2. A primeira geração modernista ou primeira fase do modernismo no Brasil é
chamada de "fase heroica" e se estende de 1922 até 1930, ou seja, até quando
começa a segunda fase do modernismo. A primeira fase caracterizou-se pelas
tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras
e ideias modernistas.
3. Contexto Histórico
� A primeira fase do modernismo teve inicio na primeira metade do século XX, mas
precisamente na Semana de Arte Moderna, fevereiro de 1922, e se estendeu até
1930. Este período ficou marcado pelos múltiplos acontecimentos que ocorreram no
Brasil e no mundo; entre elas se destacam:- Primeira República (1889-1930); -
Primeira Guerra Mundial (1918-1941); - Movimentos Tenentistas (1922-1929); -
Grande Depressão (1929); - Revolução de 1930 (1930). Tais acontecimentos deram
ao modernismo um teor além do artístico, sendo também um manifesto de caráter
politico e social, pois se opunha a politica da época.
4. Características
� As principias características da primeira geração modernista
são:
� Nacionalismo crítico e ufanista
� Valorização do cotidiano
� Resgate das raízes culturais brasileiras
� Críticas à realidade brasileira
� Renovação da linguagem
� Oposição ao parnasianismo e ao academicismo
� Experimentações estéticas
� Renovações artísticas
� Ironia, sarcasmo e irreverência
� Caráter anárquico e destruidor
� Uso de versos livres e brancos.
6. Oswaldo de Andrade
Em 11 de janeiro de 1890 nasce em São Paulo José Oswald de Sousa Andrade, filho único de José Oswald
Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade.
Principais obras:
Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) Poesia Pau-Brasil (1925), Primeiro
Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945).
"Primeiro caderno do aluno de poesia“
Que eu não fique nunca
Como esse velho inglês
Aí do lado
Que dorme numa cadeira
À espera de visitas que não vêm
Senhor
7. Mario de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893.
Sua influência foi decisiva para O Modernismo se fixar definitivamente no Brasil. Mário de
Andrade morreu em São Paulo em 1945 e atualmente é considerado um dos maiores
escritores da literatura brasileira.
Principais Obras:
A escrava que não é Isaura (ensaio) Primeiro de maio (conto)
Peru de natal (conto)
Vestida de Preto (conto)
Losango cáqui (poesia)
Primeiro Andar (conto)
Contos Novos (conto)
Os filhos da Candinha (crônica)
Amar, verbo intransitivo (romance)
Macunaíma (rapsódia)
O Empalhador de Passarinho (ensaio).
8. Os Sapos
Manuel Bandeira
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 1922 da literatura moderna brasileira, sendo
seu poema o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922.
Manuel queria ser arquiteto, porém a tuberculose não permitiu. Passou por vários lugares para se
tratar, dentre eles a Suíça. Lá, conheceu o escritor Paul Éluard, que estava internado na mesma
clínica. Numa de suas conversas com Éluard, Manuel Bandeira ficou sabendo sobre as inovações
artísticas que aconteciam na Europa e as possibilidades do verso livre na poesia. Aliás, hoje,
Bandeira é considerado o iniciador do Verso Livre no Brasil.
Principais obras:
Poesias:
Os Sapos (1922) Belo, Belo (1948) O Bicho (1947)
Prosas:
Guia de Ouro Preto (1938) A Flauta de Papel (1957)
9. Tarsila do Amaral (Pintora)
Tarsila do Amaral foi uma artista plástica brasileira do modernismo. Junto à Anita Malfatti ficou conhecida como
uma das mais importantes pintoras da primeira fase do modernismo; e, ademais, ao lado dos escritores Oswald
de Andrade e Raul Bopp, inaugurou o movimento denominado “Antropofagia”.
Antropofagia
A proposta do movimento era a de assimilar outras culturas, mas não copiar. A marca símbolo do Movimento
Antropofágico é o quadro Abaporu de Tarsila do Amaral, que foi dado de presenteado marido, Oswald de
Andrade.
Obras
Tarsila pintou mais de 270 obras divididas em algumas fases: a fase “Pau Brasil”, marcada pelo uso
de cores fortes e temas nacionais (brasilidade); a fase “Antropofágica”, inspirada nas vanguardas
europeias, surrealismo e cubismo, e sobretudo, ao conceito de antropofagia; e, por fim, a fase da
“Pintura Social”, focada nos temas cotidianos e sociais do país.
Margaridas de Mário de Andrade (1922) Retrato de Oswald de Andrade (1922) Retrato de Mário de Andrade
(1922) Rio de Janeiro (1923) A Negra (1923) Auto Retrato (1924) Morro da Favela (1924) O Pescador (1925)
Palmeiras (1925) Sagrado Coração de Jesus (1926) Religião Brasileira (1927) Abaporu (1928) Antropofagia (1929)
Operários (1933) Segunda Classe (1933) Terra (1943) Primavera (1946) Porto I (1953) Porto II (1966) Religião
Brasileira IV (1970).