SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 7
Downloaden Sie, um offline zu lesen
LOCAÇÃO DE OBRAS
1 – INTRODUÇÃO
2 – PROCESSOS DE LOCAÇÃO
3 – MARCAÇÃO
GLOSSÁRIO
NORMAS TÉCNICAS
BIBLIOGRAFIA
1 – INTRODUÇÃO
A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto da edificação para o
terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, as aberturas etc. Na fase
de execução da locação da obra deve se adotar o maior rigor possível, bem como os
equipamentos e técnicas que garantam o perfeito controle das dimensões da edificação (controle
geométrico). Preferencialmente, utilizar equipamentos eletrônicos – teodolitos, níveis a laser – e
materiais de boa qualidade – tábuas, pontaletes, marcos, tintas. Deve-se ter em mente que os
elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se possa
transferir para a edificação os pontos de referência definitivos. A garantia para uma boa locação
da obra é a presença constante do engenheiro nas etapas de locação, este atuando como
conferente de todos os atos praticados pelo mestre e/ou oficiais. O ideal é conferir a locação com
uma equipe externa da obra, como por exemplo: oficiais experientes em locação de outra obra.
Por fim, lembrar que a locação é o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle
geométrico da edificação.
2 – PROCESSOS DE LOCAÇÃO
2.1 – Locação por cavaletes
A locação por cavaletes é indicada para obras de menos porte – garagens, barracões e
ampliações - e com poucos elementos a serem locados e tem a vantagem de utilizarem menos
quantidade de material (estacas e tábuas). Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos
por pregos cravados nos cavaletes constituídos de duas ou três estacas cravadas diretamente
no solo e travadas por uma travessa nivelada pregada nas estacas. A grande desvantagem dos
cavaletes por serem isolados é a dificuldade de se perceber deslocamentos provocados pela
circulação de equipamentos e operários, resultando com isso alinhamentos e locações fora do
previsto.
2.2 – Locação por tábua corrida
A locação por tábua corrida, também chamada de tabela ou tabeira, é indicada para obras de
maior porte com muitos elementos a serem locados e consiste em contornar toda a futura
edificação com um cavalete contínuo constituído de estacas e tábuas niveladas e em esquadro
(polígono em esquadro).
Linha
(nylon)
prego
ripa ou
travessa 1”x2”
Estaca ou
pontalete 2”x2”
Detalhe A
(em nível)
. .
.
. .
.
Depois de definidas as linhas do gabarito, distanciadas 1,20 m ou mais da futura construção,
fincam-se no solo os pontaletes que darão rigidez ao cercado, devendo desde já ficarem
alinhados e nivelados. Para uma maior garantia (obras de maior vulto) convém concretar a base
das estacas, aguardando pelo menos 24 horas para dar continuidade à locação. No caso do
terreno apresentar uma inclinação acentuada a locação pode ser feita com gabaritos em degraus
(patamares), sempre em nível e esquadro.
Após a fixação dos pontaletes, estes devem ser serrados com o topo ficando no nível desejado.
Para isso o ideal é utilizar um nível eletrônico a laser ou em obras menores um nível de
mangueira, constituído de uma mangueira transparente (cristal) de 12 a 15 mm de diâmetro,
cheia de água limpa e livre de bolhas de ar no interior. Partindo de um ponto definido no primeiro
pontalete, transfere-se o nível para os demais pontaletes.
Uma outra forma transferir o nível é esticando uma linha entre os pontaletes e pregando uma
tábua nivelada com nível de bolha, logo abaixo da linha, unindo um a um os pontaletes segundo
o nível do primeiro. Este método não é muito preciso, mas serve para marcações preliminares.
3 – MARCAÇÃO
Antes de iniciar a locação da obra o terreno deve estar limpo (capinado) e, preferencialmente,
na cota de arrasamento das fundações (estacas ou sapatas). Antes de iniciar a confecção do
gabarito é necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto definido no terreno e
um rumo ou uma parede de construção vizinha. A referência mais comum em obras urbanas é o
alinhamento predial que geralmente é marcada por equipe de topógrafo da prefeitura ou por
empresa prestadora de serviços contratada pela município. Na figura a seguir, é apresentado um
esquema geral de locação de obra num terreno urbano (zona residencial), com recuo padrão de
5 metros.
Futura construção
~1,20 m
40
a
50
c
m
A B
nível de mangueira
. .
. .
nível de bolha
linha
3.1 – Seqüência genérica para a locação de obra
A locação de uma obra em zona residencial a partir do alinhamento predial fornecido ou
devidamente conhecido pela existência de construções vizinhas já consolidadas deve seguir,
genericamente, os passos descritos abaixo, usando aparelhos e ferramentas adequadas
(teodolitos e níveis), nível de mangueira, trena metálica de 30 metros (jamais usar trena de lona,
