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Porto, espaços da cidade
Biografias                         Serralves
    Sofia Matos                  09   Oficial                     34

    João Piedade                 11   Perspectiva de Sofia        46

    Maria Reis                   13   Perspectiva de Maria        52

                          TNSJ                   Casa da Música
    Oficial                      14   Oficial                     54

    Perspectiva de João          24   Perspectiva de João         68

    Perspectiva de Maria         28   Perspectiva de Sofia        76




2
Introdução
Perspectivas


A cidade do Porto apresenta diversos espaços culturais únicos,
originais e interessantes para desfrutar, como por exemplo
cinemas, museus, galerias de arte, entre outros. Por exemplo,
o Teatro Nacional de São João consagra um espaço à dança,
canto, ópera e encenação; a Fundação Serralves apresenta vários
espaços que incluem o Museu, a Casa, o Jardim, o Auditório e
a Biblioteca; a Casa da Música é um edifício dedicado à cultura
musical cujo espaço exterior é bastante frequentado por jovens que
praticam skate. Nesta publicação são apresentadas as perspectivas
de três personagens com faixas etárias diferentes sobre estes locais
culturais do Porto.




                                                                       5
BIOGRAFIAS




6                7
Sofia Matos
Biografia


Sofia Andreia Reis Matos nasceu a 20 de Dezembro de 1997 no
Porto. Filha de pais artistas plásticos e professores, actualmente
encontra-se no 8º ano de escolaridade da Escola Básica Frei
Manuel de Santa Inês. Frequentou a creche O Chupa-Chupa
a partir dos 3 meses de idade, e um pouco já mais crescida
passou para o infantário O Teu Filho, mudando-se mais tarde
para o infantário de Baguim do Monte. Em 2002 entra para a
escola primária da Boavista, com 5 anos de idade. Frequentou
actividades extra-curriculares como o ballet, hip-hop, patinagem
artística, experimentou equitação, teve aulas de guitarra e de
formação musical.
Desde pequena que gosta de pintar, desenhar e fazer cerâmica.
Actualmente não frequenta nenhuma actividade, além do Instituto
de Inglês, mas adora andar de bicicleta e skate nos seus tempos livres.




                                                                          9
João Piedade
Biografia


João André Miraldo dos Reis Guedes da Piedade nasceu a 5 de
Agosto de 1976 no Porto. Inicia aos 12 anos o contacto com o baixo
eléctrico por via de seu pai, com quem estudou na Escola de Jazz do
Porto, ao mesmo tempo que ia dando os primeiros passos na sua
carreira formando bandas e dando concertos. Em 1991 ingressa no
Conservatório de Música do Porto na cadeira de contrabaixo. Em
1992 e 1996 viajou respectivamente a Marrocos e à Tunísia, tendo
entrado em contacto com o universo da música árabe. Por esta
altura e até 1995 trabalhou com diversos projectos.
Em 1995 entra na Escola Profissional da Música de Espinho, tendo
feito parte da Orquestra da escola e do grupo de música de câmara
com os quais fez vários concertos.
Em Abril de 1996 é convidado por Mário Barreiros e Pedro
Abrunhosa para fazer parte da nova formação dos Bandemónio,
começando desde essa altura uma tournée que o levou a vários
países do mundo. Trabalhou e tocou, formal e informalmente,
com alguns dos melhores músicos portugueses e estrangeiros e
participa nas gravações de diversos discos. Em 2001 inicia o seu
trabalho na composição de banda sonora originais criando um
grupo de trabalho de quem é produtor e que responde pelo nome
de Varuna, que passa a liderar em 2008.
Actualmente realiza diversos trabalhos como a gravação de voz para
desenhos animados, dar aulas, compor e produzir músicas e de
tocar com várias pessoas em diferentes locais.




                                                                      11
Maria Reis
Biografia


Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis nasceu a 14 de Julho de
1930 nos Covões, distrito de Coimbra. Em 1936 frequentou a
escola primária dos Covões e mais tarde passou para o Sagrado
Coração de Maria, um colégio interno de freiras. Frequentou
o Magistério Primário de Coimbra, onde tirou o curso de
professora primária. Começa por dar aulas em Coimbra, depois
Aveiro e mais tarde vai para Braga. Em 1952 casa-se com Quirino
Reis e vai viver para o Porto, onde passa a dar aulas durante
vários anos em Gaia e mais tarde vai para a escola do Marquês. Só
dois anos depois do seu casamento é que consegue engravidar,
acabando por ter quatro filhos e seis netos.
Fez diversas formações no âmbito da sua profissão e era conhecida
por gostar muito dos seus alunos e de conseguir lidar relativamente
bem com alunos com bastantes dificuldades. Uma característica
importante das suas aulas era o dinamismo, nomeadamente o
facto da matéria ser dada com canções.
Apesar da reforma dos professores primários ser aos 55 anos, Maria
Irene reformou-se em 1990, cinco anos depois, por amor à profissão.
Embora não sendo natural do Porto, Maria Irene conhece todas as
suas ruas e não dispensa de ir ao teatro, passear pelos jardins, estar
com a sua família e de ler.




