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CAMAÇARI, 2015.
FACULDADE METROPOLITANA DE CAMAÇARI – FAMEC
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA
ARIANA MONIQUE DE SOUZA COSTA
SISTEMA PRODUTIVO
CAMAÇARI, 2015.
ARIANA MONIQUE DE SOUZA COSTA
SISTEMA PRODUTIVO
Resenha realizada como requisito
parcial de avaliação da disciplina
Sistema Produtivo ministrado pela
Professora Hellen Souza, do curso
de Bacharelado em Engenharia
pela Faculdade Metropolitana de
Camaçari - FAMEC.
CAMAÇARI, 2015.
Os sistemas produtivos: formas de atender às necessidades da vida
material.
Mudanças na economia mundial e no cenário da produção de bens industriais
vêm transformando o mercado e a forma de administrá-lo. Uma das áreas que
vem promovendo grandes modificações na gestão empresarial é a
Administração da Produção. Vários fatores têm destacado esta área, dos quais
se podem citar alguns:
A exigência de produtos com maior qualidade e menor custo em função de
novos padrões no comportamento do consumidor;
O rápido desenvolvimento de novas tecnologias de gestão de
Manufatura e de seus processos;
As mudanças da organização do trabalho nos sistemas produtivos em função
das reduções nos tamanhos de lote e consequente redução da produtividade; e
Alianças comerciais entre os mercados (ex.: Mercado Comum Europeu,
MERCOSUL, ALCA etc.), que vem promovendo constantes reestruturações na
econômica mundial.
Tais fatores impulsionam novas formas de manufatura que buscam uma gama
maior na variedade e personalização dos produtos a partir de um incremento
na qualidade, agilidade e flexibilidade, com utilização de curtos.
Ciclos produtivos, focando a drástica redução dos custos operacionais. No
novo modelo competitivo prevalece o sistema de produção “Customizada”, em
substituição ao sistema de produção “Padronizada”, que compõem os
princípios essenciais do modelo Ford de produção em massa que perdurou até
poucos anos atrás.
O sistema Customizado busca melhorar a adaptabilidade das organizações
industriais no sentido de lhes conferir a adequada capacidade de adaptação
para a introdução de novos produtos em tempos adequados, promover maior
flexibilidade dos sistemas produtivos e lhes conferir a adequada capacidade de
adaptação de suas atividades.
No novo modelo, a relação cliente-fornecedor é formada a partir de cinco
características básicas:
CAMAÇARI, 2015.
 Flexibilidade
Capacidade de adaptar-se, de forma rápida e precisa, às mudanças solicitadas
pelo cliente ou pelo mercado.
 Rapidez de Entrega
Agilidade no atendimento a demanda do cliente ou do mercado.
 Tipo de produto
Grau de Customização versus Padronização.
 Tipo de cliente
Fornecimento intermediário versus consumidor final.
Os sistemas produtivos dizem respeito à forma como as sociedades se
organizam para produzir os recursos necessários à sua sobrevivência.
Como se sabe, as sociedades possuem estruturas, as quais são responsáveis
pela maneira como as relações sociais são organizadas, norteadas,
conduzidas, permitindo que os indivíduos possam assumir posições e papéis
sociais. Tais estruturas estão extremamente interconectadas aos sistemas
produtivos que vigoram nestas sociedades, os quais dizem respeito à forma
como as sociedades se organizam para produzir os recursos necessários à sua
sobrevivência, isto é, diz respeito à maneira como os grupos sociais atendem
às necessidades materiais de suas vidas. As necessidades materiais devem
ser entendidas como alimentos, vestimentas, utensílios, ferramentas,
construções, remédios, enfim, uma gama de elementos necessários e que são
produzidos ou alcançados pelo trabalho do homem através de sua interação
com o meio e com outros homens em sociedade.
A transformação do sistema produtivo é um aspecto fundamental para se
pensar nas mudanças das estruturas sociais que garantiriam o surgimento de
uma sociedade industrial e o abandono dos padrões anteriores. Como se sabe,
uma maior divisão do trabalho ocasionou o surgimento de uma estratificação
CAMAÇARI, 2015.
em classes sociais como podemos compreender da leitura da obra de Karl
Marx. Aliás, este mesmo pensador nos mostra em sua análise a importância do
chamado materialismo histórico, um método pelo qual podemos tentar
compreender a vida econômica, social, política e intelectual, isto é, a história da
humanidade e suas formas de organização, percebendo de que forma os
sistemas produtivos de cada período possuem uma relação intrínseca com a
estrutura social.
Na sociedade feudal existente na Idade Média, por exemplo, para uma
sociedade esta mental (sem condições de mobilidade social) prevalecia um
sistema produtivo de autossustento, predominantemente agrícola, familiar.
Mesmo com o desenvolvimento incipiente de um comércio nos povoados que
se formavam pela Europa, permanecia um tipo de sistema produtivo familiar.