plástico ou metro de madeira), linhas de nylon, nível de pedreiro, fio de prumo, arame, tinta
esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo e pregos etc.:
a) Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os limites do
terreno;
b) Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da futura construção
(1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo - o alinhamento frontal
recuado em 5 metros, a partir do alinhamento predial.;
c) Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3") espaçados de 1,5 a
3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces (esticar uma linha de nylon).
Depois de consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados (nível de
mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter
pregado na sua face interna tábuas (de boa qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4")
devidamente niveladas;
d) A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito, usando
triângulos retângulos (gabaritos) para garantir a ortogonalidade do conjunto (esquadro),
conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-francesas e contraventamento,
se necessário;
e) Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser látex);
f) Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de locação, faz-
se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em alturas diferentes para
rua
passeio
.
. .
.
Alinhamento predial
p
rofund
id
a
d
e
d
o
terreno
c
om
p
rim
ento
d
a
c
onstruç
ã
o
afastamento
lateral
Afast.
lateral
rec
uo
fronta
l
meio-fio
Largura da construção
.
4 m
3
m
5 m
18
1 2
3 4
5 6
7 8
9
10
11
12
13 14
15 16
17
18
19
20
Seqüência para
locação da obra
• Seguir a ordem crescente
dos algarismos (pontos);
• pontos 17. 18, 19 e 20
deverão estar nos vértices
de 4 triângulos retângulos
identificar eixos, faces laterais de paredes etc. Marcar na tábua a linha de pilares com
tinta esmalte vermelha;
g) Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e efetuar
a conferência (mestre ou engenheiro). Um bom método de conferência é o inverso, ou
seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho inverso da locação;
h) Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18) esticadas a
partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas transferir as coordenadas
das estacas (sapata ou elemento que venha a ser executado) para o terreno, usando um
fio de prumo (250 g) marcar o ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete
(pintado de branco);
i) No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas, máquinas e
caminhões) proceder a cravação com um rebaixo em relação ao terreno e marcar o local
do piquete com cal ou areia, remarcar sempre que ocorrer dúvida em relação a locação
do piquete;
j) Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar abalroamento e
deslocamentos que possam por em risco a exatidão do controle geométrico da obra.
Alertar para que não utilizem o gabarito como andaime, apoio para materiais, passarelas
etc.
GLOSSÁRIO DOS TERMOS UTILIZADOS NA LOCAÇÃO DE OBRAS
Cota de arrasamento ou de respaldo – é a cota da face superior das estacas ou sapatas.
Esquadros - são gabaritos ou triângulos retângulos, com lados de 30, 40 e 50 cm, ou 60, 80 e
100, ou ainda, 90, 120 e 150 cm,. Para esquadros maiores pode-se usar trenas com lados de 3,
4 e 5 metros ou mais.
Piquetes – pequenas estacas de madeira que servem para marcar o local de execução de um
elemento estrutural.
Pontos notáveis – são pontos de referência iniciais, como por exemplo: alinhamento de parede
de edificação vizinha, alinhamento predial, marco topográfico, árvore, poste etc.
RN – é referência de nível, ou seja a cota 0,0.
Testemunhos – são marcos de concreto que geralmente marcam a existência de um piquete
para realizar conferências no gabarito.
Tolerância – é o erro admitido nas marcações (até 3 mm no lado maior do esquadro de 5 metros).
Triangulação – verificação do esquadro com os triângulos retângulos.
NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES
Título da norma Código Última atualização
NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO
NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
LINKS NA INTERNET
http://www.topografia.com.br/
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
182p.
SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São
Paulo: Pini, 1996. 275p.
GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 1994. 662p.
RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p.
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da disciplina de
Construção Civil (segundo volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada.
Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina de
Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 2000.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passoFamília Schmidt
 
