SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 22
Aceite para publicação em 21 de Maio de 2010.
Publicado sob uma Licença Creative Commons
Impulsão
e a
Lei de Arquimedes
Porque é que um navio, que pesa
muitas toneladas, flutua e uma
pequena esfera metálica não flutua?
Porque flutuam no ar, os balcões de
ar quente?
Como funcionam os submarinos?
Porque é que uma pessoa flutua mais
facilmente na água do mar do que na
água doce de uma piscina?
Nesta unidade vais aprender
É a Arquimedes (287 a.C.- 212 a.C.), físico e matemático grego,
que viveu em Siracusa, Sicília, que se deve a descoberta da força
de impulsão.
Reza a lenda que, por volta do séc. III a.C.,o rei
Hieron de Siracusa havia encomendado uma
coroa de ouro, para homenagear uma divindade
que supostamente o protegera nas suas
conquistas.
A lenda de Arquimedes
 Entretanto, foi levantada a acusação de que o
ourives o enganara, misturando o ouro maciço
com prata na manufactura da coroa.
Para descobrir a verdade, Hieron pediu a ajuda
de Arquimedes. A sua tarefa seria descobrir, sem
danificar o objecto, se a coroa era 100% em
ouro, ou se continha uma parte feita em prata.
Certo dia, Arquimedes terá descoberto
a solução para o problema, enquanto
tomava banho.
A solução do seu problema levou-o a enunciar a Lei de Arquimedes.
Ora Arquimedes, de quem se diz que era
muito distraído, ficou tão entusiasmado
com a sua descoberta que saltou da
banheira e saiu para a rua,
completamente nu, gritando:
«Eureka! Eureka!», que significa:
Descobri! Descobri!
A lenda de Arquimedes
Qualquer corpo mergulhado num fluido (liquido ou gás), fica sujeito a
uma força vertical, com sentido de baixo para cima, exercida por esse
fluido. Essa força designa-se por impulsão e representa-se por I.
Quando estamos dentro de água parecemos ser mais leves, havendo a
sensação de que algo nos empurra para a superfície da água.
Impulsão
A impulsão nos líquidos é muito maior do que nos gases
Qualquer corpo mergulhado num liquido tem um peso inferior ao
seu peso real. Esse peso designa-se por peso aparente do corpo.
Peso aparente = peso real – impulsão
O peso aparente é a
resultante de duas forças
com sentidos opostos o
peso real e a impulsão.
P
I
Pap
peso
real
peso
aparente
I
Qualquer corpo mergulhado num liquido tem um
peso inferior ao seu peso real. Esse peso designa-se
por peso aparente do corpo.
Pap = Pr – I I = Pr – Pap
Peso aparente = peso real – impulsão
Porque razão uns corpos
flutuam na água e outros não?
Quando é que um corpo vai ao fundo?
Se dentro do líquido I < P, o corpo vai para o
fundo
Se dentro do líquido I = P, o corpo fica em
equilíbrio no interior do liquido
Quando é que um corpo fica no
interior de um líquido?
Se dentro do líquido I > P, o corpo sobe
até que I = P, e o corpo flutua
Quando é que um corpo flutua?
Para que um corpo flutue , num determinado fluido, é
necessário que a densidade desse corpo seja menor do
que a do fluido.
Qualquer corpo mergulhado num líquido recebe da parte
deste uma impulsão vertical, de baixo para cima, de valor
igual ao do peso do volume de líquido deslocado.
Lei de Arquimedes
I = P líquido
deslocado
I = Pr – Pap
Lei de Arquimedes
Como ρ água = 1,0 g/cm3
, a 4ºC
ρ = m
v
m
50 cm3
I = P líquido
deslocado
1,0 g/cm3
=
Podemos calcular também a massa do líquido deslocado, a partir do seu volume:
e novamente
De que depende a Impulsão?
Água
doce
Água
salgada
No mar morto a densidade da
água é muito grande devido à
sua elevada salinidade
Quanto maior a densidade de um fluído, maior é a
impulsão
Como a densidade dos líquidos é muito maior do que dos gases, a
sua impulsão também é muito maior do que a dos gases.
De que depende a Impulsão?
Quando está em forma de cesto, o volume imerso é maior.
Quanto maior for o volume imerso, maior é a
impulsão
Se colocarmos plasticina em forma de esfera, dentro da água, verificamos
que ela vai ao fundo. Se a moldarmos em forma de cesto ela vai flutuar.
Porquê?
Segundo a Lei de Arquimedes, se o volume do liquido deslocado é
maior, também o valor do seu peso é maior, o que origina uma maior
impulsão.
Maior o volume
imerso
Impulsão
Maior
densidade do
líquido
Maior Impulsão
Maior Impulsão
Os barcos, apesar de serem feitos de materiais densos como o ferro e o
aço, flutuam na água porque recebem desta uma impulsão suficiente
para compensar o seu enorme peso. Como?
Nos navios o volume da parte imersa é
muito grande, para que seja também muito
grande o volume da água deslocada, e
consequentemente, a impulsão.
A forma da parte inferior dos navios , está
estudada para que a impulsão aumente ao
aumentar o peso do navio devido à carga,
de modo a que se tenha sempre:
I = - P
Porque flutuam os barcos?
P
I
vectorialmente
em módulo
dos vectores
I = Pou
Os submarinos dispõem de tanques especiais
no casco. Para submergir há válvulas que
abrem, permitindo a entrada de água do mar
para esses tanques. O peso do submarino
aumenta, passando a ser superior à impulsão:
Para vir à superfície, os tanques são
esvaziados através de ar comprimido.
Como o valor do peso diminui sem variar o
volume do submarino, a impulsão torna-se
maior do que o peso do submarino
fazendo-o vir à superfície.
I > P
Como funcionam os submarinos?
P = I
P > I
I > P
P = I
P > I
De acordo com o principio de Arquimedes, um balão elevar-se-á no ar,
quando o valor do seu peso for inferior ao valor da impulsão que o ar
exerce sobre ele.
Para se conseguir esta condição os balões são normalmente cheios com
um gás menos denso que o ar, como o hélio, ou, então com ar quente.
O ar quente é menos denso que o
ar frio, pois o aquecimento
provoca um aumento de volume e
consequentemente diminuição da
densidade.
O ar dentro do balão, torna-se
assim menos denso, que o ar
que o rodeia.
Porque flutuam os balões de ar quente?
E agora coloca-te na pele de Arquimedes…
Com base nas considerações que foram feitas nesta
apresentação, propõe uma explicação de como
Arquimedes poderia ter chegado à solução do problema
proposto por Hieron.
Nota: a banheira de Arquimedes estava completamente
cheia!
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-
Partilha nos termos da mesma Licença 3.0 Unported. Para ver uma cópia
desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ ou envie
uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San
Francisco, California 94105, USA
Autor:
Dina Clemente

