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Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.
“Livros são os mais silenciosos e constantes amigos;
os mais acessíveis e sábios conselheiros;
e os mais pacientes professores.”
Charles W. Elliot
Autora:
Coordenação editorial:
Preparação e revisão:
Ilustração:
Projeto gráfico:
Realização
Sandra Aymone
Sílnia N. Martins Prado
Katia Rossini
Luiz Rodrigues, Pierre Trabbold, Gustavo Longo
Linea Creativa
Fundação Educar DPaschoal
www.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros:
Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE
Rodonaves Transportadora Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan.
Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech (capa)
e papel Couché Suzano Matte (miolo), ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir
de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim.
Esta é a 1ª edição, datada de 2009, com tiragem de 30.000 exemplares.
A tiragem e a prestação de contas referentes a esta
publicação foram conferidas pela Deloitte.
Sobre a Fundação Educar DPaschoal
A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para gerir os investimentos do
grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura. Promover a educação para a
cidadania como estratégia de transformação social é a missão da Fundação Educar,
que constrói parcerias e desenvolve três projetos.
O Leia Comigo!, que utiliza recursos próprios e de outras empresas através da Lei
Rouanet, para produzir e distribuir gratuitamente livros educativos para crianças e
adolescentes. Desde o ano 2000 já foram doados mais de 30 milhões de exemplares,
em todo o Brasil.
A Academia Educar, que promove a formação de núcleos de Lideranças Juvenis em
escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra em si o potencial
que o torna capaz de transformar sua realidade, de sua escola e de sua comunidade.
E o Prêmio Trote da Cidadania, que reconhece e incentiva universitários de todo o
Brasil a promover ações sociais com os calouros, para estimular o empreendedorismo
social e reduzir a prática do trote humilhante ou violento.
Procurando contar sempre com valiosas parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais,
dar sua contribuição à sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania.
gente imagina que, durante a noite, a biblioteca de uma escola seja um dos lugares mais
silenciosos do mundo, não é?
Claro que de dia não é assim, pelo menos na escola do Dudu. Mesmo que o silêncio seja
sempre importante em uma biblioteca, para não atrapalhar quem está lendo, lá há sempre
movimento de alunos entrando, saindo, retirando ou devolvendo livros.
Naquela noite, tudo parecia normal, mas, de repente... um livro deu um grito, desequilibrou-se
na prateleira, caiu em cima de mais três, e vieram todos ao chão, fazendo um barulhão.
2
A
Que tombo! Ainda bem que a luz da lua cheia iluminava a sala através do vidro da
janela e eles podiam ver uns aos outros. Depois que passou o susto, um livro chamado
Histórias da Floresta limpou a poeira e falou para o livro caído a seu lado:
– Mas o que foi isso, Bruxas e Fantasmas? Você se assustou com suas próprias
histórias? Onde já se viu cair assim, em cima dos outros?
– Desculpem, por favor – disse o livro chamado Bruxas e Fantasmas –, mas perdi o
equilíbrio quando vi uma coisa horrível a meu lado, na prateleira! Uma TRAÇA!
3
Todos se encolheram de pavor. Uma traça! Eles sabiam que as traças adoram devorar
páginas de livros e começaram a tremer igual geleia...
– Por favor, não se assustem! Não quero fazer mal a vocês, juro! – disse alguém.
Era a Traça, que descia pela estante, e continuou a falar:
– Na verdade, eu adoro os livros! Mas para ler, não para comer! Já fiz até uma
reeducação alimentar, estou há 437 dias e 6 horas sem comer papel, acreditem! Agora
só como o matinho que nasce nos vasos de flores da janela... Não são muito gostosos,
mas são bem saudáveis...
4
Os livros ficaram muito espantados. Onde é que já se viu uma traça que não come livros?
Mas ela parecia muito sincera, e eles começaram a lhe fazer perguntas.
– Há outras traças com você?
– Se agora você só come mato, não seria melhor ir viver no jardim?
– O que faz aqui, afinal?
– Não se preocupem, estou sozinha – respondeu ela. – Na verdade,
na época em que comia livros, comecei a gostar muito de ler.