Manual de projeto geometrico DNIT
Manual de projeto geometrico DNITManual de projeto geometrico DNIT
Manual de projeto geometrico DNITallantafuri
 
Unidade 3 Projeto de terraplenagem
Unidade 3   Projeto de terraplenagemUnidade 3   Projeto de terraplenagem
Unidade 3 Projeto de terraplenagemAlexandre Esmeraldo
 
Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)Amália Ribeiro
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS Eduardo Spech
 
1 apostila curso pedreiro
1 apostila curso pedreiro1 apostila curso pedreiro
1 apostila curso pedreiroRicardo Akerman
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasUNAERP
 
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxAula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxJose Azevedo
 
Seminário sobre Canteiro de Obras
Seminário sobre Canteiro de ObrasSeminário sobre Canteiro de Obras
Seminário sobre Canteiro de ObrasLincoln Cesar
 
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoNbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoRodrigo Wink
 
Introdução a engenharia aula 2 - construção civil
Introdução a engenharia   aula 2 - construção civilIntrodução a engenharia   aula 2 - construção civil
Introdução a engenharia aula 2 - construção civilRafael José Rorato
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construçãoelitimothy30
 

Was ist angesagt? (20)

28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo28 planta baixa e corte- passo a passo
28 planta baixa e corte- passo a passo
 
Manual de projeto geometrico DNIT
Manual de projeto geometrico DNITManual de projeto geometrico DNIT
Manual de projeto geometrico DNIT
 
Aula fundações 2
Aula fundações 2Aula fundações 2
Aula fundações 2
 
Unidade 3 Projeto de terraplenagem
Unidade 3   Projeto de terraplenagemUnidade 3   Projeto de terraplenagem
Unidade 3 Projeto de terraplenagem
 
Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)Glauco exercicios resolvidos (1)
Glauco exercicios resolvidos (1)
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 
Planejamento de obra aula 01 e 02
Planejamento de obra   aula 01 e 02Planejamento de obra   aula 01 e 02
Planejamento de obra aula 01 e 02
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Estruturas de madeira aula
Estruturas de madeira aulaEstruturas de madeira aula
Estruturas de madeira aula
 
1 apostila curso pedreiro
1 apostila curso pedreiro1 apostila curso pedreiro
1 apostila curso pedreiro
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenarias
 
Aula 03 sistemas estruturais 1 alexandre
Aula 03 sistemas estruturais 1  alexandreAula 03 sistemas estruturais 1  alexandre
Aula 03 sistemas estruturais 1 alexandre
 
Topografia basica
Topografia basicaTopografia basica
Topografia basica
 
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptxAula 1 de Canteiro de Obras.pptx
Aula 1 de Canteiro de Obras.pptx
 
Coberturas completo
Coberturas completoCoberturas completo
Coberturas completo
 
Seminário sobre Canteiro de Obras
Seminário sobre Canteiro de ObrasSeminário sobre Canteiro de Obras
Seminário sobre Canteiro de Obras
 
Aula 02 - Canteiro de Obras.pdf
Aula 02 - Canteiro de Obras.pdfAula 02 - Canteiro de Obras.pdf
Aula 02 - Canteiro de Obras.pdf
 
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedaçãoNbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
Nbr 08.545 1984 - alvenarias de vedação
 
