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                         Telm: 914452144       Universidade de Coimbra        Telm:913475982

Lisboa 6 de Janeiro de 2011
Pode definir-se episódio ou ataque de pânico como uma experiência súbita de medo
intenso ou de intenso mal-estar, fazendo-se acompanhar de sintomas físicos que incluem,
mais frequentemente, aumento do batimento cardíaco, palpitações, dor no peito, ciclos
respiratórios curtos, tonturas, sensações de estranheza, despersonalização e tensão
muscular.
Deve existir um período bem distinto em que predominaram queixas de medo intenso ou desconforto,
igualmente, em que pelo menos quatro dos seguintes sintomas se desenvolveram subitamente, atingindo um
pico em 10 minutos:

1.     Palpitaç
       Palpitações, forte batimento cardíaco ou aceleração do batimento cardíaco
                                    cardí        aceleraç                 cardí
2.     Suores
3.     Tremores ou estremecimentos
4.     Dificuldades em respirar
5.     Sensaç
       Sensação de sufoco
6.     Desconforto ou dor no peito
7.                 mal-
       Náuseas ou mal-estar abdominal
8.     Sensaç
       Sensação de tonturas, de desequilíbrio, de cabeça oca ou de desmaio
                                  desequilí         cabeç
9.     Desrealizaç                                          despersonalizaç (sentir-
       Desrealização (isto é, sentimento de irrealidade) ou despersonalização (sentir-se desligado/a de si
       mesmo/a
10.    Medo de perder o controlo ou de enlouquecer
11.    Medo de morrer
12.    Parestesias (entorpecimento ou formigueiros)
13.    Sensaç
       Sensação de frio ou de calor
Desordem de pânico Ocorrência recorrente de ataques
               pânico:
de pânico seguidos de pelo menos 1 mês de apreensão
persistente sobre ter outro, preocupação sobre as
consequências desses ataques, ou uma mudança
significativa no comportamento relacionado com esses
ataques (ex: não querer andar só).

Agorafobia:
Agorafobia a principal característica da agorafobia é a
ansiedade/medo sobre e evitamento/fuga de lugares
ou situações das quais escapar poderá ser difícil ou
embaraçoso, ou em que o socorro não é viável em caso
de ataque de pânico (ex: um restaurante).
Toda a gente experimenta emoções




                  Mesmo que não “saiba” o
                         que são
Na verdade, elas são uma constante
              da vida


  sempre presentes em todos os
          momentos e

          circunstâncias
Algumas vezes são emoções boas que podem até ser suscitadas por certas
  paisagens e nos fazem sentir bem, talvez mesmo fazendo parte de um
                               mundo belo
Outras vezes e outras paisagens, pelo contrário, suscitam-nos más
 emoções e lembram-nos aquilo que de pior existe no ser humano
Não pretendendo ser simplista,
poderemos dizer que um dos vectores
orientadores da História Humana tem
sido o controlo das suas condições de
existência, a melhoria do seu bem-
estar.   E   este   está   intrinsecamente
ligado às emoções, aos sentimentos,
aos afectos.
Emoções boas
Emoções más




E para que servem estas emoções?
Só as boas prestam ou são
desejáveis?
Ao longo do desenvolvimento da
nossa espécie fomos preparados
  para responder às ameaças
1.   As emoções ajudam a nossa
                                             orientação no mundo


                                    2. Alertam-nos para aspectos a que,
                                       particularmente, devemos prestar
                                                 mais atenção


                                      3. Dentro destas, as negativas
                                      constituem alarmes para ameaças,
                                       indicando-nos aspectos sobre os
                                          quais é urgente proceder a
                                                  mudanças

4. Quando uma emoção se torna
      disfuncional, patológica,
    SIGNIFICA que se tornou um
 estorvo, uma fonte de sofrimento            Torna-se central
  para nós e talvez mesmo para os            na nossa vida
               outros
Estamos pois preparados/as para responder a
                               múltiplas ameaças.