Aprendi mil coisas! Agora meu sonho é me tornar escritora!
5
O espanto dos livros só crescia. Uma traça escritora? Com certeza era um caso único no
mundo! Ela continuou:
– Eu acho maravilhoso um autor colocar suas ideias no papel e depois este texto multiplicar-se
em centenas de livros iguaizinhos, que são distribuídos em todo lugar, podendo ser lidos por
milhares de pessoas! Mas não sei como isso acontece, e é por isso que vim falar com vocês.
Quero contar essa história!
O Livro das Invenções coçou o queixo e falou:
– Sabem que não é má ideia? Seria bacana contar às crianças como é que um livro é feito!
Num instante, a ideia foi aprovada por todos os livros da biblioteca, e um grupo ofereceu-se
para dizer à Traça tudo o que sabia sobre o assunto. Ela encontrou uma pilha de papéis sobre
uma mesa e começou a anotar o que eles diziam. Contos da Carochinha começou a explicar:
6
–
Que ideia é esta? Se for uma história inventada, ela deve se parecer com uma
viagem pelo mundo da imaginação, capaz de fazer o leitor se sentir como se
viajasse junto... Mas pode ser um livro sobre ciência, um fato que já aconteceu,
ou sobre outros assuntos. Depois, ele coloca no papel. Vai escrevendo,
escrevendo, até achar que está na hora de colocar o ponto final.
– Daí, ele leva o texto para uma editora – continuou Histórias da Floresta. –
As editoras são as empresas que publicam livros. É lá que a gente nasce!
Muitas pessoas trabalham nestes lugares, em várias funções. Uma delas é o
coordenador editorial. Ele lê o texto do escritor e pode aprovar ou não.
A ideia na cabeça do escritor, ou autor, é o primeiro passo desta história.
7
– Ai! suspirou a Traça. Tomara que o meu seja aprovado!
– Se o texto for aprovado, o processo de edição se inicia. O supervisor gráfico
começa a decidir que forma o livro terá.
– Forma? Pode ser qualquer forma? Quero de bola! – disse a Traça.
Todos riram do livro-bola! O livro Mil Piadas exclamou:
– Já pensou se você está lendo e o livro sai rolando ladeira abaixo? Hahahaha!
Até a Traça achou graça!
– Bom, existem mesmo livros de vários formatos, mas a maioria é retangular,
porque é mais fácil de ler e de guardar – explicou o Livro dos Curiosos.
– –
8
Quando a gente fala “formato”, quer dizer as medidas dele, o tipo de letra que vai ser usado,
a quantidade de ilustrações...
– Eu tenho ilustrações muito bonitas! – disse Histórias da Floresta. – Foram feitas
por um artista, em aquarela! Você quer ver,Traça?
A Traça quis ver, e adorou aqueles desenhos cheios de bosques floridos e riachos.
Disse, com ar sonhador:
– Imaginem só quando o ilustrador estiver fazendo os desenhos do meu livro! Aquele monte
de papéis, tintas, pincéis e lápis coloridos. Que lindo! Chega a dar vontade de chorar!...
– Não chore não,Traça, senão vai borrar todos os desenhos! – brincou
Contos da Carochinha.
–
9
O Livro das Invenções lembrou:
– Antigamente, montar um livro dava um trabalhão. A informática facilitou tudo!
Hoje em dia, esse trabalho é feito nos computadores, com muito mais rapidez.
– A distribuição dos textos e ilustrações nas páginas chama-se “diagramação” – explicou
Bruxas e Fantasmas. – Uma das partes principais do livro é a capa. Por ela é que os leitores vão
ficar sabendo o assunto do livro, e uma capa bonita ajuda as pessoas a terem vontade de ler!
– Depois de diagramado, o livro é lido com muito cuidado pelo revisor, que corrige erros de
ortografia ou gramática, deixando tudo em português correto.
– E depois? E depois? – quis saber a Traça, como se estivesse ouvindo as palavras mais
emocionantes de sua vida! Contos da Carochinha contou:
10
–
um livro de verdade! Um, não. Centenas, ou mesmo milhares de livros iguaizinhos, para que
muitas pessoas possam ler. Quanto mais pessoas lerem e gostarem de ler, melhor, porque isso
garante que os livros continuem a existir sempre!