                                                                         13
SÃO JOÃO
     teatro nacional




14                     15
Teatro Nacional
     SÃO JOÃO
     É um dos principais edifícios do Porto e é um
     local onde se realizam diversos espectáculos
     culturais. Foi projectado pelo arquitecto
     italiano Vicente Mazzoneschi, em 1794, na
     Praça da Batalha.
     Exteriormente tem um aspecto robusto, sem
     estilo definido e a frontaria apresenta quatro
     colunas de ordem jónica, entre as quais
     se abrem três janelas de arco pelo e outras
     tantas portas. No interior pode-se observar a
     decoração feita pelos pintores Acácio Lino e
     José de Brito e escultores Henrique Moreira,
     Diogo de Macedo e Sousa Caldas.




16
História
A sua original denominação era Real Teatro
de São João e foi projectado por determinação
de Francismo de Almada e Mendonça. Foi
inaugurado a 13 de Maio de 1798 com a comédia
“Vivandeira”, com o objectivo de festejar o
aniversário do príncipe D. João, daí o nome
do teatro. A composição exterior do teatro
original era próxima dos teatros italianos,
que na época foram estabelecidos como regra
de sucesso. Em 11 de Abril de 1908 houve um
violento incêndio que destruiu completamente
o edifício, partindo-se, portanto, para a
sua reconstrução, com início em 1911. Foi
inaugurado a 7 de Março de 1920, com o
projecto de Marques da Silva, sendo adquirido
pelo Estado português em 1992.




                                                21
Objectivo   Captar a atenção de novos públicos através de
            políticas de renovação, peças contemporâneas,
            comunicabilidade social e da elevação dos
            padrões de exigência crítica do público.
            O Teatro Nacional tem procurado a defesa e o
            engrandecimento da língua portuguesa, através
            da formação dos intérpretes e da exigência de
            qualidade dos textos à direcção de actores.




                                                            23
André Piedade
     João André Piedade vai ao Teatro Nacional São
     João aos sábados com a sua namorada quando
     estão em exibição peças musicais como óperas,
     musicais e danças contemporâneas.
     Segundo ele, a acústica da sala do teatro é
     bastante boa, o que permite aos espectadores ter
     um máximo aproveitamento de toda a obra. Para
     João é muito importante assistir a peças musicais,
     pois além de ser bom para a sua cultura, abre os
     seus horizontes e ajuda-o a inspirar-se para as
     composições das suas músicas.




24
Além de consagrar um espaço à dança, o
Teatro São João experiencia o cruzamento
de actores com o canto, encenadores com a
ópera e músicos com os desafios de encenação.
Esta interdisciplinaridade leva-o a produzir,
programar e apoiar diversos festivais de spoken
word, performance, live art, música electrónica
e música experimental e improvisada. Também
investe numa política editorial que contrarie
a pouca duração do teatro e multiplique as
perspectivas das criações apresentadas. Deste
esforço resultam a edição de textos dramáticos
e ensaísticos, lançamento de CDs, vídeos e
DVD’s de espectáculos da casa, para além de
programas e outras publicações destinadas a
documentar a especificidade de cada projecto.




                                                  27
Maria Reis
     Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis, no seu tempo
     de professora, costumava fazer peças de teatro
     com os seus alunos, “Todos os anos faziamos um
     teatrinho com os alunos. Era indispensável”.
     Apesar de no seu tempo de professora nunca ter
     tido tempo nem oportunidade de frequentar o
     teatro, actualmente costuma assistir a peças no
     Teatro Nacional São João com a sua cunhada
     às sexta-feiras à noite.
     Uma das coisas que mais gosta neste teatro é a
     decoração interior que, por muitas vezes que já
     lá tenha ido, acha sempre belíssima.




28
30
FUNDAÇÃO SERRALVES
     jardim e museu




34                        35
Fundação
     SERRALVES
     A Fundação de Serralves é considerada uma das
     principais instituições culturais de Portugal e é
     constituída pelo Museu de Arte Contemporânea,
     a Casa, o Parque, o Auditório e a Biblioteca.
     Foi criada em 1989, como resultado de uma
     parceria entre o Governo Português, instituições
     públicas, privadas e particulares.




