2. Endemia: doença infecciosa que ocorre
habitualmente (com incidência significativa) em dada
população ou região; Não atinge, nem se espalha para
outras comunidades.
Epidemia: doença infecciosa, de caráter transitório,
que ataca grande número de indivíduos em uma
determinada localidade.
É uma doença transmissível que se espalha rapidamente
entre as pessoas, originando um surto epidêmico.
Pandemia: doença epidêmica amplamente
disseminada, por um ou mais continentes ou por todo o
mundo, causando inúmeras mortes .
3. Pandemias de gripe
Nome da
pandemia
Data Mortes
Subtipo
envolvido
Índice de
gravidade
pandêmica
Gripe Russa 1889–1890 1 milhão
possivelmen
te H2N2
?
Gripe
Espanhola
1918–1920
40 a 100
milhões
H1N1 5
Gripe
Asiática
1957–1958
1 a 1,5
milhões
H2N2 2
Gripe de
Hong Kong
1968–1969
0,75 a 1
milhão
H3N2 2
Gripe Suína 2009 + de 10 Mil H1N1 6
4. Porque tantas mutações?
Dois fenômenos são importantes:
1. Drift: vírus acumula pequenas mutações nos genes H
e N, suficientes para o sistema imune não reconhecer o
vírus depois de um tempo.
2. Shift: dois vírus Influenza diferentes entram na
mesma célula e ao saírem misturam seus
cromossomos. Quando isso acontece, o vírus muda
abruptamente e nosso sistema imune fica
completamente despreparado.
6. Mutação na Hemaglutinina
What’s Old Is New: 1918 Virus Matches
2009 H1N1 Strain
Downloaded from www.sciencemag.org on
May 4, 2010
Science vol 327 – 26 março /2010
7. Influenza H1N1
Família Ortomixovírus
Espécie Myxovirus influenzae
É uma variação do vírus
Influenza.
Partículas envelopadas de RNA
segmentado de simples fita.
Tem alto poder de mutação e
de disseminação.
A influenza possui 3 subtipos,
segundo a diverdiade
antigênica: A,B e C;
9. Hemagutinina e Neuroaminase
2 mais importantes:
a. Genes com alta taxa de mutação;
b. Estimulam a resposta imune.
Influenza: um gene para codificar 1 de 16
possibilidades de HA e 1 de 9 possibilidades de NA;
Apenas 3 combinações encontradas no homem:
H1N1, H2N2, H3N2.
10. Hemaglutinina (HA)
Influenza H1N1: HA 01, 02 e
03;
Funções:
1. Facilitar a ligação do vírus à
célula do hospedeiro;
2. Desencadeia um mecanismo
de fusão do capsídeo viral à
membrana celular.
11. Neuraminase (NA)
Função: atua como enzima, hidrolisando o ácido
siálico, facilitando liberação do vírus pela célula
infectada;
Influenza
H1N1:
NA 01 e 02.
16. Tratamento
Oseltamivir: C16H28N2O4 (Tamiflu)
Inibe diretamente a NA, dificultando a saída dos novos
vírus das células, resultando no decréscimo da taxa de
multiplicação viral no corpo.
Efeitos colaterais mais comuns: náuseas,
vômitos, diarréia, dor abdominal e cefaléia.
Metabolização pelo fígado e TGI por
esterases: carboxilato de oseltamivir.
18. Diagnóstico
1. Detecção e identificação do vírus por PCR;
2. Isolamento viral;
3. ELISA (Enzyme-linked
immunosorbent assay).
Realizados a partir de secreções
respiratórias colhidas na cavidade nasal
e garganta.
19. Epidemiologia
Síndrome respiratória aguda
pandêmica;
Primeiro caso em abril de 2009, no
México;
Atualmente, mais de 90% dos casos
de gripe são do vírus pandêmico;
Não é mais mortal ou violento que o
vírus da gripe comum.
20. 657 mortes no Brasil em 2009;
17,4 mil no mundo todo, até abril de 2010.
21. Vacina
Distribuição x efeitos adversos graves.
Tem efetividade média > que 95%, sendo
a resposta máxima de Ac anti-H1N1 entre
o 14° e 21° dia.
Vacina injetável administrada
intramuscularmente.
Contra-indicações: pessoas alérgica a
componentes da vacina ou alérgicas a
ovo.
FILME
23. Informacões Técnicas
da Vacina
Formulação básica da vacina:
1. Proteínas virais purificadas (HA e NA);
2. Adjuvantes que auxiliem na resposta imunológica.
Formas farmacêuticas:
Injetável: frascos multidoses de 0,5 ml;
Inavável.
