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Elaboração do material
Ministério da Educação (MEC)
Secretaria de Educação a Distância (SEED)
Mídias na Educação
Organização e adaptação
Núcleo de Tecnologia Educacional Regional (NTE-Regional/SED)
1
Rádio na Escola
Mais comunicação para melhorar a educação
A dificuldade de comunicação impede a socialização
do conhecimento. O verbo comunicar deriva do latim –
communicare – e significa fazer saber; tornar comum;
participar; estabelecer ligação; unir; ligar.
A falta de diálogo na escola é atribuída a uma série de
fatores: falta de tempo ou mesmo de espaço físico para o
encontro. Mas há também uma carência de abertura
autêntica para o diálogo.
Assim, o principal objetivo de um projeto
educomunicativo centrado no rádio deve ser melhorar a
relação entre os sujeitos que atuam na escola e desta com
a comunidade – promovendo a troca, a união, a
comunicação.
A criação de uma rádio na escola deve, portanto,
promover a participação crítica e igualitária dos
indivíduos, permitindo que todos os segmentos
possam se expressar, discutindo e refletindo sobre
seus problemas, suas ideias e inquietações, mediando
diálogos que nem sempre são possíveis face a face.
Poderemos, desse modo, construir uma rede
comunicativa democrática onde as pessoas sejam
respeitadas e reconhecidas pelas mais diversas
potencialidades e competências.
Se considerarmos as ações que marcam as fases de
desenvolvimento da criança – andar, falar, ler e escrever –
podemos ver o rádio como uma grande aliada, por
exemplo, no processo de alfabetização. Desenvolver a
expressão oral dos alunos significa, portanto, favorecer o
protagonismo juvenil, apostando nas novas gerações e
investindo em cidadania.
Logo, ter como objetivo fomentar o protagonismo entre os jovens exige que
repensemos nossos próprios valores e, principalmente, nossa postura frente a eles. Só
assim conseguiremos criar – e é bem esta a palavra – criar – processos e procedimentos
que redimensionem as relações entre a escola e a sociedade.
Pés no chão, cabeça nas estrelas!
2
Não é mais poderia ser...
Este conceito de atividade escolar — o rádio na sala
de aula — parece ser algo relativamente novo entre nós, o
que justifica, em parte, a estranheza que possa causar a
alguns.
Em muitos casos, vemos a mídia (o jornal, o rádio, a
televisão e agora, a Internet) ser tratada, em geral, com
muita desconfiança nos meios educativos (principalmente
nos mais tradicionais) e quando o assunto aparece, o que
se discute, quase sempre, é a melhor maneira de “filtrar” as
mensagens dos meios massivos, de modo a “neutralizar”
uma eventual influência nociva.
Essas teorias estão sendo superadas por novas ideias
que reconhecem a independência e singularidade do
receptor (no caso, ouvinte). Este é considerado, agora,
como um sujeito ativo e pensante que já não pode ser visto
como um ser que recebe e aceita passivamente o fluxo das
informações circulantes.
Este ponto de vista integra o conceito da
educomunicação que vai mais além: o “receptor ativo” pode
transformar-se também em “comunicador criativo”, caso
tenha condições de aprender e de vivenciar novos modos de fazer comunicação. É por
isso que consideramos que o rádio na escola necessita ser concebido como um
projeto comunitário, envolvendo diretores, coordenadores, professores, alunos e todos
os integrantes da comunidade educativa.
O que é necessário para começar?
Não podemos perder de vista o fato de que um projeto radiofônico na educação é,
antes de tudo, um trabalho de ação pedagógica inserido no contexto maior do Projeto
Político Pedagógico (PPP) da escola que o abriga.
3
Todas as recomendações válidas dentro do planejamento e implementação de
projetos escolares em geral devem ser observadas num projeto voltado para a linguagem
radiofônica, o que equivale a dizer que precisamos de:
a) Uma concepção clara do tipo de projeto que se quer - Ideia definida sobre o alcance do
projeto no tempo (semana, mês, semestre, ano) e no âmbito (ciclo, série, disciplina,
período) do que se pretende realizar.