36                                                       37
História   No período pós-revolução, a cidade do
           Porto sofreu alguns movimentos que tinham
                                                         abertos ao público a 29 de Maio de 1987. A
                                                         sua criação assinalou uma parceria inovadora
           como objectivo a criação de um espaço para    entre o Estado e a sociedade civil. Em 1991
           a exibição da arte produzida na época. Foi,   foi assinado o contrato com o arquitecto
           então, adquirida em Dezembro de 1986 a        Álvaro Siza para a elaboração do projecto de
           Quinta de Serralves. Em 1989 foi criada a     arquitectura do Museu e a sua construção
           Fundação Serralves e foi constituída uma      foi financiada por fundos comunitários e
           Comissão Instaladora composta por Jorge       fundos do PIDDAC. Em 1996, o património
           Araújo, Teresa Andresen e Fernando Pernes,    imobiliário de Serralves foi classificado como
           tendo a Casa e o Parque de Serralves sido     “Imóvel de Interesse Público”.




                                                                                                          39
Objectivo
O seu objectivo é sensibilizar o público para a
arte contemporânea, a natureza, a paisagem e
educar de forma criativa e promover a reflexão
e o debate. Tem desenvolvido um grande
esforço no sentido de projectar nacional e
internacionalmente a arte dos nossos dias
e de divulgar o seu notável património
arquitectónico e paisagístico.




                                                  41
Actualmente o número de Fundadores ascende
a 172, entre empresas e particulares, o que
evidencia uma crescente e contínua adesão ao
projecto de Serralves.




                                               43
Museu
     O Museu apresenta uma grande variação de
     exposições temporárias, colectivas e individuais,
     constituindo uma colecção representativa de arte
     contemporânea portuguesa e internacional.
     Pretende, também, desenvolver projectos com
     jovens artistas, de maneira a estes poderem
     afirmar as suas obras e desenvolverem as suas
     pesquisas. A Colecção do Museu é constituída
     por obras em depósito do Estado, de
     coleccionadores privados, doações e aquisições
     directas, que abrangem o período que vai de
     1960 à actualidade. Georg Baselitz, Gordon
     Matta-Clark, Jannis Kounellis, Mário Merz
     ou Cildo Meireles são alguns dos artistas
     representados, bem como Helena Almeida,
     René Bértholo, Fernando Calhau, Lourdes
     Castro, Ana Hatherly, Ângelo de Sousa ou
     Ana Vieira. Para além das exposições de arte
     contemporânea o, museu está equipado com
     um auditório que programa concertos de
     música de novas tendências.




44                                                       45
Sofia Matos
     Uma vez que os seus pais são artistas, Sofia
     Matos costuma acompanhá-los às exposições
     que decorrem no Museu de Serralves.
     Acha que as obras expostas, em geral, são
     interessantes e algumas bastante estranhas,
     apesar de não as entender muito bem. Além
     de quadros, pode observar objectos e filmes
     expostos aos quais admite não analisar muito
     aprofundadamente. Normalmente vai a Serralves
     ao domingo de manhã, uma vez que é de graça.




46
Parque
     O Parque foi inaugurado em 1987 e o seu projecto foi encomendado pelo
      Conde de Vizela ao arquitecto Jacques Gréber em 1932. Mais tarde foi
       objecto de um Projecto de Recuperação e Valorização que teve início em
         2001 e foi concluído cinco anos depois.
            Constitui um importante contributo para a educação e sensibilização
             da sociedade para a protecção do património da paisagem, além da
              necessidade de conciliar o espaço patrimonial com as manifestações
                 e processos culturais da sociedade contemporânea, mantendo a
                   sua integridade e permanência.
                     Foram-lhe atribuídos dois principais prémios: o prémio
                      da inovação no domínio da educação ambiental da
                        Associação Portuguesa de Museologia – APOM (1996)
                         e o “Henry Ford Prize for the Preservation of the
                           Environment” (1997).
                              O Parque de Serralves é o resultado de processos de
                               desenho que duraram mais de um século, tendo
                                 assim vestígios de um jardim do século XIX, Quinta
                                   do Mata-Sete, Jardim da Casa de Serralves.




48                                                                                    49
Maria Reis
     Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis gosta
     bastante de ir passear para os jardins da
     Fundação Serralves com o seu marido ou com
     os netos. Para ela é muito importante o contacto
     com a natureza e andar ao ar livre. Como mora
     perto de Serralves e não tem nenhuma tarefa
     importante para fazer à semana, anda pelos
     jardins para tirar fotografias, passear e também
     ler. Além disto aproveita para arrancar algumas
     plantas para ver se pegam em casa, uma vez que
     adora tratar do seu jardim, “mas sem estragar a
     planta original!”, afirma.




52
CASA DA MÚSICA
     boavista




54                    55
Casa da
     MÚSICA
     A Casa da Música é a principal sala de
     concertos do Porto e também o primeiro
     edifício construído em Portugal exclusivamente
     dedicado à música. É da autoria do arquitecto
     holandês Rem Koolhaas, como parte do
     evento Porto Capital Europeia da Cultura em
     2001. O seu projecto foi definido e iniciado
     em 1999, na Rotunda da Boavista e inaugurado
     a 15 de Abril de 2005.




