2. Começamos o estudo de gálatas falando sobre a
doença dos gálatas que é misturar a lei com a
graça.
Eles misturaram as duas alianças. Eles tentaram
criar um tipo de doutrina que combinava um
pouco da graça do Novo Testamento e um pouco
da lei do Velho Testamento.
Percebemos a seriedade e o perigo disto no meio
da igreja tendo por base a maneira como Paulo
tratou a situação chamando-os de insensatos, ou
seja tolos. 2
3. A igreja de Corinto que era uma grande
bagunça, não foi tão duramente exortada, mas
foi elogiada, e os gálatas que não tinha os
pecados que se via no meio dos crentes coríntios
foi repreendida de forma severa.
Por que tanta dureza? A resposta é simples: a
nossa conduta é fruto de nossa crença.
Se temos uma crença errada, mais cedo ou mais
tarde isso se revela numa conduta errada. Crer
corretamente sempre produz um viver correto.
3
4. Ou seja uma doutrina errada é pior que um
comportamento errado.
Aos olhos de Deus, é pior crer numa doutrina
errada do que ter um comportamento errado.
Uma fé errada é pior que um comportamento
errado. Isso não significa que Deus tolera o
pecado, mas sim, que essa fé vai gerar cada vez
mais comportamentos errados, agravando a
situação.
4
5. Se cremos da maneira certa, temos a
provisão de Deus para vencer um
comportamento errado.
Mas se cremos errado, não há esperança de
mudança de comportamento. Não existem
doutrinam neutras, teologias neutras.
Tudo aquilo em que cremos vai afetar o
nosso comportamento.
5
6. Se a sua vida cristã não tem avançado é porque
há algum ensino errado, há alguma convicção
em desarmonia com a verdade do evangelho.
Quando surgiu o comportamento errado dos
coríntios, Paulo foi paciente com eles, pois sabia
que a graça de Deus era suficiente para mudar a
bagunça em que eles se meteram.
O comportamento deles era errado, mas o ensino
que recebiam era verdadeiro. Era só uma questão
de tempo e agir do Espírito.
6
7. Por causa disso, Paulo podia falar de forma
positiva, chegando mesmo a dar graças a Deus
por eles (ICo 1.4).
Mas quando surgiu o ensino errado entre os
gálatas, ele foi muito duro, pois sábia que sem a
graça de Deus não haveria esperança para eles.
Os gálatas estavam abandonando a pureza do
evangelho da graça e o estavam misturando com
a lei.
7
8. Lemos o Velho Testamento e presumimos que
tudo ali se aplica a nós hoje, mas isso é um erro.
Não significa que vamos ignorar o ensino do
Velho Testamento.
O Velho Testamento ele é uma grande ilustração
que nos ajuda a compreender melhor o Novo
Testamento.
Ele é a sombra e Jesus é a luz. Se já estamos na
luz, não andamos mais pela sombra. Não o
desprezamos, mas também não vivemos por ele.
8
9. Se fizermos como os gálatas e começarmos e
aplicar em nossas vidas as cláusulas da Velha
Aliança, teremos um grande prejuízo espiritual
em nossa vida pessoal e ministerial.
Em Gálatas 5 verso 4, Paulo diz que os gálatas
haviam se desligado de Cristo pelo fato de
estarem procurando se justificar pela lei de
Moisés, Paulo enfatiza, que desta forma eles
haviam decaído da graça.
É isso que temos visto hoje. A graça parece ser
fácil demais para nós, difícil de aceitar. 9
10. Mesmo depois de salvo, um crente pode decair
da graça e voltar a confiar em seus esforços para
agradar a Deus. É o mais comum de acontecer.
Existem crentes que só dependem de Jesus para
a salvação, mas depois disso pensam que é
responsabilidade deles se esforçar para ter
sucesso em sua vida espiritual e natural.
10
11. Quando um crente rejeita a graça de Deus e
volta a depender das suas obras para ser
abençoado, ele volta a ficar sob a maldição da
lei.
Essa rejeição da graça não significa que ele
perde a salvação, mas significa apenas que ele
deixa de desfrutar das bênçãos plenas da graça
de Deus manifesta na obra de Cristo na cruz.
Andar por si mesmo (obras próprias) é cansativo
e frustrante. Você se faz, faz, mas não vê fruto
algum. 11
12. A carta aos gálatas foi uma das primeiras a
serem escritas por volta de 48 ou 49 d.C.
A carta não foi destinada a uma única igreja. É
por isso que no verso 2 mencionam-se as igrejas
da Galácia, no plural.
