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1 arte brasileira-voz

  1. HISTÓRIA DA ARTE NO BRASIL AULA 0 7 PROFº BIM “
  2. Artes Plásticas na Pré-História ( de 15.000 a 3.000 a.C.) As pinturas rupestres... (em paredes de cavernas) mais antigas do Brasil foram encontradas na Serra da Capivara, no estado do Piauí. Na época entre 5000 a.C e 1100, povos da Amazônia fabricaram objetos de enfeites e de cerâmica Destacam-se os vasos de cerâmica da ilha de Marajó e do rio Tapajós. *Cerâmica Marajoara
  3. Cronologia Paralela 1492 – Colombo chega à América 1493 - Leonardo da Vinci inicia a Virgem dos Rochedos 1500 – Cabral chega ao Brasil 1502 – Leonardo da Vinci inicia a Mona Lisa
  4. Brasil Colonial Panorama da arte no Brasil com a chegada dos portugueses: - encontro com os índios que eram considerados selvagens – arte plumária, cestaria e pintura corporal
  5. A arte indígena é sucessora das pinturas rupestres.  - A principal manifestação pictórica era a ornamentação corporal à base de três cores principais: vermelho – extraído das sementes do urucum; preto – extraído do sumo do jenipapo e branco da tabatinga.  - As pinturas eram feitas para que cada membro da coletividade pudesse ser imediatamente identificado segundo o grupo social a que pertencia: nobres, guerreiros ou povo comum.
  6.  Com esta ornamentação corporal o indígena brasileiro procurava diferenciar-se dos animais impondo à realidade da natureza sua própria opção cultural.  - A ornamentação sempre teve padrões geométricos ou signos convencionais.  A cerâmica utilitária, estatuetas e figuras, etc. constituem á arte indígena.
  7.  Os índios realizavam sua arte que não era considerada como tal pelos colonizadores (visão ocidentalizada da Arte).  Os portugueses que aqui chegaram apenas vieram ocupar o território – não houve fixação do homem na nova terra:  Ambiciosos e aventureiros em busca de fortuna fácil.  Desregrados vieram para o Brasil como punição.  Índios e negros foram feitos de escravos. Diante deste quadro não havia condições de se progredir em qualquer área.
  8. Os primeiros artistas: Jesuítas  Os primeiros jesuítas (contrarreforma) chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a expedição de Tomé de Souza.  Os colégios e seminários se tornaram as primeiras escolas de belas artes do país.  Profundamente de espírito religioso, a pintura brasileira (afresco- pintura em paredes-, têmpera- pintura em que se mistura o pigmento em água - e óleo- tinta à base de óleo) sofreu grande influência do Barroco europeu.
  9.  Os primeiros artistas eram autodidatas; copiavam tudo o que chegava da Europa: estampas, gravuras, desenhos, sempre na mais absoluta dependência das irmandades religiosas que traziam a arte reproduzida na Europa.  Os jesuítas e outros religiosos tiveram grande influência na civilização brasileira. José de anchieta Homenagem ao Quarto Centenário da fundação da cidade de São Paulo em 1954
  10. Cronologia Paralela  1632 – Lição de Anatomia – Rembrandt  1637 – Chegada de Maurício de Nassau ao Brasil  1641 – Mameluca – de Eckhout  1645 – Êxtase de Santa Teresa – Bernini  1654 – Expulsão dos holandeses do Brasil
  11. A Missão Holandesa  Chegada de Maurício de Nassau em 1637 – veio com a intenção de melhorar o ambiente cultural da colônia.  Nassau trouxe artistas de sua terra – homens cultos e também protestantes como ele para retratarem a nova terra.  Os jesuítas não viram com bons olhos esta iniciativa.  Frans Post e Albert Eckhout foram os principais pintores desta missão  Eles se fixaram no Nordeste.
  12. ALBERT ECKHOUT (1610-66)
  13. ECKHOUT •DANÇA TAPUIA Pintou os nativos e a natureza, a flora e fauna do país
  14. FRANS POST (1612-1680) FORNALHA Era mestre na perspectiva aerea pintou as paisagens, portos e fazendas documentando a região.
  15. HACIENDA
  16. Patrimônio Histórico Brasileiro  Pode ser definido como um bem material (bens móveis e imóveis), imaterial e natural , aquele que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Estes patrimônios foram construídos ou produzidos pelas sociedades passadas, por isso representam uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.
