2. História da Sífilis
• Em 1906 surgiu o primeiro teste efetivo para sífilis o
teste de Wassermann
• Em 1943 a descoberta da penicilina
• Surgiu no século XV, na Europa e foi descoberta pelo
Fritz Richard Shaudinn
• sua primeira citação foi no poema do escritor
Girolamo Fracastro, “Sufilis”, derivado do antroponio
Suphilus
• Foi identificado que sua contaminação era pelo “mal
de couto”
• Hipócrates na Grécia Antiga, 600 a.c em Metoponto
• Treponema pallidum, originou a pinta e a bouba
3. Conceito de Sífilis
• A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável
e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema
pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e
diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e
terciária).
4. Manifestação Clínicas
• Sífilis primária: Começa com uma lesão no local de entrada da bactéria. Pode ser
na genitália, na boca ou no ânus.
• Sífilis secundária: Se a primária não for tratada, a T. pallidum ganha a corrente
sanguínea e entra em várias estruturas do organismo.
• Sífilis latente: “Quando o paciente passa das fases primária e secundária sem
perceber e cuidar dos sintomas, a doença entra em um estágio assintomático.
• Sífilis terciária: a última e mais grave etapa ocorre quando a bactéria começa a
afetar o cérebro, o coração e os ossos, gerando graves lesões no organismo.
• Sífilis terciária: a última e mais grave etapa ocorre quando a bactéria começa a
afetar o cérebro, o coração e os ossos, gerando graves lesões no organismo.
• Sífilis congênita: é o nome dado para a infecção quando transmitida da mãe para o
bebê. Nesses casos, a criança nasce com má formação, cegueira, surdez ou
deficiência mental.
5. Epidemiologia
Foi lançodo a Campanha Nacional de Combate à Sífilis em 2021. O
Boletim Epidemiológico da doença, divulgado pela Pasta durante o
evento, apontou que em 2020 foram registrados 115.371 casos de
sífilis adquirida, 61.441 de sífilis em gestantes e 22.065 de sífilis
congênita com 186 óbitos.
O público-alvo inclui gestantes e seus parceiros, homens e mulheres
entre 20 e 35 anos.
E no Amazonas até setembro de 2022, são 2.821 casos de sífilis, 1.547
sífilis em gestante e 265 sífilis congênita.
6. Modo de transmissão
• A sífilis é altamente contagiosa durante os estágios primário e
secundário. Ela pode ser contagiosa nos períodos inicial e latente.
• Relação sexual sem preservativo;
• Contato direto com sangue de pessoas com sífilis;
• Compartilhamento de agulhas;
• De mãe para filho através da placenta em qualquer fase da gravidez e
também através do parto normal se o bebê entrar em contato com a
ferida da sífilis.
7. Sinais e sintomas sífilis primaria
• A lesão da sífilis primária é uma pápula (uma pequena elevação na
pele) localiza-se na região genital em 90% a 95% dos casos, e em
poucas horas se transforma em uma úlcera não dolorosa. Nas
mulheres, essa lesão pode passar despercebida, visto que é pequena
(em média 1 cm de diâmetro), indolor e costuma ficar escondida
entre os pelos pubianos ou dentro da vagina.
• A úlcera da sífilis recebe o nome de cancro duro. Após 3 a 6 semanas,
a lesão desaparece mesmo sem tratamento, levando à falsa
impressão de cura espontânea. Não há outros sintomas associados à
lesão primária. Além do cancro, o paciente pode apresentar, no
máximo, aumento dos linfonodos da virilha (ínguas).
10. Sinais e sintomas sífilis secundaria
• Manchas vermelhas na pele, na
boca, no nariz, nas palmas das
mãos e nas plantas dos pés;
• Descamação da pele;
• Ínguas em todo o corpo, mas
principalmente na região genital;
• Dor de cabeça;
• Dor muscular
• Dor de garganta;
• Mal estar;
• Febre leve, geralmente abaixo de
38ºC;
• Falta de apetite;
• Perda de peso.