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Existência de Deus - ensaio filosófico
Existência de Deus - ensaio filosóficoExistência de Deus - ensaio filosófico
Existência de Deus - ensaio filosóficoDuarte Nunes
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesvermar2010
 
Como indicar bibliografia e webgrafia?
Como indicar bibliografia e webgrafia?Como indicar bibliografia e webgrafia?
Como indicar bibliografia e webgrafia?Carla Crespo
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio InesTeixeiraDuarte
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaFernanda Monteiro
 
Predicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoPredicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoquintaldasletras
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Lurdes Augusto
 
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroAuto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroRita Galrito
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textualgracacruz
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularAMLDRP
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresInesTeixeiraDuarte
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particularHelena Coutinho
 
Listas das falácias informais
Listas das falácias informaisListas das falácias informais
Listas das falácias informaisIsabel Moura
 

Was ist angesagt? (20)

O fidalgo
O fidalgoO fidalgo
O fidalgo
 
Existência de Deus - ensaio filosófico
Existência de Deus - ensaio filosóficoExistência de Deus - ensaio filosófico
Existência de Deus - ensaio filosófico
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Como indicar bibliografia e webgrafia?
Como indicar bibliografia e webgrafia?Como indicar bibliografia e webgrafia?
Como indicar bibliografia e webgrafia?
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação crítica
 
Predicativo do complemento direto
Predicativo do complemento diretoPredicativo do complemento direto
Predicativo do complemento direto
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 
Autopsicografia e Isto
Autopsicografia e IstoAutopsicografia e Isto
Autopsicografia e Isto
 
