4. BRASIL: CENÁRIO ECONÔMICO
Com a atual situação econômica do
Brasil, os brasileiros estão cada vez
mais buscando por opções de
economia.
Buscas pelo critério de preço aumentaram 60%, do
início de 2014 até o início de 2016, o que mostra
uma preocupação crescente com os gastos.
A retração econômica refletiu no bolso dos
consumidores, causando impacto em varios setores,
como o varejo e o setor de bens de consumo.
Os consumidores passaram a pesquisar mais
preços, em busca de melhores ofertas, além de
evitarem fazer compras por impulso. Setores
inovadores como o da Economia Colaborativa
cresceram consideravelmente, mostrando mais
consciência no consumo.
Em 2016 o fluxo de pessoas no varejo apresentou
queda, com números abaixo dos registrados em
2015 (variação percentual referente ao mês anterior):
Contudo, olhando somente para 2016, o quarto
trimeste do ano mostra um aumento promissor, que
pode ser resultado das grandes promoções e
descontos que acontecem nos últimos meses do ano.
-7.10% -4.80%
2%
5.90%
0.50% 1.50%
-6.20% -4.70%
10.10%
5.50%
45.30%2015
-8.60%
0.20% -1%
5.50% 5%
-3.90%
-10%
-1.10%
8.70%
2016
fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
6. ASCENSÃO DO E-COMMERCE
Em contraste com o varejo físico, lojas
on-line apresentam um significativo
aumento nas vendas em 2016.
No total do e-commerce, houve um crescimento
nominal de 8% no primeiro semestre de 2016, em
comparação com o mesmo período do ano anterior.
Tal número é superior aos 4% de crescimento
nominal registrados na média total do varejo,
também no primeiro semestre de 2016.
7. ASCENSÃO DO E-COMMERCE
O faturamento total do e-commerce também
aumenta a cada ano, conforme mostrado no gráfico
a seguir.
O Ticket médio no e-commerce vem aumentando
nos últimos anos. Vale lembrar que um dos motivos
deste aumento é a alta nos preços dos produtos.
De 2012 para 2016, o aumento no faturamento foi
de 120%. Para o fim de 2016, é esperado um
faturamento de R$ 44,6 bi.
O aumento de 2012 para 2016 foi de R$ 61 (17%).
Observando os números, pode-se dizer que o e-
commerce se tornou uma alternativa fundamental
para o consumidor economizar na hora da compra,
principalmente por ser um meio onde a comparação
de preços pode ser feita mais facilmente do que no
comércio físico.
9. M-COMMERCE
Tendência apontada em 2015, o m-commerce
cresce consideravelmente em 2016, praticamente
dobrando número que indica o percentual de
vendas on-line feitas via mobile.
Em 2016, até junho, o percentual de vendas via
mobile era de 23%.
11. BLACK FRIDAY 2016
Data supera expectativas, mesmo com
consumidores enfrentando a crise
econômica.
No infográfico “Black Friday 2016 – Expectativas”,
feito pela Esentia, vimos que, mesmo com a crise
Econômica existente no país atualmente, os
consumidores aguardavam a data ansiosamente,
com o intuito de aproveitar os descontos e antecipar
as compras de Natal.
No final de semana da Black Friday (25/11 – 27/11),
as vendas no comércio de rua e em shoppings
aumentaram 11% em relação à 2015 (9%).
No geral, a intenção de compra na data aumentou
4% de 2015 para 2016, e o número de pedidos em
2016 cresceu 5%.
13. BLACK FRIDAY 2016
Quanto ao faturamento, os números mostram que o
consumidor não deixou de comprar por conta da
crise - apenas está mais cauteloso.
Em 2015, a expectativa era um faturamento de R$
1,7 bi em vendas totais, e o número consolidado
surpreendeu: R$ 1,6 bi em vendas somente on-line.
Em 2016 o faturamento estimado era de R$ 2,1 bi
online, e o real foi maior do que esperado: R$ 1,9 bi
em vendas on-line, somente na sexta-feira (sem
somar as quatro horas de quinta-feira (24), quando
os principais e-commerces iniciaram suas
promoções).
A data está cada vez mais consolidada no calendário
de datas de compras do varejo brasileiro. Prova disto
foi o crescimento do número de e-consumidores
ativos, que subiu 17% (1,955 mi). Destes, 281.264
são novos usuários, que fizeram sua primeira compra
na internet.
14. BLACK FRIDAY 2016
Black Friday ajuda os
varejistas na crise mas, por
outro lado, consumidor
pesquisa mais.
Para os varejistas, as vendas na data, on-line, representam 7 sextas-
feiras comuns.
Os preços no e-commerce subiram 6% em Agosto de 2016, em
comparação com o ano anterior.
O setor apresentava deflação desde 2012, mas reverteu a tendência
em meados de 2015, muito pela influência do aumento do câmbio
que afeta, principalmente, produtos eletrônicos.
As pesquisas pelo termo, no Brasil, iniciaram no dia 4 de outubro. O
pico de pesquisas ocorreu na própria Black Friday (25/11).
15. BLACK FRIDAY 2016
Reclamações diminuem e
consumidor se mostra mais
atento.
