Este documento descreve os principais precursores da semiótica, incluindo Platão, Aristóteles, os Estoicos, Epicuro e Santo Agostinho. O documento também menciona Roger Bacon, Duns Scotus e Guilherme de Ockham como precursores medievais da semiótica, destacando seus estudos sobre signos, significação e lógica.
1. Semiótica - Precursores
O que é ?
Disciplina que estuda os fenômenos da significação e
representação - estudos dos signos.
Base para o entendimento dos fenômenos da cognição e
comunicação.
Semiose
processo sígnico: processo pelo qual alguma coisa (signo)
representa outra (objeto), sob algum aspecto ou modo
(interpretante), para um sujeito (intérprete).
acontece:
em sistemas físicos e químicos;
em sistemas biológicos;
em seres pensantes (homem);
em dispositivos artificiais construídos pelo homem.
Fonte: Unicamp 1
3. Semiótica e Signos
Idéia de Signos
usada informalmente, desde o período greco-
romano.
sistematizada em 1632 por John Poinsot em seu
“Tractatus de Signis”.
“Semiótica”, enquanto uma disciplina:
termo criado por John Locke em seu “Essay
Concerning Human Understanding” (1690),
como proposta para uma futura disciplina.
Principal autor: Charles S. Peirce.
- 3
4. Origens
História da Medicina - estudo dos sintomas
e diagnóstico de doenças;
Galeno de Pérgamo (139-199) -
diagnóstica: “parte semiótica da medicina”.
4
6. Precursores...
• Claudius Galeno de Pérgamo - Médico Grego
( Pérgamo, c. 131 – provavelmente Sicília, c.200);
•Em 146 iniciou seus estudos em filosofia e medicina
•Após dois anos partiu para Esmirna, Corinto e Alexandria
para aperfeiçoar.
• Em 157 volta para Pérgamo ocupando cargo de médico da
escola de gladiadores. (especializando-se em cirurgia e
dietética.
• Em 170, em Roma, Galeno demonstrou que as artérias
conduzem sangue e não ar (como até então se acreditava).
• Galeno também foi o primeiro a demonstrar que o rim é um
órgão excretor de urina (baseado em experiências).
• Até 192 permaneceu em Roma, se afastando da cidade
apenas por um curto período. Ao fim da vida retornou para
Pérgamo. 6
7. Os noeses são as personalidades em que Rafael Sanzio se inspirou para pintar o rosto dos diferentes
filosofos gregos. Isso, claramente uma, homenagem as pessoas de seu tempo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Atenas
7
8. Precursores...
Platão nasceu em Atenas, em 428 ou
427 a.C., de pais aristocráticos e
abastados, de antiga e nobre prosápia.
Seu verdadeiro nome era Aristoclés,
em uma homenagem ao seu avô. Platos
significa largura, e é quase certo que
seu apelido veio de sua constituição
robusta, ombros e frontes largos, um
porte físico forte e vigoroso, que o fez
receber homenagens por seus feitos
atléticos na juventude.
Morreu em 348 ou 347 a.C., com
oitenta anos de idade.
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9. Platão
Platão (427 a.c. - 347 a.c)
definiu signo verbal, significação e teoria da escritura.
Modelo Platônico do Signo (Crátilo)
nome (ónoma, nómos);
noção ou idéia (eîdos, lógos, dianóema);
coisa (prágma, ousía) a qual o signo se refere.
Idéias
entidades objetivas - existem na mente e na realidade, numa
esfera espiritual além do indivíduo.
Signos Verbais
representações incompletas da verdadeira natureza das coisas;
cognições obtidas por meio de signos são apreensões indiretas
e portanto inferiores às cognições diretas.
- 9
10. O Mito da Caverna
Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um
alto muro, cuja entrada permite a passagem da luz exterior.
Desde seu nascimento, geração após geração, seres humanos
ali vivem acorrentados, sem poder mover a cabeça para a
entrada, nem locomover-se, forçados a olhar apenas a parede
do fundo, e sem nunca terem visto o mundo exterior nem a luz
do sol.
