2. Curativo – considerações gerais
Curativo é a proteção da lesão ou ferida
contra a ação de agentes externos
físicos, mecânicos ou biológicos.
É um meio que consiste na limpeza e
aplicação de uma cobertura estéril em
uma ferida.
3. Critérios para o curativo ideal
(Tuner, 1982)
Manter elevada umidade entre a ferida e
o curativo;
Remover excesso de secreção;
Permitir troca gasosa;
Fornecer isolamento térmico;
Ser impermeável às bactérias;
Ser isento de partículas (asséptico);
Permitir a retirada do curativo sem
trauma.
4. Curativos - Objetivos
Tratar e prevenir infecções;
Eliminar os fatores desfavoráveis que
retardam a cicatrização;
Diminuir a incidência de infecções
cruzadas.
5. Finalidades do Curativos
Remover corpos estranhos;
Reaproximar bordas separadas;
Proteger a ferida contra contaminação e
infecções;
Promover hemostasia;
Preencher espaços mortos e evitar a
formação de serohematomas;
6. Finalidades do Curativos
Favorecer a aplicação de medicação
tópico;
Reduzir o edema;
Absorver e facilitar a drenagem de
exsudatos;
Manter a umidade da superfície da ferida;
7. Finalidades do Curativos
Fornecer isolamento térmico;
Promover e proteger a cicatrização da
ferida;
Limitar a movimentação dos tecidos em
torno da ferida;
Dar conforto psicológico;
Diminuir a intensidade da dor.
8. Medidas de assepsia
Fazer a degermação das mãos antes de
manipular o material esterilizado;
Diminuir ao mínimo de tempo possível a
exposição da ferida e dos materiais
esterilizados;
Não falar enquanto faz o curativo;
Estando com infecção das vias aéreas,
evitar fazer curativos ou usar máscara.
9. Normas técnicas para a
realização do curativo
Curativos úmidos não são indicados em
locais de cateteres, introdutores, fixadores
externos e drenos;
A solução fisiológica 0,9% é indicada para
limpeza e tratamento de feridas com
cicatrização por 2ª ou 3ª intenção, porque
limpa e úmida a ferida, favorece a formação
de tecido de granulação e amolece os tecidos
desvitalizados.
10. Normas técnicas para a
realização do curativo
A manutenção de calor local é importante no
processo de cicatrização;
Em curativo contaminado com muito
exsudato, colocar uma bacia sob a aérea a
ser tratada com SF 0,9%;
Quando o cliente necessitar de vários
curativos, iniciar pela lesão limpa, seguido-se
as mais infectadas;
11. Normas técnicas para a
realização do curativo
Nas feridas com exsudato ou com suspeita
de infecção, antes do curativo, deve-se colher
uma amostra de material para bacterioscopia;
Para feridas limpas as mãos devem ser
lavadas com solução antisséptica antes e
após o curativo, realizar limpeza com solução
estéril e aplicar cobertura estéril.
12. Tipos de curativos
Aberto: curativo em feridas sem infecção,
que após tratamento permanecem
abertos (sem proteção de gaze).
Fechado: São curativos que
permanecem fechados com gases, sendo
fixado somente nas laterais
13. Tipos de curativos
Oclusivo: curativo que após a limpeza da
ferida e aplicação do medicamento é
fechado ou ocluido com gaze ou atadura,
pode ser seco ou úmido com soluções
prescritas;
Compressivo: é o que faz compressão
para estancar hemorragia ou vedar bem
uma incisão.
14. Tipos de curativos
Com irrigação: nos ferimentos com infecção
dentro da cavidade ou fistula, com indicação
de irrigação com soluções salinas ou anti-
séptico. A irrigação é feita com seringa.
Com drenagem: nos ferimentos com grande
quantidade de exsudato. Coloca-se dreno de
(Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas
de colostomia.
15. Debridamento
O debridamento envolve a remoção de
tecido necrótico, para permitir a
regeneração do tecido saudável
subjacente. Dependendo do tipo de
lesão, pode ser usada uma
combinação de técnicas de
desbridamento.
18. Debridamento
Debridamento mecânico: não seletivo,
consiste em remover tecidos necrosados
e corpos estranhos, feito por fricção com
gaze ou esponja macia, ou através do
uso de instrumentos.
19. Debridamento mecânico
Fricção:
Gazes
Esponjas macias umedecidas
Do centro para fora da ferida
Úmido seco:
Deixar gaze úmida até secar e depois se puxa.
Dolorosa
Não seletiva, remove também tecido vivo.
20. Debridamento mecânico
Hidroterapia
Tanques com turbilhonamento
Hidratação e ação da força da água
Pouco seletivo
Riscos de infecção cruzada.
Irrigação:
Remoção pela força do jato de soro
Seringa e agulha
Irrigador pulsátil.