PERGUNTAS-CHAVE: O que se pretende construir? Uma oficina prática com duração
limitada? Uma atividade de apoio para alguma disciplina específica? Um grupo de
trabalho permanente dentro da escola (a “equipe do rádio”). Outra coisa?
Se o que se pretende é montar efetivamente uma estação de rádio restrita (veja sobre o
tema no Módulo Básico de rádio), é necessário ir adiante na análise dos passos a serem
seguidos.
b) Um ou mais objetivos - Relacionados com as demandas
a que o projeto de rádio deverá atender. A primeira demanda
é a natureza mesma do processo, isto é, melhorar o
coeficiente comunicativo das ações educativas. Tanto esta
questão quanto a maioria das outras demandas de natureza
curricular não são supridas com a atuação isolada de alguns
professores e/ou alunos, ou de um único plano de ação.
Então, é melhor partir dos objetivos propostos no PPP e
recortar especificamente aqueles que dizem respeito à
melhoria do coeficiente comunicativo no ambiente escolar.
PERGUNTAS-CHAVE: Até onde se quer chegar com o rádio
na escola? A escola dispõe de equipe, bem como de
recursos materiais e de tempo suficientes?
c) Uma (boa) justificativa - Embora tenhamos destacado a
pertinência e a importância da linguagem radiofônica no
PPP escolar em geral, um educador participativo
provavelmente se interessará pelas propostas que identifica
com os anseios de sua comunidade escolar e pelas quais
tem maior afinidade. Explicitar seu interesse pessoal, reforça
sua linha de argumentação para consolidar a rádio-escola.
PERGUNTA-CHAVE: Por que construir este projeto?
d) Uma equipe de trabalho - Se a escola pretende
implantar um projeto que funcione efetivamente como uma
forma de expressão de toda a comunidade, é necessário
que a direção e a coordenação pedagógica, se associem a
um grupo de professores e à liderança juvenil (ao Grêmio,
por exemplo, ou aos representantes de classes) para formar
um “grupo de trabalho” em condições de pensar como a
rádio será implantada.
O compromisso inicial de um grupo pequeno e dedicado é
sempre preferível ao apoio genérico de muitos. Logo que
conseguir os nomes dos colaboradores, procure reuni-los
para elaborar conjuntamente o planejamento, dividir as
tarefas e fechar prazos de execução. É importante lembrar
4
que o “grupo de trabalho” necessita de atenção especial e de permanente formação e
capacitação.
PERGUNTAS-CHAVE: Quem: professores, alunos e membros da comunidade
participarão do projeto? Como serão divididas as responsabilidades?
e) Um plano viável - Para se construir planos adequados e possíveis de serem
executados, o planejamento deve ser construído coletivamente. Mas, acredite: o processo
de se construir coletivamente um projeto, desde sua proposta inicial até a formatação final
é, em geral, extremamente trabalhoso e muito desgastante. No entanto, além de oferecer
“legitimidade pedagógica”, fazer tudo democraticamente garante uma qualidade maior do
plano, pois o risco de algum aspecto importante passar despercebido é muito menor.
PERGUNTAS-CHAVE: Temos clareza sobre todas as nossas metas? No plano que está
sendo desenhado, quais são as prioridades? Qual o público a ser atingido direta e
indiretamente pelo projeto? Quais os desafios a serem superados? Como será o
cronograma? Temos um “plano B”?
f) Uma metodologia de avaliação - A avaliação é um dos temas mais exaustivamente
debatidos na educação. Ultimamente, é comum se afirmar que ela deva ser permanente e
diagnóstica. É preciso acrescentar que ela também precisa ser OBJETIVA.
PERGUNTAS-CHAVE: Como avaliar a metodologia utilizada? E os efeitos do projeto na
aprendizagem?
Uso pedagógico do Rádio na escola
Diversos projetos de uso do rádio na educação têm como objetivo capacitar
profissionais da educação e membros da comunidade escolar
(educomunicadores) para que explorem as possibilidades de utilização das
tecnologias e linguagens das mídias (iniciando com rádio) como instrumentos de
promoção da cidadania e da melhoria do ensino.