Introdução a engenharia aula 2 - construção civil
Introdução a engenharia   aula 2 - construção civilIntrodução a engenharia   aula 2 - construção civil
Introdução a engenharia aula 2 - construção civil
 
Patologias na construção
Patologias na construçãoPatologias na construção
Patologias na construção
 

Ähnlich wie Elementos de Construção - Locação de Obras

1 locaçao de edificaçoes
1   locaçao de edificaçoes1   locaçao de edificaçoes
1 locaçao de edificaçoesFelipe Mohallem
 
Tecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iTecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iBowman Guimaraes
 
Tecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iTecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iBowman Guimaraes
 
Pes.001 r01 locação de obra
Pes.001 r01   locação de obraPes.001 r01   locação de obra
Pes.001 r01 locação de obraEngenharia Civil
 
Isf 211 projeto terraplenagem
Isf 211   projeto terraplenagemIsf 211   projeto terraplenagem
Isf 211 projeto terraplenagemLaura Silveira
 
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
2  projeto trabalhos-preliminares-rev2  projeto trabalhos-preliminares-rev
2 projeto trabalhos-preliminares-revEYM_62
 
2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construçãoLinduart Tavares
 
2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construçãoSesc Rio
 
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)Gislaine Bianchi
 
Desenho técnico
Desenho técnicoDesenho técnico
Desenho técnicormpatron
 
Manual abcp método execução
Manual abcp método execuçãoManual abcp método execução
Manual abcp método execuçãognamello
 
Obra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoObra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoLudmila Souza
 
Apostila nbr 6492
Apostila   nbr 6492Apostila   nbr 6492
Apostila nbr 6492gu_hott
 

Ähnlich wie Elementos de Construção - Locação de Obras (20)

Aula 6-locac3a7c3a3o-da-obra
Aula 6-locac3a7c3a3o-da-obraAula 6-locac3a7c3a3o-da-obra
Aula 6-locac3a7c3a3o-da-obra
 
2 Locação de Obras.pptx
2 Locação de Obras.pptx2 Locação de Obras.pptx
2 Locação de Obras.pptx
 
1 locaçao de edificaçoes
1   locaçao de edificaçoes1   locaçao de edificaçoes
1 locaçao de edificaçoes
 
Tecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iTecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil i
 
Tecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil iTecnicas de construção civil i
Tecnicas de construção civil i
 
Manual da construção civil
Manual da construção civilManual da construção civil
Manual da construção civil
 
Gabarito 2015
Gabarito 2015 Gabarito 2015
Gabarito 2015
 
Pes.001 r01 locação de obra
Pes.001 r01   locação de obraPes.001 r01   locação de obra
Pes.001 r01 locação de obra
 
Alvenarias
AlvenariasAlvenarias
Alvenarias
 
Isf 211 projeto terraplenagem
Isf 211   projeto terraplenagemIsf 211   projeto terraplenagem
Isf 211 projeto terraplenagem
 
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
2  projeto trabalhos-preliminares-rev2  projeto trabalhos-preliminares-rev
2 projeto trabalhos-preliminares-rev
 
2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção
 
2013 tecnologia construçã2-o
2013 tecnologia construçã2-o2013 tecnologia construçã2-o
2013 tecnologia construçã2-o
 
2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção2013 tecnologia construção
2013 tecnologia construção
 
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)
Manual de alvenaria com blocos de concreto (ferramentas)
 
Desenho técnico
Desenho técnicoDesenho técnico
Desenho técnico
 
Ae metodo executivo
Ae metodo executivoAe metodo executivo
Ae metodo executivo
 
Manual abcp método execução
Manual abcp método execuçãoManual abcp método execução
Manual abcp método execução
 
Obra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro LuxemburgoObra no bairro Luxemburgo
Obra no bairro Luxemburgo
 
