2. Segundo a OMS, doença transmissível é [...]
toda moléstia por agente infeccioso
específico ou por seus produtos
metabólicos, e que resultam da transmissão
desse agente ou de seus produtos de um
reservatório para um hospedeiro suscetível,
seja direta ou indiretamente.
3. A distribuição e a ocorrência das DTS
variam de acordo com as condições
ambientais , socioeconômicas, culturais e
políticas das diversas regiões brasileiras
para que esses índices alcancem
patamares aceitáveis dentro do ponto de
vista da saúde pública, deve haver uma
melhoria da qualidade de vida, atingindo
todas
as camadas sociais.
4. É a forma pela qual se busca efetivar o
tratamento de pessoas infectada, durante o
período de transmissão da moléstia, em um
local que impeça a propagação direta ou
indireta do agente infeccioso.
O Ministério da Saúde recomenda que, para
cada 40 leitos, 25% sejam destinados a
portadores de DT‟s, e a unidade ideal de
isolamento deve ter as seguintes
características:
ISOLAMENTO
5. Ser constituído por quarto privativo com
identificação da precaução adotada;
Possuir antessala com lavatório, armário e
equipamentos privativos;
Contar com mínimo de mobiliário possível:
cama, criado-mudo e mesinha de refeição;
Levar em conta as restrições e orientações
específicas a respeito das visitas, circulação
de colaboradores e transporte do cliente
para exames externos;
Possuir equipe treinada no controle de
propagação da doença.
6. Em condições particulares, o isolamento
deve ser mantido em uma unidade de
internação comum, desde que sejam
adotadas as precauções necessárias
para evitar a propagação da moléstia, ou
uma ou mais unidades de internação
para DT‟s em comum, com o máximo da
precaução no controle de
transmissibilidade.
7. Há vários tipos de isolamento, adequados à
etiologia e sintomatologia das crianças,
assim como as condições do cliente.
Normalmente são sinalizados por cartões
diferentes para cada tipo de precaução
adotada.
TIPOS DE ISOLAMENTO
8. * Isolamento Total ou Rigoroso (IT) – Para
casos de doenças altamente contagiosas e
que requerem cuidados completos, sendo
necessário o uso de gorro, óculos, máscara,
avental, luvas e pró-pé.
9. Isolamento Respiratório – Utilizado em
casos de doenças de transmissão aérea, por
meio da respiração, tosse e gotículas
expelidas pelo doente. A principal proteção é o
uso de máscara descartáveis.
10. Isolamento Entérico ou Precauções
Entéricas – Geralmente utilizado na presença
de diarreias provocadas por agentes
infecciosos transmissíveis. È obrigatório o uso
de luvas e avental, preferencialmente
descartáveis.
11. Isolamento Reverso ou Protetor- Visa a proteção de
clientes imunodeprimidos, em que a baixa resistência
facilita o desenvolvimento de DTS que podem tornar-se
extremamente graves, pondo em risco a garantia do
tratamento. Deve-se observar rigorosamente a aplicação
de técnicas assépticas no contato com o cliente, além
das fômites e objetos da enfermaria.
12. De acordo com a Association for Practioners
Infection Control (APIC) , sempre se deve
tomar as seguintes precauções;
Evitar o contato direto com o sangue e fluidos
orgânicos, lavando as mãos com frequência e
utilizando luvas de proteção.
Uso consciente de agulha, cortantes e
perfurantes, com o cuidado especial quanto ao
descarte adequado, com a manipulação segura
em recipientes apropriados;
PRECAUÇÕES – PADRÃO
13. Aumentar a confiabilidade dos clientes,
usando essas mesmas precauções para todos
os demais que se encontrem em ambulatório,
pronto socorro, UTI‟s...
Uso consciente dos equipamentos de
proteção individual (EPIs) padrão, como
máscara de proteção respiratória, óculos de
acrílico, avental, luvas de látex ou de silicone
e pró-pé.
15. TÉTANO:
Definição: Doença infecciosa
aguda, cujo bacilo
desenvolve-se no local do
ferimento e produz uma
neurotoxina que, ao atingir o
SNC, provoca os sinais e
sintomas da doença.
Agente Etiológico:
Clostridium Tetanii
BACTÉRIA DO TÉTANO
16. Modo de Transmissão: Objetos contaminados que
penetram em feridas, ferimentos insignificante,
queimaduras, coto umbilical,etc
Sinais e Sintomas: rigidez da nuca, contraturas e
espasmos musculares, mialgia intensa (dor
muscular); posição de opistótomo; riso sardônico(
musculo contraído), febre e sudorese intensa.