56
Esta instituição acolhe um projecto cultural inovador que assume a dinamização
                        do meio musical nacional e internacional, em variadas áreas, nomeadamente
                       o jazz, fado e electrónica, e abrange tanto grandes produções internacionais
                      como projectos mais experimentais. Além de concertos, recitais e
                     performances, a Casa da Música investe na procura das origens da
                     música portuguesa, promovendo encontros de músicos e musicólogos,
                    apostando na educação musical.


                    A Casa da Música possui dois auditórios principais, embora
                   outras áreas do edifício possam ser adaptadas para concertos ou
                  espectáculos. A forma, estrutura, materiais e funcionalidades
                 são surpreendentes: o edifício geométrico e assimétrico
                desdobra-se em 7 níveis acima do solo e 3 pisos abaixo
               do solo, o que trouxe novos desafios à engenharia. É
              em betão branco entrecortado por vidro e todos
              os detalhes estão incrivelmente bem pensados,
             desde o interior que contém azulejos e veludo
            que contrastam com o cinza do alumínio, ao
            mobiliário fixo e amovível.


            Este edifício foi classificado como “o
           projecto mais atraente que o arquitecto Rem
           Koolhaas já alguma vez construiu” pelo
          New York Times e como “um edifício cujo
         ardor intelectual está combinado com a sua
        beleza sensual”. Foi também comparado
       ao Museu Guggenheim Bilbao de Frank
       Gehry em Espanha, à sala de espectáculos
      de Walt Disney em Los Angeles e ao
     auditório da “Berlim Philharmonic”.




58                                                                                                       59
Foyers   Com a particularidade de estarem situados
         nas duas extremidades da sala suggia, os foyers
         abrem-se à cidade através das suas altas paredes
         de vidro onduladas.




                                                            61
63
Sala Renascença   Ponto de circulação de pessoas, com dois
                  acessos possíveis, canaliza os visitantes para
                  a Sala Laranja, para a Cybermusica e para o
                  Foyer Poente. O seu nome provém da forma
                  dos azulejos azuis e verdes.




                                                                   65
Sala Suggia   Centro estruturante e ex-líbris da casa da
              música, a sala suggia é dotada das mais exigentes
              condições acústicas e técnicas sendo um
              cenário privilegiado para eventos de média
              e grande dimensão. Este auditório abre-se à
              comunicação visual com os restantes espaços
              através das zonas envidraçadas que circundam
              o seu imenso rectângulo. No seu interior, a
              decoração prende-se nos prateados e dourados
              que contrastam intencionalmente com os jogos
              de luzes proporcionados pelo vidro.

                                                                  67
André Piedade
     João André Piedade realiza trabalhos para
     inúmeros músicos e actua nos mais variados
     locais, desde pequenos bares a festivais de Verão.
     Um dos espaços onde costuma ir tocar é à Casa
     da Música, “Já me convidaram bastantes vezes
     para actuar na Casa da Música”. Para ele, a Casa
     da Música é um dos locais mais interessantes da
     cidade do Porto, tanto esteticamente como no
     cumprimento da sua função. Quando João vai à
     Casa da Música actua na Sala Suggia e na Sala 2,
     dependendo da importância do concerto. Antes
     de cada concerto, que se realiza à noite, tem de
     levar o material, ensaiar e fazer os testes de som.




68
A Casa da Música dispõe de um total de 10
salas de ensaio de dimensões diversas. As
duas maiores, localizadas no piso -2, têm
capacidade para grupos de 20 a 100 elementos
e estão equipadas com régie própria, podendo
funcionar como estúdios de gravação.




                                               71
Skate
     Já são muitos os skaters que se reúnem todos os
     dias à frente da Casa da Música. Apesar da sua
     programação, o espaço que a circunda costuma
     estar repleto de jovens adeptos do skate.
     Este local é escolhido para o skate por
     diversas razões, nomeadamente pelo facto do
     pavimento ser liso, com inclinações e rampas,
     e ser um espaço amplo que seca rápido. Além
     de que é um ponto de encontro para os
     jovens, onde estes podem conversar e passar
     o tempo, sem qualquer tipo de proibições
     relativamente à prática de skate.




74                                                     75
Sofia Matos
     Sofia Andreia Reis Matos vai todos os fins-de-
     semana para casa do seu primo na Boavista.
     Como ambos têm um skate e gostam de estar
     ao ar livre, têm por hábito ir para o espaço
     exterior da Casa da Música andar de skate.
     Além da localização, para Sofia, a Casa da
     Música tem um ambiente agradável com um
     bom piso e reúnem-se lá muitas pessoas,
     “Gosto muito de ir para a Casa da Música
     andar de skate, porque o terreno é muito
     lisinho e o espaço é agradável”, afirma.