Apostila nbr 6492
Apostila   nbr 6492Apostila   nbr 6492
Apostila nbr 6492
 

Mehr von Rodrigo Andrade Brígido

Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta Pronta
Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta ProntaProcedimento de Execução de Serviço - Kit Porta Pronta
Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta ProntaRodrigo Andrade Brígido
 
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTES
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTESUNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTES
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTESRodrigo Andrade Brígido
 
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLO
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLOUNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLO
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLORodrigo Andrade Brígido
 
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOSUNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOSRodrigo Andrade Brígido
 
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosUnidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosRodrigo Andrade Brígido
 
Elementos de Concreto Armado - Concretagem
Elementos de Concreto Armado - ConcretagemElementos de Concreto Armado - Concretagem
Elementos de Concreto Armado - ConcretagemRodrigo Andrade Brígido
 
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...Rodrigo Andrade Brígido
 
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...Rodrigo Andrade Brígido
 
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucus
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucusCruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucus
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucusRodrigo Andrade Brígido
 

Mehr von Rodrigo Andrade Brígido (20)

Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta Pronta
Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta ProntaProcedimento de Execução de Serviço - Kit Porta Pronta
Procedimento de Execução de Serviço - Kit Porta Pronta
 
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTES
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTESUNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTES
UNIDADE I - SOLOS, ORIGEM, FORMAÇÃO E MINERAis CONSTITUINTES
 
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLO
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLOUNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLO
UNIDADE II - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SOLO
 
UNIDADE III - PLASTICIDADE DOS SOLOS
UNIDADE III - PLASTICIDADE DOS SOLOSUNIDADE III - PLASTICIDADE DOS SOLOS
UNIDADE III - PLASTICIDADE DOS SOLOS
 
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOSUNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE V - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS
 
UNIDADE IV - COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE IV - COMPACTAÇÃO DOS SOLOSUNIDADE IV - COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
UNIDADE IV - COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
 
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solosUnidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
 
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosUnidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
 
Resistencia ao cisalhamento do solo
Resistencia ao cisalhamento do soloResistencia ao cisalhamento do solo
Resistencia ao cisalhamento do solo
 
Dimensionamento de Eletrodutos
Dimensionamento de EletrodutosDimensionamento de Eletrodutos
Dimensionamento de Eletrodutos
 
Apostila topografia Unama
Apostila topografia UnamaApostila topografia Unama
Apostila topografia Unama
 
Elementos de construção - Alvenaria
Elementos de construção - AlvenariaElementos de construção - Alvenaria
Elementos de construção - Alvenaria
 
Elementos de Concreto Armado - Concretagem
Elementos de Concreto Armado - ConcretagemElementos de Concreto Armado - Concretagem
Elementos de Concreto Armado - Concretagem
 
Elementos de Concreto Armado - Armaduras
Elementos de Concreto Armado - ArmadurasElementos de Concreto Armado - Armaduras
Elementos de Concreto Armado - Armaduras
 
ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO - FÔRMAS
ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO - FÔRMAS ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO - FÔRMAS
ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO - FÔRMAS
 
Eletrostática
EletrostáticaEletrostática
Eletrostática
 
Energia potencial (epg e epel)
Energia potencial (epg e epel)Energia potencial (epg e epel)
Energia potencial (epg e epel)
 
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...
Diagnóstico de atividades realizadas em canteiros de obras de edificações ver...
 
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...
AÇÃO DO VENTO EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS ALTOS: ESTUDO BIBLIOGRÁFICO COMPARATIV...
 