Acima do muro, uma réstia de luz exterior ilumina o espaço
habitado pelos prisioneiros, fazendo com que as coisas que se
passam no mundo exterior sejam projetadas como sombras nas
paredes do fundo da caverna. Por trás do muro, pessoas
passam conversando e carregando nos ombros, figuras de
homens, mulheres, animais cujas sombras são projetadas na
parede da caverna.
Os prisioneiros julgam que essas sombras são as próprias
coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos
que se movem e falam.
11. O Mito da Caverna (cont.)
Um dos prisioneiros, tomado pela curiosidade, decide fugir da caverna.
Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhòes e escala o muro.
Sai da caverna.
No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com
a qual seus olhos não estão acostumados; pouco a pouco, habitua-se à luz
e começa a ver o mundo. Encanta-se, deslumbra-se, tem a felicidade de,
finalmente, ver as próprias coisas, descobrindo que, em sua prisão, vira
apenas sombras. Deseja ficar longe da caverna e só voltará a ela se for
obrigado, para contar o que viu e libertar os demais.
Assim como a subida foi penosa, porque o caminho era íngreme e a luz,
ofuscante, também o retorno será penoso, pois será preciso habituar-se
novamente às trevas, o que é muito mais difícil do que habituar-se à luz.
De volta à caverna, o prisioneiro será desajeitado, não saberá mover-se
nem falar de modo compreensível para os outros, não será acreditado por
eles e ocorrerá o risco de ser morto pelos que jamais abandonaram a
caverna. (Platão: livro VII da República).
12. O QUE NOS DIZ O MITO?
O que é a caverna?
O mundo em que vivemos.
Que são as sombras das estatuetas?
As coisas materiais e sensoriais que percebemos.
Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?
O filósofo.
O que é a luz exterior do sol?
A luz da verdade.
O que é o mundo exterior?
O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade.
O que é a visão do mundo real iluminado?
A filosofia.
Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo
(Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte
pela assembleia ateniense?)
Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o
único verdadeiro.
CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1999. p. 41
13. Platão e Aristoteles...
Signos para Platão:
percepção que indica qualquer coisa escondida da cognição;
Significar = revelar (o escondido).
Aristóteles (384 a.c. - 322 a.c.)
distinção entre o signo incerto e o signo certo;
lógica e retórica.
Signo
relação de implicação - se p implica q, q atua como signo de p.
Signo Linguístico
símbolo - signo convencional das afecções da alma - retratos das
coisas;
signo aristotélico é triádico.
- 13
14. Arist óteles
Arist óteles , grande filósofo grego, filho de
Nicômaco, médico de Amintas, rei da
Macedônia, nasceu em Estagira, colônia
grega da Trácia, no litoral setentrional
do mar Egeu, em 384 a.C. Aos dezoito
anos, em 367, foi para Atenas e
ingressou na academia platônica, onde
ficou por vinte anos, até à morte do
Mestre. Nesse período estudou também
os filósofos pré-platônicos, que lhe
foram úteis na construção do seu
grande sistema.
Morreu em 323 aC.
14
15. Estoicismo
O estoicismo é uma doutrina filosófica que propõe viver de acordo
com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea)
em relação a tudo que é externo ao ser.
Prega que o homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se
como uma peça na grande ordem e propósito do universo. Os
principais temas desenvolvidos pelos estóicos foram os de justiça
natural e direito natural, baseados na própria essência do homem e
na sua ligação com a divindade.
Três partes constituem esta corrente filosófica: a ética, a física
e a lógica.
A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de
Cítio, Cleantes e Crisipo.
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16. Estóicos ...
•Signo - liga três componentes :
•o semainon, o significante material;
•o semainomenon, o significado ou sentido;
•o pragma, o objeto externo referente.
• Enquanto que o significante e o objeto são entendidos como
entidades materiais, o significado é considerado incorpóreo.