E o primeiro passo é o alarme




                                           Ansiedade
                                             Medo
Um alarme indica-nos que alguma coisa devemos fazer para
fazer face a uma ameaça




     Geralmente,

     Enfrentamos a ameaça

     ou

     FUGIMOS



          Devido à natureza enganadora do medo
          orientado por sensações corporais
Significam: preciso estudar caso contrário
          terei maus resultados


                                        Quando tratamos o medo
                                        como um problema em si
      Estudo                                    mesmo



     Ameaça

                                         Significa: o medo é uma
                                                  ameaça


                            Medo
                                                   Estudo
Falemos de “ansiedade”, “medo”


         Ansiedade, Medos

                 Seres sobrenaturais, escuro, estar
                 sozinho, danos corporais, exames,
                      aparência, morte, cobras



                       Ansiedade
                                                  Afecto negativo
                                    Sintomas somáticos de tensão
                                          Orientada para o futuro
                                   Sentimento de falta de controlo
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                          Medo                                           Pânico
                                                       Afecto negativo
                                    Forte activação do S. N. Simpático
                                          Reacção de alarme imediata


                     Episódio de pânico
                                 Medo ocorrendo desproporcionalmente
                           Três tipos: situacionalmente desencadeado;
                     inesperado; mais provável de acontecer em certas
                                                             situações




As emoções têm uma função filogenética e individual.
                  Não são aberrações.
Mas do que foge
quem foge do pânico?
Um modo de
vida
Mas fugir para
onde ou de quem?
Estes alarmes tornam-se FALSOS, já que são
   accionados na ausência de perigo real.




Quando se tornam alarmes falsos tornam-
se disfuncionais (patológicos), isto é, não
servem para adaptar, evoluir, desenvolver,
mas para bloquear, regredir.
Interpretação incorrecta

Crê que o medo corresponde
à existência de um perigo real

               Mas REALMENTE esse perigo não existe   Se sinto medo
                                                       é porque há
                                                          perigo
Será que
    posso
enlouquecer?




   E se começo a
    falar com as
      paredes?
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      um falso alarme
Central na perturbação de pânico é o
           medo de perder o controlo
Vulnerabilidad Psicológica Generalizada             Vulnerabilidad Biológica Generalizada




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              Falsa Alarma
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              Alarma Aprendida




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                  iatrogé
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C) Desesperança
Com base na evidência
Empiricamente validados
1. Benzodiazepines are associated with a
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2. Sedating antihistamines or antipsychotics
should not be prescribed for the treatment
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Interventions that have evidence for the
longest duration of effect, in descending order
are:

  psychological therapy
  pharmacological therapy (antidepressant
medication)
  self-help
For most people, Psychological therapy
should take the form of weekly sessions of 1-2
hours and should be completed within a
maximum of 4 months of commencement.
Contornos gerais
do tratamento psicológico da perturbação de pânico

            cativa
       e du
Fase       O mecanismo de desenvolvimento e
           manutenção do medo
           Interpretação errada dos sintomas


                     Procedimento básico de desactivação
                     ansiosa para promover o auto-controlo

                     E outras técnicas de controlo
                     respiratório
                     diafragmático natural ou com imposição
                     mecânica
Contornos gerais
do tratamento psicológico da perturbação de pânico


           ica
  ase pêut
 F a
     r
  Te       Exposição Interoceptiva
           Exposição Exteroceptiva
Contornos gerais
do tratamento psicológico da perturbação de pânico
                   to
              imen
          egu
     d e S tiva
   se ven
 Fa pre
  ou       Ênfase em procedimentos de
           auto-controlo cognitivo e
           emocional
A dependência de drogas como impeditivo
terapêutico
A possibilidade de redução terapêutica
O mito dos tratamentos combinados
A perturbação de pânico, quando não tem
outras complicações, tem um excelente
prognóstico no que respeita ao tratamento
psicológico, não ultrapassando, por norma, os
dois meses