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucus
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucusCruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucus
Cruzamento travessa castelo branco com a rua dos mundurucus
 

Elementos de Construção - Locação de Obras

  • 1. LOCAÇÃO DE OBRAS 1 – INTRODUÇÃO 2 – PROCESSOS DE LOCAÇÃO 3 – MARCAÇÃO GLOSSÁRIO NORMAS TÉCNICAS BIBLIOGRAFIA 1 – INTRODUÇÃO A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto da edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, as aberturas etc. Na fase de execução da locação da obra deve se adotar o maior rigor possível, bem como os equipamentos e técnicas que garantam o perfeito controle das dimensões da edificação (controle geométrico). Preferencialmente, utilizar equipamentos eletrônicos – teodolitos, níveis a laser – e materiais de boa qualidade – tábuas, pontaletes, marcos, tintas. Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se possa transferir para a edificação os pontos de referência definitivos. A garantia para uma boa locação da obra é a presença constante do engenheiro nas etapas de locação, este atuando como conferente de todos os atos praticados pelo mestre e/ou oficiais. O ideal é conferir a locação com uma equipe externa da obra, como por exemplo: oficiais experientes em locação de outra obra. Por fim, lembrar que a locação é o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle geométrico da edificação. 2 – PROCESSOS DE LOCAÇÃO 2.1 – Locação por cavaletes A locação por cavaletes é indicada para obras de menos porte – garagens, barracões e ampliações - e com poucos elementos a serem locados e tem a vantagem de utilizarem menos quantidade de material (estacas e tábuas). Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos por pregos cravados nos cavaletes constituídos de duas ou três estacas cravadas diretamente no solo e travadas por uma travessa nivelada pregada nas estacas. A grande desvantagem dos cavaletes por serem isolados é a dificuldade de se perceber deslocamentos provocados pela circulação de equipamentos e operários, resultando com isso alinhamentos e locações fora do previsto.
  • 2. 2.2 – Locação por tábua corrida A locação por tábua corrida, também chamada de tabela ou tabeira, é indicada para obras de maior porte com muitos elementos a serem locados e consiste em contornar toda a futura edificação com um cavalete contínuo constituído de estacas e tábuas niveladas e em esquadro (polígono em esquadro). Linha (nylon) prego ripa ou travessa 1”x2” Estaca ou pontalete 2”x2” Detalhe A (em nível) . . . . . .
  • 3. Depois de definidas as linhas do gabarito, distanciadas 1,20 m ou mais da futura construção, fincam-se no solo os pontaletes que darão rigidez ao cercado, devendo desde já ficarem alinhados e nivelados. Para uma maior garantia (obras de maior vulto) convém concretar a base das estacas, aguardando pelo menos 24 horas para dar continuidade à locação. No caso do terreno apresentar uma inclinação acentuada a locação pode ser feita com gabaritos em degraus (patamares), sempre em nível e esquadro.
  • 4. Após a fixação dos pontaletes, estes devem ser serrados com o topo ficando no nível desejado. Para isso o ideal é utilizar um nível eletrônico a laser ou em obras menores um nível de mangueira, constituído de uma mangueira transparente (cristal) de 12 a 15 mm de diâmetro, cheia de água limpa e livre de bolhas de ar no interior. Partindo de um ponto definido no primeiro pontalete, transfere-se o nível para os demais pontaletes. Uma outra forma transferir o nível é esticando uma linha entre os pontaletes e pregando uma tábua nivelada com nível de bolha, logo abaixo da linha, unindo um a um os pontaletes segundo o nível do primeiro. Este método não é muito preciso, mas serve para marcações preliminares. 3 – MARCAÇÃO Antes de iniciar a locação da obra o terreno deve estar limpo (capinado) e, preferencialmente, na cota de arrasamento das fundações (estacas ou sapatas). Antes de iniciar a confecção do gabarito é necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto definido no terreno e um rumo ou uma parede de construção vizinha. A referência mais comum em obras urbanas é o alinhamento predial que geralmente é marcada por equipe de topógrafo da prefeitura ou por empresa prestadora de serviços contratada pela município. Na figura a seguir, é apresentado um esquema geral de locação de obra num terreno urbano (zona residencial), com recuo padrão de 5 metros. Futura construção ~1,20 m 40 a 50 c m A B nível de mangueira . . . . nível de bolha linha