A Galácia não era uma cidade, mas uma região
do Império Romano. Ela se localizava no centro
do que hoje é a Turquia.
12
13. Certamente a carta foi endereçada
principalmente às igrejas de Antioquia, da
Pisídia, Icônio, Listra e Derbe.
Essas foram cidades que Paulo evangelizou por
ocasião da sua primeira viagem missionária
descrita em Atos 13 e 14.
13
14. Visto que as igrejas da Galácia estavam
abandonando a graça de Cristo e voltando-se
para a observância da lei de Moisés, Paulo teve o
encargo de escrever essa epístola.
Os falsos mestres estavam distorcendo o
evangelho e arruinando a edificação da igreja.
Não há como edificarmos a igreja sem a graça do
evangelho.
Por causa disso, Paulo faz cinco afirmações
sérias a respeito da condição espiritual dos
gálatas: 14
15. A 1ª Afirmação é:
VOCÊS SE DESLIGARAM DE CRISTO
Está em Gálatas capítulo 5 verso 4:
De Cristo vos desligastes, vós que procurais
justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).
15
16. Na redenção Deus fez com que Cristo fosse a
nossa fonte de vida.
Quando nos afastamos da graça da redenção, nós
estamos também nos desligando de Cristo, assim
como uma corrente elétrica é interrompida antes
de chegar à tomada.
É como se toda a obra de Cristo se tornasse
ineficaz para nós. Quem tenta merecer, perde o
favor imerecido (graça).
16
17. A 2ª Afirmação é:
VOCÊS DECAÍRAM DA GRAÇA
De Cristo vos desligastes, vós que procurais
justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).
17
18. Isso mostra que Cristo é a própria graça de Deus
que se fez gente por nós.
Toda vez que tentamos viver a vida cristã pela lei,
nós decaímos da graça.
Todo aquele que decai da graça acaba caindo no
pecado, pois é a graça de Deus que nos livra da
queda.
Em Rm. 6.14 Paulo afirma que o pecado não tem
domínio sobre nós quando estamos debaixo da
graça.
18
19. Depois vemos uma 3ª afirmação de Paulo:
VOCÊS TENTARAM SE JUSTIFICAR
PELA LEI
De Cristo vos desligastes, vós que procurais
justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).
19
20. Paulo também diz aos gálatas que eles estavam
tentando se justificar pelas obras da lei.
Aceite isto em seu coração:
- Nenhum homem é capaz de guardar a lei, por
isso ninguém pode ser salvo pelas boas obras.
Hoje a nossa justiça é Cristo.
Toda vez que confiamos em nossa própria
justiça, nós decaímos da graça.
A lei é sinônimo de justiça própria. Viver pela
lei é tentar se justificar por méritos próprios. 20
21. Paulo faz uma 4ª afirmação aos Gálatas de que
eles:
PRATICAVAM A CIRCUNCISÃO
21
22. Visto que as igrejas da Galácia estavam
abandonando a graça de Cristo e voltando-se
para a observância da lei de Moisés, Paulo teve o
encargo de escrever essa epístola.
Os falsos mestres estavam distorcendo o
evangelho e arruinando a edificação da igreja.
Não há como edificarmos a igreja sem a graça do
evangelho.
Quando colocamos nossa mão, Deus “tira” a
dEle. Ele não precisa de nossas habilidades
naturais. 22
23. Os judaizantes também estavam constrangendo
os gálatas a praticarem a circuncisão
Olhem em Gálatas 6.12 e 15:
12 Todos os que querem ostentar-se na carne,
Esses vos constrangem a vos circuncidardes,
somente para não serem perseguidos por causa
da cruz de Cristo.
15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a
incircuncisão, mas o ser nova criatura.
23
24. Nós sabemos que a circuncisão era apenas uma
prefiguração da cruz de Cristo, que elimina a
carne.
Aquele que tem a realidade da cruz de Cristo
não precisa mais da sombra.
Não ignoramos a velha aliança, mas vivemos na
nova. Não andamos pela sombra se temos a luz
completa.
24
25. Por fim Paulo afirma que os gálatas por
misturar a graça com a lei estavam:
TENTANDO SE APERFEIÇOAR NA CARNE
Em Gálatas 3.3:
3 Sois assim insensatos que, tendo começado no
Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na
carne?
25
26. Isso significa que tentavam se aperfeiçoar pelo
esforço próprio e pelas obras da lei. Mas essas
obras apenas produziam neles ainda mais obras
da carne.
Toda a carta de Gálatas foi escrita para
reconduzir os irmãos para a graça de Deus.