As possibilidades são muitas, veja algumas delas (Seabra, 2010):
5
Experiências bem sucedidas
Radio Rural
Nos municípios de Santarém e Belterra, no Pará,
ganha relevância a experiência da Rádio Rural que vem
abrindo espaço para que professores e alunos de 400
escolas dos dois municípios façam uso da emissora para
mobilizar 37 mil alunos da Floresta Amazônica. Trata-se de
um projeto que consiste na produção de programas de
rádio veiculados três vezes por semana.
Cynthia Camargo, idealizadora do projeto, em
entrevista para a ONG Midiativa, explica que “a aliança da
escola pública com o rádio, o maior veículo de comunicação
e intercâmbio cultural do Brasil, amplifica a capacidade de
formular estratégias criativas para uma educação de
qualidade chegar o mais longe possível”.
Voz da Liberdade
Um projeto que aglutina a experiência de produção
comunitária com emissão aberta, via FM, é da rádio Voz da
Liberdade. Ela é dirigida por crianças e adolescentes no
espaço da Fundação Casa Grande, localizado no sertão do
Ceará, em Nova Olinda, uma cidade de onze mil habitantes.
A rádio foi a primeira experiência de uso dos recursos
da comunicação pela Fundação. Começou com quatro alto
falantes e hoje dispõe de uma emissora com frequência de
104,9 MHz e 25W de potência, atingindo, além de Nova
Olinda, os municípios de Altaneira, Santana do Cariri e
alguns sítios de Assaré.
Com a ajuda dos parceiros que colaboram com o
projeto, a Casa Grande FM conseguiu equipar-se,
oferecendo aos meninos e meninas recursos de última
geração, tais como aparelhos de reprodução e gravação de
CDs, mesa som de oito canais, computador, etc. Para as
crianças e jovens da Fundação Casa Grande, o rádio
oferece a possibilidade de divulgar informações e falar das
músicas e artistas que lhes dão prazer.
6
Educom no ar!
Temos ainda a introdução da “radiodifusão restrita” em algumas escolas, o que nos
remete a exemplos de projetos implementados pelo Núcleo de Comunicação e Educação
-NCE/USP - como o educom.rádio e o educomrádio.centro-oeste. O Projeto atendeu a
todas as 455 escolas da capital paulista e 16 escolas no Mato Grosso do Sul com o
objetivo de capacitá-las para a criação e o uso adequado de uma emissora de rádio.
Produção de arquivos de áudio
Os programas da Radio Escola poderão ser transmitidos ao vivo ou gravados. Para a
produção dos programas gravados será necessário o uso de um programa para gravação
e edição de áudio. O Audacity é um software que poderá ser utilizado para esse fim. É um
software gratuito, descomplicado, inteiramente em português e com um recursos para
editar e mixar qualquer arquivo de áudio nos formatos WAV, AIFF, MP3 e OGG. Então, os
arquivos podem ser tanto gravados por meio do seu microfone ou entrada de linha quanto
importados de algum lugar do seu computador.
Para conhecer os recursos do Audacity acesse o Tutorial 1 e Tutorial 2.
7
Algumas dicas para melhorar o projeto sonoro
(Seabra, 2010)
Créditos
Elaboração:
-SEED/MEC. Midias na Educação: Módulo Básico e Intermediário:
Mídia Rádio.
Organização e adaptação:
- NTE-Regional/COTEC/SED
Referências
- CONSANI, Marciel. Como usar o Rádio na Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2007.
- OROZCO GOMES, G. Professor e meios de comunicação: desafios, estereótipos e pesquisas.
Comunicação & Educação, São Paulo, nº 10: 57 a 68,set./dez.1997.
- SEABRA, C. Tecnologias na escola. Porto Alegre: Telos Empreendimentos Culturais, 2010.
- SOARES, Ismar de Oliveira. A mediação tecnológica nos espaços educativos: uma perspectiva
educomunicativa. Ano XII - Edição n.1 - jan /abr 2007.
