2. PEDAGOGIA
A pedagogia visa compreender como os fatores
socioculturais e institucionais atuam nos processos
de transformação dos sujeitos, e em que condições
esses sujeitos aprendem melhor. Para isso, o agir
pedagógico deve estar calcado nos seguintes
objetivos:
a) fornecimento de mediações culturais para o
desenvolvimento da razão crítica, isto é,
conhecimento teórico-científico, capacidades
cognitivas e modos de ação;
b) desenvolvimento da subjetividade dos alunos e
ajuda na construção de sua identidade pessoal e
no acolhimento à diversidade social e cultural;
c) formação para a cidadania e preparação para
atuação na realidade.
3. TEORIAS MODERNAS
A pedagogia apresenta diversas teorias e correntes.
As teorias modernas da educação são aquelas
gestadas em plena modernidade, quando a ideia de
uma formação geral para todos toma lugar na
reflexão pedagógica.
Essas teorias tem como foco a atividade racional,
científica, tecnológica, enquanto objeto de
conhecimento que leva as pessoas a pensarem
com autonomia e objetividade, contra todas as
formas de ignorância.
4. TEORIAS MODERNAS
Segundo as teorias modernas, o conhecimentos e
modos de ação, deduzidos de uma cultura
universal objetiva, precisam ser comunicados às
novas gerações e recriados em função da
continuidade dessa cultura. Onde os educadores
como representantes legítimos dessa cultura,
devem ajudar os alunos a internalizarem valores
universais, tais como racionalidade,
autoconsciência, autonomia, liberdade, seja pela
intervenção pedagógica direta seja pelo
esclarecimento de valores em âmbito pessoal.
Dentre as teorias modernas, destacaremos a
corrente racional-tecnológica.
5. A CORRENTE RACIONAL-TECNOLÓGICA
Essa corrente corresponde à concepção do
neotecnicismo e está associada a uma pedagogia a
serviço da formação para o sistema produtivo.
A formulação dos objetivos, conteúdos, padrões de
desempenho, competências e habilidades tem como
base os critérios científicos e técnicos.
Diferentemente da pedagogia tradicional, a corrente
racional-tecnológica busca seu fundamento na
racionalidade técnica e instrumental, visando a
desenvolver habilidades e destrezas para formar o
técnico.
6. ALGUNS TRAÇOS DESSA CORRENTE
Foco no conhecimento em função da sociedade
tecnológica.
Transformação da educação em ciência
(racionalidade científica).
Produção do aluno como um ser tecnológico.
Utilização mais intensiva dos meios de
comunicação e informação e do aparato
tecnológico.
7. ENSINO DE EXCELÊNCIA E ENSINO
TECNOLÓGICO
Nessa corrente temos a formação do currículo por
competências, baseado nas habilidades e
destrezas que devem ser dominados pelos alunos
no percurso de formação. Apresenta-se sob duas
modalidades:
a)ensino de excelência, para formar a elite
intelectual e técnica para o sistema produtivo;
b)ensino para formação de mão-de-obra
intermediária, centrada na educação utilitária e
eficaz para o mercado.
8. METODOLOGIA
A metodologia da corrente racional-tecnológica,
caracteriza-se pela introdução de técnicas mais
refinadas de transmissão de conhecimentos
incluindo os computadores, as mídias.
Dessa forma, o uso de tecnologia, como internet e
computadores, pode ser amplamente aproveitado
nessa corrente, com o objetivo de criar uma vasta rede
de informação, privilegiar interconexão de sujeitos, de
espaços e/ou cenários de aprendizagem, exigindo
novas ações curriculares mais comunicativas.
9. METODOLOGIA
Segundo Libâneo (2005), a corrente racional-tecnológica
pretendo no uso das tecnologias da
informação e comunicação, o desenvolvimento de
competências cognitivas e operacionais com a
utilização de computadores. Nesse caso, o novo
paradigma de aprendizagem estaria centrado no
aprender comunicando e no aprender a usar.
Nesse sentido, a corrente racional-tecnológica,
utiliza as tecnologias na educação como
ferramentas pedagógicas e extensões de nossas
capacidades físicas e ou intelectuais.
10. A CIBERCULTURA E A CORRENTE
RACIONAL-TECNOLÓGICA
Definição de cibercultura: é a cultura contemporânea
estruturada pelo uso das tecnologias digitais em rede
nas esferas do ciberespaço e das cidades. Ela também
interage com as esferas de ensino-aprendizagem, as
chamadas redes educativas ou espaços
multirreferenciais de aprendizagem.
11. A CIBERCULTURA E A CORRENTE
RACIONAL-TECNOLÓGICA
A corrente racional-tecnológica, pretende a
configuração de aluno como ser tecnológico, capaz
de usar as tecnologias de informações e
comunicação como forma de expandir sua
capacidade intelectual. Nesse sentido, ela deve se
vincular a ideia de cibercultura, com o intuito de
levar conhecimento a atual sociedade tecnológica.
12. A CIBERCULTURA E A CORRENTE RACIONAL-TECNOLÓGICA
Segundo Silva (2010) apud Santos (2010), o
conceito mais amplo de inclusão digital não se
contenta com a acepção mais usual apoiada
meramente na distribuição da tecnologia: distribuir
em massa o computador e o acesso à internet. A
inclusão meramente tecnológica não sustenta a
cibercidadania. É preciso garantir a inclusão do
sujeito como autor e coautor nos ambientes por onde
transita de conexão em conexão. É preciso formá-lo
para atuar na cibercidade ou nas redes sociais
reconfiguradas pelas tecnologias digitais e pela
internet.
13. A CIBERCULTURA E A CORRENTE RACIONAL-TECNOLÓGICA
Nesse sentido, é preciso ressaltar duas coisas:
1. O acesso aos meios tecnológicos é fundamental, porém a
instituição de práticas e políticas formativas é também
essencial. Assim, é preciso o investimento em formação inicial
e continuada de professores para uso das tecnologias digitais
na educação, em sintonia com a fase atual da cibercultura.
Para que desta forma, o professor esteja
inteirado da realidade tecnológica dos alunos de
hoje - tão antenados na tecnologia e sempre
manipulando a internet, através dos celulares,
tablets e computadores – podendo se aproximar
deles e pensar estratégias de vincular toda essa
tecnologia a sala de aula, de maneira
potencializadora de conhecimento.
15. 2. É importante diferenciar a oferta de
tecnologia e a construção de uma
cibercultura. Uma vez que, não basta
entregarmos computadores, tablets e
viabilizar o acesso a internet para
alunos e professores, se os mesmos
não constituirão uma rede social de
aprendizagem e ensino.
É preciso garantir a inclusão do
sujeitos da educação como autores e
coautores dos ambientes por onde
transitam a conexões de informação,
comunicação e sociabilidade.
16. A cibercultura construída
na escola, deve ser uma
forma de atualização onde
o aluno vai ouvir a aula do
professor, escrever e
pesquisar em casa, ou até
mesmo na escola, para
aprofundamento do
conteúdo abordado,
buscando por ele mesmo
um maior conhecimento.
Também deve ser um meio
de atualizar o professor,
que vai poder dinamizar e
incrementar as aulas com
as possibilidades
tecnológicas.
17. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LIBÂNEO, J. C. As teorias pedagógicas modernas
resignificadas pelo debate contemporâneo na
educação. São Paulo. 2005
SANTOS, E. A cibercultura e a educação em
tempos de mobilidade e redes sociais:
conversando com os cotidianos. PROPED/UERJ,
2010.