• Para os estóicos o signo é uma proposição antecedente numa
hipotética e válida premissa maior, que serve para revelar um
conseqüente.
•Neste ponto de vista a semiose é um processo de indução silogística.
•Do significante observável inferimos por mediação do significado,
num processo de engendrar uma conclusão lógica sobre aquilo pelo
qual o signo está.
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17. Os Estóicos
Estóicos (300 a.c. - 200 d.c)
modelo triádico:
semaínon - significante - entidade percebida como
signo;
semainómenon (ou lékton) - significação ou significado
(entidade ideal, não corporal);
tygchánon - evento ou o objeto ao qual o signo se
refere.
cognição de um signo:
processo silogístico de indução.
- 17
18. Epicuro de Samos
341 a.C. – 270 a.C.
Foi favorável ao atomismo, doutrina
desenvolvida originalmente por Leucipo e
Demócrito, que o influenciou quando
começou a filosofar, aos catorze anos.
Em 325 a. C vai para Atenas onde
comprou um jardim estabeleceu sua
escola chamada O Jardim. Os epicuristas,
alunos desta escola filosófica podiam ser
homens ou mulheres.
O essencial para a felicidade é a nossa
condição íntima. O desejo precisa ser
controlado, para que a serenidade nos
ajude a suportar a dor. A vida se torna
agradável com o sábio raciocínio, que
investiga a causa. A justiça não existe em
si. Outra coisa interessante é o seu
conselho para vivermos em reclusão,
ignorados.
18
19. Epicuristas
Modelo diádico de signo:
significante (semaínon);
objeto referido (tygchánon).
Cognição: demanda uma capacidade de
antecipação por parte do receptor.
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20. Formula epicurea da Felicidade:
Liberdade;
Amigos;
Vida analisada.
Exercício: Descreva para cada um dos itens
acima mais TRES palavras.
21. Santo Agostinho
(354-430)
Aurélio Agostinho, Agostinho de Hipona, São
Agostinho ou Santo Agostinho foi um bispo católico,
teólogo e filósofo que nasceu em
13 de Novembro de 354 em Tagaste (hoje Souk-
Ahras, na Argélia).
Cresceu no norte da África colonizada por Roma,
educado em Cartago.
Foi professor de retórica em Milão em 383.
Seguiu o Maniqueísmo nos seus dias de estudante e
se converteu ao cristianismo pela pregação de
Ambrósio de Milão.
Em 396 foi nomeado bispo assistente de Hipona
(com o direito de sucessão em caso de morte do
bispo corrente), e permaneceu como bispo de Hipona
até sua morte em 430.
21
22. Santo Agostinho
Santo Agostinho (354-430)
fato perceptivo representando alguma coisa atualmente não perceptível
(cf. os epicuristas);
interferência mental no processo de semiose.
Signo
coisa que além da impressão que produz nos sentidos, faz com que
outra coisa venha à mente como consequência de si mesmo.
Signos Naturais
produzidos sem a intenção de uso como signo (e.g. fumaça como
signo de fogo).
Signos Convencionais
fruto de uma convenção (acordo mútuo) entre aqueles que o
empregam.
22
23. Santo Agostinho
Signos e Coisas
coisa: aquilo que nunca foi usado como signo de outra coisa;
signo: além de signos, são também coisas, porém não são
todas as coisas signos ao mesmo tempo.
Signos Verbais e Não Verbais
sintomas, palavras de uma língua, gestos miméticos de atores,
toques militares de clarins, estridulações das cigarras, etc.
Semiótica Medieval
gramática, retórica e dialética (lógica);
escolástica ou escolaticismo.