E hoje quase dois mil depois, estamos aqui
estudando a mesma carta para sermos
reconduzidos à maravilhosa graça de Deus.
Precisamos muito da exortação dos gálatas.
26
27. Infelizmente muitos irmãos começam na graça,
mas rapidamente caem na tentativa de se
aperfeiçoarem na carne.
Qual foi o contexto em que Paulo escreveu a
epístola aos gálatas?
As igrejas que Paulo havia estabelecido na
Galácia estavam sendo perturbadas por falsos
mestres.
Esses homens desencadearam um ataque contra
a autoridade de Paulo e do seu evangelho.
27
28. Eles contestavam o evangelho da justificação
pela graça mediante a fé, dizendo que para ser
salvo era necessário circuncidar-se e guardar a
lei de Moisés.
Vemos isto em Atos 15 versos 1 e 5
28
29. Atos 15.1 e 5
1 Alguns indivíduos que desceram da Judéia
ensinavam aos irmãos: Se não vos
circuncidardes segundo o costume de Moisés,
não podeis ser salvos.
5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos
fariseus que haviam crido, dizendo: É
necessário circuncidá-los e determinar-lhes que
observem a lei de Moisés.
29
30. Observem as acusações que os judaizantes
faziam contra Paulo:
1- Eles o acusavam de ter sido uma pessoa
terrível antes de sua conversão e um selvagem
perseguidor da igreja e, portanto, alguém
desqualificado para ser um apóstolo GI 1.13
2- Eles diziam que Paulo não era um dos Doze
apóstolos de Jesus. Afirmavam que ele não
passava de um impostor que havia se infiltrado
com má intenção.
30
31. 3- As legalistas diziam que Paulo não tinha uma
carta de recomendação, ou seja, credenciais
enviadas pelos apóstolos de Jerusalém. Ele
portanto, não tinha autorização para exercer o
apostolado (Gl. 1:17, 18);
4- Paulo era acusado de rejeitar a lei e os
rituais mosaicos (Gl. 4:9,10; 5:6; e 6:12-15)
5- Estes judaizantes diziam que o evangelho de
Paulo era diferente daquele pregado pelos
outros Doze.
31
32. Paulo percebe os perigos desse ataque, e por isso
lança bem no começo da epístola, uma
declaração de sua autoridade apostólica e do seu
evangelho da graça.
Esse era justamente o título que os judaizantes
estavam lhe negando.
32
33. Mas ele declara no capítulo 1 verso 1
enfaticamente que era um apóstolo do Senhor
Jesus Cristo.
Em Gálatas 1:1 Paulo afirma:
Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem
por intermédio de homem algum, mas por Jesus
Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre
os mortos,
33
34. Apóstolo era aquele que era um mensageiro
especial, com um status especial, desfrutando
uma autoridade e um comissionamento que
procedia de um organismo mais elevado que ele
próprio.
Devemos admitir que existem apóstolos em
nossos dias. Eles são homens de Deus, mas não
tem a mesma autoridade de Paulo.
Ninguém pode dizer hoje algo como: “Paulo
disse isso, mas eu discordo!".
34
35. Os apóstolos de hoje são apóstolos porque
sustentam o ensino apostólico do Novo
Testamento.
Só podem ser reconhecidos se eles repetirem os
ensinos dos apóstolos do Novo Testamento.
Não existe sucessão apostólica no sentido de que
hoje haja apóstolos com a mesma autoridade de
Paulo ou de Pedro.
Os apóstolos de hoje são apenas leais seguidores
da doutrina apostólica do Novo Testamento.
35
36. Em Gálatas 1.8,9, Paulo diz: “Ainda que um
anjo vindo do céu ou eu mesmo vos anuncie um
evangelho diferente deste, seja anátema”
Anátema significa amaldiçoado. É uma palavra
muito forte que Paulo usa. Literalmente, nos dias
de hoje, seria como se ele dissesse : “Se alguém
anuncia um evangelho diferente, que vá para o
inferno”. (No sentido literal).
36
37. Indo para o verso 3 de Gálatas 1 Paulo faz uma
saudação:
"Graça a vós outros e paz da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. . ."
Essa saudação resume a mensagem do
evangelho, pois somente quando recebemos a
graça de Deus é que podemos desfrutar da paz.
O verdadeiro sinal daquele que experimenta a
graça é que ele sente paz com Deus, paz consigo
mesmo e paz com os homens.
37
38. A graça é o favor imerecido de Deus a nós. Não
merecemos coisa alguma, mas Ele nos fez
participantes do seu favor divino.
