SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Nefropatia
Extraído do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
Bianca Lazarini Forreque
UFF
2011
Diabético jovem, recém-diagnosticado deve fazer
screening para nefropatia?
Pacientes diabéticos jovens, em seguimento médio de 9 anos apresentam
sinais de nefropatia diabética.
Diabetes tipo 2 apresenta risco aumentado de envolvimento renal.
Fatores de risco para o aparecimento da microalbuminúria:
Inadequado controle da hemoglobina glicosilada
Hipertensão arterial
Diabetes tipo 2
Microalbuminúria e Nefropatia diabética
Somente 6% dos pacientes com microalbuminúria positiva progridem para
nefropatia diabética, ao passo que 17% dos pacientes sem microalbuminúria
desenvolvem nefropatia diabética.
Valor preditivo positivo da microalbuminúria como marcador para
nefropatia diabética: 43%
Valor preditivo negativo: 77%
A microalbuminúria não é um marcador, sensível e específico, preditor de
nefropatia diabética.
Qual a coleta de urina mais adequada para a
pesquisa da microalbuminúria?
Dois métodos diferentes:
Análise da razão albumina/creatinina (A/C)
Excreção de albumina noturna (EUA)
Valores considerados de referência:
Amostra matinal (A/C) = 30 mg/g creatinina
Amostra noturna (EUA) = entre 20 e 200 ㎍/min
Urina estéril e ausência de atividade física são importantes para a
acurácia do exame.
Biópsia Renal
Glomerulopatia Diabética é a lesão renal mais comum em diabéticos tipo 2
com proteinúria.
Critérios para biópsia renal:
microhematúria
e/ou ausência de retinopatia diabética
e/ou disfunção renal atípica
e/ou anormalidades imunológicas.
GD em 74% dos casos sem retinopatia
GD em 78% dos casos com microhematúria
GD em 67% dos casos com microhematúria sem retinopatia
GD em 100% dos casos com retinopatia
Microalbuminúria ou macroalbuminúria em relação
à HAS, doença cardiovascular ou retinopatia:
Estudo de seguimento de 320 pacientes diabéticos tipo 2, por 5 anos, com
15% deles apresentando microalbuminúria e 4,8% apresentando
macroalbuminúria.
Os resultados deste estudo demonstraram que a macroalbuminúria está
independentemente relacionada à presença de retinopatia e doença
cardiovascular.
Sabe-se que a Excreção urinária de albumina (EUA) pode ser mais que apenas
um indicador de doença renal, mas também reflete o dano vascular
generalizado nestes pacientes.
O controle da glicemia tem importância na
prevenção ou na progressão da nefropatia?
A insulinoterapia intensiva reduz a ocorrência de microalbuminúria em 39%
e de albuminúria em 54% dos casos, em relação à terapia convencional.
Principal efeito adverso à insulinoterapia intensiva: hipoglicemia grave.
Existe benefício no uso de Inibidores da Enzima
Conversora de Angiotensina (IECA)?
O tratamento com IECA promove uma significante redução na taxa de
excreção de albumina, tanto nos diabéticos do tipo 1 quanto do tipo 2,
normotensos com microalbuminúria.
Uso de captopril, enalapril ou lisinopril.
Não está definido se esta redução retarda a evolução de doença renal inicial
para insuficiência renal.
A instituição de uma dieta hipoprotéica é benéfica
na prevenção de Doença renal terminal?
Em geral, uma dieta restritiva protéica (0.3 - 0.8 g/kg) parece retardar a
progressão da nefropatia diabética para falência renal.
Os estudos avaliaram apenas pacientes insulino-dependentes.
No paciente diabético tipo 2, o uso de medicamento no
controle da PA tem benefício na prevenção e progressão
da nefropatia diabética?
Estudo compara uso de β-bloqueador (atenolol) e IECA (captopril).
Ambos foram igualmente efetivos na redução da pressão sangüínea para uma
média de 144/83mmHg e 143/81mmHg.
Conclui-se que o benefício aos pacientes está mais relacionado à redução
obtida dos níveis pressóricos, do que ao tipo de tratamento.
Estudos comparando classes de drogas não definem a superioridade de um
agente específico.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

S nefrotica x s nefritica e biopsia renal
S nefrotica x s nefritica e biopsia renalS nefrotica x s nefritica e biopsia renal
S nefrotica x s nefritica e biopsia renalTi Lima
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18pauloalambert
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmLiga de Diabetes UFG
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)blogped1
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickejaninemagalhaes
 
Kidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell diseaseKidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell diseasejaninemagalhaes
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidojaninemagalhaes
 
Púrpura trombocitopênica idiopática
Púrpura trombocitopênica idiopáticaPúrpura trombocitopênica idiopática
Púrpura trombocitopênica idiopáticaPatrícia Prates
 
Doença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeDoença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeMichael Collan
 
Glomerulopatias - para alunos medicina
Glomerulopatias - para alunos medicinaGlomerulopatias - para alunos medicina
Glomerulopatias - para alunos medicinaPUCPR
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaJoyce Wadna
 

Was ist angesagt? (20)

Síndrome Nefrótica
Síndrome NefróticaSíndrome Nefrótica
Síndrome Nefrótica
 
Síndrome nefrotica
Síndrome nefroticaSíndrome nefrotica
Síndrome nefrotica
 
S nefrotica x s nefritica e biopsia renal
S nefrotica x s nefritica e biopsia renalS nefrotica x s nefritica e biopsia renal
S nefrotica x s nefritica e biopsia renal
 
Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18Sindromes nefrotico nefritica 18
Sindromes nefrotico nefritica 18
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
 
Cetoacidose Diabetica 2
Cetoacidose Diabetica 2Cetoacidose Diabetica 2
Cetoacidose Diabetica 2
 
Síndromes glomerulares
Síndromes glomerularesSíndromes glomerulares
Síndromes glomerulares
 
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
Púrpura Trobocitopênica Imunológica (PTI)
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Complicações Agudas Do Diabetes
Complicações Agudas Do DiabetesComplicações Agudas Do Diabetes
Complicações Agudas Do Diabetes
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernicke
 
Trombose de seio
Trombose de seioTrombose de seio
Trombose de seio
 
Kidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell diseaseKidney abnormalities in sickle cell disease
Kidney abnormalities in sickle cell disease
 
Sindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigidoSindrome uremica trabalho.corrigido
Sindrome uremica trabalho.corrigido
 
Púrpura trombocitopênica idiopática
Púrpura trombocitopênica idiopáticaPúrpura trombocitopênica idiopática
Púrpura trombocitopênica idiopática
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3Caso clínico nefro 3
Caso clínico nefro 3
 
Doença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro hemeDoença Renal Crônica/ferro heme
Doença Renal Crônica/ferro heme
 
Glomerulopatias - para alunos medicina
Glomerulopatias - para alunos medicinaGlomerulopatias - para alunos medicina
Glomerulopatias - para alunos medicina
 
Cetoacidose Diabética
Cetoacidose DiabéticaCetoacidose Diabética
Cetoacidose Diabética
 

Andere mochten auch (15)

Nefropatia diabética
Nefropatia diabética   Nefropatia diabética
Nefropatia diabética
 
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
 
Seminário diabetes mellitus
Seminário diabetes mellitusSeminário diabetes mellitus
Seminário diabetes mellitus
 
Refluxo
RefluxoRefluxo
Refluxo
 
Nefropatias
NefropatiasNefropatias
Nefropatias
 
Afecções hepáticas
Afecções hepáticasAfecções hepáticas
Afecções hepáticas
 
Nefropatia diabetica
Nefropatia diabeticaNefropatia diabetica
Nefropatia diabetica
 
Nefropatias
NefropatiasNefropatias
Nefropatias
 
Mediastino e hilos
Mediastino e hilosMediastino e hilos
Mediastino e hilos
 
Pé Diabético
Pé DiabéticoPé Diabético
Pé Diabético
 
Aula Diabetes
Aula  DiabetesAula  Diabetes
Aula Diabetes
 
Nefropatias
NefropatiasNefropatias
Nefropatias
 
Diabetes
DiabetesDiabetes
Diabetes
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 
Pé Diabético
Pé DiabéticoPé Diabético
Pé Diabético
 

Ähnlich wie Nefropatia diabética: fatores de risco, diagnóstico e tratamento

Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabetica
Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabeticaDiagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabetica
Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabeticaclaudiaarana5
 
10 pé diabético importancia controlo glicemico
10 pé diabético   importancia controlo glicemico10 pé diabético   importancia controlo glicemico
10 pé diabético importancia controlo glicemicoAntónio Bandarra
 
Paciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaPaciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaGabriella Lourenço
 
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdf
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdfE-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdf
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdfsuziemartins
 
Samuel_Complicações_microvasculares
Samuel_Complicações_microvascularesSamuel_Complicações_microvasculares
Samuel_Complicações_microvascularescomunidadedepraticas
 
Apresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaApresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaSérgio Franco - CDPI
 
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃO
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃODIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃO
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃOAndréa Dantas
 
DM para estudantes.pptx
DM para estudantes.pptxDM para estudantes.pptx
DM para estudantes.pptxMauricioMarane
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxnatansilva624689
 

Ähnlich wie Nefropatia diabética: fatores de risco, diagnóstico e tratamento (20)

Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabetica
Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabeticaDiagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabetica
Diagnosticos diferenciais da_nefropatia_diabetica
 
Diabetes no Idoso
Diabetes no IdosoDiabetes no Idoso
Diabetes no Idoso
 
10 pé diabético importancia controlo glicemico
10 pé diabético   importancia controlo glicemico10 pé diabético   importancia controlo glicemico
10 pé diabético importancia controlo glicemico
 
Hepatite alcoolica
Hepatite alcoolicaHepatite alcoolica
Hepatite alcoolica
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Paciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemiaPaciente diabético e hipoglicemia
Paciente diabético e hipoglicemia
 
Insulinoterapia
InsulinoterapiaInsulinoterapia
Insulinoterapia
 
diabetes
diabetesdiabetes
diabetes
 
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdf
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdfE-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdf
E-book Diabetes mellitus tipo 2 no ambulatório.pdf
 
HAS e DM- Saúde do idoso.pdf
HAS e DM- Saúde do idoso.pdfHAS e DM- Saúde do idoso.pdf
HAS e DM- Saúde do idoso.pdf
 
Samuel_Complicações_microvasculares
Samuel_Complicações_microvascularesSamuel_Complicações_microvasculares
Samuel_Complicações_microvasculares
 
Anticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiaisAnticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiais
 
Anticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiaisAnticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiais
 
Apresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaApresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônica
 
Apresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônicaApresentação insuficiência renal crônica
Apresentação insuficiência renal crônica
 
Controle dos diabetes
Controle dos diabetesControle dos diabetes
Controle dos diabetes
 
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃO
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃODIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃO
DIABETE MELLITUS; TRATAMENTO E INTERVENÇÃO
 
DM para estudantes.pptx
DM para estudantes.pptxDM para estudantes.pptx
DM para estudantes.pptx
 
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptxWebpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
Webpalestra_DoençaRenalCrônica.pptx
 
KDIGO
KDIGOKDIGO
KDIGO
 

Mehr von Bianca Lazarini Forreque Poli

Mehr von Bianca Lazarini Forreque Poli (13)

Rastreamento
RastreamentoRastreamento
Rastreamento
 
Fotografia para Médicos
Fotografia para MédicosFotografia para Médicos
Fotografia para Médicos
 
Estágio em Curitiba - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e ...
Estágio em Curitiba - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e ...Estágio em Curitiba - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e ...
Estágio em Curitiba - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e ...
 
Registros Fotográficos - PRM MFC Cruz Vermelha
Registros Fotográficos - PRM MFC Cruz VermelhaRegistros Fotográficos - PRM MFC Cruz Vermelha
Registros Fotográficos - PRM MFC Cruz Vermelha
 
PRM MFC Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória
PRM MFC Hospital Santa Casa de Misericórdia de VitóriaPRM MFC Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória
PRM MFC Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória
 
DRC na APS
DRC na APSDRC na APS
DRC na APS
 
USPSTF Rastreamentos
USPSTF RastreamentosUSPSTF Rastreamentos
USPSTF Rastreamentos
 
População em situação de rua
População em situação de ruaPopulação em situação de rua
População em situação de rua
 
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e ComunidadeTAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
TAC ASMA NA INFÂNCIA - VIII Jornada Capixaba de Medicina de Família e Comunidade
 
A Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária BrasileiraA Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária Brasileira
 
Prevenção Quaternária
Prevenção QuaternáriaPrevenção Quaternária
Prevenção Quaternária
 
Hipertensão Arterial Sistêmica Secundária
Hipertensão Arterial Sistêmica SecundáriaHipertensão Arterial Sistêmica Secundária
Hipertensão Arterial Sistêmica Secundária
 