- 23
24. Britânicos medievais…
Roger Bacon (1215-1294)
De Signis
John Duns Scotus (1270-1308)
William de Ockham (1290-1349)
navalha de Ockham - hipóteses mais simples devem ser as
corretas
As três ciências
Filosofia Natural, Filosofia Moral e Ciência dos Signos (ou
ciência racional, equivalente à lógica)
Temas Predominantes
Suposições e Modos de Significação
Denotação e Conotação
Funções semióticas de signos, símbolos e imagens
Realismo x Nominalismo
- 24
25. Roger
Bacon
• Roger Bacon (Ilchester, Somerset, 1214 — Oxford,
1294), também conhecido como Doctor Mirabilis
(Doutor Admirável em latim), descendente de família
rica, estudou em Oxford, foi para Paris, onde se
formou mestre em teologia.
Foi um dos mais famosos frades franciscanos de seu
tempo.
Seus avanços nos estudos da Óptica possibilitaram
a invenção dos óculos e seriam em breve
imprescindíveis para a invenção de instrumentos
como o telescópio e o microscópio.
Acusado de bruxaria, o ministro geral dos
franciscanos, são Boaventura, o colocou sob
vigilância em Paris e proibiu a publicação circulação
de seus textos científicos.
Seu trabalho foi baseado nas observações e
acreditava que a ciência poderia resolver todos os
problemas do homem.
25
26. John Duns Scot
(Escócia ca. 1266 - 8 de Novembro
1308) foi membro da Ordem
Franciscana, filósofo e teólogo da
tradição escolástica, chamado o
Doutor Sutil, mentor de outro
grande nome da filosofia medieval:
William de Ockham. Foi
beatificado em 20 de Março de Para Scot, as verdades da fé
não poderiam ser
1993, durante o pontificado de João compreendidas pela razão. A
Paulo II. filosofia, assim, deveria
deixar de ser uma serva da
Formado na Universidade de teologia, como vinha
ocorrendo ao longo de toda a
Oxford. Idade Média e adquirir
autonomia.
26
27. William de Ockham
William de Ockham ou Guilherme de Occam (1285 em
Ockham, Inglaterra — 9 de abril de 1347, Munique),
provavelmente o criador da teoria da Navalha de Occam, foi um
filósofo da lógica e um teólogo escolástico inglês, considerado
como o representante mais eminente da escola nominalista,
principal corrente das escolas tomista e escotista.
A "navalha de Occam", o instrumento lógico que ele
brandia para despojar uma tese de seus ornamentos absurdos. A
máxima de Occam era que, quanto mais simples uma explanação,
melhor. A menos que seja necessário, não introduza
complexidades ou suposições em um argumento. Não só o
resultado será menos elegante e convincente, como também terá
menos probabilidade de estar correto.
27
28. William de Ockham
Um dos pilares do método científico é a chamada Navalha de
Ockham, ou Lei da Parcimônia, ou ainda Lâmina de Ockham,
proposta pelo filósofo franciscano inglês William de Ockham
(1285-1349), que afirma que quando existem várias formas de
explicar algo, a certa é a mais simples. Esta proposta foi publicada
em seu trabalho Expositio aurea et admodum utilis super totam
artem veterem:
“É desnecessário fazer com mais o que se pode fazer com
menos.”
“O essencial não deve ser multiplicado sem necessidade.”
EXERCICIO: UMA FRASE SOBRE UM PRODUTO.
28
29. Principais tendências filosóficas da
Idade Média
Problema dos Universais
status ontológico e o relacionamento entre signos para conceitos
gerais e seu objeto de referência.
Universais
conceitos (idéias) de uma natureza geral;
objetos do mundo → entidades individuais;
predicados associados a eles na forma de palavras → universais;
qual a natureza dos universais ?
Realismo
universais têm uma existência independente dos objetos
particulares (Platão);
escolásticos mantinham que a existência dos universais se dá na
pluraridade dos objetos (realismo extremo).
- 29
30. Principais tendências filosóficas da
Idade Média (cont.)
Nominalismo
somente individuais existem na natureza;
universais não referem-se a nada, e são somente nomes;
universais são signos sem uma existência por si só, mas
referentes a objetos individuais;
existência real precisa ser individual e não pode ser universal.