Conservação: + 2º a + 8ºC, sendo ideal + 5ºC. Não pode
ser congelada, nem exposta à luz solar direta.
24. Vacina Fabricada pela Sanofi
Pasteur/Butantan
Composição:
o Antígeno propagado em ovos: Cepa análoga
(A/Califórnia/7/2009 (H1N1);
o Tiomersal (45 mcg por dose de 0,5ml);
o Cloreto de sódio;
o Cloreto de potássio;
o Fosfato dissódico diidratado;
o Diidrogenofosfato de potássio;
o Água para injeção.
Prazo de validade da vacina depois de aberta: 07 dias.
25. Vacina Fabricada pela GSK
(GlaxoSmithKline)
Composição:
o Vírus like-v (3,75 mcg de
o hemaglutinina/dose de 0,5ml);
o Timerosal;
o Cloreto de Sódio;
o Fosfato de Hidrogênio Sódico;
o Fosfato de Hidrogênio Potássico;
o AS03 - composto de escaleno (10,69 mg), DL-α-tocoferol
(vitamina E) e polissorbato 80.
Prazo de validade da vacina depois de aberta: 24 horas.
26. Efeitos Adversos
da Vacina
Efeitos muito comuns (1 em cada 10 vacinados): dor e
inchaço no local da aplicação e tremores;
Efeitos comuns (1 em cada 100 vacinados): náusea,
diarréia, sudorese, hiperemia e inchaço no local da
aplicação e tremores;
Efeitos raros/muito raros (menos de 1 em cada 10.000
vacinados): linfadenopatia, insônia, tontura, vertigem,
dispnéia, dor abdominal, vômitos, desconforto gástrico,
prurido, etc.
27. Fornecedor Número de
doses
Valor/dose
unitária (US$)
Valor (US$
milhões)
Valor (R$
milhões)
Sanofi Pasteur /
Butantan 63 milhões 7,60 478,8 812,6
GlaxoSmith
Kline (GSK) 40 milhões 6,43 257,2 444,7
Novartis
OPAS 10 milhões 7,00 70,0 122,5
TOTAL
BRASIL 113 milhões – 806 milhões
1.379,8 bilhões
28. Grupos selecionados Dosagem Intervalo
Trabalhador de saúde
1 dose de 0,5 ml
População indígena acima de 9 anos aldeada
1 dose de 0,5 ml
Gestante em qualquer idade gestacional
1 dose de 0,5 ml
Portadores de doenças crônicas
1 dose de 0,5 ml
Crianças com idade entre seis meses e dois
anos
2 doses de 0,25ml 30 dias
Criança de 2 anos a 2 anos, 11 meses e 29 dias
(com comorbidades)
2 doses de 0,25ml 30 dias
Crianças nas faixas etária de 3 a 9 anos (com
comorbidades)
2 doses de 0,5 ml 30 dias
População de 20 a 29 anos
1 dose de 0,5 ml
Pessoas com mais de 60 anos
1 dose de 0,5 ml
População de 30 a 39 anos
1 dose de 0,5 ml
Epidemia: Isso poderá ocorrer por causa de uma mutação do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido).
Nível 6 – Transmissão humana sustentada capaz de causar surtos em 3 ou mais países em pelo menos 2 regiões da OMS.
A passagem para o nível 6 reflete o fato de que a doença, conhecida largamente como gripe suína, está se espalhando geograficamente, mas não é indicativo de sua virulência.
Escala de 1 a 6.
Provavelmente essa recombinação viral aconteceu em um suíno.
Nome: Influenza H1N1 H: hemaglutinina e N: neuraminase, que são glicoproteínas da superfície do vírus.
Os subtipos A e B causam uma maior morbidade e mortalidade que o tipo C. A pandemia esta mais associada ao subtipo A.
O tipo A promove doença moderada a severa em todas as faixas etárias e pode causar epidemias, afetando até animais;
O tipo B afeta somente humanos, principalmente crianças e causa epidemias leves;
O tipo C não é epidêmico.
Mutação: A natureza fragmentada do material genético do vírus influenza induz altas taxas de mutação durante a fase de replicação. Além disso, o reagrupamento entre vírus humanos e vírus que infectam outras espécies animais, induzem em novas formas de vírus.
Disseminação: Os vírus se replicam nas células epiteliais colunares do trato respiratório e, a partir daí, misturam-se às secreções respiratórias e são espalhados por pequenas partículas de aerossol geradas durante o ato de espirrar, tossir ou falar.