– Para multiplicar um livro em muitos – continuou Carochinha –, primeiro é preciso fazer um
filme fotográfico chamado “fotolito”. Na verdade, são quatro filmes, um para cada uma das
quatro cores...
– Espere aí! Você tem certeza? – reclamou Histórias da Floresta. – Meus desenhos têm muito
mais que quatro cores!
Quando está tudo pronto, chegou a hora de aquele livro que está no computador tornar-se
11
O Livro das Invenções deu uma tossidinha e explicou:
– Nas artes gráficas, em geral, para se fazer todas as cores, utilizamos apenas quatro delas:
o preto, o amarelo, o azul (ciano) e o vermelho (magenta). Só com essas cores, misturando
um pouquinho desta e um pouquinho daquela, conseguimos criar todas as outras que
vemos nos livros!
12
Azul
(ciano)
PretoAmarelo
(magenta)
Vermelho
Traça ficou de boca aberta com a história das
quatro cores! Que incrível! Aquilo parecia mais mágico que
todos os contos da Carochinha!
– Depois que todos os fotolitos estão prontos, eles vão para a gráfica – continuou Invenções.
– Lá, são montados com muito cuidado, para que nada fique fora do lugar. Depois, são usados
para gravar chapas de metal, uma para cada cor. Essas chapas são colocadas num cilindro, na
máquina impressora, junto com as tintas. O papel vai passando pelas chapas, e cada parte do
livro é impressa milhares de vezes! Só que os fotolitos já estão virando coisa do passado. Hoje
em dia já dá pra gravar as chapas direto do computador, com um método chamado CTP.
– Agora eu quero falar – pediu Bruxas e Fantasmas –, porque esta é a melhor parte! Os livros
já saem da máquina no formato de vários cadernos. Esses cadernos são unidos, as capas são
coladas e uma máquina corta as beiradas no tamanho certinho. Fica perfeito! Depois disto, os
livros vão para as livrarias, para as escolas, para as bibliotecas, e quem quiser já pode ler!
Eu adooooooro ser lido!
13
– Eu também! Eu também! – concordaram todos, com muita alegria.
Depois de receber todas as informações, a Traça ficou inspiradíssima! Continuou escrevendo
sem parar até que o dia amanheceu. Então, ela entrou na gaveta da mesa e dormiu.
Quando bateu o sinal do início das aulas, Dudu entrou na biblioteca da escola e logo reparou
na pilha de papéis sobre a mesa. Estavam escritos com uma letrinha engraçada e ele começou a
ler. Gostou tanto do que estava lendo que teve uma ideia: sua tia trabalhava em uma editora.
Quem sabe aquele texto poderia virar livro? Mas quem seria o autor?
Olhou o final do texto e viu que havia apenas uma recomendação: “Autorizo a pessoa que
encontrar este texto a enviá-lo para uma editora. Essa pessoa será a dona dos direitos do livro,
caso ele seja publicado”. Embaixo, estava assinado apenas: “Traça”.
14
Depois de procurar muito, sem sucesso, aquela pessoa misteriosa que usava o nome
Traça, Dudu achou melhor fazer o que ela tinha pedido. Mandou o texto para sua
tia, que leu e gostou muito, e o livro foi aprovado!
Quando, finalmente, o livro ficou pronto, aconteceram duas festas na biblioteca da
escola. Uma, de dia, com professores e alunos, que comemoravam a iniciativa do
Dudu. O menino tinha doado os direitos da venda do livro para a escola.
15
A outra festa foi à noite e, apesar de não ter bolo nem refrigerante, teve muito mais
emoção: a Traça viu seu sonho ser realizado! E ficou mais comovida ainda com a homenagem
preparada pelos livros da biblioteca, que recitaram poesias e contaram trechos de suas histórias.
Com lágrimas nos olhos, a Traça levou sua obra pela mão até a estante, e todos os livros
abraçaram e cumprimentaram o novo amigo.
Seu título ficou sendo
E o mais bacana de tudo é que ele se tornou um dos livros mais lidos da biblioteca!
