4. Cidade Emergente
Crescimento
O crescimento da cidade é
impulsionado pelo crescimento da
população, ou seja, pela ambição de
melhor qualidade de vida, aumento da
mobilidade e modernização.
Mas…
5. Cidade Emergente
Espaço não planeado
Estes factores fazem com que o desenvolvimento das cidades seja
um espaço disperso.
6. Cidade Emergente
Sóla-Morales
As cidades atuais têm origem em ações ocasionais. Apresentam
partes com diferentes tamanhos, densidade e graus de
promiscuidade.
“espetáculo urbanístico, e uma lição que nos ensina a ver as formas da cidade com
mais afeto, e também com maior capacidade de reconhecer as suas atuais diferenças”
Ou seja…
São estas características que acabam por dar forma a uma
cidade.
7. Cidade Emergente
Indovina
Refere-se a esta realidade como a cidade difusa, uma
"única grande cidade com espaço rural/agrícola nela
incorporado“.
8. Cidade Emergente
Sóla-Morales e Indovina
Referem que o atual crescimento urbano está associado ao:
• desenvolvimento socioeconómico;
• aumento da mobilidade;
• exigências de produção e novos objetivos sociais (procura de
melhor qualidade de vida).
9. Cidade Emergente
Rueda
A cidade atual baseia-se na ambição de tornar as
cidades mais competitivas em vez de equilibra-las.
“Um campo de jogo de monopólio gigante onde parece haver pressa de
comprar todas as peças de urbanização“
10. Cidade Emergente
Rueda
“Antes se plantavam vegetais, e agora 'plantam-se'
casas”.
11. Cidade Emergente
Pavia
Refere também que o atual estado das cidades tem origem na procura da
modernização. E afirma ainda que se vive um retorno ao laissez-faire.
O que ele quer dizer é que quando é construído algo, pensa-se apenas
naquela peça, e não no meio onde vai ser inserida a peça.
E acaba por denominar a isto uma “arquitetura sem lugar”, originando assim
a cidade fragmentada.
12. Cidade Emergente
Yves Chalas
Cidade Móvel Em que a mobilidade se tornou num factor
fundamental.
Cidade Surge “novas centralidades ligadas ao consumo”.
Policêntrica
Cidade-Território
e Cidade- “Abrange a natureza, abrange o campo”.
Natureza
Cidade Vazia Existem “vazios urbanos”. Aumentam a imagem
de fragmentação.
Cidade das
Escolhas Pessoais Onde cada “habitante constrói a sua própria rede
de sociabilidade
13. Cidade Emergente
Carvalho
Cidade Campestre Onde prevalece uma mistura cidade/campo.
Cidade Contínua Corresponde á cidade antiga ou centro histórico.
Constituída pela rede viária e pelos “fragmentos
Cidade Viária
de cidade que lhe são laterais”.
14. Problemas Ambientais, Sociais e Económicos
Os problemas que se levantam na cidade industrial,
transformaram-se na cidade que conhecemos hoje. E são eles:
• A higiene;
• Reduzida qualidade de vida;
• Mobilidade;
• Organização do espaço;
• Utilização do solo.
15. Problemas Ambientais, Sociais e Económicos
A má organização da cidade atual acarreta problemas ao nível:
• Ambiental;
• Social;
• Económico.
16. Problemas Ambientais, Sociais e Económicos
Estes problemas são mais visíveis em países com rápido
crescimento económico como Portugal, Irlanda, Leste da
Alemanha e a região de Madrid.
17. Problemas Ambientais
Como já referi, estes problemas refletem-se a nível Ambiental.
Assim, os problemas Ambientais assentam no elevado consumo de recursos naturais,
energéticos e materiais; na ocupação de áreas protegidas e naturais e do ambiente
rural salientando-se…
…
…
18. Problemas Ambientais
• O maior consumo de terreno/solo com alteração do seu uso e perda das suas
propriedades;
• Diminuição da biodiversidade;
• Destruição de sistemas ribeirinhos, corredores ecológicos e fragmentação das
zonas naturais;
• Perturbação dos ecossistemas naturais, através da poluição atmosférica e sonora;
• Maior consumo de energia;
• Maior consumo de água, levando à erosão do solo;
• Aumento da produção de resíduos urbanos que acabam por contaminar o solo, o
ar e a água.
19. Problemas Ambientais, Sociais e Económicos
Os problemas ambientais geram ainda outros problemas económicos e
sociais. Pois existe uma diminuição de qualidade de vida e de saúde,
através da poluição atmosférica e sonora.
É como uma bola de neve!
20. Problemas Sociais
• Aumento dos níveis de separação social:
-“com base na renda, etnia, raça, religião, também os separa segundo a função”
Rueda
• Reflete-se também no estilo de vida:
-uma vez que a deslocação de algum emprego e de “pessoas para fora dos centros
criou uma abandonada classe baixa cujos rendimentos não suportam um estilo de
vida baseado no carro”;
Mas também acontece o contrário…
-as periferias são ocupadas pelas classes baixas, encontrando-se o centro reservado às
mais altas.