- SOARES, Ismar de Oliveira. "Gestão Comunicativa e Educação: Caminhos da Educomunicação".
Comunicação & Educação, São Paulo: v. 8, n. 23, p. 16-25, jan.
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Radio Escola - Implantaçao e uso pedagógico

  • 1. Elaboração do material Ministério da Educação (MEC) Secretaria de Educação a Distância (SEED) Mídias na Educação Organização e adaptação Núcleo de Tecnologia Educacional Regional (NTE-Regional/SED) 1
  • 2. Rádio na Escola Mais comunicação para melhorar a educação A dificuldade de comunicação impede a socialização do conhecimento. O verbo comunicar deriva do latim – communicare – e significa fazer saber; tornar comum; participar; estabelecer ligação; unir; ligar. A falta de diálogo na escola é atribuída a uma série de fatores: falta de tempo ou mesmo de espaço físico para o encontro. Mas há também uma carência de abertura autêntica para o diálogo. Assim, o principal objetivo de um projeto educomunicativo centrado no rádio deve ser melhorar a relação entre os sujeitos que atuam na escola e desta com a comunidade – promovendo a troca, a união, a comunicação. A criação de uma rádio na escola deve, portanto, promover a participação crítica e igualitária dos indivíduos, permitindo que todos os segmentos possam se expressar, discutindo e refletindo sobre seus problemas, suas ideias e inquietações, mediando diálogos que nem sempre são possíveis face a face. Poderemos, desse modo, construir uma rede comunicativa democrática onde as pessoas sejam respeitadas e reconhecidas pelas mais diversas potencialidades e competências. Se considerarmos as ações que marcam as fases de desenvolvimento da criança – andar, falar, ler e escrever – podemos ver o rádio como uma grande aliada, por exemplo, no processo de alfabetização. Desenvolver a expressão oral dos alunos significa, portanto, favorecer o protagonismo juvenil, apostando nas novas gerações e investindo em cidadania. Logo, ter como objetivo fomentar o protagonismo entre os jovens exige que repensemos nossos próprios valores e, principalmente, nossa postura frente a eles. Só assim conseguiremos criar – e é bem esta a palavra – criar – processos e procedimentos que redimensionem as relações entre a escola e a sociedade. Pés no chão, cabeça nas estrelas! 2
  • 3. Não é mais poderia ser... Este conceito de atividade escolar — o rádio na sala de aula — parece ser algo relativamente novo entre nós, o que justifica, em parte, a estranheza que possa causar a alguns. Em muitos casos, vemos a mídia (o jornal, o rádio, a televisão e agora, a Internet) ser tratada, em geral, com muita desconfiança nos meios educativos (principalmente nos mais tradicionais) e quando o assunto aparece, o que se discute, quase sempre, é a melhor maneira de “filtrar” as mensagens dos meios massivos, de modo a “neutralizar” uma eventual influência nociva. Essas teorias estão sendo superadas por novas ideias que reconhecem a independência e singularidade do receptor (no caso, ouvinte). Este é considerado, agora, como um sujeito ativo e pensante que já não pode ser visto como um ser que recebe e aceita passivamente o fluxo das informações circulantes. Este ponto de vista integra o conceito da educomunicação que vai mais além: o “receptor ativo” pode transformar-se também em “comunicador criativo”, caso tenha condições de aprender e de vivenciar novos modos de fazer comunicação. É por isso que consideramos que o rádio na escola necessita ser concebido como um projeto comunitário, envolvendo diretores, coordenadores, professores, alunos e todos os integrantes da comunidade educativa. O que é necessário para começar? Não podemos perder de vista o fato de que um projeto radiofônico na educação é, antes de tudo, um trabalho de ação pedagógica inserido no contexto maior do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola que o abriga. 3
