permite propor hipóteses de solução de problemas do campo. c) dimensão operacional: que se refere ao modo de organizar o trabalho, tendo em vista os instrumentos que podem ser utilizados no processo.
  • 27. Seguindo essas três dimensões especialista em bibliotecas do sistema desenvolveram um projeto pelo qual foram responsáveis pela criação e orientação metodológica conhecido como “Vocabulário Controlado do Departamento Técnico do Sistema de Bibliotecas da USP (SIBi/USP)”, o qual conta com professores especialistas nos assuntos do vocabulário SIbi/USP, assim garantindo consistência da terminologia e dos sistemas conceituais de cada área, caracterizando sua dimensão. O qual em conjunto com o suporte da área da informática, iniciou se um projeto no qual o resultado foi um banco de dados bibliográficos da USP (Dedalus).
  • 28. Gerenciamento do vocabulário controlado do SIBI/USP O “Vocabulário Controlado do SIBi/USP” foi criado para ser usado pelo Banco DEDALUS, o qual foi feita uma proposta de um projeto para garantir seu crescimento controlado e harmonioso, através de atualizações permanentes dos vocabulários controlados, assim corrigindo descritores e introduzindo notas para descritores ambíguos. Gerando assim uma política de manutenção e atualização de uma linguagem documentaria, na prática, deve prever dois aspectos: o gerenciamento do processo e o controle terminológico.
  • 29. O primeiro aspecto refere-se ao gerenciamento do processo inclui a elaboração de diretrizes, a definição dos mecanismos de revisão e atualização, o estabelecimentos de prazos a verificação de falhas e solução dos problemas detectados O segundo aspecto refere-se à análise dos descritores e não descritores, à revisão/atualização das relações entre eles e à consulta de fontes e/ou especialistas da área para garantir a pertinência das modificações a serem introduzidas. Dessa forma sempre mantendo o banco DEDALUS atualizado sobre os padrões diretrizes e normas de construção e manutenção para o vocabulários controlados.
  • 30. S I S T E M A D E S U G E S T Õ E S D O V O C A B U L Á R I O C O N T R O L A D O D A U S P - S I B I X 653 A manutenção e gerenciamento do vocabulário se efetiva com o uso do vocabulário controlado da SIBi/USP denominado SIBIX 653, desenvolvido pelo departamento tecnico SIBi/USP.
  • 31. O SIBIX 653 foi implementado a partir do delineamento do fluxo de informação proposto pela equipe responsável pelo gerenciamento do Vocabulário. É constituído por uma base de dados, um conjunto de programas que controla o fluxo da informação e propicia a interface para o usuário (bibliotecários indexadores do Sistema), por meio de formulário disponível para preenchimento on-line, sendo assim uma ferramenta essencial de gerenciamento do vocabulario pois permite fazer o acompanhamento ágil e seguro das decisões pelas diversas instâncias envolvidas no processo.
  • 32. ANÁLISE DOCUMENTÁRIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Levantar questões relacionadas à interface da Análise Documentária com a Inteligência Artificial. Nesse sentido, procuraremos expor as perspectivas que se abrem para a Análise Documentária ao adotar os pressupostos e técnicas de Inteligência Artificial; e demonstrar que os mesmos mostram-se utilizáveis nas operações documentárias de análise, síntese e representação de informações/conhecimentos.
  • 33. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DOCUMENTAÇÃO: A Inteligência Artificial (I.A.) é uma área da Informática voltada à construção de sistemas com caraterísticas associadas à inteligência do comportamento humano, particularmente aquelas relacionadas com a compreensão da linguagem natural, aquisição de conhecimentos, raciocínios e processos cognitivos. Os sistemas "inteligentes" distinguem- se dos sistemas tradicionais, que lidam com dados numéricos, por terem como objeto o processamento de ideias e de conhecimentos representados por símbolos (CATENAT, 1984; VALLE, 1984). As perspectivas de aplicação de Inteligência Artificial são bastante variadas, abrangendo, entre outras, o reconhecimento de imagens, formas e voz, resolução de problemas, demonstração de teoremas, tradução automática e manipulação de dispositivos robóticos.
