Este documento discute o uso de indicadores ambientais para avaliar a recuperação de áreas degradadas com sistemas agroflorestais. O estudo avaliou parâmetros como espécies presentes, circunferência, altura, taxa de herbivoria, mortalidade, sombreamento do solo e espessura da serapilheira em três parcelas de 1 hectare em processo de recuperação por 4 anos. Os resultados mostraram que os indicadores de sombreamento do solo e espessura da serapilheira melhor evidenciaram a recuperação da área
1. INDICADORES AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO DE
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM SISTEMAS
AGROFLORESTAIS
Coevas, Caetana A.1(IC); Silva, Rafael, J. N. 1(O)
navas_rj@yahoo.com.br
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Faculdade de Tecnologia de Capão Bonito
O Código Florestal prevê o uso sustentável das áreas de preservação nas
propriedades rurais, porém não havia parâmetros técnicos para o uso das mesmas. Assim,
em 2008, a Secretaria de Meio ambiente do Estado de São Paulo através da Resolução
SMA 44/2008 fixou orientações para a recuperação de áreas de preservação com sistemas
agroflorestais, permitindo atividades de manejo agroflorestal sustentável na pequena
propriedade, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função
ambiental da área. Os sistemas agroflorestais são sistemas de uso e ocupação do solo em
que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas,
arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas e forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de
acordo com um arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações
entre estes componentes. Neste processo há necessidade de avaliar as funções ecológicas
do sistema, a fim de verificar se os métodos adotados estão promovendo a recuperação da
área, sendo de extrema importância a definição de indicadores ambientais. Desta forma, o
objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de indicadores ambientais na recuperação de áreas
degradadas com sistema agroflorestal. O trabalho foi desenvolvido em uma pequena
propriedade rural, no município de Ribeirão Grande/SP, pertencente a Bacia do Alto
Paranapanema. A área de 1 hectare está em processo de recuperação há 4 anos. As análises
foram realizadas em três parcelas e foram levantados os seguintes parâmetros:
identificação das espécies e grupo sucessional; circunferência; altura; taxa de herbivoria;
taxa de mortalidade; sombreamento e cobertura do solo; espessura de serapilheira. O
delineamento experimental utilizado no estudo foi o inteiramente casualizado e os
resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste “F”, sendo as médias dos
tratamentos comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As diferenças
significativas foram maiores nas parcelas com maior número de indivíduos, sendo os
indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira os que melhor evidenciaram
a recuperação da área. A altura e circunferência não apresentaram diferenças significativas.
Conclui-se que os indicadores sombreamento do solo e espessura de serapilheira são os
que mais evidenciam o estado de recuperação de áreas degradadas.
V Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da UFSCar, 2013, São Carlos, SP.
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