16

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A jornada de um livro: da ideia à leitura

  • 1. Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto. “Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores.” Charles W. Elliot
  • 2. Autora: Coordenação editorial: Preparação e revisão: Ilustração: Projeto gráfico: Realização Sandra Aymone Sílnia N. Martins Prado Katia Rossini Luiz Rodrigues, Pierre Trabbold, Gustavo Longo Linea Creativa Fundação Educar DPaschoal www.educardpaschoal.org.br F: (19) 3728-8129 Agradecemos aos nossos parceiros a colaboração na distribuição destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logística, Reunidas Catarinense, RTE Rodonaves Transportadora Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan. Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo Ltda. em papelcartão Art Premium Tech (capa) e papel Couché Suzano Matte (miolo), ambos produzidos pela Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada para este fim. Esta é a 1ª edição, datada de 2009, com tiragem de 30.000 exemplares. A tiragem e a prestação de contas referentes a esta publicação foram conferidas pela Deloitte. Sobre a Fundação Educar DPaschoal A Fundação Educar DPaschoal foi criada em 1989 para gerir os investimentos do grupo DPaschoal em programas de estímulo à leitura. Promover a educação para a cidadania como estratégia de transformação social é a missão da Fundação Educar, que constrói parcerias e desenvolve três projetos. O Leia Comigo!, que utiliza recursos próprios e de outras empresas através da Lei Rouanet, para produzir e distribuir gratuitamente livros educativos para crianças e adolescentes. Desde o ano 2000 já foram doados mais de 30 milhões de exemplares, em todo o Brasil. A Academia Educar, que promove a formação de núcleos de Lideranças Juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra em si o potencial que o torna capaz de transformar sua realidade, de sua escola e de sua comunidade. E o Prêmio Trote da Cidadania, que reconhece e incentiva universitários de todo o Brasil a promover ações sociais com os calouros, para estimular o empreendedorismo social e reduzir a prática do trote humilhante ou violento. Procurando contar sempre com valiosas parcerias, a DPaschoal deseja, cada vez mais, dar sua contribuição à sociedade em sua caminhada pela educação e pela cidadania.
  • 3. gente imagina que, durante a noite, a biblioteca de uma escola seja um dos lugares mais silenciosos do mundo, não é? Claro que de dia não é assim, pelo menos na escola do Dudu. Mesmo que o silêncio seja sempre importante em uma biblioteca, para não atrapalhar quem está lendo, lá há sempre movimento de alunos entrando, saindo, retirando ou devolvendo livros. Naquela noite, tudo parecia normal, mas, de repente... um livro deu um grito, desequilibrou-se na prateleira, caiu em cima de mais três, e vieram todos ao chão, fazendo um barulhão. 2 A Que tombo! Ainda bem que a luz da lua cheia iluminava a sala através do vidro da janela e eles podiam ver uns aos outros. Depois que passou o susto, um livro chamado Histórias da Floresta limpou a poeira e falou para o livro caído a seu lado: – Mas o que foi isso, Bruxas e Fantasmas? Você se assustou com suas próprias histórias? Onde já se viu cair assim, em cima dos outros? – Desculpem, por favor – disse o livro chamado Bruxas e Fantasmas –, mas perdi o equilíbrio quando vi uma coisa horrível a meu lado, na prateleira! Uma TRAÇA! 3
  • 4. Todos se encolheram de pavor. Uma traça! Eles sabiam que as traças adoram devorar páginas de livros e começaram a tremer igual geleia... – Por favor, não se assustem! Não quero fazer mal a vocês, juro! – disse alguém. Era a Traça, que descia pela estante, e continuou a falar: – Na verdade, eu adoro os livros! Mas para ler, não para comer! Já fiz até uma reeducação alimentar, estou há 437 dias e 6 horas sem comer papel, acreditem! Agora só como o matinho que nasce nos vasos de flores da janela... Não são muito gostosos, mas são bem saudáveis... 4 Os livros ficaram muito espantados. Onde é que já se viu uma traça que não come livros? Mas ela parecia muito sincera, e eles começaram a lhe fazer perguntas. – Há outras traças com você? – Se agora você só come mato, não seria melhor ir viver no jardim? – O que faz aqui, afinal? – Não se preocupem, estou sozinha – respondeu ela. – Na verdade, na época em que comia livros, comecei a gostar muito de ler. Aprendi mil coisas! Agora meu sonho é me tornar escritora! 5