Conceitualismo
realismo moderado, aceito como sendo a síntese entre
nominalismo e realismo;
universais são sempre dependentes da mente;
entretanto estes conceitos são formados por similaridades entre
coisas existentes.
- 30
31. João de São Tomás (1589-1644)
João Poinsot, dominicano, filósofo e
teólogo da segunda escolástica
seiscentista, também conhecido
como João de São Tomás, nasceu
em Lisboa, em Julho de 1589, filho
mais novo de Pedro Poinsot e de
Maria Garcês. O seu pai, austríaco,
era secretário do Cardeal Alberto,
Arquiduque da Áustria, sendo sua
mãe portuguesa.
31
32. João de São Tomás
João de São Tomás (Jean Poinsot ou John Poinsot)
Tractatus de Signis (republicado em edição crítica por John
Deely em 1984).
Estudo do Signo no campo da lógica
todos os instrumentos dos quais nos servimos para a cognição
e para a comunicação são signos.
Os Quatro Níveis de Interpretação Exegética:
Na interpretação de textos bíblicos (leitura do mundo natural)
1- sentido literal ou histórico;
2- sentido tropológico ou moral;
3- sentido alegórico - referindo-se a Cristo e à Igreja;
4- sentido anagógico - referia-se aos mistérios celestes.
- 32
33. Paracelsus
(1493-1541)
Médico, filósofo, alquimista iatroquímico,
astrólogo e charlatão suíço, nascido em
Eisnsiedeln, no cantão da Suíça, que
revolucionou a medicina de seu tempo ao
antecipar a homeopatia e o uso da química no
tratamento médico. Filho de um conceituado
médico, Wilhelm von Hohenheim, iniciou seus
estudos em Villach e depois foi para Würzburg,
na Alemanha, onde se tornou discípulo de um
abade, Tritêmio, dedicado à alquimia e ao
ocultismo.
33
34. Paracelsus (1493-1541)
Doutrina das Assinaturas
códigos para a interpretação de signos naturais.
autores das mensagens do mundo (assinantes):
Deus, o homem, archaeuse (princípio interior do desenvolvimento)
e as estrelas (astros).
signos naturais - assinaturas - podiam ser descobertos em
várias zonas do mundo.
quiromancia - interpretação das assinaturas nas linhas do
corpo.
astrologia - interpretação das assinaturas nos movimentos e
posições dos astros.
outras:
geomancia, piromancia, hidromancia, ...
- 34
35. René
Descartes
Nasceu em La Haye, Tourenne - França,
em 1596. Filósofo cuja obra, La
Géometre, inclui a aplicação da álgebra à
geometria, o que originou a Geometria
Cartesiana.
A filosofia escolástica medieval levava o
espírito dos estudantes para o passado,
freqüentemente lá deixando-o. O
resultado era uma espécie de
incompetência intelectual e moral
(envoltas em trajes de sabedoria), uma
falta de preparo e de adaptabilidade eficaz
para os problemas do presente.
COGITO, ERGO SUM.
Morreu em 1650 de pneumonia
-O discurso do método - 1637
-Meditações - 1641
-Princípios de Filosofia - 1644
35
36. Cartesius ou Descartes
René Descartes (1596-1650)
teoria das idéias inatas - prioridade do intelecto sobre a
experiência.
retirou da teoria dos signos o aspecto referencial.
processo semiótico foi descrito em categorias mentais.
Racionalismo
modelo diádico de signo.
signo compreende duas idéias - uma é a idéia da coisa que
representa, e outra, a idéia da coisa representada.
natureza do signo consiste em excitar a segunda pela primeira.
processo semiótico fica completamente confinado à mente,
desde a recepção até a compreensão final do signo.
“significante não é um som, mas uma imagem acústica”.
- 36
37. Francis Bacon
Francis Bacon nasceu no dia 22 de janeiro de 1561 na York House, Londres,
residência de seu pai sir Nicholas Bacon. "A fama do pai", "foi ofuscada
pela do filho". A mãe de Bacon foi lady Anne Cooke, cunhada de sir
William Cecil, lorde Burghley, que foi tesoureiro-mor de Elizabeth e um dos
homens mais poderosos da Inglaterra.