  • 34. Aplicação da I.A. à Documentação: As pesquisas para aplicação da I.A. ao nosso campo de interesse, a Documentação, vêm sendo feitas tanto em atividades de processamento quanto de recuperação da informação. As aplicações da I.A. à Documentação são, contudo, limitadas, e podem ser ampliadas e melhoradas. A exploração de sua aplicação à Análise Documentária mostra-se extremamente promissora, como veremos a seguir.
  • 35. Análise Documentária e I.A.: A aproximação da Análise Documentária da Inteligência Artificial, e mais especificamente dos Sistemas Especialistas, deu-se por três razões fundamentais: a) convergência de objetivos - tratamento e representação de dados e conhecimentos; b) convergência de problemas - como tratar e representar dados e conhecimentos qualitativos, em linguagem natural e em diferentes áreas de conhecimento; c) convergência de instrumentos - sistemas de representação específicos tanto na Análise Documentária e Informática, como em cada área de conhecimento.
  • 36. CONCLUSÃO: Essa inter-relação fica clara, sem dúvida, na fase de elaboração da Base de Conhecimentos, na medida em que os seus instrumentos (objeto, atributo) dependem de sistemas de representação, cuja construção e uso são comuns à I.A. e às técnicas documentárias. Por outro lado, o exercício sistematiza um procedimento que é comum tanto aos documentalistas como aos leitores- cientistas, procedimento que se baseia nos seguintes postulados: a) o volume de publicações, e, portanto de conhecimentos, é inversamente proporcional à capacidade de consumo. Quanto maior a produção, menor a possibilidade de absorção. b) os bancos de dados bibliográficos e/ou conceituais são registros sofisticados mas, por se terem tornado exaustivos, comprometeram a especificidade (quantidade x qualidade).
  • 37. O objetivo é chegar a uma representação que sendo "todo" o conteúdo, seja mais rápida de absorver e portanto mais econômica para ser consultada (GARDIN,1987). Mais ainda, esta tendência instaura como objeto da Documentação já não o documento, nem a informação, mas sim o conhecimento (com base na informação e no documento) um conhecimento (tema) que se quer local (específico) e total (exaustivo) (SOUZA, 1988).
  • 38. ARQUEOLOGIA DO TRABALHO IMATERIAL: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses Os trabalhos de Whitley (1974), realizados no campo da Sociologia da Ciência, são referências teóricas úteis para abordar a institucionalização da pesquisa científica. Segundo o modelo por ele proposto, a pesquisa científica pode ser analisada segundo duas categorias: a institucionalização cognitiva e a institucionalização social.
  • 39. Considerações Preliminares: 1) os produtos da pesquisa científica, vistos na ótica da economia informacional, por serem expressões do trabalho imaterial (HARDT e NEGRI, 2002), podem ser descritos e analisados para revelar aspectos da institucionalização da ciência. 2) trabalhos de escavação da produção intelectual, como o aqui proposto, não são novos. De fato, inspira-se em trabalho seminal de Foucault - “A arqueologia do saber”. Seu comentário sobre o porquê da escolha desse título tem servido de base para muitos trabalhos sobre os processos de construção do conhecimento.
  • 40. Inicialmente, empreguei essa palavra de maneira um pouco cega, para designar uma forma de análise que não seria efetivamente uma história (no sentido em que se relata, por exemplo, a história das invenções e das idéias), e que tampouco seria uma epistemologia, ou seja, uma análise interna da estrutura de uma ciência. Trata-se de uma coisa diferente, e então eu a chamei de “arqueologia”; depois, retrospectivamente, pareceu-me que o acaso não tinha me guiado muito mal: afinal, essa palavra “arqueologia”, ao preço de uma aproximação que me será perdoada, eu espero, pode querer dizer: descrição do arquivo. Por arquivo, entendo o conjunto de discursos efetivamente pronunciados; e esse conjunto é considerado não somente como um conjunto de acontecimentos que teriam ocorrido uma vez por todas e que permaneceriam em suspenso, nos limbos ou purgatórios da história, mas também como um conjunto que continua a funcionar, a se transformar através da história, possibilitando o surgimento de outros discursos (FOUCAULT, 2000, p. 145).