  • 5. O espanto dos livros só crescia. Uma traça escritora? Com certeza era um caso único no mundo! Ela continuou: – Eu acho maravilhoso um autor colocar suas ideias no papel e depois este texto multiplicar-se em centenas de livros iguaizinhos, que são distribuídos em todo lugar, podendo ser lidos por milhares de pessoas! Mas não sei como isso acontece, e é por isso que vim falar com vocês. Quero contar essa história! O Livro das Invenções coçou o queixo e falou: – Sabem que não é má ideia? Seria bacana contar às crianças como é que um livro é feito! Num instante, a ideia foi aprovada por todos os livros da biblioteca, e um grupo ofereceu-se para dizer à Traça tudo o que sabia sobre o assunto. Ela encontrou uma pilha de papéis sobre uma mesa e começou a anotar o que eles diziam. Contos da Carochinha começou a explicar: 6 – Que ideia é esta? Se for uma história inventada, ela deve se parecer com uma viagem pelo mundo da imaginação, capaz de fazer o leitor se sentir como se viajasse junto... Mas pode ser um livro sobre ciência, um fato que já aconteceu, ou sobre outros assuntos. Depois, ele coloca no papel. Vai escrevendo, escrevendo, até achar que está na hora de colocar o ponto final. – Daí, ele leva o texto para uma editora – continuou Histórias da Floresta. – As editoras são as empresas que publicam livros. É lá que a gente nasce! Muitas pessoas trabalham nestes lugares, em várias funções. Uma delas é o coordenador editorial. Ele lê o texto do escritor e pode aprovar ou não. A ideia na cabeça do escritor, ou autor, é o primeiro passo desta história. 7
  • 6. – Ai! suspirou a Traça. Tomara que o meu seja aprovado! – Se o texto for aprovado, o processo de edição se inicia. O supervisor gráfico começa a decidir que forma o livro terá. – Forma? Pode ser qualquer forma? Quero de bola! – disse a Traça. Todos riram do livro-bola! O livro Mil Piadas exclamou: – Já pensou se você está lendo e o livro sai rolando ladeira abaixo? Hahahaha! Até a Traça achou graça! – Bom, existem mesmo livros de vários formatos, mas a maioria é retangular, porque é mais fácil de ler e de guardar – explicou o Livro dos Curiosos. – – 8 Quando a gente fala “formato”, quer dizer as medidas dele, o tipo de letra que vai ser usado, a quantidade de ilustrações... – Eu tenho ilustrações muito bonitas! – disse Histórias da Floresta. – Foram feitas por um artista, em aquarela! Você quer ver,Traça? A Traça quis ver, e adorou aqueles desenhos cheios de bosques floridos e riachos. Disse, com ar sonhador: – Imaginem só quando o ilustrador estiver fazendo os desenhos do meu livro! Aquele monte de papéis, tintas, pincéis e lápis coloridos. Que lindo! Chega a dar vontade de chorar!... – Não chore não,Traça, senão vai borrar todos os desenhos! – brincou Contos da Carochinha. – 9
  • 7. O Livro das Invenções lembrou: – Antigamente, montar um livro dava um trabalhão. A informática facilitou tudo! Hoje em dia, esse trabalho é feito nos computadores, com muito mais rapidez. – A distribuição dos textos e ilustrações nas páginas chama-se “diagramação” – explicou Bruxas e Fantasmas. – Uma das partes principais do livro é a capa. Por ela é que os leitores vão ficar sabendo o assunto do livro, e uma capa bonita ajuda as pessoas a terem vontade de ler! – Depois de diagramado, o livro é lido com muito cuidado pelo revisor, que corrige erros de ortografia ou gramática, deixando tudo em português correto. – E depois? E depois? – quis saber a Traça, como se estivesse ouvindo as palavras