  • 4. Todas as recomendações válidas dentro do planejamento e implementação de projetos escolares em geral devem ser observadas num projeto voltado para a linguagem radiofônica, o que equivale a dizer que precisamos de: a) Uma concepção clara do tipo de projeto que se quer - Ideia definida sobre o alcance do projeto no tempo (semana, mês, semestre, ano) e no âmbito (ciclo, série, disciplina, período) do que se pretende realizar. PERGUNTAS-CHAVE: O que se pretende construir? Uma oficina prática com duração limitada? Uma atividade de apoio para alguma disciplina específica? Um grupo de trabalho permanente dentro da escola (a “equipe do rádio”). Outra coisa? Se o que se pretende é montar efetivamente uma estação de rádio restrita (veja sobre o tema no Módulo Básico de rádio), é necessário ir adiante na análise dos passos a serem seguidos. b) Um ou mais objetivos - Relacionados com as demandas a que o projeto de rádio deverá atender. A primeira demanda é a natureza mesma do processo, isto é, melhorar o coeficiente comunicativo das ações educativas. Tanto esta questão quanto a maioria das outras demandas de natureza curricular não são supridas com a atuação isolada de alguns professores e/ou alunos, ou de um único plano de ação. Então, é melhor partir dos objetivos propostos no PPP e recortar especificamente aqueles que dizem respeito à melhoria do coeficiente comunicativo no ambiente escolar. PERGUNTAS-CHAVE: Até onde se quer chegar com o rádio na escola? A escola dispõe de equipe, bem como de recursos materiais e de tempo suficientes? c) Uma (boa) justificativa - Embora tenhamos destacado a pertinência e a importância da linguagem radiofônica no PPP escolar em geral, um educador participativo provavelmente se interessará pelas propostas que identifica com os anseios de sua comunidade escolar e pelas quais tem maior afinidade. Explicitar seu interesse pessoal, reforça sua linha de argumentação para consolidar a rádio-escola. PERGUNTA-CHAVE: Por que construir este projeto? d) Uma equipe de trabalho - Se a escola pretende implantar um projeto que funcione efetivamente como uma forma de expressão de toda a comunidade, é necessário que a direção e a coordenação pedagógica, se associem a um grupo de professores e à liderança juvenil (ao Grêmio, por exemplo, ou aos representantes de classes) para formar um “grupo de trabalho” em condições de pensar como a rádio será implantada. O compromisso inicial de um grupo pequeno e dedicado é sempre preferível ao apoio genérico de muitos. Logo que conseguir os nomes dos colaboradores, procure reuni-los para elaborar conjuntamente o planejamento, dividir as tarefas e fechar prazos de execução. É importante lembrar 4
  • 5. que o “grupo de trabalho” necessita de atenção especial e de permanente formação e capacitação. PERGUNTAS-CHAVE: Quem: professores, alunos e membros da comunidade participarão do projeto? Como serão divididas as responsabilidades? e) Um plano viável - Para se construir planos adequados e possíveis de serem executados, o planejamento deve ser construído coletivamente. Mas, acredite: o processo de se construir coletivamente um projeto, desde sua proposta inicial até a formatação final é, em geral, extremamente trabalhoso e muito desgastante. No entanto, além de oferecer “legitimidade pedagógica”, fazer tudo democraticamente garante uma qualidade maior do plano, pois o risco de algum aspecto importante passar despercebido é muito menor. PERGUNTAS-CHAVE: Temos clareza sobre todas as nossas metas? No plano que está sendo desenhado, quais são as prioridades? Qual o público a ser atingido direta e indiretamente pelo projeto? Quais os desafios a serem superados? Como será o cronograma? Temos um “plano B”? f) Uma metodologia de avaliação - A avaliação é um dos temas mais exaustivamente debatidos na educação. Ultimamente, é comum se afirmar que ela deva ser permanente e diagnóstica. É preciso acrescentar que ela também precisa ser OBJETIVA. PERGUNTAS-CHAVE: Como avaliar a metodologia utilizada? E os efeitos do projeto na aprendizagem? Uso pedagógico do Rádio na escola Diversos projetos de uso do rádio na educação têm como objetivo capacitar profissionais da educação e membros da comunidade escolar (educomunicadores) para que explorem as possibilidades de utilização das tecnologias e linguagens das mídias (iniciando com rádio) como instrumentos de promoção da cidadania e da melhoria do ensino. As possibilidades são muitas, veja algumas delas (Seabra, 2010): 5
