O documento compara dois tipos de enxertos ósseos, o Autógeno e o Alógeno. O Autógeno apresenta maiores riscos para o paciente pois requer dois tempos cirúrgicos, aumentando a morbidade, mas é o único que apresenta as três propriedades ideais de um enxerto: osteogênese, osteoindução e osteocondução. Já o Alógeno não expõe o paciente a riscos, sendo obtido de Bancos de Ossos, e apresenta um ótimo potencial osteocondutivo e osteoind
1. 07/04/2013
• O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo
baseado na comparação de dois enxertos ósseos: o
Autógeno e o Alógeno;
• Avaliar suas indicações;
• Comparar as vantagens e as desvantagens.
Almeida cita que a região posterior superior tem
sido uma das regiões que mais dificultam a
colocação de implantes;
Para Misch apesar do enxerto Autógeno ser
considerado “padrão ouro”, ele representa maiores
riscos para o paciente;
Cosmo afirma que o enxerto Alógeno obtido de
Banco de Ossos acaba se tornando uma alternativa
eficaz, viável e segura.
1
2. 07/04/2013
- A Osteogênese: acontece a síntese de um novo
tecido ósseo pelas células da superfície do leito receptor
do enxerto;
- A Osteoindução: o novo osso é produzido pelas
células da superfície do osso cortical e medular fresco,
além das células do leito receptor;
- A Osteocondução: refere-se ao biomaterial que
permite aposição óssea através do osso existente,
funcionando como um arcabouço ósseo.
Omagari cita alguns critérios para o material • Toledo, Cosmo e Anchieta afirmam:
de enxerto ideal:
- Capacidade de produzir osso; – É considerado “padrão ouro” em enxertias;
- Remodelamento ósseo;
- Manutenção de osso imaturo com o – É o único biomaterial que apresenta as
passar do tempo; três propriedades ideais num enxerto;
- Capacidade de estabilizar os implantes;
- Baixo risco de infecção; – Ele pode ser instalado na área receptora
- Fácil disponibilidade; em forma de blocos ou particulados.
- Baixa antigenicidade;
2
3. 07/04/2013
• É considerado uma
das melhores áreas
A escolha das mesmas para enxertias e bucais doadoras;
reconstruções ósseas dependem:
- Do volume e da quantidade de osso • Pode ser utilizado
necessário; como enxerto do tipo:
-Do tipo de defeito ósseo; -“Onlay”;
- “Inlay”;
- Do local onde será realizada a enxertia; - “Sandwich”;
- Particulado.
- Além da morbidade da cirurgia.
As complicações relatadas
nessa área são: Recomenda-se um
enxerto do tipo “onlay”
e/ou “inlay”;
-Hemorragias;
-Hematomas; Os riscos cirúrgicos e
-Edemas; complicações:
-Parestesia labial e/ou - Parestesia
dental temporária ou temporária ou
definitiva; permanente;
- Apicectomia; - Hemorragia;
- Alteração no perfil - Hematoma;
facial do paciente. - Fratura Mandibular.
Utilizado em enxertos de:
- Cavidade; • A anestesia deve ser
- Pequenas fenestrações; geral em ambiente
-Seio Maxilar. hospitalar para a
remoção do enxerto;
Riscos cirúrgicos e
complicações: • Riscos e complicações:
- Exposição do Seio Maxilar;
- Fístula buco-sinusal; - Bem reduzidos;
-Comprometimento de - Há poucos relatos
dentes remanescentes. de complicações;
3
4. 07/04/2013
A intervenção cirúrgica
deve ser realizada em
ambiente hospitalar, com Transporte de células vivas para o leito receptor;
anestesia geral;
Ele não terá ação imunológica no organismo;
As complicações são:
Menor grau de inflamação e menor possibilidade
de infecção;
Hemorragia Interna;
Hematoma e edema;
Reparação tecidual mais rápida;
Parestesia
parcial/definitiva da
porção lateral da coxa; Não existe nenhum risco de transmissão de
doenças;
Dor intensa.
• Steckelberg, Marzola e Cosmo afirmam:
Existe a necessidade de 2 procedimentos cirúrgicos;
Maior desconforto ao paciente;
Aumento da morbidade do paciente;
Internação hospitalar (áreas doadoras extra-bucais) ;
Desconfortos comuns, como dores, edema,
hematomas, hemorragias, parestesias no sítio
doador.