                 A existência de medicação,
    habitualmente, traduz-se na necessidade
    de proceder a alterações significativas no
    tratamento psicológico
Pharmacological interventions
The following must be taken into account when deciding which
medication to offer:
  the age of the patient
  previous treatment response
  risks
  the likelihood of accidental overdose by the person being treated
and by other family members if appropriate
  the likelihood of deliberate self-harm, by overdose or otherwise
  tolerability
  the preference of the person being treated
  cost, where equal effectiveness is demonstrated
All patients who are prescribed antidepressants should be informed,
at the time that treatment is initiated, of potential side effects
(including transient increase in anxiety at the start of treatment) and
of the risk of discontinuation/withdrawal symptoms if the treatment is
stopped abruptly or in some instances if a dose is missed or,
occasionally, on reducing the dose of the drug.
Patients started on antidepressants should be informed about the
delay in onset of effect, the time course of treatment, the need to
take medication as prescribed, and possible discontinuation /
withdrawal symptoms. Written information appropriate to the
patient’s needs should be made available.
Unless otherwise indicated, an SSRI licensed for panic disorder
should be offered.
Psychological therapy should be delivered only by suitably trained
and supervised people who can demonstrate that they adhere
closely to empirically grounded treatment protocols
Psychological therapy in the optimal range of duration (7–14 hours
in total) should be offered.
For most people, Psychological therapy should take the form of
weekly sessions of 1-2 hours and should be completed within a
maximum of 4 months of commencement.
Briefer Psychological therapy should be supplemented with
appropriate focused information and tasks Where briefer
Psychological therapy is used, it should be around 7 hours and
designed to integrate with structured self-help materials
For a few people, more intensive Psychological therapy over a very
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A perturbação de pânico pdf