Tornou-se instrutora do filho e não poupou esforços para que ele tivesse
instrução. Bacon freqüentou a Universidade de Cambridge, e viveu também
em Paris. Começou a sua carreira de homem político e jurista, antes sob a
rainha Isabel, e, depois, sob Jaime I, subindo até aos mais altos cargos:
advogado geral em 1613, membro do Conselho particular em 1616,
chanceler do reino em 1618.
Foi agraciado por Jaime I com os títulos de Barão de Verulamo e Visconde
de S. Albano. Entretanto foi acusado de concussão e condenado pelo
Parlamento a uma multa avultuada. Perdoado pelo rei, retirou-se para as
suas terras, dedicando-se inteiramente aos estudos.
Faleceu em 1626. Teve uma inteligência muito esclarecida, convencido da
sua missão de cientista, segundo o espírito positivo e prático da mentalidade
anglo-saxônia.
37
38. Francis Bacon
(1561-1626)
meios lingüísticos de falsificar as coisas.
codificação econômica do alfabeto, substituindo-o por
um código binário - origens da teoria da informação.
O iniciador do empirismo. Enalteceu ele a experiência e o
método dedutivo de tal modo, que o transcendente e a razão
acabam por desaparecer na sombra.
Bacon continua afirmando o mundo transcendente e cristão,
considerando a filosofia como esclarecedora da essência da
realidade, das formas, sustentáculo e causa dos fenômenos
sensíveis.
Sua filosofia apela para a metafísica tradicional, grega e
escolástica, aristotélica e tomista. Entretanto, acontece em
Bacon o que aconteceu a muitos pensadores da Renascença, e
o que acontecerá a muitos outros pensadores do empirismo e
do racionalismo: a metafísica tradicional persiste neles todos
histórica e praticamente ao lado da nova filosofia, tanto mais
quanto esta é menos elaborada, acabada e consciente de si
mesma.
- 38
39. Thomas Hobbes
(1588-1679)
Definição diádica e materialista do
signo verbal.
“Nomes são signos das nossas
concepções e não das coisas - Hobbes é um empirista inglês
mesmas”. e nele encontramos os temas
Signos não podem se referir ao fundamentais que serão sempre
mundo, mas apenas a outros os da escola.
conceitos dele derivados - rede de A origem de todo conhecimento
tramas mentais. é a sensação, princípio original
Em 1642, ele publica em Paris o De Cive do conhecimento dos próprios
e, em 1651, faz publicar em Londres o princípios: a imaginação é um
Leviatã ou matéria, forma e autoridade
de uma comunidade eclesiástica e civil. agrupamento inédito de
fragmentos
O Leviatã será traduzido para o latim em
1688, em Amsterdam. de sensação e a memória nada
mais é do que o reflexo de
“Tudo que se forma na inteligência passa
pelos sentidos.” antigas sensações.
39
40. Gottfried Wilhelm Leibniz
(1646 – 1716)
- Com 17 anos, escreveu um
trabalho sobre o princípio da
individuação, sempre
preocupando-se em unir a
filosofia e a matemática.
- Compôs teorias de cálculo
diferencial ao mesmo tempo
que Newton. Concluíram, de
modos diferentes, Leibniz em
1676, e Newton em 1665.
- Gostaria de criar um
alfabeto dos pensamentos
humanos, o qual descobriria
tudo e qualquer coisa.
40
41. Leibniz (1646-1716)
Estudou grande variedade de signos e regras para combiná-
los.
Elaborou um sistema racional de signos.
Calculadoras de Leibniz:
41
42. Empirismo e iluminismo...
“Nada se forma na inteligência que não passe pelos
sentidos” – Hobbes.
“... A não ser a própria inteligência” – Leibniz.
Exercício: Visão, audição, faro, paladar e tato: dê um
exemplo de produto para cada sentido onde melhor se
aplica a frase de Hobbes.