• Para Resende, Cosmo, Steckelberg, Santos e Marzola:
• Liofilização: retirada da umidade do osso,
• É eficaz, eficiente e seguro; possibilitando sua estocagem (até 5 anos), com as
vantagens:
• Os protocolos de retirada, conservação,
esterilização e utilização estão estabelecidos nos • Diminuir o risco de transmissão de doenças e a
Bancos de Ossos; antigenicidade;
• É osteocondutivo ; • As desvantagens deste processo são :
• Possui baixa antigenicidade (ultracongelamento • Alterações de suas propriedades mecânicas;
ou liofilização). • Baixa incorporação no leito receptor.
4
5. 07/04/2013
Para Cosmo eles estão disponíveis para fornecer • O congelamento e o armazenamento do tecido
tecidos adquiridos de fontes pós-morte (post- ósseo ocorre em temperaturas de -70 ºC
mortem) ou de doadores vivos; (preservando os ossos por longos períodos);
• A criopreservação promove a condução óssea com
Resende cita que eles realizam a correta qualidade;
esterilização dos tecidos, através da:
• Existem 3 tipos de Banco de Ossos :
Captação;
Coleta; • Os congelados;
Técnica de processamento; • Os congelados-desidratados;
Estocagem do osso. • Os descalcificados.
• Cosmo cita que diferentemente do osso
Marzola cita que se tornaram mais populares liofilizado, este não é desidratado no seu
devido ao seu preparo fácil e rápido; processamento;
• Pode ser utilizado na forma de blocos, o que
Steckelberg afirma que existem diferentes não ocorre com o liofilizado (desidratados);
formas de ossos congelados:
• Steckelberg afirma que é um material efetivo
Os frescos (FFB); para restaurar o volume do rebordo alveolar e
Os congelados secos (FDB); posterior reabilitação com implantes
dentários;
Os desmineralizados (DFDB).
É biocompatível; É histologicamente a melhor escolha em sítios
onde a regeneração óssea é “complicada”;
Apresenta maior efeito osteocondutivo;
A única diferença entre eles é que o fresco
congel. desminer. sofre um processo adicional
É considerado efetivo na produção de osso de descalcificação, expondo BMP’s* pela
denso e no aumento lateral do rebordo desmineralização do enxerto, aumentando o
alveolar; potencial osteogênico.
Indicando segurança e eficácia no uso deste
material.
5
6. 07/04/2013
Marzola e Cosmo afirmam que por ser um
• Marzola cita que apresenta estabilidade material relativamente “mole”, oferece:
mecânica e pequena capacidade osteogênica;
Pequena estabilidade mecânica;
• Steckelberg afirma que após sua desidratação, ele
se fragiliza (partículas);
Boa matriz óssea;
• Santos evidencia como desvantagem desse
processo algumas alterações de suas propriedades
mecânicas.
Potencial de estimular a osteogênese.
Santos e Resende afirmam que quando existe a Diminuição de sangramentos, edema, hematomas e
demanda de um grande volume ósseo não há a possíveis hemorragias;
necessidade de 2 tempos cirúrgicos;
Potencial antigênico extremamente baixo;
Menor tempo de cirurgia (limitando-se a apenas 1);
Pode ser esterilizado quando for lavado com
Diminuição da morbidade; produtos ácidos ou antibióticos;
Maior conforto para o paciente; Baixo risco de rejeição e de transmissão de doenças;
Menor risco de infecção; Segurança indiscutível na Odontologia;
Schwambach cita que o maior risco seria a
contaminação por parte do paciente que vai Martins cita que o PRP é considerado uma fonte
de fatores de crescimento (FC), tais como:
receber o enxerto;
PDGF- fator de crescimento derivado de plaquetas;
O correto processamento dos tecidos diminuem os
riscos de transmissão de doenças*; TGF-beta –fator de crescimento de transformação;
IGF- fator de crescimento semelhante á insulina;
Estudos relatam que nenhum caso de VEGF- fator de crescimento endotelial vascular.
contaminação foi encontrado ;
Esses FC são críticos na estimulação do processo
de reparo da ferida cirúrgica;
6
7. 07/04/2013
Martins cita que ele participa de várias o Martins cita que ele participa na modulação
atividades celulares como: do crescimento celular;
Reparo ósseo;
Reparo tecidual; o Estimula o reparo e a regeneração tecidual;
Regeneração epitelial;
Ele estimula vários processos o É efetivo na cicatrização de feridas cirúrgicas.
metabólicos(síntese de proteínas e de colágeno);
• Martins cita que o IGF-II estimula a proliferação Albuquerque cita que ele estimula a
celular e a síntese de colágeno; proliferação celular;
• O IGF-I estimula a proliferação celular e a formação E a migração de todos os tipos de células
óssea. epidérmicas;
• Tanto o IGF-I como o IGF-II agem aumentando o Promove a angiogênese;
número de células capazes de sintetizar a matriz
óssea.