21. • Para essa irrigação é utilizado agulha
de calibre 12 e seringa de 20ml, ou
frasco de soro perfurado de diferentes
maneiras;
Irrigação de feridas
22. Irrigação com
bulbo da seringa
Irrigação com soro
Irrigação com
seringa e agulha
40x12
Irrigação de feridas
23. • Em feridas profundas, estreitas ou com
espaço morto, a limpeza é eficaz com o
uso de um cateter conectado a uma
seringa, o qual deve ser introduzido
com cuidado no local, e irrigado.
Irrigação de feridas
25. Debridamento
Debridamento químico: ação de enzimas,
atóxicas não irritantes (colagenase,
papaína).
Debridamento autolítico: debridamento
natural da ferida, ocorre por
autodesintegração das células degeneradas
pela ação de leucócitos e enzimas, manter o
local úmido (hidrocolóides, ácidos graxos).
29. Curativos – Técnicas básicas
Material necessário
Pacote estéril de curativo: 1 pinça
anatômica, 1 pinça dente-de-rato e 1 pinça
kelly;
Solução Fisiológica 0,9%;
Seringa de 20ml + agulha 40x12;
Pacote com gaze estéreis;
Esparadrapo, fita crepe ou micropore;
30. Curativos – Técnicas básicas
Material necessário
Tesoura;
Saco plástico;
Luvas de procedimentos ou esterilizadas;
Forro de papel, pano ou impermeável para
proteger a roupa de cama;
Quando indicado: almotolia com
antisséptico, pomadas, cremes, ataduras,
chumaço de algodão
31. Procedimentos
Lavar as mãos e organizar o material;
Explicar o procedimento ao paciente e dar
assistência às suas necessidades;
Avaliar o nível de dor do paciente, usar
medicação e esperar que a medicação faça
efeito antes de começar, quando necessário;
32. Procedimentos
Abrir o pacote de curativo;
Abrir mais pacotes de gazes;
Colocar a mesa ao lado da cama próxima
ao local em que será feito o curativo;
Colocar o material na mesa ao lado da
cama;
Saco de lixo ao lado da cama;
33. Procedimentos
Perfurar o frasco de solução salina,
previamente aquecida à temperatura
corporal;
Calçar as luvas de procedimentos;
Retirar a fita adesiva, puxando em direção
à ferida e remover o curativo sujo;
Molhar o curativo com solução salina, se
estiver aderido á ferida, então puxar
suavemente;
34. Procedimentos
Colocar o curativo no saco de lixo;
Colocar a cuba rim abaixo da ferida;
Lavar a ferida com jato de soro morno;
Pegar a pinça e fazer uma torunda de
gaze;
Passar a gaze, em áreas que não tenha
tecido de granulação, trocando a gaze
sempre que necessário;
35. Procedimentos
Usar a cobertura mais indicada;
Colocar as gazes sobre a área da ferida ou
incisão até que a área esteja completamente
coberta;
Fixar o curativo com fita adesiva;
Dispensar as luvas;
Lavar as mãos.
36. Pontos a serem observados na
realização do curativo
a) Na preparação:
a lavagem das mãos deve preceder a
organização e ordenação dos materiais;
Utilizar EPI’s em feridas grandes;
proceder a degermação das mãos e
utilizar luvas de procedimento.
37. Pontos a serem observados na
realização do curativo
b) remoção do curativo sujo:
Remover primeiro a atadura do curativo e
descartar;
Remover o curativo com pinça estéril ou
luvas de procedimento;
Fazer o registro da ferida, tamanho,
profundidade, etc.
Para registro fotográfico deve-se ter o
consentimento do paciente.
38. Pontos a serem observados na
realização do curativo
c) Em feridas sépticas:
Limpar de fora para dentro;
Desbridamento e lavagem da ferida
ocorre de acordo com o grau de
contaminação;
A ferida é preenchida com material
curativo;
Cobrir a ferida com materiais
absorventes.
39. Pontos a serem observados na
realização do curativo
d) Em feridas assépticas:
Utilizar material esterilizado;
Limpar de dentro para fora;
Trocar as compressas durante a
limpeza.
40. Pontos a serem observados na
realização do curativo
e) Na dispensão e documentação:
Desprezar ou dispor no expurgo o
material utilizado;
Desprezar as luvas;
Documentar no prontuário todos os
procedimentos.
42. Tipos de Cobertura
A avaliação da ferida deve ser
periódica, e é de fundamental
importância acompanhar a evolução do
processo cicatricial e escolher bem a
cobertura utilizada.
43. As coberturas devem:
manter umidade na interface
ferida/cobertura,
remover o excesso de exsudato, permitir a
troca gasosa, promover isolamento
térmico,
proporcionar proteção contra infecção, ser
isento de partículas e contaminantes e,
permitir a remoção sem causar traumas.
44. As coberturas devem
Manter umidade na interface
ferida/cobertura,
Remover o excesso de exsudato, permitir a
troca gasosa, promover isolamento térmico,
Proporcionar proteção contra infecção,
Permitir a remoção sem causar traumas.
45. • Não existe o melhor produto ou aquele
que possa ser utilizado durante todo o
processo cicatricial.
• Cada um possui indicação e contra-
indicação, beneficio e custo, o importante
é ponderar e utilizar o bom senso sempre!