Diagnóstico: Exame clínico e físico
Tratamento: Debridamento da ferida; antibióticos;
soro antitetânico (SAT); vacinas; miorrelaxantes;
sedativos; ambiente isento de barulhos e
iluminação excessiva.
17. TUBERCULOSE
Definição: Doença bacteriana
crônica, de caráter social,
ocorrendo com maior frequência em
regiões de precárias condições.
Agente Etiológico: Bacilo de Koch
ou Mycobacterium tuberculosis
Modo de Transmissão: De pessoa
para pessoa, por exposição íntima e
prolongada, por meio de escarro ou
gotículas suspensas no ar,
eliminadas pela tosse de clientes
bacilíferos.
BACTÉRIA DA TUBERCULOSE
18. Sinais e Sintomas: Tosse produtiva e
persistente; febre; perda de peso;
hemoptise(expectoração de sangue proveniente
dos pulmões, traqueia e brônquios, mais
comumente observável na tuberculose
pulmonar.) ; dor torácica.
Diagnóstico: Exame bacteriológico (escarro);
prova tuberculínica; radiológico.
Tratamento: Quimioterapia e controle em
comunicantes e familiares; fazer vacinação
conforme calendário.
19. FEBRE TIFÓIDE
Definição: Doença infecciosa
causada pelo bacilo de Eberth
Agente Etiológico: Bacilo de
Eberth ou Salmonella Typhi
Modo de Transmissão: Por
contato direto ( com fezes ou
urina do portador) ou indireto (
com água e alimentos
contaminados)
BACTÉRIA DA FEBRE TIFÓIDE
20. Sinais e Sintomas: Hipertermia
progressiva(elevação da temperatura
corporal), astenia(fraqueza orgânica, porém
sem perda real da capacidade muscular) ,
anorexia, náuseas, vômitos, esplenomegalia
(aumento anormal do volume do baço) ,
leucopenia (diminuição da taxa sanguínea de
leucócitos abaixo do limite inferior da
normalidade.) , constipação alternada com
crises de diarreia( fezes líquidas esverdeadas
e fétidas )
21. Diagnóstico: Exame clínico, físico e
laboratorial.
Tratamento: Antibioticoterapia e profilaxia
com saneamento básico, fiscalização
sanitária e vigilância epidemiológica.
22. DIFTERIA
Definição: Doença aguda,
caracterizada por quadro tóxico-
infeccioso, com duração variável
podendo apresentar desde
sintomatologia leve até fatal.
Agente Etiológico: Bacilo de Klebs
loeffler ou bacilo Corynebacterium
diphtheriae.
Modo de Transmissão: Por contato
físico direto; por gotículas de
secreção dispersas no ar ou por
meio de objetos contaminados.
23. Sinais e Sintomas: Placas com abundante
exsudação na faringe, provocando sintomas
de asfixia, agitação, batimentos da asa do
nariz, cianose, contrações dos músculos
intercostais devido a dificuldade respiratória.
Pode ocorrer parada respiratória.
24. Diagnóstico: Exame clínico, físico e
laboratorial.
Tratamento: Manter o paciente em
isolamento respiratório; antibioticoterapia; soro
antidiftérico (SAD); cirúrgico. Fazer profilaxia
com vacinação.
25. HANSENÍASE
Definição: Enfermidade infecciosa
crônica de transmissibilidade
moderada caracterizada por lesões
cutâneas anestésicas.
Agente Etiológico: Bacilo de
Hansen ou Mycobacterium leprae
Modo de Transmissão: Por
contato direto pelo contato com
pele, mucosas, lesões cutâneas ou
secreções nasais do doente.
26. Sinais e Sintomas: Lesões cutâneas com
anestesia local; comprometimento de nervos
periférico, ulcerações da mucosa nasal até a
perfuração do septo; lesões oculares...
Diagnóstico: Testes cutâneos de sensibilidade (
tátil, térmica, dolorosa), biópsia da lesão;
observação do tipo de lesão; teste de Matsuda.
Tratamento: Quimioterapia; psicológico em
razão das consequências na vida social e
econômica do cliente; fisioterápico para
prevenção e tratamento das incapacidades
físicas.
27. CÓLERA
Definição: Doença infecciosa aguda e
grave, transmitida principalmente pela
contaminação fecal da água,
alimentos e ouros produtos que vão a
boca.