Para Maior, Albuquerque e Romeiro o PRP
promove:
Albuquerque cita que é um produto com grande
potencial de melhorar a integração dos enxertos; A angiogênese;
A produção de colágeno;
Além de estimular a cicatrização de feridas A proliferação dos osteoblastos;
cirúrgicas;
A produção de arcabouços celulares;
Tende a evitar infecções;
Maior acredita que o uso PRP permite a inserção do
implante com maior brevidade**. Na CTBMF o seu uso melhora a incorporação dos
enxertos;
Desvantagem: concentrações elevadas de FC podem levar a
um processo inverso;
7
8. 07/04/2013
Começa com a
coleta de sangue
do paciente;
• Após a centrifugação
obtêm- se o PPP e o
PRP.
Enxerto Autógeno Enxerto Alógeno Propriedades Fundamentais É o único que apresenta a Apresenta um ótimo
Técnica de obtenção do Apresenta maiores riscos para Não apresenta nenhum risco ao presentes no material de osteogênese, osteoindução e potencial osteoindutivo e
enxerto o paciente, pois é necessário paciente, já que o material de enxertia a osteocondução. osteocondutivo.
submetê-lo a dois tempos enxertia é proveniente de
Risco de infecção Maior, pois expõe o paciente Menor, pois expõe o paciente
cirúrgicos. Banco de Ossos.
a dois tempos cirúrgicos. a um tempo cirúrgico
Morbidade do paciente Aumenta devido a necessidade Diminui pois não é preciso apenas.
de expor o paciente a duas submeter o paciente a dois Tempo para ocorrer a É maior, a remodelação É menor, a remodelação
cirurgias. tempos cirúrgicos. remodelação óssea ocorre mais lentamente. ocorre mais rapidamente.
Necessidade de internação Existe quando há a Não existe essa necessidade, Possibilidade de transmissão Nenhuma, já que é originado É de baixa magnitude, já que
hospitalar do paciente para a necessidade de remoção de já que o enxerto ósseo é de doenças do próprio paciente. o correto processamento dos
obtenção do enxerto grandes quantidades ósseas é proveniente de Banco de tecidos diminuem o risco de
preciso submetê-lo a anestesia Ossos, este que apresenta uma infecção para o paciente.
geral, já que as áreas fonte praticamente infinita de
Utilizando o PRP na técnica Ele melhora a integração dos Ele melhora a integração dos
doadoras extra-bucais são o material de enxertia.
de enxertia enxertos e estimula a enxertos e estimula a
osso ilíaco e a calota craniana.
cicatrização de feridas cicatrização de feridas
cirúrgicas. cirúrgicas.
8
9. 07/04/2013
• Casalechi VL, Cardoso GR, Picosse LR. Levantamento do assoalho do Seio Maxilar: Contornando
dificuldades. X Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VI Encontro Latino
Americano de Pós-Graduação. Universidade do Vale do Paraíba-RJ, 2008; Pág. 803-806.
• Almeida LPB, Coelho AVP, Shinozaki EB, Cunha VPP. Estudo comparativo das técnicas
cirúrgicas de levantamento de Seio Maxilar em implantodontia: Revisão de Literatura. X
Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VI Encontro Latino Americano de Pós-
Graduação. Universidade do Vale do Paraíba- RJ, 2006; Pág.: 729-732.
• Jayme S, Abutara FH. Princípios de Enxertia em Seio Maxilar- Revisão de Literatura. Revista
Brasileira de Implantodontia & Prótese sobre Implantes. 2003; vol. 10, n. 40, pág. 341-345.
• Cosmo LA, Macedo LGS, Pelegrine AA, Macedo NL. Enxerto Ósseo em levantamento de assoalho
de Seio Maxilar. Rev. Implantnews. Jun. 2007; vol. 4, n. 3, pág. 249-253.
• Misch CE. Implantes Dentários Contemporâneos. Ed. 2, Editora Santos, São Paulo, 2006.
• Tombini D. Enxerto Autógeno em Seio Maxilar é a melhor escolha? Tese (Especialização em
Implantodontia), Centro de Pós- Graduação da Academia de Odontologia do Rio de Janeiro- RJ,
2007.
9