2016 apresentou queda de 30% no número de
reclamações e, no total, a data de promoções fechou
com 2.912 queixas registradas.
Nas últimas edições, a chamada “maquiagem de
preços” foi campeã de reclamações. Porém, em 2016,
por conta da crise, varejistas já abaixaram os preços
meses antes com o intuito de manter as vendas e,
consequentemente, em 2016 as promoções na Black
Friday foram menos agressivas.
Buscando fugir da “Black Fraude” os consumidores
pesquisaram mais em 2016: consulta à reputação das
lojas cresceu 26% em 2016.
17. Natal mais cedo
Novamente, consumidores
aproveitam os descontos da
Black Friday para antecipar as
compras de Natal.
47% dos consumidores planejavam antecipar as
compras de Natal na Black Friday 2016.
Além disso, a intenção de presentear no Natal caiu 12%
de 2015 para 2016. Dado o atual cenário econômico, a
tendência é que este número continue a apresentar
queda – pelo menos até que a situação econômica
melhore.
Por outro lado, o ticket médio para o Natal de 2016 deve
ser R$ 96,78 maior: de R$ 138,47 em 2015, para R$
235,25 em 2016. Tal fato pode ser consequência do
aumento de preços no varejo como um todo e do
aumento da taxa de câmbio.
19. Explosão das PMEs
Participação de pequenas e
médias empresas cresce a
cada ano.
Em 2015, a participação de pequenos negócios (que
faturam abaixo de R$ 3,6 milhões por ano) na Black
Friday representava 78,9%.
Dentro do universo pesquisado, 48% das empresas
respondentes afirmaram ter apenas lojas no e-
commerce, e 51% afirmaram ter também lojas físicas,
além de lojas on-line.
20. Explosão das PMEs
Das pequenas empresas, 56% responderam que já participaram de outras edições da
Black Friday, e, conforme mostra a série histórica, a participação na data cresce a cada
ano.
Os maiores problemas enfrentados, segundo as empresas, estavam relacionados à
infraestrutura (trafego do site e entrega dos produtos). Ainda assim, apenas 3% das
respondentes em 2015 afirmaram que não participariam da data em 2016, o que
confirma que, cada vez mais, a data contará com a participação das PMEs.
22. Chatbots
“Humanização” das ferramentas
de atendimento ao consumidor
se mostra eficiente.
Em 2015, empresas brasileiras perderam cerca de U$ 217
bilhões no varejo como um todo, devido à mau atendimento:
os clientes acabaram migrando para outras empresas.
Em busca de um atendimento melhor e mais personalizado
– algo que faz o consumidor se sentir único – algumas
empresas utilizaram na Black Friday uma nova ferramenta
que vem ganhando espaço no e-commerce: os Chatbots.
Utilizando os chats das próprias redes sociais, as empresas
colocam robôs de bate-papo que respondem usuários com
frases automáticas para resolver problemas rápidos.
Ao lado, alguns números registrados pelo chatbot das Casas
Bahia, que mostram o sucesso da ferramenta, e seu grande
potencial como uma tendência.
24. Conclusões
• Devido ao cenário econômico do país, os brasileiros não deixaram de comprar, mas estão mais cautelosos
com seu bolso. Prova disso foi o aumento de 60% das buscas pelo critério “preço”, do início de 2014 ao
início de 2016;
• O fluxo no varejo caiu, e, em contrapartida, o e-commerce cresce consideravelmente a cada ano. De 2012 à
2015, o crescimento foi de 39,5 milhões em pedidos, e R$ 18,8 bilhões em faturamento. O esperado para
2016 é 106,5 milhões de pedidos, com um faturamento total de R$ 44,6 bilhões;
• Consequência da busca por mobilidade e conveniência, o m-commerce também cresce mais a cada ano. De
2012 até junho de 2016, o crescimento foi de 20,5%;
• No geral, a edição de 2016 da Black Friday surpreendeu. A intenção de compra foi 4% maior em relação à
2015, e a data de compras fechou com 2,23 milhões de pedidos este ano;
• Era esperado R$ 2,1 bilhões em vendas on-line no final de semana da promoção. Foram vendidos R$ 1,9
bilhões, somente na sexta feira, superando as expectativas;
• O número de e-consumidores ativos cresceu 17% em 2016;
• Os preços no e-commerce apresentaram aumento de 6% e, em contrapartida, o consumidor passou a
pesquisar mais. Reclamações cairam 30% e a consulta à reputação das lojas aumentou 26% em 2016;
25. Conclusões
• Novamente, o consumidor prefere antecipar as compras do Natal, aproveitando os descontos da Black Friday.
A intenção de presentear alguém no Natal caiu 12% este ano;
• PMEs ganham cada vez mais espaço na Black Friday, buscando atrair consumidores, vender mais e
posicionar suas marcas no mercado. A participação de pequenas e médias empresas na data de
descontos cresceu 32,9% de 2012 à 2015;
• Novidade do e-commerce, os Chatbots começam a aparecer na Black Friday, facilitando a operação das
empresas - que recebem muitos pedidos e precisam processá-los de forma rapida – e fornecendo um
atendimento rápido e mais personalizado ao consumidor.