  17. Bens culturais imateriais Estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Ex: A festa do Círio de nossa senhora de Nazaré, a feira de Caruaru, o frevo, a capoeira, o modo artesanal de fazer queijo de minas e as matrizes do samba no Rio de Janeiro. Praça Tiradentes, Ouro Preto, jun/1997
  18. O patrimônio material: É formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles são divididos em BENS MÓVEIS E IMÓVEIS.  Núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – ex: os conjuntos arquitetônicos de cidades como Ouro Preto (MG), Paraty (RJ), Olinda (PE) e São Luís (MA) ou paisagísticos, como Lençóis (BA), Serra do Curral (Belo Horizonte), Grutas do Lago Azul e de Nossa Senhora Aparecida (Bonito, MS) e o Corcovado (Rio de Janeiro). Bens imóveis
  19.  Coleções arqueológicas, acervos museológicos , documentais, bibliográficos, arquivísticos , videográficos , fotográficos e cinematográficos. Bens móveis
  20. Bens Naturais  Os Sítios do Patrimônio Mundial Natural protegem áreas consideradas excepcionais do ponto de vista da diversidade biológica e da paisagem. Neles, a proteção ao ambiente, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial.  No Brasil, existem vários Sítios do Patrimônio Mundial Natural. O País é signatário da Convenção dos Sítios do Patrimônio da Humanidade desde 1977:  Parque Nacional do Iguaçu, Mata Atlântica Reservas do Sudeste, Pantanal, Anavilhanas, Complexo da Amazônia Central , Ilhas atlânticas brasileiras : Fernando de Noronha e Atol das Rocas, Áreas Protegidas do Cerrado, Chapado dos Veadeiros e Parque Nacional de Monte Pascoal, Bahia.  Abaixo: Cataratas do Iguaçu e Anavilhanas, Complexo da Amazônia Central.
  21. Unesco: Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. Iphan:O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: É uma instituição federal vinculada ao Ministério da Cultura, responsável por preservar, divulgar e fiscalizar os bens culturais brasileiros, além de garantir a utilização desses bens pela atual e futuras gerações.
  22.  Toda vez que algo passa a fazer parte do patrimônio histórico nacional ou da humanidade , dizemos que foi tombado.  O tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder Público, com o objetivo de preservar , por intermédio da aplicação da legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.  O Tombamento pode ser aplicado aos bens móveis e imóveis, de interesse cultural ou ambiental, quais sejam: fotografias, livros, mobiliários, utensílios, obras de arte , edifícios, ruas, praças, cidades, regiões, florestas, cascatas, etc.  Somente é aplicado aos bens materiais de interesse para a preservação da O que é Tombamento? O que pode ser tombado?
  23. Os Patrimônios da Humanidade no Brasil, Tombados pela Unesco:  Ouro Preto -MG  Foz do Iguaçu-PR  Brasília- DF  Olinda-PE  Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas-MG  Pelourinho-BA  Serra da Capivara-PI  Goiás Velho-GO  Alcântara-MA  Olinda-PE  Pelourinho-BA  Parati-RJ  Ouro Preto-MG  Anchieta –ES  Zona das Missões- RS  Tiradentes-MG Patrimônios Nacionais:
  24. Arquitetura Colonial brasileira  É a arquitetura realizada no Brasil desde 1500, ano do descobrimento pelos portugueses, até a independência, em 1822.  Durante esse período, os colonizadores importaram as correntes da Europa á colônia, com traços arquitetônicos renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos. Fotos: Bim / Tiradentes MG / 2018
  25. Barroco no Brasil  por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização.  A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas.  Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.  O Barroco seguia os preceitos da Contrarreforma. Era financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos artífices locais.  Nascido da herança europeia, o barroco mineiro é uma arte que traz em si o diálogo entre sua origem e um novo contexto, caracterizando-se como um meio de expressão ao mesmo tempo barroco e mineiro.  Posto em contato com o clima de efervescência cultural e com as descobertas no campo estético de Minas, o barroco mineiro rompeu com a ideia do barroco universal e se destacou pela ambivalência. O Barroco foi introduzido no Brasil... Foto Bim / Mariana Mg 2017
  26. O Barroco brasileiro e o ciclo do ouro  Assim como em Portugal, o Barroco no Brasil foi tarde em relação á Europa.  No Brasil acompanhou a descoberta do ouro em Minas Gerais.  Teve forte influência nas cidades litorâneas como Rio de Janeiro,Recife e Salvador com características mais europeias.  Em cidades como Vila Rica (hoje Ouro Preto) ou Diamantina o Barroco ganhou características próprias, traços negros e mulatos são comuns imagens de santos e pinturas.  O Barroco é dividido em três fases:  A arte barroca ela pode ser dividida em três fases, conforme as caracteristicas dos modelos de retábulos construidos nas igrejas em minas no período entre 1710 a 1760. 1ª Fase - Retábulo Nacional Português: período entre 1710 e 1730. 2ª Fase - Retábulo Joanino: período entre 1730 e 1760. 3ª Fase - Retábulo Rococó: apartir de 1760.