  • 5. 3.1 – Seqüência genérica para a locação de obra A locação de uma obra em zona residencial a partir do alinhamento predial fornecido ou devidamente conhecido pela existência de construções vizinhas já consolidadas deve seguir, genericamente, os passos descritos abaixo, usando aparelhos e ferramentas adequadas (teodolitos e níveis), nível de mangueira, trena metálica de 30 metros (jamais usar trena de lona, plástico ou metro de madeira), linhas de nylon, nível de pedreiro, fio de prumo, arame, tinta esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo e pregos etc.: a) Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os limites do terreno; b) Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da futura construção (1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo - o alinhamento frontal recuado em 5 metros, a partir do alinhamento predial.; c) Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3") espaçados de 1,5 a 3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces (esticar uma linha de nylon). Depois de consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados (nível de mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de boa qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4") devidamente niveladas; d) A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito, usando triângulos retângulos (gabaritos) para garantir a ortogonalidade do conjunto (esquadro), conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-francesas e contraventamento, se necessário; e) Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser látex); f) Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de locação, faz- se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em alturas diferentes para rua passeio . . . . Alinhamento predial p rofund id a d e d o terreno c om p rim ento d a c onstruç ã o afastamento lateral Afast. lateral rec uo fronta l meio-fio Largura da construção . 4 m 3 m 5 m 18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Seqüência para locação da obra • Seguir a ordem crescente dos algarismos (pontos); • pontos 17. 18, 19 e 20 deverão estar nos vértices de 4 triângulos retângulos
  • 6. identificar eixos, faces laterais de paredes etc. Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha; g) Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e efetuar a conferência (mestre ou engenheiro). Um bom método de conferência é o inverso, ou seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho inverso da locação; h) Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18) esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas transferir as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco); i) No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas, máquinas e caminhões) proceder a cravação com um rebaixo em relação ao terreno e marcar o local do piquete com cal ou areia, remarcar sempre que ocorrer dúvida em relação a locação do piquete; j) Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar abalroamento e deslocamentos que possam por em risco a exatidão do controle geométrico da obra. Alertar para que não utilizem o gabarito como andaime, apoio para materiais, passarelas etc. GLOSSÁRIO DOS TERMOS UTILIZADOS NA LOCAÇÃO DE OBRAS Cota de arrasamento ou de respaldo – é a cota da face superior das estacas ou sapatas. Esquadros - são gabaritos ou triângulos retângulos, com lados de 30, 40 e 50 cm, ou 60, 80 e 100, ou ainda, 90, 120 e 150 cm,. Para esquadros maiores pode-se usar trenas com lados de 3, 4 e 5 metros ou mais. Piquetes – pequenas estacas de madeira que servem para marcar o local de execução de um elemento estrutural. Pontos notáveis – são pontos de referência iniciais, como por exemplo: alinhamento de parede de edificação vizinha, alinhamento predial, marco topográfico, árvore, poste etc. RN – é referência de nível, ou seja a cota 0,0. Testemunhos – são marcos de concreto que geralmente marcam a existência de um piquete para realizar conferências no gabarito. Tolerância – é o erro admitido nas marcações (até 3 mm no lado maior do esquadro de 5 metros). Triangulação – verificação do esquadro com os triângulos retângulos. NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES Título da norma Código Última atualização NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção LINKS NA INTERNET http://www.topografia.com.br/ BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e sua cobertura. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. 182p. SOUZA, Roberto...[et al.]. Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras. São Paulo: Pini, 1996. 275p. GUEDES, Milber Fernandes. Caderno de encargos. 3ª ed. atual. São Paulo: Pini, 1994. 662p.
  • 7. RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed.rev. São Paulo: Pini, 1996. 168p. DIRETÓRIO ACADÊMICO DE ENGENHARIA CIVIL DA UFPR. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil (segundo volume). Diversos autores. Revisor: Lázaro A. R. Parellada. Apostíla. Curitiba: DAEP, 1997. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA UEPG. Notas de aulas da disciplina de Construção Civil. Carlan Seiler Zulian; Elton Cunha Doná. Ponta Grossa: DENGE, 2000.