12. Sinais e sintomas sífilis terciaria
• Lesões maiores na pele, boca e
nariz;
• Problemas em órgãos internos:
coração, nervos, ossos, músculos,
fígado e vasos sanguíneos;
• Dor de cabeça constante;
• Náuseas e vômitos frequentes;
• Rigidez do pescoço, com
dificuldade para movimentar a
cabeça;
• Convulsões;
• Perda auditiva;
• Vertigem, insônia e AVC;
• Reflexos exagerados e pupilas
dilatadas;
• Delírios, alucinações, diminuição
da memória recente, da capacidade
de orientação, de realizar cálculos
matemáticos simples e de falar
quando há paresia geral.
13. Sífilis terciaria
A sífilis terciária tem três formas principais:
• Sífilis terciária benigna: geralmente se desenvolve entre 3 e 10 anos depois da
infecção inicial. Surgem glanulomas na pele, mais comumente no couro cabeludo,
no rosto, na parte superior do tronco e nas pernas. Elas se desenvolvem no fígado
ou ossos, mas podem se desenvolver em qualquer órgão.
• Sífilis cardiovascular: aparece geralmente entre 10 e 25 anos depois da infecção
inicial. As bactérias infectam os vasos sanguíneos conectados ao coração, incluindo
a aorta. (aneurisma, insuficiência cardíaca e morte).
• Neurossífilis: (que afeta o cérebro e a medula espinhal) ocorre em cerca de 5% de
todas as pessoas com sífilis não tratada. (meningites)
15. Sifilis congênita
• A maior parte dos bebês com sífilis
congênita não apresentam sintomas ao
nascimento. No entanto, as manifestações
clínicas podem surgir nos primeiros três
meses, durante ou após os dois anos de
vida da criança. São complicações da
doença: abortamento espontâneo, parto
prematuro, malformação do feto, surdez,
cegueira, alterações ósseas, deficiência
mental e/ou morte ao nascer.
16. Existem duas maneiras de diagnosticar a sífilis
que é através da:
MICROSCÓPICA SOROLOGIA
17. Sorologia
• Teste não treponêmicos
VDRL e RPR
Tituláveis – seguimento
• Teste treponêmicos
FTA-Abs
TPHA
ELISA
TESTE RÁDIDO
- Permanecem positivos
19. Tratamento
Sífilis primária: 1 injeção de penicilina benzatina de 2.400.000UI.
Sífilis secundária: 1 injeção de penicilina benzatina de 2.400.000UI
Sífilis terciária: 3 injeções de penicilina com 2.400.000 UI em locais
diferentes do corpo, com intervalo de 7 dias cada dose.
Neurossifilis: Injeções diárias de Penicilina G Cristalina, com intervalo
de 4 horas, com 3 a 4 milhões de UI por 14 dias
20. Tratamento
Sífilis congênita - No caso de crianças com ou sem neurossífilis:
Benzilpenicilina potássica 50 mil UI/kg, por via intravenosa, a cada 12
horas na primeira semana de vida e a cada 8 horas após a primeira
semana de vida por 10 dias;
No caso de criança sem neurossífilis: Benzilpenicilina procaína 50 mil
UI/kg, por via intramuscular, 1x/dia por 10 dias;
No caso de crianças nascidas de mães não tratadas ou tratadas
inadequadamente e com testes laboratoriais normais/ não reagentes:
Benzilpenicilina benzatina 50 mil UI/kg, por via intramuscular dose
única
Crianças diagnosticadas após 1 mês de vida: Benzilpenicilina potássica:
50 mil UI/kg, por via intravenosa, a cada 4 ou 6 horas por 10 dias
22. Referencias
• Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Controle das Doenças
Sexualmente Transmissíveis. 3. ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde;
1999. p. 44-54.
• Rivitti EA. Sífilis. In: Machado-Pinto J. Doenças infecciosas com
manifestações dermatológicas. Rio de Janeiro: Medsi; 1994.
• Rotta O. Diagnóstico sorológico da sífilis. An Bras Dermatol.
2005;80:299-302.
• Sampaio SAP, Rivitti EA. Sífilis e outras Doenças Sexualmente
Transmissíveis. In: Dermatologia. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas;
2001. p. 489-500.