mais emocionantes de sua vida! Contos da Carochinha contou: 10 – um livro de verdade! Um, não. Centenas, ou mesmo milhares de livros iguaizinhos, para que muitas pessoas possam ler. Quanto mais pessoas lerem e gostarem de ler, melhor, porque isso garante que os livros continuem a existir sempre! – Para multiplicar um livro em muitos – continuou Carochinha –, primeiro é preciso fazer um filme fotográfico chamado “fotolito”. Na verdade, são quatro filmes, um para cada uma das quatro cores... – Espere aí! Você tem certeza? – reclamou Histórias da Floresta. – Meus desenhos têm muito mais que quatro cores! Quando está tudo pronto, chegou a hora de aquele livro que está no computador tornar-se 11
  • 8. O Livro das Invenções deu uma tossidinha e explicou: – Nas artes gráficas, em geral, para se fazer todas as cores, utilizamos apenas quatro delas: o preto, o amarelo, o azul (ciano) e o vermelho (magenta). Só com essas cores, misturando um pouquinho desta e um pouquinho daquela, conseguimos criar todas as outras que vemos nos livros! 12 Azul (ciano) PretoAmarelo (magenta) Vermelho Traça ficou de boca aberta com a história das quatro cores! Que incrível! Aquilo parecia mais mágico que todos os contos da Carochinha! – Depois que todos os fotolitos estão prontos, eles vão para a gráfica – continuou Invenções. – Lá, são montados com muito cuidado, para que nada fique fora do lugar. Depois, são usados para gravar chapas de metal, uma para cada cor. Essas chapas são colocadas num cilindro, na máquina impressora, junto com as tintas. O papel vai passando pelas chapas, e cada parte do livro é impressa milhares de vezes! Só que os fotolitos já estão virando coisa do passado. Hoje em dia já dá pra gravar as chapas direto do computador, com um método chamado CTP. – Agora eu quero falar – pediu Bruxas e Fantasmas –, porque esta é a melhor parte! Os livros já saem da máquina no formato de vários cadernos. Esses cadernos são unidos, as capas são coladas e uma máquina corta as beiradas no tamanho certinho. Fica perfeito! Depois disto, os livros vão para as livrarias, para as escolas, para as bibliotecas, e quem quiser já pode ler! Eu adooooooro ser lido! 13
  • 9. – Eu também! Eu também! – concordaram todos, com muita alegria. Depois de receber todas as informações, a Traça ficou inspiradíssima! Continuou escrevendo sem parar até que o dia amanheceu. Então, ela entrou na gaveta da mesa e dormiu. Quando bateu o sinal do início das aulas, Dudu entrou na biblioteca da escola e logo reparou na pilha de papéis sobre a mesa. Estavam escritos com uma letrinha engraçada e ele começou a ler. Gostou tanto do que estava lendo que teve uma ideia: sua tia trabalhava em uma editora. Quem sabe aquele texto poderia virar livro? Mas quem seria o autor? Olhou o final do texto e viu que havia apenas uma recomendação: “Autorizo a pessoa que encontrar este texto a enviá-lo para uma editora. Essa pessoa será a dona dos direitos do livro, caso ele seja publicado”. Embaixo, estava assinado apenas: “Traça”. 14 Depois de procurar muito, sem sucesso, aquela pessoa misteriosa que usava o nome Traça, Dudu achou melhor fazer o que ela tinha pedido. Mandou o texto para sua tia, que leu e gostou muito, e o livro foi aprovado! Quando, finalmente, o livro ficou pronto, aconteceram duas festas na biblioteca da escola. Uma, de dia, com professores e alunos, que comemoravam a iniciativa do Dudu. O menino tinha doado os direitos da venda do livro para a escola. 15
  • 10. A outra festa foi à noite e, apesar de não ter bolo nem refrigerante, teve muito mais emoção: a Traça viu seu sonho ser realizado! E ficou mais comovida ainda com a homenagem preparada pelos livros da biblioteca, que recitaram poesias e contaram trechos de suas histórias. Com lágrimas nos olhos, a Traça levou sua obra pela mão até a estante, e todos os livros abraçaram e cumprimentaram o novo amigo. Seu título ficou sendo E o mais bacana de tudo é que ele se tornou um dos livros mais lidos da biblioteca! 16