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiroAuto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
Auto da Barca do Inferno - Cena do onzeneiro
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textual
 
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celularRelatório biologia 10ºano - membrana celular
Relatório biologia 10ºano - membrana celular
 
Invocação e Dedicarória
Invocação e DedicaróriaInvocação e Dedicarória
Invocação e Dedicarória
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Listas das falácias informais
Listas das falácias informaisListas das falácias informais
Listas das falácias informais
 
Texto de opinião
Texto de opiniãoTexto de opinião
Texto de opinião
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 

Andere mochten auch

Lei de arquimedes
Lei de arquimedesLei de arquimedes
Lei de arquimedesrukka
 
física da agua -impulsão
física da agua -impulsãofísica da agua -impulsão
física da agua -impulsãoguestf15ddf0
 
Arquimedes - Trabalho F.Q
Arquimedes - Trabalho F.QArquimedes - Trabalho F.Q
Arquimedes - Trabalho F.QMelissa Matos
 
Relatório experimental
Relatório experimentalRelatório experimental
Relatório experimentalInês Mota
 
Densidade arquimedes
Densidade arquimedesDensidade arquimedes
Densidade arquimedessptones
 
Relatorio principio de arquimedes
Relatorio principio de arquimedesRelatorio principio de arquimedes
Relatorio principio de arquimedesTuane Paixão
 
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAHidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAdanf97
 
Experiencias com a água
Experiencias com a águaExperiencias com a água
Experiencias com a águaFatima Duarte
 
Circuitos electricos 9º ano, Fisica
Circuitos electricos 9º ano, FisicaCircuitos electricos 9º ano, Fisica
Circuitos electricos 9º ano, FisicaYolanda Maria
 
Aula hidrostatica
Aula hidrostaticaAula hidrostatica
Aula hidrostaticaguest90f440
 
fisica 2 - principio de arquimedes
fisica 2 - principio de arquimedesfisica 2 - principio de arquimedes
fisica 2 - principio de arquimedesKmilly Campos
 

Andere mochten auch (20)

Física - Exercícios de Lei de Arquimedes
Física -  Exercícios de Lei de ArquimedesFísica -  Exercícios de Lei de Arquimedes
Física - Exercícios de Lei de Arquimedes
 
A impulsão
A impulsão A impulsão
A impulsão
 
Arquimedes
ArquimedesArquimedes
Arquimedes
 
Lei de arquimedes
Lei de arquimedesLei de arquimedes
Lei de arquimedes
 
física da agua -impulsão
física da agua -impulsãofísica da agua -impulsão
física da agua -impulsão
 
Impulsão
ImpulsãoImpulsão
Impulsão
 
Arquimedes - Trabalho F.Q
Arquimedes - Trabalho F.QArquimedes - Trabalho F.Q
Arquimedes - Trabalho F.Q
 
Relatório experimental
Relatório experimentalRelatório experimental
Relatório experimental
 
Impulsão
ImpulsãoImpulsão
Impulsão
 
Principio de arquímedes
Principio de arquímedesPrincipio de arquímedes
Principio de arquímedes
 
Arquimedes
ArquimedesArquimedes
Arquimedes
 
Densidade conceitos
Densidade conceitosDensidade conceitos
Densidade conceitos
 
Densidade arquimedes
Densidade arquimedesDensidade arquimedes
Densidade arquimedes
 
Relatorio principio de arquimedes
Relatorio principio de arquimedesRelatorio principio de arquimedes
Relatorio principio de arquimedes
 
Massa volumica
Massa volumicaMassa volumica
Massa volumica
 
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAHidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
 
Experiencias com a água
Experiencias com a águaExperiencias com a água
Experiencias com a água
 
Circuitos electricos 9º ano, Fisica
Circuitos electricos 9º ano, FisicaCircuitos electricos 9º ano, Fisica
Circuitos electricos 9º ano, Fisica
 
Aula hidrostatica
Aula hidrostaticaAula hidrostatica
Aula hidrostatica
 
fisica 2 - principio de arquimedes
fisica 2 - principio de arquimedesfisica 2 - principio de arquimedes
fisica 2 - principio de arquimedes
 