43. Contribuições do Iluminismo
- John Locke (1632-1704)
• Filósofo inglês, precursor do Iluminismo.
• Estudou medicina, ciências naturais e
filosofia em Oxford, principalmente as
obras de Bacon e Descartes.
• Representante do individualismo liberal,
em sua principal obra, Ensaio sobre o
entendimento humano, de 1690, propõe
que a experiência é a fonte do
conhecimento, que depois se desenvolve
por esforço da razão.
• Considerado o representante principal do
empirismo naquele país, e ideólogo do
liberalismo.
43
44. John Locke (1632-1704)
Signos: grandes instrumentos de
conhecimento.
Duas classes de signos: idéias e palavras.
Idéias: signos que representam as coisas na
mente do contemplador.
Palavras: representam as idéias na mente da
pessoa que as utiliza - signos das idéias do
emissor.
- 44
45. George Berkeley
George Berkeley (Condado de Kilkenny,
12 de março de 1685 — Oxford, 14 de
janeiro de 1753) foi um filósofo irlandês.
Estudou no Trinity College de Dublin,
onde se tornou fellow em 1707. Lecionou
hebraico, grego e teologia. Por esta época,
dedicou-se ao estudo sistemático da
filosofia (em especial John Locke, Isaac
Newton e Malebranche).
Dois anos mais tarde, publicou seu
primeiro livro importante: Ensaio para uma
nova teoria da visão. Em 1710, apresentou
seu princípio de que ser é ser percebido
(esse est percipi) na primeira parte da obra
Tratado sobre os princípios do
conhecimento humano. Em 1712 publicou
Três diálogos entre Hilas e Filonous a fim
de melhor explicar as concepções
propostas na obra anterior. 45
46. Berkeley
Radicalizou a teoria diádica do signo no quadro de seu
nominalismo e idealismo ontológico.
Matéria do mundo não participa do processo de semiose.
Nossas sensações do mundo são idéias impressas nos
sentidos e não existem a não ser na mente de quem as
percebe.
Todos os processos que se desenvolvem no mundo são
interpretados como processos de semiose.
Ao invés de relações entre causas e efeitos, temos apenas
relações entre signos e coisas significadas.
“O barulho que ouvimos não é causado pelo movimento dos
carros na rua, mas é tão somente um signo deles”.
O mundo natural aparece permeado de signos.
- 46
47. Condillac
Nasceu em Grenoble, 1715
e morreu em 1780.
Padre católico, filósofo,
psicólogo, economista.
Condillac sistematizou e
criticou os pontos de vista
de John Locke. Elaborou sua própria
Elegeu-se, em 1768, para a doutrina, o sensualismo.
Academia Francesa e No seu Traité des
também foi membro da Sensations, de 1754,
Academia de Berlim. defende o princípio de que
todas as idéias provêm dos
sentidos.
47
48. Etienne de Condillac
(1715-1780)
Interpretação genética do processo de semiose -
processo que começa em níveis primitivos e chega
até níveis mais complexos.
Sensação, percepção, consciência, atenção,
reminiscência, imaginação, interpretação, memória
e reflexão.
Signos causais, signos naturais e signos por
instituição.
48
49. Denis Diderot
-Filósofo e hábil escritor e enciclopedista francês nascido
em Langres, na região francesa da champagne, um dos
símbolos do iluminismo e um dos ideólogos da revolução
francesa.
-Filho de um mestre de cutelaria de boa posição, estudou
com os jesuítas, iniciou a carreira eclesiásticas e chegou a
receber a tonsura em 1726. Estudou em Paris ( 1729–1732)
onde se graduou em artes.
-Ainda estudou leis, literatura, filosofia e matemática até ser
contratado pelo produtor André Le Breton para traduzir uma
enciclopédia inglesa (1745), a Cyclopaedia, do inglês
Ephraim Chambers.
49
50. Denis Diderot
(1713-1784)
Diferença entre comunicação
verbal (unidimensional) e não-
verbal (tridimensional).