Depois disso, no verso 4 Paulo faz um resumo
do evangelho, por meio de três afirmações:
4- o qual se entregou a si mesmo pelos nossos
pecados, para nos desarraigar deste mundo
perverso, segundo a vontade de nosso Deus e
Pai,
38
39. Vejamos estas 3 afirmações aqui no verso 4:
A 1ª afirmação:
Cristo se entregou pelos nossos pecados
39
40. O Senhor Jesus não morreu como um mártir nas
mãos dos governantes opressores, nem
simplesmente se entregou numa demonstração
de amor, mas Ele morreu como um sacrifício
pelo pecado.
A morte de Cristo foi uma oferta pelo pecado,
através da qual os nossos pecados podem ser
perdoados e esquecidos.
40
41. A 2ª afirmação de Paulo aqui é:
Cristo morreu para nos desarraigar deste
mundo perverso.
41
42. Paulo diz que o evangelho é uma "libertação",
ou seja nós fomos desarraigados deste mundo
tenebroso. Fomos libertos deste sistema maligno
governado pelo diabo.
Tivemos as nossas raízes arrancadas deste
mundo e fomos plantados nos átrios da Casa do
nosso Deus.
42
43. A 3ª e última afirmação de Paulo no verso 4
é:
Cristo morreu segundo a vontade de Deus
43
44. O sacrifício de Cristo foi segundo a vontade de
Deus. Não foi fruto de qualquer iniciativa
humana, mas efetuado de acordo com a vontade
de Deus.
Na cruz houve uma perfeita harmonia entre a
vontade de Deus Pai e Deus Filho.
Nunca acalente o pensamento de que Deus
exigiu que Cristo fizesse algo contra a sua
vontade, ou que o Filho se ofereceu para fazer
algo contra a vontade do Pai.
44
45. Já mencionamos que na epístola aos gálatas,
Paulo muda completamente a sua forma usual de
saudar os irmãos.
Mas, para ressaltarmos algo a mais, iremos falar
novamente sobre isto.
Em todas as outras epístolas, depois de saudar os
irmãos, Paulo dá graças a Deus pelo que o
Senhor tem feito na vida dos irmãos.
Mas com os gálatas a postura é completamente
diferente. PORQUE?
45
46. Porque ele se mostra preocupado com a ação dos
judaizantes no meio da igreja, assustado com os
terríveis danos que eles estavam causando aos
irmãos.
Os gálatas não tinham realmente abandonado a
fé no Senhor Jesus, o problema é que eles
estavam misturando o evangelho com a lei.
46
47. Ainda criam que a salvação era por meio de
Cristo, mas tinham sido enganados com o ensino
de que precisavam guardar a lei.
E esse é o motivo por que a epístola dos gálatas
é tão atual.
A igreja evangélica hoje padece do mesmo
problema. Os evangélicos não abandonaram a
graça do Senhor para serem salvos, mas
acrescentaram o esforço próprio da lei para se
santificarem.
47
48. Vivemos a geração da barganha com Deus.
Estamos constantemente tentando trocar nossa
obediência por bênçãos. (Dt 28).
Pensamos que, por nossos méritos próprios e
nosso esforço pessoal, iremos agradar a Deus.
Isso nada mais é que acrescentar a lei ao
evangelho.
48
49. A indignação de Paulo a respeito disso foi muito
grande.
Por essa razão, não houve ações de graças e nem
saudações afetuosas, mas sua atitude foi firme e
incisiva, olhe o verso 6:
“Admira-me que estejais passando tão depressa
daquele que vos chamou na graça de Cristo
para outro evangelho.”
49
50. A palavra grega usada aqui é "metatitémi" e
significa "transferir a fidelidade".
Era uma palavra usada para descrever alguém
que mudou de time e passou a torcer para aquele
que antes era o adversário.
Hoje em dia certamente seria empregada para
descrever os nossos políticos que mudam de
partido como quem troca de roupas, a chamada
infidelidade partidária.
50
51. Dá para perceber que Paulo usou aqui uma
palavra muito pesada.
Paulo acusa os gálatas de serem desertores
espirituais, vira-casacas religiosos.
Os gálatas tinham recebido o evangelho da
graça, mas depois estavam se voltando para um
outro evangelho, um evangelho de obras.
Esse evangelho de obras da lei era ensinado por
cristãos “judaizantes”.
51
52. Estes judaizantes eram falsos mestres da Palavra
de Deus que ensinavam que para alguém ser
salvo precisava crerem Jesus e também ser
circuncidado.