  27. Aleijadinho  Antônio Francisco Lisboa, nasceu em Ouro Preto em 1730, era filho bastardo do mestre de obras português Manuel Francisco Lisboa e da escrava africana da qual se sabe apenas o nome Isabel.  Quando tinha 40 anos desenvolveu uma doença degenerativa que lhe causava dores intensas e lhe deformava o corpo e as feições.  Perdeu os dedos dos pés, não conseguia andar e locomovia-se de joelhos, para continua trabalhando seus escravos amarravam as ferramentas em suas mãos.  Por causa do seu aspecto ele não saia de casa e dedicava-se totalmente ao trabalho, embora tivesse escravos ganhou pouco dinheiro, perto do fim da vida ficou pobre e cego,morreu em 1814, aos 84 anos.
  28. Igreja de São Francisco de Assis em São João Del Rei
  29. Capela mor da igreja Nossa Senhora das Mercês e perdões em Ouro Preto.
  30. Aleijadinho  Suas principais obras primas datam da fase em que estava doente. É nesses anos que surgem elementos góticos e expressionistas.  Os trabalhos magistrais dessa fase são as figuras dos Passos da Paixão e os Doze Profetas. Passos da Paixão Congonhas do Campo
  31. Parte de um conjunto de doze Profetas: obras que estão no Santuário do Bom Jesus de matosinhos em Congonhas-MG.
  32. Santuário do Bom Jesus de matosinhos em Congonhas  A construção teve início em 1757 e a do adro em 1763, a construção demorou treze anos.  As esculturas são em pedras sabão de doze profetas: Isaías, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Jonas, Abdias, Habacuque, Amós e Naum.  Cada um em uma posição diferente e executam gestos que se coordenam, dando a impressão de movimento. * Personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares. Foto Bim - 2018
  33. Mestre Athayde  Manuel da Costa Ataíde nasceu no dia 18 de outubro de 1762, em Mariana.  Começou seguindo carreira militar e depois se revelou como grande artista.  Retratava madonas, anjos e santos como mestiços, ou seja, provenientes de povos africanos.  Usava cores vivas como o azul(cor predileta)  Suas pinturas faziam com que os fiéis acreditassem em outro mundo acima. Sacristia da Igreja de São Francisco de Assis em Mariana
  34. Assunção de Nossa Senhora, de Manuel da Costa Ataíde, no teto da igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
  35. IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DA PENITÊNCIA - RJ
  36. IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE S. FRANCISCO – SALVADOR -BA
  37. AZULEJOS Portugueses
  38. Missão Artística Francesa  O Neoclassicismo (século XIX)  D. João VI ao chegar ao Brasil em 1808 efetuou mudanças no cenário cultural da colônia.  Em 1816, trouxe para o Brasil, pintores e escultores comprometidos com o ideal do neoclassicismo. Destacavam-se na Missão Artística Francesa: Nicolas-Antoine Taunay, Félix-Émile Taunay, Jean-Baptiste Debret, Auguste Taunay e Le Breton (chefe da missão). Estes artistas buscaram retratar o cotidiano da colônia de uma forma romântica, idealizando a figura do índio e ressaltando o nacionalismo e as paisagens naturais.
  39. Arte Acadêmica no Brasil (ou Academicismo)  A inauguração da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) no Rio de Janeiro (1826).  A arte produzida a partir de então reflete a importância dessa formação acadêmica na arte dos novos artistas brasileiros que lá se formaram.  O estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do Brasil.