• Pessoas com menos mobilidade:
-os idosos e os mais jovens, que habitam nas zonas periféricas, podem ver reduzida a
sua interação social devido às pobres redes de transportes públicos.
21. Problemas Económicos
A nível económico, os problemas assentam:
• nos custos da construção de infraestruturas;
• na sua manutenção;
• na oferta de serviços.
O deslocamento das pessoas (que optam por viver nas periferias) conduz:
• a maiores custos devido à necessidade de novas infraestruturas viárias e
novas redes de transporte;
• ao aumento dos movimentos pendulares para e do centro, dos quais resulta
um maior congestionamento.
22. Problemas Ambientais, Sociais e Económicos
Todos estes problemas conduzem assim a uma desqualificação
ambiental e ecológica, da paisagem, do ambiente urbano e da
qualidade de vida.
23. Problemas Físico-Estruturais
A cidade emergente, como já abordamos, com base em vários
autores, caracteriza-se pela sua dispersão e fragmentação.
Então começam a haver problemas…
24. Problemas Físico-Estruturais
Não aceitar das periferias
O primeiro problema reflete no não aceitar as periferias como
sendo constituintes da cidade.
Então temos que o principal problema fisicoestrutural da cidade emergente:
• A indefinição dos seus limites;
• A falta de forma;
• A desarticulação das suas partes.
25. Problemas Físico-Estruturais
Desorganização
Outro problema prende-se com as intervenções que se vão
desenvolvendo de forma fragmentária e sem coordenação.
26. Problemas Físico-Estruturais
Zonamento monofuncional
O zonamento monofuncional consiste noutro problema.
Os “bairros transformam-se exclusivamente em zona residencial”
(Rueda) deixando de ser um espaço social e convertendo-se num
espaço de exclusão.
Isto conduz à crescente dispersão urbana.
27. Problemas Físico-Estruturais
Rede viária
O que nos leva a outro problema, é a vasta rede de
infraestruturas viárias.
Esta constitui um problema devido ao mau aproveitamento das
vias já existentes.
E assim se começa a ter uma bola
de estradas…
28. Problemas Físico-Estruturais
Superfícies comerciais
A localização aleatória e mal planeada de grandes superfícies
comerciais é outro problema.
Pois não há uma organização do espaço público.
Os centros comerciais estão
presentes em 49 dos 308 concelhos
do país, o que significa que, nos
concelhos onde estão presentes,
existe uma média de dois por
concelho.
29. Problemas Físico-Estruturais
Espaços verdes
Outro problema prende-se com os espaços verdes existentes, no que
refere:
• Ao número insuficiente ou má distribuição;
• À falta de qualidade destes;
• O desrespeito pelas linhas de água e leitos de cheia, pois são
corredores ecológicos de grande importância;
• Espaços agrícolas que muitas vezes são abandonados e
negligenciados;
• São insuficientes os espaços que promovem igualmente o encontro,
lazer e bem-estar da população.
Se tivessemos um máximo aproveitamento de
espaços verdes, seria assim…
30. Problemas Físico-Estruturais
Espaços verdes
Os espaços verdes urbanos de qualidade, as áreas agrícolas,
florestais e os sistemas ribeirinhos, são de grande importância
para o ecossistema urbano, uma vez que possuem funções
ecológicas, sociais e económicas de relevância, e quando
estruturados e valorizados, contribuem para o aumento da
qualidade de vida.
31. Problemas Físico-Estruturais
É portanto necessário criar um novo tipo de relações entre a
Natureza e o Urbano.
A tarefa é: Unir o conceito de urbanismo com o de natureza.
32. Problemas a Resolver e Orientações
Salientam-se como problemas físico-estruturais a solucionar:
1. A indefinição dos limites da cidade;
2. A desarticulação das partes de cidade que conduzem à falta de forma e
falta de identidade ;
3. O zonamento monofuncional, característico de muitas partes da cidade,
nomeadamente zonas residenciais, que acabam por não apresentarem
condições de vida social;
4. O ciclo vicioso relacionado com a crescente construção de infraestruturas
viárias;
5. O reduzido número de espaços verdes com qualidade, uma vez que a
qualidade de vida se encontra notoriamente associada à qualidade
ambiental;
6. Desarticulação, descontinuidade dos espaços verdes na cidade,
desrespeito e desaproveitamento das suas potencialidades.
33. Problemas a Resolver e Orientações
Para a resolução destes problemas há que assumir a realidade da
cidade atual, nas suas partes e no seu todo.
Torna-se assim necessário assumir a cidade como ela o é,
dispersa, mas definir os seus limites, começando a trabalhar nas
falhas e potencialidades que ela apresenta.
As intervenções necessárias serão aquelas que resolvem as
falhas e reforcem as potencialidades desta estrutura, com o
objetivo de minimizar todos os problemas referidos.