76
Conclusão
Perspectivas


Como se pode constatar a partir desta publicação, a cidade do Porto
apresenta espaços culturais que, além da sua singular arquitectura,
podem ser vistos através de diferentes perspectivas, vivenciados em
inúmeras ocasiões e por pessoas com características tão diferentes,
que vão desde a sua profissão à sua faixa etária.
Tudo isto demonstra os valores e a cultura que se encontram enraizados
na cidade do Porto, mas que por tantas vezes e por tanta gente são
esquecidos e menosprezados.




                                                                         79
Prova de Aptidão Artística
Porto, Espaços da Cidade
PERSPECTIVAS

Curso de Design de Comunicação
Especialização em Design Gráfico

Daniela Alexandra Reis Matos
12ºB1
2010/2011

Escola Artística de Soares dos Reis

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Espaços culturais do Porto: Serralves, São João e perspectivas

  • 2. Biografias Serralves Sofia Matos 09 Oficial 34 João Piedade 11 Perspectiva de Sofia 46 Maria Reis 13 Perspectiva de Maria 52 TNSJ Casa da Música Oficial 14 Oficial 54 Perspectiva de João 24 Perspectiva de João 68 Perspectiva de Maria 28 Perspectiva de Sofia 76 2
  • 3. Introdução Perspectivas A cidade do Porto apresenta diversos espaços culturais únicos, originais e interessantes para desfrutar, como por exemplo cinemas, museus, galerias de arte, entre outros. Por exemplo, o Teatro Nacional de São João consagra um espaço à dança, canto, ópera e encenação; a Fundação Serralves apresenta vários espaços que incluem o Museu, a Casa, o Jardim, o Auditório e a Biblioteca; a Casa da Música é um edifício dedicado à cultura musical cujo espaço exterior é bastante frequentado por jovens que praticam skate. Nesta publicação são apresentadas as perspectivas de três personagens com faixas etárias diferentes sobre estes locais culturais do Porto. 5
  • 5. Sofia Matos Biografia Sofia Andreia Reis Matos nasceu a 20 de Dezembro de 1997 no Porto. Filha de pais artistas plásticos e professores, actualmente encontra-se no 8º ano de escolaridade da Escola Básica Frei Manuel de Santa Inês. Frequentou a creche O Chupa-Chupa a partir dos 3 meses de idade, e um pouco já mais crescida passou para o infantário O Teu Filho, mudando-se mais tarde para o infantário de Baguim do Monte. Em 2002 entra para a escola primária da Boavista, com 5 anos de idade. Frequentou actividades extra-curriculares como o ballet, hip-hop, patinagem artística, experimentou equitação, teve aulas de guitarra e de formação musical. Desde pequena que gosta de pintar, desenhar e fazer cerâmica. Actualmente não frequenta nenhuma actividade, além do Instituto de Inglês, mas adora andar de bicicleta e skate nos seus tempos livres. 9
  • 6. João Piedade Biografia João André Miraldo dos Reis Guedes da Piedade nasceu a 5 de Agosto de 1976 no Porto. Inicia aos 12 anos o contacto com o baixo eléctrico por via de seu pai, com quem estudou na Escola de Jazz do Porto, ao mesmo tempo que ia dando os primeiros passos na sua carreira formando bandas e dando concertos. Em 1991 ingressa no Conservatório de Música do Porto na cadeira de contrabaixo. Em 1992 e 1996 viajou respectivamente a Marrocos e à Tunísia, tendo entrado em contacto com o universo da música árabe. Por esta altura e até 1995 trabalhou com diversos projectos. Em 1995 entra na Escola Profissional da Música de Espinho, tendo feito parte da Orquestra da escola e do grupo de música de câmara com os quais fez vários concertos. Em Abril de 1996 é convidado por Mário Barreiros e Pedro Abrunhosa para fazer parte da nova formação dos Bandemónio, começando desde essa altura uma tournée que o levou a vários países do mundo. Trabalhou e tocou, formal e informalmente, com alguns dos melhores músicos portugueses e estrangeiros e participa nas gravações de diversos discos. Em 2001 inicia o seu trabalho na composição de banda sonora originais criando um grupo de trabalho de quem é produtor e que responde pelo nome de Varuna, que passa a liderar em 2008. Actualmente realiza diversos trabalhos como a gravação de voz para desenhos animados, dar aulas, compor e produzir músicas e de tocar com várias pessoas em diferentes locais. 11