  • 1. natu reza d er a sua C ompreen Carlos Lopes Pires PhD & Maria Angeles Ludeña, Student PhD Pires, Ludeñ Instituto de Psicologia Cognitiva da Faculdade de Psicologia Telm: 914452144 Universidade de Coimbra Telm:913475982 Lisboa 6 de Janeiro de 2011
  • 2.
  • 3. Pode definir-se episódio ou ataque de pânico como uma experiência súbita de medo intenso ou de intenso mal-estar, fazendo-se acompanhar de sintomas físicos que incluem, mais frequentemente, aumento do batimento cardíaco, palpitações, dor no peito, ciclos respiratórios curtos, tonturas, sensações de estranheza, despersonalização e tensão muscular. Deve existir um período bem distinto em que predominaram queixas de medo intenso ou desconforto, igualmente, em que pelo menos quatro dos seguintes sintomas se desenvolveram subitamente, atingindo um pico em 10 minutos: 1. Palpitaç Palpitações, forte batimento cardíaco ou aceleração do batimento cardíaco cardí aceleraç cardí 2. Suores 3. Tremores ou estremecimentos 4. Dificuldades em respirar 5. Sensaç Sensação de sufoco 6. Desconforto ou dor no peito 7. mal- Náuseas ou mal-estar abdominal 8. Sensaç Sensação de tonturas, de desequilíbrio, de cabeça oca ou de desmaio desequilí cabeç 9. Desrealizaç despersonalizaç (sentir- Desrealização (isto é, sentimento de irrealidade) ou despersonalização (sentir-se desligado/a de si mesmo/a 10. Medo de perder o controlo ou de enlouquecer 11. Medo de morrer 12. Parestesias (entorpecimento ou formigueiros) 13. Sensaç Sensação de frio ou de calor
  • 4. Desordem de pânico Ocorrência recorrente de ataques pânico: de pânico seguidos de pelo menos 1 mês de apreensão persistente sobre ter outro, preocupação sobre as consequências desses ataques, ou uma mudança significativa no comportamento relacionado com esses ataques (ex: não querer andar só). Agorafobia: Agorafobia a principal característica da agorafobia é a ansiedade/medo sobre e evitamento/fuga de lugares ou situações das quais escapar poderá ser difícil ou embaraçoso, ou em que o socorro não é viável em caso de ataque de pânico (ex: um restaurante).
  • 5. Toda a gente experimenta emoções Mesmo que não “saiba” o que são
  • 6. Na verdade, elas são uma constante da vida sempre presentes em todos os momentos e circunstâncias
  • 7. Algumas vezes são emoções boas que podem até ser suscitadas por certas paisagens e nos fazem sentir bem, talvez mesmo fazendo parte de um mundo belo
  • 8. Outras vezes e outras paisagens, pelo contrário, suscitam-nos más emoções e lembram-nos aquilo que de pior existe no ser humano
  • 9. Não pretendendo ser simplista, poderemos dizer que um dos vectores orientadores da História Humana tem sido o controlo das suas condições de existência, a melhoria do seu bem- estar. E este está intrinsecamente ligado às emoções, aos sentimentos, aos afectos.
  • 10. Emoções boas Emoções más E para que servem estas emoções? Só as boas prestam ou são desejáveis?
  • 11. Ao longo do desenvolvimento da nossa espécie fomos preparados para responder às ameaças
  • 12. 1. As emoções ajudam a nossa orientação no mundo 2. Alertam-nos para aspectos a que, particularmente, devemos prestar mais atenção 3. Dentro destas, as negativas constituem alarmes para ameaças, indicando-nos aspectos sobre os quais é urgente proceder a mudanças 4. Quando uma emoção se torna disfuncional, patológica, SIGNIFICA que se tornou um estorvo, uma fonte de sofrimento Torna-se central para nós e talvez mesmo para os na nossa vida outros
  • 13. Estamos pois preparados/as para responder a múltiplas ameaças. E o primeiro passo é o alarme Ansiedade Medo
  • 14. Um alarme indica-nos que alguma coisa devemos fazer para fazer face a uma ameaça Geralmente, Enfrentamos a ameaça ou FUGIMOS Devido à natureza enganadora do medo orientado por sensações corporais
  • 15. Significam: preciso estudar caso contrário terei maus resultados Quando tratamos o medo como um problema em si Estudo mesmo Ameaça Significa: o medo é uma ameaça Medo Estudo
  • 16. Falemos de “ansiedade”, “medo” Ansiedade, Medos Seres sobrenaturais, escuro, estar sozinho, danos corporais, exames, aparência, morte, cobras Ansiedade Afecto negativo Sintomas somáticos de tensão Orientada para o futuro Sentimento de falta de controlo Alarmes Perturbação de Medo Pânico Afecto negativo Forte activação do S. N. Simpático Reacção de alarme imediata Episódio de pânico Medo ocorrendo desproporcionalmente Três tipos: situacionalmente desencadeado; inesperado; mais provável de acontecer em certas situações As emoções têm uma função filogenética e individual. Não são aberrações.
  • 17.
  • 18. Mas do que foge quem foge do pânico?
  • 20. Mas fugir para onde ou de quem?
  • 21.
  • 22. Estes alarmes tornam-se FALSOS, já que são accionados na ausência de perigo real. Quando se tornam alarmes falsos tornam- se disfuncionais (patológicos), isto é, não servem para adaptar, evoluir, desenvolver, mas para bloquear, regredir.