Ähnlich wie Impulsão e lei de arquimedes

Ähnlich wie Impulsão e lei de arquimedes (20)

Impulsão e lei de Arquimedes.pptx
Impulsão e lei de Arquimedes.pptxImpulsão e lei de Arquimedes.pptx
Impulsão e lei de Arquimedes.pptx
 
Impulsão e a lei de Arquimedes
Impulsão e a lei de ArquimedesImpulsão e a lei de Arquimedes
Impulsão e a lei de Arquimedes
 
A física da água
A física da águaA física da água
A física da água
 
A água uma subst especial
A água uma subst especialA água uma subst especial
A água uma subst especial
 
6º ano cap 14 a água uma subst especial
6º ano cap 14 a água uma subst especial6º ano cap 14 a água uma subst especial
6º ano cap 14 a água uma subst especial
 
Hidrostática
HidrostáticaHidrostática
Hidrostática
 
Por que voam os balões
Por que voam os balõesPor que voam os balões
Por que voam os balões
 
Por que voam os balões
Por que voam os balõesPor que voam os balões
Por que voam os balões
 
O ludiao
O ludiaoO ludiao
O ludiao
 
O ludiao
O ludiaoO ludiao
O ludiao
 
21fis
21fis21fis
21fis
 
Aula de hidroterapia
Aula de hidroterapiaAula de hidroterapia
Aula de hidroterapia
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Agua ciclo
Agua cicloAgua ciclo
Agua ciclo
 
CICLO DA ÁGUA E A TEMPERATURA DE FUSÃO E EBULIÇÃO.ppt
CICLO DA ÁGUA E A TEMPERATURA DE FUSÃO E EBULIÇÃO.pptCICLO DA ÁGUA E A TEMPERATURA DE FUSÃO E EBULIÇÃO.ppt
CICLO DA ÁGUA E A TEMPERATURA DE FUSÃO E EBULIÇÃO.ppt
 
Flutuação
FlutuaçãoFlutuação
Flutuação
 
Agua Ciclo
Agua CicloAgua Ciclo
Agua Ciclo
 
estados físicos da água
estados físicos da águaestados físicos da água
estados físicos da água
 
A estabilidade de um navio - Física
A estabilidade de um navio - FísicaA estabilidade de um navio - Física
A estabilidade de um navio - Física
 
Física Hidrostática
Física HidrostáticaFísica Hidrostática
Física Hidrostática
 

Mehr von Casa Ciências

Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comum
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comumRecurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comum
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comumCasa Ciências
 
Recurso Educativo - Serviços de Ecossistemas
Recurso Educativo - Serviços de EcossistemasRecurso Educativo - Serviços de Ecossistemas
Recurso Educativo - Serviços de EcossistemasCasa Ciências
 
Movimento de um satélite geoestacionário
Movimento de um satélite geoestacionárioMovimento de um satélite geoestacionário
Movimento de um satélite geoestacionárioCasa Ciências
 
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuais
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuaisSimulador de desenvolvimento de plantas virtuais
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuaisCasa Ciências
 
Meteoritos caídos em Portugal
Meteoritos caídos em PortugalMeteoritos caídos em Portugal
Meteoritos caídos em PortugalCasa Ciências
 
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)Casa Ciências
 
O novo Sistema Solar - 3º ciclo
O novo Sistema Solar - 3º cicloO novo Sistema Solar - 3º ciclo
O novo Sistema Solar - 3º cicloCasa Ciências
 
O novo Sistema Solar - Secundário
O novo Sistema Solar - SecundárioO novo Sistema Solar - Secundário
O novo Sistema Solar - SecundárioCasa Ciências
 
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na Terra
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na TerraCreativeLab_Sci&Math | A origem da água na Terra
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na TerraCasa Ciências
 
Movimento de partículas num fluido-parte 1
Movimento de partículas num fluido-parte 1Movimento de partículas num fluido-parte 1
Movimento de partículas num fluido-parte 1Casa Ciências
 
Aladino e a lamparina mágica
Aladino e a lamparina mágicaAladino e a lamparina mágica
Aladino e a lamparina mágicaCasa Ciências
 

Mehr von Casa Ciências (13)

Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comum
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comumRecurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comum
Recurso Casa das Ciências: Geodiversidade, um bem comum
 