  • 41. Explorar as bases de dados de dissertações e teses produzidas no país, descrevê-las e produzir indicadores tem o sentido, portanto, de rememorar e reavaliar a atividade científica desenvolvida na universidade. O projeto proposto requer abordagem interdisciplinar que entrecruza três saberes: os Estudos Sociais da Ciência, a Organização e Representação do Conhecimento e os Métodos Bibliométricos avançados.
  • 42. A APLICAÇÃO BIBLIOMÉTRICA À ANÁLISE DE DISSERTAÇÕES E TESES. Breve caracterização da bibliometria A bibliometria é uma metodologia de recenseamento das atividades científicas e correlatas, por meio de análise de dados que apresentem as mesmas particularidades. Por meio dessa metodologia, pode-se, por exemplo, identificar a quantidade de trabalhos sobre um determinado assunto; publicados em uma data precisa; publicados por um autor ou por uma instituição ou difundidos por um periódico científico, o grau de desenvolvimento de P&D e de inovação, entre outros. Por meios bibliométricos pode-se, por exemplo, computar dados para comparar e confrontar os elementos presentes em referências bibliográficas de documentos representativos das publicações. Os indicadores bibliométricos vêm ganhando importância crescente como instrumentos para análise da atividade científica e das suas relações com o desenvolvimento econômico e social. Sua construção tem sido incentivada pelos órgãos de fomento à pesquisa como meio para se obter uma visão acurada da produção de ciência, de modo a subsidiar a política científica e avaliar seus resultados.
  • 43. Exemplo de mapeamento bibliométrico Em complemento às aplicações para obtenção de indicadores da ciência, tecnologia e inovação, os estudos recentes da área concentram-se em técnicas de mapeamento bibliométrico para monitorar o desenvolvimento científico (básico ou aplicado), uma vez que eles são considerados instrumentos úteis para identificar padrões na estrutura dos campos científicos, identificar processos de disseminação do conhecimento e visualizar as dinâmicas do desenvolvimento científico, tecnológico e de sua efetiva adoção na produção de bens e serviços. A visualização da informação por meio de mapas baseia-se nos estudos sobre a percepção, que mostram que o ser humano tem primeiro uma percepção global de uma cena antes de atentar para os detalhes (TUFTE, 1983).
  • 44. Tais estudos abriram caminhos para explorar as características da percepção global e, consequentemente, para aplicá-las aos sistemas de informação, particularmente nos aspectos relacionados à recuperação de informação, tais como: _ Exploração rápida de conjuntos de informações desconhecidas; _ Evidenciação de relações e estruturas nas informações; _ Fornecimento de alternativas de acesso a informações pertinentes; _ Classificação interativa de informação. Classificação hierárquica de descritores – DENDOGRAMA
  • 45.
  • 46. A visualização da dinâmica da aplicação de processo científico de “radiação gama à base de cobalto 60” sobre os mais diversos tipos de matérias e organismos vivos evidencia, de forma objetiva, as relações e as estruturas que foram, ao longo dos últimos 30 anos de pesquisa no IPEN, hierarquicamente, estabelecidas entre as temáticas de estudo.
  • 47. Classificação, em espaço reduzido, não hierárquica de descritores – ESCALA MULTIDIMENSIONAL (MSD)
  • 48. Em que se estuda a mesma categoria S63, o objetivo foi o de representar em espaço reduzido, os “clusters” que se formaram entre as temáticas estudadas, a partir dos processos de radiação gama à base do cobalto 60, bem como as relações que se estabelecerem entre os diversos clusters.
  • 49. Fundamentos semânticos e pragmáticos da construção de instrumentos de representação de informação por Nair Yumiko Kobashi
  • 50. • A Organização da informação, enquanto campo disciplinar, tem como uma de suas preocupações mais importantes propor princípios e métodos para representar “*...+conhecimento institucionalizado e funcionalizado como informação” (Abril, 2004, p. 9). • A principal questão: como organizar informação para que o conhecimento fique visível e possa ser acessado e fruído? • o conhecimento e suas representações se expressam pela linguagem.