  • 23. Interpretação incorrecta Crê que o medo corresponde à existência de um perigo real Mas REALMENTE esse perigo não existe Se sinto medo é porque há perigo
  • 24. Será que posso enlouquecer? E se começo a falar com as paredes?
  • 25. Mas é apenas medo um falso alarme
  • 26. Central na perturbação de pânico é o medo de perder o controlo
  • 27. Vulnerabilidad Psicológica Generalizada Vulnerabilidad Biológica Generalizada Stress Falsa Alarma Asociación con Sensaciones Somáticas Alarma Aprendida Vulnerabilidad Psicológica Específica Aprehensión de Ansiedad Desarrollo de Agorafobia Trastorno de Pánico con Trastorno de Pánico Agorafobia
  • 28. Medo de perder controlo sobre si mesmo/a Ago rafo Situações bia Sobre si Pontes Caír Filas Enlouquecer Estádios Doença Cinemas Tonturas Auto-estradas Acontecer “alguma coisa” Elevadores Fazer a alguém Aviões Suicidar-se Garagens subterrâneas Deprimir-se Supermercados Multidões
  • 29.
  • 30. O sistema de saúde moderno baseia-se na prescrição de drogas
  • 31. 1. Não cura a) Actua como um paliativo b) Retira a pessoa do contexto, dando a ilusão de que melhora iatrogé 1. Potencia danos iatrogénicos a) Alterações emocionais b) Alterações somáticas C) Desesperança
  • 32.
  • 33. Com base na evidência Empiricamente validados
  • 34.
  • 35. 1. Benzodiazepines are associated with a less good outcome in the long term and should not be prescribed for the treatment of individuals with panic disorder. 2. Sedating antihistamines or antipsychotics should not be prescribed for the treatment of panic disorder.
  • 36. Interventions that have evidence for the longest duration of effect, in descending order are: psychological therapy pharmacological therapy (antidepressant medication) self-help
  • 37. For most people, Psychological therapy should take the form of weekly sessions of 1-2 hours and should be completed within a maximum of 4 months of commencement.
  • 38. Contornos gerais do tratamento psicológico da perturbação de pânico cativa e du Fase O mecanismo de desenvolvimento e manutenção do medo Interpretação errada dos sintomas Procedimento básico de desactivação ansiosa para promover o auto-controlo E outras técnicas de controlo respiratório diafragmático natural ou com imposição mecânica
  • 39. Contornos gerais do tratamento psicológico da perturbação de pânico ica ase pêut F a r Te Exposição Interoceptiva Exposição Exteroceptiva
  • 40. Contornos gerais do tratamento psicológico da perturbação de pânico to imen egu d e S tiva se ven Fa pre ou Ênfase em procedimentos de auto-controlo cognitivo e emocional
  • 41. A dependência de drogas como impeditivo terapêutico A possibilidade de redução terapêutica O mito dos tratamentos combinados
  • 42. A perturbação de pânico, quando não tem outras complicações, tem um excelente prognóstico no que respeita ao tratamento psicológico, não ultrapassando, por norma, os dois meses A existência de medicação, habitualmente, traduz-se na necessidade de proceder a alterações significativas no tratamento psicológico
  • 43.
  • 44.
  • 45. Pharmacological interventions The following must be taken into account when deciding which medication to offer: the age of the patient previous treatment response risks the likelihood of accidental overdose by the person being treated and by other family members if appropriate the likelihood of deliberate self-harm, by overdose or otherwise tolerability the preference of the person being treated cost, where equal effectiveness is demonstrated
  • 46. All patients who are prescribed antidepressants should be informed, at the time that treatment is initiated, of potential side effects (including transient increase in anxiety at the start of treatment) and of the risk of discontinuation/withdrawal symptoms if the treatment is stopped abruptly or in some instances if a dose is missed or, occasionally, on reducing the dose of the drug. Patients started on antidepressants should be informed about the delay in onset of effect, the time course of treatment, the need to take medication as prescribed, and possible discontinuation / withdrawal symptoms. Written information appropriate to the patient’s needs should be made available. Unless otherwise indicated, an SSRI licensed for panic disorder should be offered.
  • 47. Psychological therapy should be delivered only by suitably trained and supervised people who can demonstrate that they adhere closely to empirically grounded treatment protocols Psychological therapy in the optimal range of duration (7–14 hours in total) should be offered. For most people, Psychological therapy should take the form of weekly sessions of 1-2 hours and should be completed within a maximum of 4 months of commencement. Briefer Psychological therapy should be supplemented with appropriate focused information and tasks Where briefer Psychological therapy is used, it should be around 7 hours and designed to integrate with structured self-help materials For a few people, more intensive Psychological therapy over a very short period of time might be appropriate