  • 7. Maria Reis Biografia Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis nasceu a 14 de Julho de 1930 nos Covões, distrito de Coimbra. Em 1936 frequentou a escola primária dos Covões e mais tarde passou para o Sagrado Coração de Maria, um colégio interno de freiras. Frequentou o Magistério Primário de Coimbra, onde tirou o curso de professora primária. Começa por dar aulas em Coimbra, depois Aveiro e mais tarde vai para Braga. Em 1952 casa-se com Quirino Reis e vai viver para o Porto, onde passa a dar aulas durante vários anos em Gaia e mais tarde vai para a escola do Marquês. Só dois anos depois do seu casamento é que consegue engravidar, acabando por ter quatro filhos e seis netos. Fez diversas formações no âmbito da sua profissão e era conhecida por gostar muito dos seus alunos e de conseguir lidar relativamente bem com alunos com bastantes dificuldades. Uma característica importante das suas aulas era o dinamismo, nomeadamente o facto da matéria ser dada com canções. Apesar da reforma dos professores primários ser aos 55 anos, Maria Irene reformou-se em 1990, cinco anos depois, por amor à profissão. Embora não sendo natural do Porto, Maria Irene conhece todas as suas ruas e não dispensa de ir ao teatro, passear pelos jardins, estar com a sua família e de ler. 13
  • 8. SÃO JOÃO teatro nacional 14 15
  • 9. Teatro Nacional SÃO JOÃO É um dos principais edifícios do Porto e é um local onde se realizam diversos espectáculos culturais. Foi projectado pelo arquitecto italiano Vicente Mazzoneschi, em 1794, na Praça da Batalha. Exteriormente tem um aspecto robusto, sem estilo definido e a frontaria apresenta quatro colunas de ordem jónica, entre as quais se abrem três janelas de arco pelo e outras tantas portas. No interior pode-se observar a decoração feita pelos pintores Acácio Lino e José de Brito e escultores Henrique Moreira, Diogo de Macedo e Sousa Caldas. 16
  • 10.
  • 11. História A sua original denominação era Real Teatro de São João e foi projectado por determinação de Francismo de Almada e Mendonça. Foi inaugurado a 13 de Maio de 1798 com a comédia “Vivandeira”, com o objectivo de festejar o aniversário do príncipe D. João, daí o nome do teatro. A composição exterior do teatro original era próxima dos teatros italianos, que na época foram estabelecidos como regra de sucesso. Em 11 de Abril de 1908 houve um violento incêndio que destruiu completamente o edifício, partindo-se, portanto, para a sua reconstrução, com início em 1911. Foi inaugurado a 7 de Março de 1920, com o projecto de Marques da Silva, sendo adquirido pelo Estado português em 1992. 21
  • 12. Objectivo Captar a atenção de novos públicos através de políticas de renovação, peças contemporâneas, comunicabilidade social e da elevação dos padrões de exigência crítica do público. O Teatro Nacional tem procurado a defesa e o engrandecimento da língua portuguesa, através da formação dos intérpretes e da exigência de qualidade dos textos à direcção de actores. 23
  • 13. André Piedade João André Piedade vai ao Teatro Nacional São João aos sábados com a sua namorada quando estão em exibição peças musicais como óperas, musicais e danças contemporâneas. Segundo ele, a acústica da sala do teatro é bastante boa, o que permite aos espectadores ter um máximo aproveitamento de toda a obra. Para João é muito importante assistir a peças musicais, pois além de ser bom para a sua cultura, abre os seus horizontes e ajuda-o a inspirar-se para as composições das suas músicas. 24
  • 14. Além de consagrar um espaço à dança, o Teatro São João experiencia o cruzamento de actores com o canto, encenadores com a ópera e músicos com os desafios de encenação. Esta interdisciplinaridade leva-o a produzir, programar e apoiar diversos festivais de spoken word, performance, live art, música electrónica e música experimental e improvisada. Também investe numa política editorial que contrarie a pouca duração do teatro e multiplique as perspectivas das criações apresentadas. Deste esforço resultam a edição de textos dramáticos e ensaísticos, lançamento de CDs, vídeos e DVD’s de espectáculos da casa, para além de programas e outras publicações destinadas a documentar a especificidade de cada projecto. 27
  • 15. Maria Reis Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis, no seu tempo de professora, costumava fazer peças de teatro com os seus alunos, “Todos os anos faziamos um teatrinho com os alunos. Era indispensável”. Apesar de no seu tempo de professora nunca ter tido tempo nem oportunidade de frequentar o teatro, actualmente costuma assistir a peças no Teatro Nacional São João com a sua cunhada às sexta-feiras à noite. Uma das coisas que mais gosta neste teatro é a decoração interior que, por muitas vezes que já lá tenha ido, acha sempre belíssima. 28
  • 16. 30
  • 17.
  • 18. FUNDAÇÃO SERRALVES jardim e museu 34 35
  • 19. Fundação SERRALVES A Fundação de Serralves é considerada uma das principais instituições culturais de Portugal e é constituída pelo Museu de Arte Contemporânea, a Casa, o Parque, o Auditório e a Biblioteca. Foi criada em 1989, como resultado de uma parceria entre o Governo Português, instituições públicas, privadas e particulares. 36 37