  40. Contexto histórico  Depois da Independência (1822) os acontecimentos pela consolidação do Brasil como nação autônoma levam à abolição da escravatura (1888) e à proclamação da República (1889).  Toda essa turbulência política reflete-se no ânimo dos artistas, que procuram, mesmo influenciados ainda pela Europa, uma linguagem nacional.  Resumo:  1807,Napoleão Portugal.  A corte vai para o rio de janeiro  10.000 pessoas. Bibliotecas,arte móveis, mudança nas cidades, museus,observatórios, bibliotecas
  41. O Romantismo na arte Acadêmica Brasileira  Assim como ocorreu na Europa, houve uma forte reação às regras e modelos clássicos greco-romanos.  Havia a necessidade de expressão de emoção, de paixão na arte.  O equilíbrio e a simplicidade deixam de ser o objetivo do artista. Ele quer demonstrar outros interesses, quer buscar as raízes da nacionalidade, que enaltecer a natureza tropical, quer voltar ao passado histórico, quer abandonar os mitos gregos e aprofundar sua própria religiosidade, quer viver o amor intensamente.  Aqui no Brasil a nação recém-formada começava a criar sua identidade e, devido à diversidade de povos e regiões, era necessário construir um sentimento de pertencimento.  Dessa forma artistas que haviam estudado na AIBA começam a introduzir o indianismo (idealização do índio), o nacionalismo nas cenas épicas e o subjetivismo na paisagem, a pintura histórica atinge seu auge. As cores ganham ainda mais vivacidade, as formas ganham mais expressão e as linhas dão maior dinamismo às cenas.
  42. Joachim Le Breton (1760-1819)  Conhecido como o chefe da Missão Artística Francesa, foi secretário perpétuo da Classe de Belas-Artes do Instituto da França e um intelectual muito respeitado, que trouxe além de seus conhecimentos um acervo de obras ainda não visto no Brasil.  Foi o primeiro a se empenhar na missão de institucionalizar o ensino das artes no País. Morreu na cidade do Rio de Janeiro.
  43. Jean-Baptiste Debret francês (1768-1848)  Foi um pintor, desenhista e professor francês. Integrou a Missão Artística Francesa, que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou.  Foi um dos principais personagens da Missão, deixando um amplo registro sobre os costumes e a paisagem brasileira. Frequentou a Academia de Belas Artes na França, na qual foi aluno do pintor Jacques-Louis David, o principal nome do neoclassicismo francês. Atuou como professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes no Brasil, entre 1826 e 1831, e editou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Ilustração: O Jantar, 1820
  44. Interior de uma casa de ciganas (1823), de Jean-Baptiste Debret
  45. Caboclo de Jean-Baptiste Debret 1834
  46. Podemos observar elementos de uma sociedade hierarquizada, patriarcal e escravista na imagem.
  47. O Carnaval
  48. Nicolas-Antoine Taunay (1755-1830)  Foi, assim como Debret um importante pintor e ilustrador. Registrou alguns momentos da campanha de Napoleão Bonaparte. Com o fim do império napoleônico, veio ao Brasil com a Missão Francesa em 1816. Atuou como professor de pintura de paisagem na Academia Imperial de Belas Artes. Por divergências com a administração da Academia, retornou à França em 1821.
  49. Johann Moritz Rugendas (1802-1858)  Foi um pintor alemão que produziu várias de suas obras no Brasil.  O artista foi integrante da missão do barão de Georg Heinrich von Langsdorff, a qual o trouxe para o Brasil. Chegou em território brasileiro no ano de 1821 com a função de ser espião na missão científica que integrava. Rugendas, como costumava assinar seus trabalhos, viajou pelo país para coletar material para suas pinturas e desenhos. Ao longo de suas andanças, acabou se dedicando ao registro dos costumes locais, deixando claras as classificações da botânica e dos tipos humanos.  Johann Moritz Rugendas ocupou-se da documentação do mundo luso-brasileiro, registrando a situação particular da percepção. Seu trabalho não foi atrelado à reprodução da situação objetiva. Rugendas era um pintor alemão sem intimidade com a América que encontrou como solução a adoção de procedimentos objetivistas da classificação científica.  O artista permaneceu no Brasil até 1825, quando voltou à sua terra natal para prestar contas de suas tarefas na missão científica ordenada pelo barão von Langsdorff. Todavia, em 1831, Johann Moritz Rugendas embarcou por conta própria para uma nova viagem ao continente americano com o intuito de conhecer diversos outros países baseando-se no mesmo objetivo que o trouxe ao Brasil na década anterior.  Rugendas cedeu sua coleção de desenhos e aquarelas ao Rei Maximiliano II em troca de uma pensão anual e vitalícia. O artista faleceu no dia 29 de maio de 1858 na cidade de Weilheim.
  50. Dia 12/01/2019 a Caixa Cultural de São Paulo traz uma exposição inédita com obras do pintor, desenhista, ilustrador, aquarelista e litógrafo Johann Moritz...