Agente Etiológico: Víbrio Cholerae (
vibrião colérico)
Modo de Transmissão: Água,
alimentos ou fômites contaminados
pelas fezes e vômitos dos indivíduos
infectados, sintomáticos ou não.
28. Sinais e Sintomas: Diarreia líquida súbita e
intensa com aspecto de água de arroz;
desidratação; cãibras; hipotensão (pressão
inferior à normal, esp. no interior de um órgão
do corpo ou num sistema orgânico.); choque
hipovolêmico.
Diagnóstico: Exame clínico, físico e
laboratorial. Tratamento: Antibioticoterapia;
hidratação; Isolamento.
29. COQUELUCHE
Definição: Doença bacteriana que
afeta a traqueia, os brônquios e os
bronquíolos.
Agente Etiológico: Bordetella
pertussis
Modo de Transmissão: Contato
direto ( por meio de gotículas de
muco e saliva eliminados pelo
indivíduo contaminado) ou indireto
(pelo contato com objetos
recentemente contaminados)
30. Sinais e Sintomas: Período catarral: coriza,
espirros, lacrimejamento. Período paroxístico:
crise de tosse, expectoração, cianose. Período
de convalescença: os sintomas vão
desaparecendo gradativamente.
Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial.
Tratamento: Antibioticoterapia, Isolamento
respiratório, antitussígenos (são fármacos
utilizados no tratamento sintomático da tosse)
33. CAXUMBA
Definição: Doença infecciosa aguda de início
súbito, caracterizado pela tumefação das
glândulas salivares, geralmente das parótidas
e, às vezes das sublinguais.
Agente Etiológico: Vírus parotidite
Modo de Transmissão: Contato direto ( por
meio de gotículas de muco e saliva eliminados
pelo indivíduo contaminado) ou indireto ( pelo
contato com objetos recentemente
contaminados)
34. Sinais e Sintomas: Febre, calafrios discretos,
dores pelo corpo, principalmente na região da
tumefação (É aumento do volume de uma célula,
órgão ou parte do corpo podendo ser provocado por
um processo inflamatório de ordem tumoral ou por
um infiltração edematose), orquite (denominação
genérica de qualquer tipo de inflamação nos
testículos) , ooforite (inflamação de ovário).
Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial.
Tratamento: Analgésicos e antitérmicos;
corticoesteróides e repouso no leito. A profilaxia é a
vacina da tríplice viral.
36. RUBÉOLA
Definição: Doença exantemática (manifestação
cutâneas) em geral benigna, que ocorre
predominantemente na infância e adolescência.
Agente Etiológico: vírus do grupo togavírus L.
rubellus
Modo de Transmissão: Contato direto ( por
meio das secreções nasofaríngeas)
37. Sinais e Sintomas:
Período Podrômico: febre, calafrios discretos,
dores no corpo.
Período Exantemático: surge exantemas na
face, couro cabeludo.
Período de descamação: pele ressecada com
prurido intenso.
Diagnóstico: Exame clínico, físico e laboratorial
40. POLIOMIELITE
Definição: Doença viral aguda, cuja
expressão clínica varia desde uma infecção
inaparente até paralisias.
Agente Etiológico: poli vírus
Modo de Transmissão: secreções
orofaríngeas e nas fezes
41. Sinais e Sintomas: as manifestações clínicas
da infecção pelo poli vírus são muito variáveis,
desde infecção inaparente até quadros de
paralisia grave, levando a morte.
Diagnóstico: exame clínico e físico.
Tratamento: Sintomático: o principal meio de
prevenção e erradicação é a vacina Sabin/Anti
poliomielite.
43. RAIVA OU HIDROFOBIA
Definição: doença infecciosa aguda de
prognóstico fatal em todos os casos, causada
por vírus que se propaga pelo SNC
Agente Etiológico: vírus da raiva Rhabdovirus
Modo de Transmissão: Mordedura de animais
que contenham o agente na saliva
44. Sinais e Sintomas: mal estar,
anorexia,náuseas,insônia,distúrbios psíquicos e
respiratórios, dor e parestesia no local do
ferimento, espasmos, delírios, convulsões e
morte por paralisias dos músculos respiratórios.
Diagnóstico: exame clínico e físico
Tratamento: Não existe tratamento específico.O
cliente necessita de cuidados especiais em UTI,
sedativos, antitérmicos e medidas de controle
das complicações.