  • 20. História No período pós-revolução, a cidade do Porto sofreu alguns movimentos que tinham abertos ao público a 29 de Maio de 1987. A sua criação assinalou uma parceria inovadora como objectivo a criação de um espaço para entre o Estado e a sociedade civil. Em 1991 a exibição da arte produzida na época. Foi, foi assinado o contrato com o arquitecto então, adquirida em Dezembro de 1986 a Álvaro Siza para a elaboração do projecto de Quinta de Serralves. Em 1989 foi criada a arquitectura do Museu e a sua construção Fundação Serralves e foi constituída uma foi financiada por fundos comunitários e Comissão Instaladora composta por Jorge fundos do PIDDAC. Em 1996, o património Araújo, Teresa Andresen e Fernando Pernes, imobiliário de Serralves foi classificado como tendo a Casa e o Parque de Serralves sido “Imóvel de Interesse Público”. 39
  • 21. Objectivo O seu objectivo é sensibilizar o público para a arte contemporânea, a natureza, a paisagem e educar de forma criativa e promover a reflexão e o debate. Tem desenvolvido um grande esforço no sentido de projectar nacional e internacionalmente a arte dos nossos dias e de divulgar o seu notável património arquitectónico e paisagístico. 41
  • 22. Actualmente o número de Fundadores ascende a 172, entre empresas e particulares, o que evidencia uma crescente e contínua adesão ao projecto de Serralves. 43
  • 23. Museu O Museu apresenta uma grande variação de exposições temporárias, colectivas e individuais, constituindo uma colecção representativa de arte contemporânea portuguesa e internacional. Pretende, também, desenvolver projectos com jovens artistas, de maneira a estes poderem afirmar as suas obras e desenvolverem as suas pesquisas. A Colecção do Museu é constituída por obras em depósito do Estado, de coleccionadores privados, doações e aquisições directas, que abrangem o período que vai de 1960 à actualidade. Georg Baselitz, Gordon Matta-Clark, Jannis Kounellis, Mário Merz ou Cildo Meireles são alguns dos artistas representados, bem como Helena Almeida, René Bértholo, Fernando Calhau, Lourdes Castro, Ana Hatherly, Ângelo de Sousa ou Ana Vieira. Para além das exposições de arte contemporânea o, museu está equipado com um auditório que programa concertos de música de novas tendências. 44 45
  • 24. Sofia Matos Uma vez que os seus pais são artistas, Sofia Matos costuma acompanhá-los às exposições que decorrem no Museu de Serralves. Acha que as obras expostas, em geral, são interessantes e algumas bastante estranhas, apesar de não as entender muito bem. Além de quadros, pode observar objectos e filmes expostos aos quais admite não analisar muito aprofundadamente. Normalmente vai a Serralves ao domingo de manhã, uma vez que é de graça. 46
  • 25. Parque O Parque foi inaugurado em 1987 e o seu projecto foi encomendado pelo Conde de Vizela ao arquitecto Jacques Gréber em 1932. Mais tarde foi objecto de um Projecto de Recuperação e Valorização que teve início em 2001 e foi concluído cinco anos depois. Constitui um importante contributo para a educação e sensibilização da sociedade para a protecção do património da paisagem, além da necessidade de conciliar o espaço patrimonial com as manifestações e processos culturais da sociedade contemporânea, mantendo a sua integridade e permanência. Foram-lhe atribuídos dois principais prémios: o prémio da inovação no domínio da educação ambiental da Associação Portuguesa de Museologia – APOM (1996) e o “Henry Ford Prize for the Preservation of the Environment” (1997). O Parque de Serralves é o resultado de processos de desenho que duraram mais de um século, tendo assim vestígios de um jardim do século XIX, Quinta do Mata-Sete, Jardim da Casa de Serralves. 48 49
  • 26.
  • 27. Maria Reis Maria Irene Rosa Miraldo dos Reis gosta bastante de ir passear para os jardins da Fundação Serralves com o seu marido ou com os netos. Para ela é muito importante o contacto com a natureza e andar ao ar livre. Como mora perto de Serralves e não tem nenhuma tarefa importante para fazer à semana, anda pelos jardins para tirar fotografias, passear e também ler. Além disto aproveita para arrancar algumas plantas para ver se pegam em casa, uma vez que adora tratar do seu jardim, “mas sem estragar a planta original!”, afirma. 52
  • 28. CASA DA MÚSICA boavista 54 55
  • 29. Casa da MÚSICA A Casa da Música é a principal sala de concertos do Porto e também o primeiro edifício construído em Portugal exclusivamente dedicado à música. É da autoria do arquitecto holandês Rem Koolhaas, como parte do evento Porto Capital Europeia da Cultura em 2001. O seu projecto foi definido e iniciado em 1999, na Rotunda da Boavista e inaugurado a 15 de Abril de 2005. 56
