Conferência: A família: constituição, fundamentos e responsabilidades, Claudia Werdine 2013, Comissão Europa de Educação cee-cei, www.cee-cei.blogspot.com
2. 1. O casamento é um dos primeiros
atos de progresso nas sociedades
humanas porque estabelece a
solidariedade fraternal e se encontra
em todos os povos, embora nas
mais diversas condições.
3. 2. O desejo de uma união permanente que consiga
satisfazer as necessidades emotivas e intelectuais é natural
e espontâneo no espirito. O ser procura alguém para
compartilhar suas necessidades e aspirações no caminho
da evolução.
4. 3. Agremiação na qual dois seres se conjugam,
atendendo aos vínculos de afeto, garantindo os alicerces
da civilização.
Emmanuel
5. Inicialmente impulsado
pelo desejo sexual e depois
pela necessidade de
alguém para se associar as
suas realizações, o homem
e a mulher procuram um
companheiro/a para seus
dias e o aperfeiçoamento
espiritual de ambos.
6. …” Dentro dos seres que caminham, de fato, en direção aos
montes da elevação, a união sexual é muito diferente…
… Traduz o intercâmbio sublime das energias perispirituais,
que simboliza o alimento divino para a inteligência, o coração
e a força criadora não somente para os filhos, mas também
de obras e logros generosos da alma para a vida eterna…”
André Luiz
… O sexo, na existência humana, pode ser um dos
instrumentos de amor, sem que o amor seja do
sexo…”
André Luiz
“A natureza deu ao homem a
necessidade de amar e de ser
amado.”
O Livro dos Espíritos
7. O amor dentro do casamento
representa o caminhar juntos, sendo
os casais capazes de se ajustar e
superar os obstáculos que se lhes
presentam na vida, respeitando a
individualidade de cada um.
O amor é a essência divina.
Desde o mais alto até o mais
humilde, todos temos, no fundo,
uma centelha deste fogo
sagrado.
Allan Kardec
8. Indubidavelmente, a felicidade é a primeira aspiração do
ser humano. Ninguém deixou jamais de procurá-la,
sonhando te-la como objetivo fundamental da existencia.
A maioria espera encontrá-la no casamento.
9. Enquanto é unânime a expectativa da felicidade no
casamento, várias são as razões que levam aos seres a
contrai-lo. Assim, enquanto uns recolhem na vida conjugal
muitas alegrias, prazeres e bem estar, outros pelo contrário,
só encontram nele angústias, frustrações e sofrimentos.
10. O que acontece, normalmente, é o seguinte:
Durante o período de namoro, as pessoas, desejosas em
causarem, um ao outro, uma impressão favorável, se
esforçam em manter uma boa conduta, tentando camuflar os
aspectos menos desejáveis de seus caracteres.
Nesse período os casais vivem num estado de
encantamento estimulados pela atração física, evitando a
menor alusão a episodios desagradáveis do passado de
cada um, para entregar-se só a fantasias, na ilusão das
maravilhosas promessas do futuro.
Ainda quando um dos dois chega a
observar no outro características
comprometedoras ou menos dignas,
acreditam ingenuamente que o casamento
terminará com elas.
11. Então, as características das personalidades de ambos
que não foram reveladas antes do casamento começam
a se manifestar e o casal, depois de conhecer a realidade
da vida, compreende que ela não está feita somente de
momentos românticos, exigindo agora trabalhos difíceis e
não poucos sacrificios para os quais nem sempre
estiveram convenientemente preparados.
12. E se não existirem as concessões mútuas e um esforço
comum no sentido de estabelecer um “modus vivendi” ou
pelo menos suportável, a harmonia do lar e a felicidade
conjugal serão destruídas.
13. O casamento é algo muito
complexo e seu êxito
depende de uma série de
fatores…
14. A boa disposição de
acatar as opiniões,
favorecer a solução
dos problemas.
A necessidade de perdoar …
15. “Em toda união conjugal as responsabilidades são recíprocas,
exigindo de cada um, uma expressiva contribuição em benefício do
sucesso dos dois”.
Joanna de Ângelis.
16. A família é uma construção dos cônjuges que,
dependendo das suas escolhas, se construirá sobre
bases firmes ou sobre a areia, assumindo um ao
outro, exercitando nobres aspirações no
desempenho da liberdade com responsabilidade ou
perdendo-se em paixões que se evaporam com o
vento.
17. “A família biológica é a humanidade em miniatura. É
uma micro-humanidade.
É através da engrenagem familiar que cada filho de Deus,
matriculado no educandário do renascimento, vai se
preparando para aprender a conviver, a conhecer e a
respeitar a humanidade.”
Pelo Espírito Camilo, Raul Teixeira
“É graças ao esforço da convivência com
três, cinco, dez pessoas na relação
doméstica que cada indivíduo adquire
elementos intelectuais e sentimentais
para lograr, no futuro remoto
compreender, cooperar e amar a
imensa família universal, no que se
refere ao universo terreste.”
18. “O instituto da família é organizado no plano espiritual,
antes de projetar-se na Terra?”
O colégio familiar tem suas origens sagradas na esfera
espiritual. Em seus laços se encontram todos aqueles que
contraíram no além o compromisso de desenvolver na Terra
uma tarefa construtiva de fraternidade real e definitiva.
Antes do retorno para a experiência no plano físico, nosso
espírito em oração roga ao Senhor a concessão da luta para o
trabalho do nosso próprio reajuste.