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
Discussão de Caso Clínico de Pediatria - "Adolescente com Caroço no Pescoço"
 

Kürzlich hochgeladen

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 

Kürzlich hochgeladen (9)

Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 

Nefropatia diabética: fatores de risco, diagnóstico e tratamento

  • 1. Nefropatia Extraído do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina Bianca Lazarini Forreque UFF 2011
  • 2. Diabético jovem, recém-diagnosticado deve fazer screening para nefropatia? Pacientes diabéticos jovens, em seguimento médio de 9 anos apresentam sinais de nefropatia diabética. Diabetes tipo 2 apresenta risco aumentado de envolvimento renal. Fatores de risco para o aparecimento da microalbuminúria: Inadequado controle da hemoglobina glicosilada Hipertensão arterial Diabetes tipo 2
  • 3. Microalbuminúria e Nefropatia diabética Somente 6% dos pacientes com microalbuminúria positiva progridem para nefropatia diabética, ao passo que 17% dos pacientes sem microalbuminúria desenvolvem nefropatia diabética. Valor preditivo positivo da microalbuminúria como marcador para nefropatia diabética: 43% Valor preditivo negativo: 77% A microalbuminúria não é um marcador, sensível e específico, preditor de nefropatia diabética.
  • 4. Qual a coleta de urina mais adequada para a pesquisa da microalbuminúria? Dois métodos diferentes: Análise da razão albumina/creatinina (A/C) Excreção de albumina noturna (EUA) Valores considerados de referência: Amostra matinal (A/C) = 30 mg/g creatinina Amostra noturna (EUA) = entre 20 e 200 ㎍/min Urina estéril e ausência de atividade física são importantes para a acurácia do exame.
  • 5. Biópsia Renal Glomerulopatia Diabética é a lesão renal mais comum em diabéticos tipo 2 com proteinúria. Critérios para biópsia renal: microhematúria e/ou ausência de retinopatia diabética e/ou disfunção renal atípica e/ou anormalidades imunológicas. GD em 74% dos casos sem retinopatia GD em 78% dos casos com microhematúria GD em 67% dos casos com microhematúria sem retinopatia GD em 100% dos casos com retinopatia
  • 6. Microalbuminúria ou macroalbuminúria em relação à HAS, doença cardiovascular ou retinopatia: Estudo de seguimento de 320 pacientes diabéticos tipo 2, por 5 anos, com 15% deles apresentando microalbuminúria e 4,8% apresentando macroalbuminúria. Os resultados deste estudo demonstraram que a macroalbuminúria está independentemente relacionada à presença de retinopatia e doença cardiovascular. Sabe-se que a Excreção urinária de albumina (EUA) pode ser mais que apenas um indicador de doença renal, mas também reflete o dano vascular generalizado nestes pacientes.
  • 7. O controle da glicemia tem importância na prevenção ou na progressão da nefropatia? A insulinoterapia intensiva reduz a ocorrência de microalbuminúria em 39% e de albuminúria em 54% dos casos, em relação à terapia convencional. Principal efeito adverso à insulinoterapia intensiva: hipoglicemia grave.
  • 8. Existe benefício no uso de Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA)? O tratamento com IECA promove uma significante redução na taxa de excreção de albumina, tanto nos diabéticos do tipo 1 quanto do tipo 2, normotensos com microalbuminúria. Uso de captopril, enalapril ou lisinopril. Não está definido se esta redução retarda a evolução de doença renal inicial para insuficiência renal.
  • 9. A instituição de uma dieta hipoprotéica é benéfica na prevenção de Doença renal terminal? Em geral, uma dieta restritiva protéica (0.3 - 0.8 g/kg) parece retardar a progressão da nefropatia diabética para falência renal. Os estudos avaliaram apenas pacientes insulino-dependentes.
  • 10. No paciente diabético tipo 2, o uso de medicamento no controle da PA tem benefício na prevenção e progressão da nefropatia diabética? Estudo compara uso de β-bloqueador (atenolol) e IECA (captopril). Ambos foram igualmente efetivos na redução da pressão sangüínea para uma média de 144/83mmHg e 143/81mmHg. Conclui-se que o benefício aos pacientes está mais relacionado à redução obtida dos níveis pressóricos, do que ao tipo de tratamento. Estudos comparando classes de drogas não definem a superioridade de um agente específico.