  • 30. Esta instituição acolhe um projecto cultural inovador que assume a dinamização do meio musical nacional e internacional, em variadas áreas, nomeadamente o jazz, fado e electrónica, e abrange tanto grandes produções internacionais como projectos mais experimentais. Além de concertos, recitais e performances, a Casa da Música investe na procura das origens da música portuguesa, promovendo encontros de músicos e musicólogos, apostando na educação musical. A Casa da Música possui dois auditórios principais, embora outras áreas do edifício possam ser adaptadas para concertos ou espectáculos. A forma, estrutura, materiais e funcionalidades são surpreendentes: o edifício geométrico e assimétrico desdobra-se em 7 níveis acima do solo e 3 pisos abaixo do solo, o que trouxe novos desafios à engenharia. É em betão branco entrecortado por vidro e todos os detalhes estão incrivelmente bem pensados, desde o interior que contém azulejos e veludo que contrastam com o cinza do alumínio, ao mobiliário fixo e amovível. Este edifício foi classificado como “o projecto mais atraente que o arquitecto Rem Koolhaas já alguma vez construiu” pelo New York Times e como “um edifício cujo ardor intelectual está combinado com a sua beleza sensual”. Foi também comparado ao Museu Guggenheim Bilbao de Frank Gehry em Espanha, à sala de espectáculos de Walt Disney em Los Angeles e ao auditório da “Berlim Philharmonic”. 58 59
  • 31. Foyers Com a particularidade de estarem situados nas duas extremidades da sala suggia, os foyers abrem-se à cidade através das suas altas paredes de vidro onduladas. 61
  • 32. 63
  • 33. Sala Renascença Ponto de circulação de pessoas, com dois acessos possíveis, canaliza os visitantes para a Sala Laranja, para a Cybermusica e para o Foyer Poente. O seu nome provém da forma dos azulejos azuis e verdes. 65
  • 34. Sala Suggia Centro estruturante e ex-líbris da casa da música, a sala suggia é dotada das mais exigentes condições acústicas e técnicas sendo um cenário privilegiado para eventos de média e grande dimensão. Este auditório abre-se à comunicação visual com os restantes espaços através das zonas envidraçadas que circundam o seu imenso rectângulo. No seu interior, a decoração prende-se nos prateados e dourados que contrastam intencionalmente com os jogos de luzes proporcionados pelo vidro. 67
  • 35. André Piedade João André Piedade realiza trabalhos para inúmeros músicos e actua nos mais variados locais, desde pequenos bares a festivais de Verão. Um dos espaços onde costuma ir tocar é à Casa da Música, “Já me convidaram bastantes vezes para actuar na Casa da Música”. Para ele, a Casa da Música é um dos locais mais interessantes da cidade do Porto, tanto esteticamente como no cumprimento da sua função. Quando João vai à Casa da Música actua na Sala Suggia e na Sala 2, dependendo da importância do concerto. Antes de cada concerto, que se realiza à noite, tem de levar o material, ensaiar e fazer os testes de som. 68
  • 36. A Casa da Música dispõe de um total de 10 salas de ensaio de dimensões diversas. As duas maiores, localizadas no piso -2, têm capacidade para grupos de 20 a 100 elementos e estão equipadas com régie própria, podendo funcionar como estúdios de gravação. 71
  • 37.
  • 38. Skate Já são muitos os skaters que se reúnem todos os dias à frente da Casa da Música. Apesar da sua programação, o espaço que a circunda costuma estar repleto de jovens adeptos do skate. Este local é escolhido para o skate por diversas razões, nomeadamente pelo facto do pavimento ser liso, com inclinações e rampas, e ser um espaço amplo que seca rápido. Além de que é um ponto de encontro para os jovens, onde estes podem conversar e passar o tempo, sem qualquer tipo de proibições relativamente à prática de skate. 74 75
  • 39. Sofia Matos Sofia Andreia Reis Matos vai todos os fins-de- semana para casa do seu primo na Boavista. Como ambos têm um skate e gostam de estar ao ar livre, têm por hábito ir para o espaço exterior da Casa da Música andar de skate. Além da localização, para Sofia, a Casa da Música tem um ambiente agradável com um bom piso e reúnem-se lá muitas pessoas, “Gosto muito de ir para a Casa da Música andar de skate, porque o terreno é muito lisinho e o espaço é agradável”, afirma. 76
  • 40. Conclusão Perspectivas Como se pode constatar a partir desta publicação, a cidade do Porto apresenta espaços culturais que, além da sua singular arquitectura, podem ser vistos através de diferentes perspectivas, vivenciados em inúmeras ocasiões e por pessoas com características tão diferentes, que vão desde a sua profissão à sua faixa etária. Tudo isto demonstra os valores e a cultura que se encontram enraizados na cidade do Porto, mas que por tantas vezes e por tanta gente são esquecidos e menosprezados. 79
  • 41. Prova de Aptidão Artística Porto, Espaços da Cidade PERSPECTIVAS Curso de Design de Comunicação Especialização em Design Gráfico Daniela Alexandra Reis Matos 12ºB1 2010/2011 Escola Artística de Soares dos Reis