O corpo produz anticorpos contra as glicoproteínas neuraminase e hemaglutinina.
Glicoproteínas da superfície viral;
O vírus, através de seu receptor HA se liga ao terminal de ácido siálico de glicoproteínas da membrana celular;
Quando chega às células que serão atacadas a proteína Hemaglutinina (HA) do capsídeo viral se liga a glicídios contendo ácidos siálicos presentes no glicocálix celular. A interação do vírus com os ácidos siálicos desencadeia um mecanismo de fusão do capsídeo viral à membrana celular.
Quebra dos glicídios formadores do glicocálix da membrana celular e reduzindo sua resistência.
(a) O vírus liga-se à superfície da célula hospedeira através da hemaglutinina;
b) Entra na célula e inicia a replicação usando o material celular;
(c) Os viriões recém-formados saem da célula
(d) Os vibriões recem-formados são libertados pela neuraminidase viral;
(e) O ciclo infeccioso continua.
O período de incubação pode variar de 1 a 4 dias.
O fosfato de oseltamivir é uma pró-droga éster-etil do carboxilato de oseltamivir.
O carboxilato de oseltamivir inibe a neuraminidase do vírus da gripe de ambos os tipos: Influenza A e B.
Estes mimetizam o substrato natural da neuraminidase (ácido siálico), bloqueando o local ativo desta enzima.
Ação do oseltamivir e do zanamivir, ligando-se a neuramidase, bloqueiam o local ativo dessa enzima.
B. Não ocorre a ligação com o oseltamivir, temos resistência ao medicamento, logo a enzima vai continuar ativa.
Na rede pública é mais ELISA.
PCR: Cliclos de desnaturação e anelação;
Quando consideramos a população jovem previamente saudável, este vírus pandêmico tem um maior potencial de causar uma doença grave, quando comparado a gripe comum.
A vacina foi lançada tão rapidamente, pois as indústrias que a produziram já tinha experiencia na fabricação de vacinas do vírus da Influenza sazonal. Portanto, mesmo com o lançamento rápido, esta vacina é segura e não tem relatos da relação entre esta e eventos adversos graves.
A vacina é preparada a partir do vírus da influenza propagados em ovos embrionados de galinha.
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1270759-16726,00-
BUTANTAN+COMECA+A+FAZER+VACINA+ANTIGRIPE+EM+OUTUBRO+CONHECA
+A+FABRICA+POR+D.html
O vírus é inativado com formaldeído e fragmentado quimicamente;
Tiomersal - é um composto contendo mercúrio orgânico (um organomercurial - cerca de 49% mercúrio em peso), amplamente utilizado como conservante (para ajudar a evitar potencial risco de vida a contaminação por microorganismos nocivos). Atualmente, é utilizado em baixíssimas doses e existe controvérsias sobre sua neurotoxicidade e uso.
Cloreto de potássio e cloreto de sódio – agentes de tonicidade (mantem solução isotônica);
Fosfato dissódico diidratado e diidrogenofosfato de potássio – agente tempão e quelante;
Água – solvente.
AS03 – é um composto de esqualeno3 (Óleo de fígado de tubarão – também é um bom emulsificante), DL-αtocoferol (vitamina E) e polissorbato 80 (emulsificante).
O MS adquitiru a vacina visando proteger, primariamente, os grupos de risco e profissionais da saúde;
As doses adquiridas não são suficientes para vacinar toda a população.
População indígena: tem maior dificuldade em acessar as unidades hospitalares e são mais suscetíveis a infecções;
Gestantes: 22% das mulheres que apresentaram síndrome respiratoria aguda (SRAG) por influenza A eram gestantes;
Pacientes portadores de doenças crônicas: 35% dos pacientes que apresentaram SRAG, possuia algum tipo de doença crônica;
Crianças: Crianças com menos de 2 anos apresentam maior tendência a adquirir SRAG;
20 a 29 anos: grupo mais acometido por SRAG (24% do total de casos);
30 a 39 anos: maior morbildade (22% dos casos de morte acometidos por SRAG);
Profissionais da saúde: garantir o funcionamento dos serviços de saúde.
A vacina pode ser administrada em qualquer periodo da gestação, porem, vacina com adjuvante só pode ser adm. Após o segundo trimestre de gravidez (por zelo, segundo o MS). Portanto, o MS optou por vacinar gestantes somente com a vacina sem o adjuvante;