  • 51. • A criação de linguagens para operar em contextos de produção e de busca de informação é, pois, parte constitutiva da preocupação com a funcionalidade dos sistemas de informação • As Linguagens Documentárias são, nesses dispositivos, instrumentos privilegiados de mediação • que apresentam dupla função: • a) representar o conhecimento inscrito e • b) promover interação entre usuário e dispositivo.
  • 52. As teorias lingüísticas e as linguagens de representação • Saussure: a língua, concebida como uma atividade social,passa a ser analisada por métodos que entrecruzam diferentes disciplinas. • Na segunda metade do séc. XX, com a virada pragmática no campo da lingüística, o foco se desloca da estrutura abstrata da língua para o uso que os falantes dela fazem.
  • 53. • A idéia central de Bakhtin é que a língua é atividade social que se funda nas necessidades de comunicação (Cintra et al, 2002). Assim, para o pesquisador russo, as instâncias enunciativas são indissociáveis no processo de produção de sentido. Enfatiza-se, assim, a fala, a parole, a enunciação, o diálogo e o que dele resulta: o enunciado. • A compreensão da natureza essencialmente dialógica da linguagem determina, em larga medida, as propostas de construção de Linguagens documentárias ancoradas na Socioterminologia. Decorre daí a concepção de que as Linguagens documentárias só podem operar adequadamente em horizontes sociais determinados.
  • 54. • A incorporação da linguagem do usuário aos sistemas de informação é um fato recente e auspicioso. • As unidades denominativas próprias dos usuários (as folksonomias) tendem a ser uma instância complementar de indexação dos sistemas de informação. Nesses modelos, admitem-se os processos de registro referencial temático da informação, tanto pelo sistema quanto pelo usuário, de modo a torná-los dialogantes.
  • 55. Relações entre termos nas linguagens de representação. • As Linguagens documentárias são constituídas de unidades especiais. Não por acaso, o signo que interessa é a palavra denominativa ,que são as unidades típicas das Linguagens documentárias. • São unidades que designam nomeando fenômenos e objetos de campos especializados. Para serem funcionais, essas linguagens explicitam as relações entre os termos que as constituem.
  • 56. • Os mecanismos estruturais de fixação do sentido e do valor de cada unidade da Linguagem documentária não existem, portanto, para engessar as formas de representar informação. • É preciso reconhecer, no entanto, que as Linguagens documentárias, embora úteis, são imperfeitas. Sua atualização permanente é sempre um desafio. É necessário, desse modo, encontrar formas de atualização e adaptação que sigam mais de perto a velocidade e a dinâmica da criação terminológica para que, de fato, seja garantida a sua função comunicacional.
  • 57. CUNHA, Isabel Maria Ribeiro Ferin; KOBASHI, Nair Yumiko. Análise documentária e inteligência artificial. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 24, n. 1/4, p. 38-62, 1991. KOBASHI, Nair Yumiko. Resumos documentários: uma proposta metodológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 21, n. 2, p. 201-210, jul./dez. 1997. LIMA, Vânia Mara Alves; TORRE, Silvia Regina Saran Della; KOBASHI, Nair Yumiko; COUTTO, Mariza Leal de Meirelles do; SANTOS, Cibele Araujo Camargo Marques dos; AMARAL, Maria Célia; TOKAREVICZ, Sandra; GUERRA, Sonia Regina Yole; BOCCATO, Vera Regina Casari; BARCELLOS, João Carlos Holland. Estudos para implantação de ferramenta de apoio à gestão de linguagens documentárias: vocabulário controlado da USP. Transinformação, Campinas, v. 18, n. 1, p. 17-25, jan./abr. 2006. KOBASHI, Nair Yumiko; SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos. Arqueologia do trabalho imaterial: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 13, n. esp., p. 106-115, 1º sem. 2008. SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos; KOBASHI, Nair Yumiko. BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: conceitos e aplicações. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, João Pessoa, v. 2, n. 1, p. 155-172, 2009.