  51. A pintura histórica no Brasil  Resumo: Com a chegada dos artistas franceses, aconteceram algumas mudanças no cenário artístico brasileiro.  Eles trouxeram o estilo neoclássico, que propõe o estudo exaustivo do desenho, traços bem definidos e imagens naturalistas perfeitamente representados.  Com o tempo, alguns alunos se tornavam professores, ganhavam prêmios e viajavam para o exterior. Ao voltar, traziam influências de outros estilos artísticos europeus, como o Romantismo e o Impressionismo.  A partir daí, seguindo as tendências artísticas vigentes na Europa, a arte acadêmica foi inaugurada no Brasil.  Também chamadas de academicismo, esse termo se refere à produção artística criada nas academias, isto é, as escolas de Ensino Superior.  A arte acadêmica no Brasil tem início a partir da criação da academia imperial de Belas artes (AIBA), EM 1826. Vitor Meireles (1832-1903) e Pedro Américo (1843-1905), dois dos principais representantes do academicismo no Brasil, destacaram-se ao produzir pinturas históricas, obras que se retratam temas e fatos históricos. *A ideia era Fortalecer a identidade nacional
  52. Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905)  Pedro Américo nasceu em Areia (PB) e Foi um romancista, poeta, cientista, teórico de arte, ensaísta, filósofo, político e professor brasileiro desde criança se dedicou ao desenho. Em 1854, matriculou-se na Aiba e, a partir de 1859, passou a viver na Europa, onde sua obra se popularizou.  (ele está no Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga em São Paulo. O nome original dessa tela é "Independência ou Morte" mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga".  A tela mede 7,60 x 4,15 m, tratando-se de uma tela retangular que representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem:  - à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, estão os cavaleiros da comitiva; à esquerda, e em oposição aos cavaleiros, está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente.  Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu do Ipiranga existisse, e foi completado em Florença em 1888.  representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país.
  53. Gerra do Paraguai (1874-1877)  Batalha do Avaí quando Américo tinha apenas 34 anos, e retrata a Guerra do Paraguai travada entre brasileiros, argentinos e uruguaios, os quais lutavam lado a lado contra o exército paraguaio] O artista buscou trazer para a tela o drama vivenciado pelos brasileiros que perderam familiares e amigos ou que lutaram na Guerra. Logo após ser finalizado, em Florença, o quadro desembarcou no Rio de Janeiro em junho de 1877.  Retratou o Paraguai como desorganizado, sem rumo e o Brasil uniformizado.
  54.  Guerra do Paraguai,1864 a 1870. O Brasil matou mais de 300 mil pessoas, quase acabou com os homens do país.  Autorretrato do pintor no meio do quadro.
  55. Vitor Meireles de Lima (1832-1903)  Victor Meirelles de Lima foi um pintor e professor brasileiro. De origens humildes, cedo seu talento foi reconhecido, sendo admitido como aluno da Academia Imperial de Belas Artes.  Nascido em Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis), Vítor Meireles transferiu-se para Rio de Janeiro em 1847 para estudar na Aiba. Em 1853 se mudou para Europa, onde produziu suas principal obra: A primeira missa no Brasil.  Mulheres Suliotas, Victor Meirelles de Lima, 1856/1858, Paris, França
  56. VICTOR MEIRELLES A primeira missa no Brasil, 1860
  57.  […] os selvagens (tribo Tupiniquim) correram em grande número ao lugar da solenidade, e ali mostravam dar grande atenção à cerimônia sagrada, fazendo-se notar entre eles um velho, que parecia compreender e explicar aos outros a santidade daquele ator.  (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)  A Primeira Missa no Brasil retrata um acontecimento que teria ocorrido em 1º de maio de 1500, quando Pedro Álvares Cabral mandou rezar uma missa para marcar simbolicamente a posse da terra de Vera Cruz para a coroa portuguesa e a implantação da fé católica no novo domínio.  Imaginou a cena que foi elaborada e estudada.  Pegou a fonte histórica e fez uma grande construção, pois a cena não aconteceu desta maneira.  O Brasil ficou conhecido no mundo das artes.  Natureza, índios , catequizados cristãos.  1º obra com a religião.  Estava diretamente relacionado ao chamado projeto civilizatório da elite política e cultural do século XIX brasileiro.  Procurou valorizar o índio e a exuberância da natureza tropical, com a finalidade de construir uma identidade nacional.