Em Atos 15 verso 1 fala sobre eles:
“Alguns indivíduos que desceram da Judéia
ensinavam aos irmãos: Se não vos
circuncidardes segundo o costume de Moisés,
não podeis ser salvos. ”
52
53. Os judaizantes não negavam que era preciso crer
em Jesus para se obter a salvação, mas
enfatizavam que também era necessário
circuncidar-se e guardar a lei.
Em nossos dias não há ninguém que ensine que
precisamos nos circuncidar para sermos salvos,
mas a maioria ensina que precisamos guardar
os dez mandamentos para nos santificarmos.
Os gálatas não percebiam que agindo assim eles
declaravam que precisavam que Moisés
completasse o que Cristo havia iniciado.
53
54. Ou, ainda, que eles mesmos teriam que
completar, através de sua obediência à lei, o que
Cristo havia começado.
Precisamos compreender uma vez por todas que
a obra de Cristo na cruz é uma obra completa.
Precisamos da verdade de que a salvação é só
pela graça, só pela fé, sem mistura alguma de
obras ou méritos humanos
Mas não apenas a salvação, também a
santificação é pela graça de Deus.
54
55. O Cristianismo não é a religião do esforço
próprio. Recebemos todas as coisas, de graça,
das mãos de Deus.
Precisamos ter muito cuidado com aquilo em
que cremos, pois teologia sempre resulta em
comportamento.
Não adianta tentar mudar nossa conduta sem
primeiro mudar o que cremos em nosso coração.
55
56. Nunca se esqueça que teologia e experiência
andam juntas e não podem ser separadas.
Por isso Paulo ficou indignado. Não era por
causa do comportamento dos gálatas, mas por
causa da fé.
Voltar para às obras da lei é desligar-se de Cristo
como um galho se desliga do tronco da árvore.
É por isso que Paulo diz que os gálatas estava,
traindo Cristo, e não apenas traindo um ensino.
56
57. No verso 7, Paulo diz que as igrejas na Galácia
estavam em um estado de completa confusão e
grande perturbação.
Algo havia sido acrescentado ao evangelho da
graça. E essa falsa doutrina legalista estava
pervertendo o evangelho.
Se acrescentarmos a lei ao evangelho. A graça
imediatamente é anulada.
57
58. A lei são as minhas obras tentando agradar a
Deus, mas a graça é a fé de que Deus já está feliz
conosco por causa da obra de Cristo.
Se é pelas minhas obras, já não é pela obra de
Cristo.
Paulo diz, no verso 6 que os judaizantes na
verdade ensinavam outro evangelho.
Eles tentaram acrescentar algo ao evangelho da
graça, mas ao fazerem isso corromperam o
evangelho de Cristo.
58
59. Agora, quais eram os ensinos dos falsos mestres
judaizantes?
Em primeiro lugar:
Eles afirmavam que de fato Deus amou o mundo
enviando seu Filho
Mas Ele enviou seu Filho principalmente para as
pessoas religiosas e bondosas, ou seja, Deus ama
o mundo, mas Ele ama mais as pessoas
boazinhas. 59
60. Isso contradiz completamente a verdade do
evangelho descrita em Rm 5.20 de que “onde
abundou o pecado superabundou a graça de
Deus.”
Eles também ensinavam que Jesus tinha vindo a
terra não para dar a justificação ao pecador, mas
para mostrar ao pecador como viver uma boa
vida que agrada a Deus e receber a sua
aprovação.
Para eles, o Senhor Jesus tinha sido apenas um
grande exemplo a ser seguido. 60
61. Eles afirmavam que Jesus morreu pelos homens,
mas não pelos pecados.
A morte de Jesus era apenas um exemplo de
compromisso com Deus, ensinava eles.
Mas, de todas as suas doutrinas malignas, a pior
era o ensino de que a morte de Jesus não era
suficiente para salvar o homem, mas que era
necessário também guardar a lei de Moisés.
61
62. Por causa disso, eles ensinavam que o cristão
deveria se circuncidar e guardar os mandamentos
da lei, ou seja, eles ensinavam a salvação pelas
obras.
A primeira reação de Paulo diante dessa situação
é de completa perplexidade.
Está no verso 6, onde ele diz: “Admira-me que
estejais passando tão depressa daquele que vos
chamou na graça de Cristo"
62
63. E a segunda reação de Paulo é de indignação
com os falsos mestres, sobre os quais ele libera
uma maldição:
Em Gálatas 1.8 e 9:
8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do
céu vos pregue evangelho que vá além do que
vos temos pregado, seja anátema.
9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se
alguém vos prega evangelho que vá além
daquele que recebestes, seja anátema.
63