(Emmanuel, O Consolador)
19. Programamos o reencontro com aquele espírito com o qual
nos juntaremos para a formação de um novo lar, com todas
as implicações derivadas do nosso passado na construção do
presente, sabendo que deste presente vai depender nosso
futuro. Nesta situação também programamos os filhos.
Auxiliados pelos amigos espirituais que nos assistem e
muitas das vezes são nossos avalistas, nos capacitamos para
retornar à vida física.
20. Mas em todas as situações, não falta o olhar da
Divindade, que considera o quadro reeducativo
tanto para os encarnados quanto para os
desencarnados, uma vez que Deus transforma
sempre os frutos dos equívocos de Suas
criaturas em lições nutritivas para o futuro
vitorioso, para a evolução…
Tudo na vida obedece a lei de causa e efeito e os
casamentos mal sucedidos, em última análise, são a
consequência natural da ignorância ou da leviandade com
que muitos se aventuram em coisa tão séria.
No Invisível, a formação da família é vista em conformidade
com os reencarnantes, podendo o espírito, chegando ao
mundo, promover alterações de leve ou de forte impacto na
estrutura de sua vida, em nome do seu livre-arbítrio.
21. Duradouras, as primeiras se
fortalecem pela purificação
e se perpetuam no mundo
dos Espíritos através das
variadas migrações da
alma.
As segundas, frágeis como
a matéria, se extinguem
com o tempo e muitas das
vezes se dissolvem
moralmente, já na
existência atual.
22. “Quantos são os que creem amar loucamente, porque só
julgam pelas aparências, e quando obrigados a viverem
juntos, não demoram em descobrir que não é mais que um
encantamento material!
É preciso não esquecer que é o espírito quem ama, não o
corpo, e que quando tem se dissipado a ilusão material, o
espirito vê a realidade…”
O Livro dos Espiritos
Não são os de consanguineidade
os verdadeiros laços de família, e
sim os de simpatia de comunhão
de ideias, os que prendem aos
espíritos antes, durante e depois
das suas encarnações.
23. Foi o que Jesus quis fazer compreensível quando falou
aos seus discípulos: Aqui esta minha mãe e meus
irmãos, isto é, minha família pelos laços de espírito,
porque todos aqueles que fazem a vontade do meu Pai
que está no céu, é meu irmão, minha irmã e minha
mãe.”
(Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo)
24. Pode-se considerar a paternidade como uma missão?
A família tem uma função relevante no processo evolutivo dos
espiritos reencarnados. A maternidade e a paternidade
constituem verdadeiras missões e ao mesmo tempo um
dever muito grande, porque “Deus deu aos pais a tutela dos
filhos, com o fim de direccionar-lhes pelo caminho do bem”.
O Livro dos Espiritos
25. Oh, espiritistas! … Comprendam que quando criam um corpo,
a alma que encarna nele vem do espaço para evoluir;
conheçam suas responsabilidades; e coloquem todo o seu
amor em aproximar esta alma a Deus; essa é a missão que a
vocês foi confiada, e pela qual recebereis a recompensa se a
cumprir fielmente. Seus cuidados e a educação que será dada,
vão ajudar ao seu aperfeiçoamento e bem-estar futuro.
Pensem que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: O que
fizeram com o filho que a vocês foi confiado?”
O Evangelho Segundo o Espiritismo
26. Cabe aos pais a responsabilidade inicial da educação do
Espírito encarnado.
O lar deve ser o cenário onde o indivíduo possa sentir-se
plenamente confiante, aceito e amado, onde possa expor
seus conflitos mais íntimos com sinceridade, sem medo
de perder a compreensão dos familiares, onde possa
desabafar seus problemas e dialogar com profundidade
com os que lhe são afins.
O exemplo edificante, o ambiente moral, as vibrações
amorosas do lar serão determinantes na existência
presente e na vida imortal.
27. As instituições de ensino próprias do mundo podem instruir,
mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão
que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o
lar pode edificar o homem”.
O Consolador
Os pais são os educadores por
excelência, assumindo
seriamente a tarefa educativa
das crianças e dos jovens que
compõem seu núcleo familiar.
28. “...Eduquemos nossas crianças, espíritos forasteiros do
infinito em busca de novas experiências, à procura da
evolução espiritual.
Eduquemos nossos lares, meus filhos, doando à nossa
família a bênção de hospedarmos o Cristo de Deus em
nossa casas.
Eduquemo-nos, guardando nossas mentes e nossos
corações na bênção dos ensinos sublimes.
Os tempos são chegados, os corações aflitos pedem
amparo, os desesperados suplicam luz.
Filhos, somente através do Evangelho vivido à luz da
Doutrina Espírita encontrará o homem a paz, a serenidade e
o caminho do amor nobre...”
Bezerra de Menezes
30. BIBLIOGRAFIA:
Constelação Familiar, Divaldo Franco
Laços de Familia, Divaldo Franco e Autores Diversos
Desafios da Vida Familiar, Raul Teixeira
Família & Espiritismo, Autores Diversos – USE
Minha Família , o Mundo e Eu, Raul Teixeira,
A Vida em Família , Rodolfo Calligaris
Paternidade Responsavel, Revista Reformador
Um Desafio chamado Família , Joamar Nazelini Nazareth
Palestra realizada por Claudia Werdine 2013.