  • 6. Experiências bem sucedidas Radio Rural Nos municípios de Santarém e Belterra, no Pará, ganha relevância a experiência da Rádio Rural que vem abrindo espaço para que professores e alunos de 400 escolas dos dois municípios façam uso da emissora para mobilizar 37 mil alunos da Floresta Amazônica. Trata-se de um projeto que consiste na produção de programas de rádio veiculados três vezes por semana. Cynthia Camargo, idealizadora do projeto, em entrevista para a ONG Midiativa, explica que “a aliança da escola pública com o rádio, o maior veículo de comunicação e intercâmbio cultural do Brasil, amplifica a capacidade de formular estratégias criativas para uma educação de qualidade chegar o mais longe possível”. Voz da Liberdade Um projeto que aglutina a experiência de produção comunitária com emissão aberta, via FM, é da rádio Voz da Liberdade. Ela é dirigida por crianças e adolescentes no espaço da Fundação Casa Grande, localizado no sertão do Ceará, em Nova Olinda, uma cidade de onze mil habitantes. A rádio foi a primeira experiência de uso dos recursos da comunicação pela Fundação. Começou com quatro alto falantes e hoje dispõe de uma emissora com frequência de 104,9 MHz e 25W de potência, atingindo, além de Nova Olinda, os municípios de Altaneira, Santana do Cariri e alguns sítios de Assaré. Com a ajuda dos parceiros que colaboram com o projeto, a Casa Grande FM conseguiu equipar-se, oferecendo aos meninos e meninas recursos de última geração, tais como aparelhos de reprodução e gravação de CDs, mesa som de oito canais, computador, etc. Para as crianças e jovens da Fundação Casa Grande, o rádio oferece a possibilidade de divulgar informações e falar das músicas e artistas que lhes dão prazer. 6
  • 7. Educom no ar! Temos ainda a introdução da “radiodifusão restrita” em algumas escolas, o que nos remete a exemplos de projetos implementados pelo Núcleo de Comunicação e Educação -NCE/USP - como o educom.rádio e o educomrádio.centro-oeste. O Projeto atendeu a todas as 455 escolas da capital paulista e 16 escolas no Mato Grosso do Sul com o objetivo de capacitá-las para a criação e o uso adequado de uma emissora de rádio. Produção de arquivos de áudio Os programas da Radio Escola poderão ser transmitidos ao vivo ou gravados. Para a produção dos programas gravados será necessário o uso de um programa para gravação e edição de áudio. O Audacity é um software que poderá ser utilizado para esse fim. É um software gratuito, descomplicado, inteiramente em português e com um recursos para editar e mixar qualquer arquivo de áudio nos formatos WAV, AIFF, MP3 e OGG. Então, os arquivos podem ser tanto gravados por meio do seu microfone ou entrada de linha quanto importados de algum lugar do seu computador. Para conhecer os recursos do Audacity acesse o Tutorial 1 e Tutorial 2. 7
  • 8. Algumas dicas para melhorar o projeto sonoro (Seabra, 2010) Créditos Elaboração: -SEED/MEC. Midias na Educação: Módulo Básico e Intermediário: Mídia Rádio. Organização e adaptação: - NTE-Regional/COTEC/SED Referências - CONSANI, Marciel. Como usar o Rádio na Sala de Aula. São Paulo, Contexto, 2007. - OROZCO GOMES, G. Professor e meios de comunicação: desafios, estereótipos e pesquisas. Comunicação & Educação, São Paulo, nº 10: 57 a 68,set./dez.1997. - SEABRA, C. Tecnologias na escola. Porto Alegre: Telos Empreendimentos Culturais, 2010. - SOARES, Ismar de Oliveira. A mediação tecnológica nos espaços educativos: uma perspectiva educomunicativa. Ano XII - Edição n.1 - jan /abr 2007. - SOARES, Ismar de Oliveira. "Gestão Comunicativa e Educação: Caminhos da Educomunicação". Comunicação & Educação, São Paulo: v. 8, n. 23, p. 16-25, jan. 8