  58. O Ecletismo nas artes plásticas (1870 a 1922)  Período marcado pesa fusão de estilos artísticos europeus como, por exemplo, o impressionismo, o simbolismo, o naturalismo e o romantismo. Fazem parte desta época: Eliseu Visconti, Almeida Júnior e Hélios Seelinger.  Influência do Realismo na Arte Acadêmica Brasileira.  Com a crise do Império e depois a proclamação da República (1889) alguns artistas começam a abordar as questões históricas de maneira mais natural, menos idealizada, se aproximando, assim, do Realismo e se afastando um pouco do Romantismo.  Agora os tipos sociais começam a fazer parte da temática das pinturas desse período.
  59. Almeida Júnior (1850-1899)  Experiência de retratar o caipira paulista.  Não era comum retratos de pessoas do povo.  Temática regionalista. Caipira picando fumo (1893), Óleo sobre tela, 70 cm x 50 cm Pinacoteca de São Paulo
  60. "Saudade“ (1899) de Almeida Junior Pinacoteca do Estado de São Paulo:
  61. Almeida Júnior, O violeiro, 1899 Óleo sobre tela, 141 x 172 cm, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
  62. Cena de família de Adolfo Pinto, (1881), de Almeida Júnior óleo sobre tala, Pinacoteca de São Paulo.  O Brasil, por muitos anos, as relações familiares foram marcadas pelo respeito á autoridade do pai, o “chefe da família”.  Característica social.
  63. Belmiro de Almeida (1858-1935)  Assim como os autores de peças teatrais, entre fins do séc XIX e início do século XX, alguns pintores brasileiros representaram cenas rotineiras dos espaços domésticos e do mundo do trabalho em suas obras.  A esse tipo de produção artística dá-se o nome de PINTURA DE GÊNERO.  Belmiro estudou na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba).
  64. Arrufos (1887), de Belmiro de Almeida, (MNBA), Rio de Janeiro
  65. Descanso do Modelo 1882 Óleo sobre tela , 98 cm x 131 cm, MNBA RJ
  66. Eliseu Visconti (1866-1944) Arte impressionista, Art noveau e Arte Moderna.
  67. Modesto Brocos y Gomez (1852-1936) A redenção de Cam 1895, Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.  A obra faz referência direta à passagem bíblica de Cam, filho de Noé, castigado por ter olhado o pai nu e bêbado.  Na verdade, o castigo divino é aplicado a seu filho Cam, amaldiçoado como "servo dos servos". O fato de Cam ser apontado na Bíblia como suposto ascendente das raças africanas faz com que tal passagem comece a ser usada pelos defensores da escravidão negra como um argumento claro de que tal sistema não seria contrário aos desígnios de Deus.  Essa justificativa torpe faz com que muitos vejam a obra de Brocos como uma reafirmação dessa corrente racista.
  68. Racismo pseudo científico  A pintura, que recebe a medalha de ouro no Salão Nacional de Belas Artes de 1895 e tem importância central para a compreensão dos rumos que estão sendo tomados pela arte brasileira nas últimas décadas do século XIX e início do XX.  Em 1911, a tela é usada pelo médico João Baptista de Lacerda para defender uma tese de "branqueamento" por meio da mestiçagem. Muitos veem nessa apropriação um apoio do artista à tese em questão. Outros consideram essa associação uma aproximação simplista, que atribui erroneamente a Brocos uma postura diretamente vinculada às teses racistas.  Essa pintura foi utilizada na época para indicar a seguinte tendência demográfica no Brasil: O branqueamento da população.
  69. Escala da mulheres A satisfação do pai Avó agradecendo o neto branco Perdoando a avó por ser negra O chão com pedras ,mostrando um caminho melhor. No centro, uma mulata, que tem sobre os joelhos o filho quase branco. três gerações distintas
  70. Retrato do Intrépido Marinheiro Simão, Carvoeiro do Vapor Pernambucana  1º vez que um negro apareceu de forma humanizada. Antes apenas como (escravos)  Vinha com uma nota explicativa.  Foi colocado em exposição em 1859.  “Simão era famoso, um herói cujos feitos haviam ocupado as páginas dos principais jornais da Corte, reiteradas vezes, no ano de 1853.”. Ele fora responsável por salvar 13 pessoas no naufrágio do vapor Pernambucano, dentre esses um cego e um militar que só tinha uma perna. José Correia de Lima Óleo sobre tela, 93 x 72,6 cm sem assinatura, 1853 Escola Nacional de Belas Artes.
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