Linguagem provoca uma
distorção da realidade
(superioridade da
comunicação não-verbal).
Teoria da mimese:
representação por signos
icônicos.
- 50
51. Johann Lambert
Nascimento: 26/08/1728
Falecimento: 25/09/1777
Ocupação: Matemático
Nacionalidade: Francês
- A semiótica teve seu início com
filósofos como John Locke que em
1690 postulou uma "doutrina dos
signos" com o nome de Semeiotiké, ou
com Johann Heinrich Lambert que
foi um dos primeiros filósofos a
escrever um tratado específico
intitulado Semiótica ou a doutrina da
designação das idéias e das
coisas(1764), como o segundo volume
de seu Novo organon.
51
52. Johann Lambert (1728-1777)
Primeiro tratado da teoria geral do signo - “Semiótica” (1746).
Limiar semiótico
abaixo: sensações que não podem ser repetidas
voluntariamente.
acima: produção de signos com cognição simbólica.
Papel dos signos na clarificação de idéias obscuras.
Explorou 19 sistemas sígnicos: signos químicos, astrológicos,
heráldicos, naturais e sociais, notas musicais, gestos,
hieroglifos.
Iconicidade - correspondência entre signo e mundo.
Níveis altos de perfeição por meio de signos que representem
coisas por aproximação icônica.
52
53. Bernard Bolzano
Bernard Bolzano (Rep.Checa
1781-1848)
Semiotik (1836) - tratado sobre a
doutrina dos signos
investigação sobre o
aperfeiçoamento ou a utilidade dos
signos
nove vantagens do uso dos signos
na descoberta da verdade
treze regras para o uso e a invenção
de signos
- 53
54. Bolzano apresenta uma classificação dos signos:
1) signos gerais se determinados objetos são utilizados por todos os
homens para assinalar as mesmas representações;
2) signos naturais se a sua assinalação de certas representações reside
na natureza do homem;
3) signos ocasionais se essa assinalação reside numa circunstância
particular;
4) signos arbitrários se essa assinalação não tem outro fundamento
além da vontade de ser pensante;
5) signos simples aqueles que não são compostos por outros com
assinalações próprias;
6) signos compostos quando se compõem de signos com significados
próprios;
7) signos unívocos e signos equívocos;
8) signos com significados próprios e signos com significados
impróprios;
9) signos diretos e signos indiretos.
- 54
55. Lady Welby
Lady Victoria Welby Gregoy
(Inglaterra, 1837-1912)
-correspondência com Peirce
-significs - ciência do
significado e da comunicação
- Welby começou no campo da teologia, - Ela publicou seu primeiro livro
especialmente na interpretação das escrituras filosófico, What Is Meaning? Studies
Christian, e este foi o assunto para seu primeiro in the Development of Significance
em 1903, seguido por Significs and
livro, Links and Clues (1881). No fim do século Language: The Articulate Form of
XIX, entretanto, este interesse se desenvolveu Our Expressive and Interpretive
para uma área mais filosófica, e ela começou a Resources em 1911. No mesmo ano
escrever trabalhos acadêmicos sobre significado, ela contribuiu para a Enciclopédia
Britânica com um longo artigo
que eram publicados nos líderes Mind e The chamado “Significado”, o nome que
Monist, jornais acadêmicos. ela deu para sua teoria de 55
significados.
56. Outros precursores da
semiótica:
John Wilkins (1614-1672)
George Dalgarno (1626-1687)
Giambattista Vico (1668-1744)
Alexandre Baumgarten (1714-1762)
Immanuel Kant (1724-1804)
Gotthold Ephraim Lessing (1729-1781)
Johann Gottfried von Herder (1744-1803)
Johann Gottlieb Fichte (1762-1814)
Friedrich Wilhelm von Humboldt (1767-1835)
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831)
Joseph Marie, baron De Gerando (1772-1842)
Ecole du Port Royal (~1625)
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