Recurso Educativo - Serviços de Ecossistemas
Recurso Educativo - Serviços de EcossistemasRecurso Educativo - Serviços de Ecossistemas
Recurso Educativo - Serviços de Ecossistemas
 
Movimento de um satélite geoestacionário
Movimento de um satélite geoestacionárioMovimento de um satélite geoestacionário
Movimento de um satélite geoestacionário
 
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuais
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuaisSimulador de desenvolvimento de plantas virtuais
Simulador de desenvolvimento de plantas virtuais
 
Meteoritos caídos em Portugal
Meteoritos caídos em PortugalMeteoritos caídos em Portugal
Meteoritos caídos em Portugal
 
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)
Sismos portugueses do início do século XX (1901-1920)
 
O novo Sistema Solar - 3º ciclo
O novo Sistema Solar - 3º cicloO novo Sistema Solar - 3º ciclo
O novo Sistema Solar - 3º ciclo
 
O novo Sistema Solar - Secundário
O novo Sistema Solar - SecundárioO novo Sistema Solar - Secundário
O novo Sistema Solar - Secundário
 
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na Terra
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na TerraCreativeLab_Sci&Math | A origem da água na Terra
CreativeLab_Sci&Math | A origem da água na Terra
 
Ardosia.pptx
Ardosia.pptxArdosia.pptx
Ardosia.pptx
 
Movimento de partículas num fluido-parte 1
Movimento de partículas num fluido-parte 1Movimento de partículas num fluido-parte 1
Movimento de partículas num fluido-parte 1
 
Aladino e a lamparina mágica
Aladino e a lamparina mágicaAladino e a lamparina mágica
Aladino e a lamparina mágica
 

