O documento descreve o programa Gambiarra Favela Tech, que tem como objetivo empoderar jovens de favelas e territórios populares por meio de atividades criativas e tecnológicas. O programa dura 10 dias e ensina conceitos de design, eletrônica e programação para estimular a inovação social. Seu foco é reconhecer o potencial criativo destes jovens e ajudá-los a usar a tecnologia para transformar suas comunidades.
2. "Gambiologistas são apanhadores de
desperdícios. Para eles todo resto é proveito:
torradeira, impressora, ferros, placas, fitas,
pedaços de qualquer coisa.
Provocam renascimentos, criam novos
sentidos às coisas inúteis e inventam
máquinas de acaso.
Outras vezes, inventam máquinas funcionais
que driblam as adversidades cotidianas."
3. Programa de imersão
10 dias | 12 jovens
40 horas de programação
Conceitos teóricos | Exercícios
práticos | Desenvolvimento de
projetos pessoais e coletivos|
Mentoria personalizada
O que é?
4. e mais…
visitas a depósitos de lixo|
aulas expositivas|
debates|participações
de agentes locais de
transformação social
O que é?
5. O Gambiarra Favela Tech é
um programa de imersão
em criatividade e inovação
social para jovens de favelas
e territórios populares.
Durante dez dias, os
participantes vivenciam uma
residência artístico-
tecnológica na qual lidam
com ferramentas e técnicas
do design, eletrônica,
robótica, artesanato,
artefatos manuais e
gambiarras de todos os
tipos. A proposta é unir
"alta" e "baixa" tecnologia.
O que é?
6. É objetivo do programa empoderar
os jovens com suas competências e
habilidades, além de estimular a
criação artística e a experimentação
de novas linguagens estéticas.
Também está na nossa missão
sensibilizar esses jovens para a
aprendizagem de novas tecnologias.
para que?
7. "Gambiologistas são dribladores. Os
adversários, ao invés de
zagueiros, são as próprias
adversidades do cotidiano. Como
artilheiros que a cada finta
despertam gritos das arquibancadas,
gambiologistas são capazes de fazer
renascer as coisas devastadas”
8. metodologia
O programa é composto por:
Exercícios e dinâmicas de geração de ideias
Levantamento de problemas
Montagem de protótipo 3D com papelão
Exercícios de poesia e livre expressão
Visitas a lixos eletrônicos
Produção de esculturas individuais com materiais
retirados do lixo
Dinâmicas de estímulo ao trabalho coletivo
Princípios de comunicação afetiva
Tutorias individuais e “capacitação" técnica
Aulas expositivas com produtores locais sobre:
Remix dos projetos individuais
Criação de projetos coletivos
Apresentação final aberta
*cada participante recebe um kit do projeto.
-Gambiarra: arte ou necessidade
-Segurança e reciclagem de lixo eletrônico
-Design para não designers
-Elétrica e eletrônica básica
-Computação física e tecnologias livres
-Manual de utilização do kit Gambiologista*
9. metodologia
O "KIT Gambiologista"
1 maleta
1 alicate de corte diagonal 5"
1 alicate de bico meia cana 6"
1 jogo de chave de precisão 31 peças
1 estilete magazine regulável
1 rolo silver tape 10m (ou similar)
1 pacote de durepoxi 100g (ou similar)
1 rolo de arame plastificado 30m com
cortado
1 pistola de cola quente bivolt com refil
1 ferro de solda 110V com ponta fina
1 tubo de estanho sn63pb37
1 pacote com abraçadeiras de nylon
1 multímetro digital com alarme
de condutividade
10. metodologia
Materiais necessários
1 TV ou projetor
1 caixa de som para ligar laptop
3 laptops ou computadores para uso dos
alunos (para programar, mexer com
Arduino, fazer pesquisa etc)
1x impressora em papel A4
1x flipchart com papel
4x kit canetas para o flipchart
5x régua de energia 4 pinos
2x canetas permanentes (de escrever em
CD)
2x extensões elétricas
1x soprador térmico
1x microretifica com acessórios
5x Arduinos com cabo USB (com luzes de
led e fios)
5x protoboard
3x pacotes de post-its coloridos
2x rolos fita isolante 3M
2x rolos de fita crepe 1/2"
5m de cabo de rede
20x resistores 1Kohm
Papelão
11. para quem?
Os participantes
O programa é destinado a jovens ou crianças
de periferias, podendo ser adaptado a
diversos contextos.
Pode haver seleção por meio de chamada
aberta ou ser focado a um público já
escolhido. O importante é que os
participantes tenham interesse em colocar a
mão na massa, curiosidade sobre o universo
da criação artística e estejam abertos ao uso
dos mais diversos tipos de técnicas e
materiais.
Em processos de chamadas abertas, a
seleção é baseada em envio de foto, vídeo e
explicação de um "invento caseiro” já feito
pelo candidato.
Recomenda-se bolsa financeira para os
participantes, para que possam se dedicar ao
programa e evitar a evasão.
12. e para quem mais?
Comunicação
Além do programa presencial, a residência
pretende estimular uma rede de discussão
em torno de temas como apropriação de
novas tecnologias, novas linguagens
artísticas, transformação social e
empoderamento de jovens de periferia.
Por isso, a comunicação é um eixo
estratégico do projeto. São feitos registros
em fotos e vídeos, disponibilizados nas
redes sociais do Olabi e do Observatório de
Favelas.
O projeto possui ainda website e blog
próprio, para fins de registro e divulgação.
Ações especiais de comunicação podem ser
realizadas.
Olabi
Página no Facebook: 47 mil pessoas
Grupo no Facebook: 2,7 mil pessoas
Perfil no Instagram: 1,7 mil pessoas
Observatório de Favelas
Página no Facebook: 60 mil pessoas
(dados de fevereiro de 2016)
13. objetivos
Resultados esperados
O foco do Gambiarra Favela Tech reside no
processo e não nos produtos gerados. Ainda
assim, “instalações artísticas” são criadas,
gerando materiais para uma exposição
coletiva. As peças podem ter caráter mais
conceitual e artístico ou serem produtos com
utilidades variadas.
Além disso, os jovens se engajam em uma
rede do projeto, que se baseia em um grupo
no Facebook e no WhatsApp e seguem em
diálogo com outros participantes.
A meta do programa é promover um espaço
de experimentação para jovens criativos de
territórios populares.
Os resultados do programa são medidos a
partir do retorno narrativo dos participantes
e nas histórias de sucesso coletadas.
14. por que?
Este projeto parte do reconhecimento do
extraordinário potencial criativo dos
territórios populares, onde o improviso e
invenção são cotidianos.
A partir da democratização do
conhecimento sobre o uso das tecnologias,
Gambiarra Favela Tech busca provocar nos
jovens um novo olhar sobre o seu entorno e
suas próprias práticas, empoderando-os
como protagonistas na disputa pela cidade.
15. quem somos
É uma empresa social focada
na promoção de diversidade
na produção de novas
tecnologias.
O Gambiarra Favela Tech é um projeto do Olabi
em parceria com o Observatório de Favelas.
Organização da sociedade civil que
produz conhecimentos e metodologias
de ações públicas voltadas para a
superação das desigualdades
territoriais e sociais.