Impulsão e lei de arquimedes

  • 1. Aceite para publicação em 21 de Maio de 2010. Publicado sob uma Licença Creative Commons
  • 2. Impulsão e a Lei de Arquimedes
  • 3. Porque é que um navio, que pesa muitas toneladas, flutua e uma pequena esfera metálica não flutua? Porque flutuam no ar, os balcões de ar quente? Como funcionam os submarinos? Porque é que uma pessoa flutua mais facilmente na água do mar do que na água doce de uma piscina? Nesta unidade vais aprender
  • 4. É a Arquimedes (287 a.C.- 212 a.C.), físico e matemático grego, que viveu em Siracusa, Sicília, que se deve a descoberta da força de impulsão. Reza a lenda que, por volta do séc. III a.C.,o rei Hieron de Siracusa havia encomendado uma coroa de ouro, para homenagear uma divindade que supostamente o protegera nas suas conquistas. A lenda de Arquimedes  Entretanto, foi levantada a acusação de que o ourives o enganara, misturando o ouro maciço com prata na manufactura da coroa. Para descobrir a verdade, Hieron pediu a ajuda de Arquimedes. A sua tarefa seria descobrir, sem danificar o objecto, se a coroa era 100% em ouro, ou se continha uma parte feita em prata.
  • 5. Certo dia, Arquimedes terá descoberto a solução para o problema, enquanto tomava banho. A solução do seu problema levou-o a enunciar a Lei de Arquimedes. Ora Arquimedes, de quem se diz que era muito distraído, ficou tão entusiasmado com a sua descoberta que saltou da banheira e saiu para a rua, completamente nu, gritando: «Eureka! Eureka!», que significa: Descobri! Descobri! A lenda de Arquimedes
  • 6. Qualquer corpo mergulhado num fluido (liquido ou gás), fica sujeito a uma força vertical, com sentido de baixo para cima, exercida por esse fluido. Essa força designa-se por impulsão e representa-se por I. Quando estamos dentro de água parecemos ser mais leves, havendo a sensação de que algo nos empurra para a superfície da água. Impulsão A impulsão nos líquidos é muito maior do que nos gases
  • 7. Qualquer corpo mergulhado num liquido tem um peso inferior ao seu peso real. Esse peso designa-se por peso aparente do corpo. Peso aparente = peso real – impulsão O peso aparente é a resultante de duas forças com sentidos opostos o peso real e a impulsão. P I Pap peso real peso aparente I
  • 8. Qualquer corpo mergulhado num liquido tem um peso inferior ao seu peso real. Esse peso designa-se por peso aparente do corpo. Pap = Pr – I I = Pr – Pap Peso aparente = peso real – impulsão
  • 9. Porque razão uns corpos flutuam na água e outros não?
  • 10. Quando é que um corpo vai ao fundo? Se dentro do líquido I < P, o corpo vai para o fundo
  • 11. Se dentro do líquido I = P, o corpo fica em equilíbrio no interior do liquido Quando é que um corpo fica no interior de um líquido?
  • 12. Se dentro do líquido I > P, o corpo sobe até que I = P, e o corpo flutua Quando é que um corpo flutua? Para que um corpo flutue , num determinado fluido, é necessário que a densidade desse corpo seja menor do que a do fluido.
  • 13. Qualquer corpo mergulhado num líquido recebe da parte deste uma impulsão vertical, de baixo para cima, de valor igual ao do peso do volume de líquido deslocado. Lei de Arquimedes I = P líquido deslocado I = Pr – Pap
  • 14. Lei de Arquimedes Como ρ água = 1,0 g/cm3 , a 4ºC ρ = m v m 50 cm3 I = P líquido deslocado 1,0 g/cm3 = Podemos calcular também a massa do líquido deslocado, a partir do seu volume: e novamente
  • 15. De que depende a Impulsão? Água doce Água salgada No mar morto a densidade da água é muito grande devido à sua elevada salinidade Quanto maior a densidade de um fluído, maior é a impulsão Como a densidade dos líquidos é muito maior do que dos gases, a sua impulsão também é muito maior do que a dos gases.
  • 16. De que depende a Impulsão? Quando está em forma de cesto, o volume imerso é maior. Quanto maior for o volume imerso, maior é a impulsão Se colocarmos plasticina em forma de esfera, dentro da água, verificamos que ela vai ao fundo. Se a moldarmos em forma de cesto ela vai flutuar. Porquê? Segundo a Lei de Arquimedes, se o volume do liquido deslocado é maior, também o valor do seu peso é maior, o que origina uma maior impulsão.
  • 17. Maior o volume imerso Impulsão Maior densidade do líquido Maior Impulsão Maior Impulsão
  • 18. Os barcos, apesar de serem feitos de materiais densos como o ferro e o aço, flutuam na água porque recebem desta uma impulsão suficiente para compensar o seu enorme peso. Como? Nos navios o volume da parte imersa é muito grande, para que seja também muito grande o volume da água deslocada, e consequentemente, a impulsão. A forma da parte inferior dos navios , está estudada para que a impulsão aumente ao aumentar o peso do navio devido à carga, de modo a que se tenha sempre: I = - P Porque flutuam os barcos? P I vectorialmente em módulo dos vectores I = Pou
  • 19. Os submarinos dispõem de tanques especiais no casco. Para submergir há válvulas que abrem, permitindo a entrada de água do mar para esses tanques. O peso do submarino aumenta, passando a ser superior à impulsão: Para vir à superfície, os tanques são esvaziados através de ar comprimido. Como o valor do peso diminui sem variar o volume do submarino, a impulsão torna-se maior do que o peso do submarino fazendo-o vir à superfície. I > P Como funcionam os submarinos? P = I P > I I > P P = I P > I
  • 20. De acordo com o principio de Arquimedes, um balão elevar-se-á no ar, quando o valor do seu peso for inferior ao valor da impulsão que o ar exerce sobre ele. Para se conseguir esta condição os balões são normalmente cheios com um gás menos denso que o ar, como o hélio, ou, então com ar quente. O ar quente é menos denso que o ar frio, pois o aquecimento provoca um aumento de volume e consequentemente diminuição da densidade. O ar dentro do balão, torna-se assim menos denso, que o ar que o rodeia. Porque flutuam os balões de ar quente?
  • 21. E agora coloca-te na pele de Arquimedes… Com base nas considerações que foram feitas nesta apresentação, propõe uma explicação de como Arquimedes poderia ter chegado à solução do problema proposto por Hieron. Nota: a banheira de Arquimedes estava completamente cheia!
  • 22. Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição- Partilha nos termos da mesma Licença 3.0 Unported. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California 94105, USA Autor: Dina Clemente