Surgiram neste contexto (de um incipiente povoamento) as chamadas
corporações de ofício, formadas por mestres artesãos e seus ajudantes, os
quais iniciavam uma produção pequena para um mercado local. Mas o
crescimento das cidades e a expansão do comércio faria com que o sistema de
produção doméstico entrasse em vigor, o qual significaria a perda da
independência dos artesãos na produção de seu trabalho. Se outrora eles
tinham além da posse de seu trabalho também a matéria prima e suas
ferramentas, no sistema doméstico passam a depender, às vezes, de
intermediários, os quais auxiliariam tanto com matéria-prima como nas vendas.
Obviamente, vale dizer que ao longo da história estes sistemas em algum
momento vigoraram juntos, uma vez que os processos históricos são
dinâmicos e que o início de um “novo” sistema ou configuração não se dá
somente após o término definitivo do anterior.
Em meados do século XVIII, já num período em que se iniciara a revolução
científico-tecnológica, surgiu o sistema fabril, o qual se desenvolvera ao longo
do século XIX até os nossos dias. Em comparação aos sistemas anteriores,
como apontam Lakatos e Marconi (1999), tratava-se agora de uma “produção
realizada fora do lar, em estabelecimentos pertencentes ao empregador, sob
rigorosa supervisão, para mercado cada vez mais amplo e oscilante. O
trabalhador perde totalmente sua independência: não possui mais matéria-
CAMAÇARI, 2015.
prima nem é dono dos instrumentos de trabalho. A habilidade do trabalhador,
até certo ponto, perde importância devido ao uso da máquina, mas o capital
torna-se cada vez mais importante” (ibidem, p. 207).
Assim, a mudança dos sistemas produtivos é acompanhada pela
reorganização da estrutura da sociedade. A Europa dos campos e das
plantações (além é claro do comércio ainda modesto) deu lugar para outra
urbanizada e industrial, consequência direta das transformações e dos
sistemas produtivos, isto é, da maneira do homem produzir sua vida material.

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  • 1. CAMAÇARI, 2015. FACULDADE METROPOLITANA DE CAMAÇARI – FAMEC CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA ARIANA MONIQUE DE SOUZA COSTA SISTEMA PRODUTIVO
  • 2. CAMAÇARI, 2015. ARIANA MONIQUE DE SOUZA COSTA SISTEMA PRODUTIVO Resenha realizada como requisito parcial de avaliação da disciplina Sistema Produtivo ministrado pela Professora Hellen Souza, do curso de Bacharelado em Engenharia pela Faculdade Metropolitana de Camaçari - FAMEC.
  • 3. CAMAÇARI, 2015. Os sistemas produtivos: formas de atender às necessidades da vida material. Mudanças na economia mundial e no cenário da produção de bens industriais vêm transformando o mercado e a forma de administrá-lo. Uma das áreas que vem promovendo grandes modificações na gestão empresarial é a Administração da Produção. Vários fatores têm destacado esta área, dos quais se podem citar alguns: A exigência de produtos com maior qualidade e menor custo em função de novos padrões no comportamento do consumidor; O rápido desenvolvimento de novas tecnologias de gestão de Manufatura e de seus processos; As mudanças da organização do trabalho nos sistemas produtivos em função das reduções nos tamanhos de lote e consequente redução da produtividade; e Alianças comerciais entre os mercados (ex.: Mercado Comum Europeu, MERCOSUL, ALCA etc.), que vem promovendo constantes reestruturações na econômica mundial. Tais fatores impulsionam novas formas de manufatura que buscam uma gama maior na variedade e personalização dos produtos a partir de um incremento na qualidade, agilidade e flexibilidade, com utilização de curtos. Ciclos produtivos, focando a drástica redução dos custos operacionais. No novo modelo competitivo prevalece o sistema de produção “Customizada”, em substituição ao sistema de produção “Padronizada”, que compõem os princípios essenciais do modelo Ford de produção em massa que perdurou até poucos anos atrás. O sistema Customizado busca melhorar a adaptabilidade das organizações industriais no sentido de lhes conferir a adequada capacidade de adaptação para a introdução de novos produtos em tempos adequados, promover maior flexibilidade dos sistemas produtivos e lhes conferir a adequada capacidade de adaptação de suas atividades. No novo modelo, a relação cliente-fornecedor é formada a partir de cinco características básicas:
  • 4. CAMAÇARI, 2015.  Flexibilidade Capacidade de adaptar-se, de forma rápida e precisa, às mudanças solicitadas pelo cliente ou pelo mercado.  Rapidez de Entrega Agilidade no atendimento a demanda do cliente ou do mercado.  Tipo de produto Grau de Customização versus Padronização.  Tipo de cliente Fornecimento intermediário versus consumidor final. Os sistemas produtivos dizem respeito à forma como as sociedades se organizam para produzir os recursos necessários à sua sobrevivência. Como se sabe, as sociedades possuem estruturas, as quais são responsáveis pela maneira como as relações sociais são organizadas, norteadas, conduzidas, permitindo que os indivíduos possam assumir posições e papéis sociais. Tais estruturas estão extremamente interconectadas aos sistemas produtivos que vigoram nestas sociedades, os quais dizem respeito à forma como as sociedades se organizam para produzir os recursos necessários à sua sobrevivência, isto é, diz respeito à maneira como os grupos sociais atendem às necessidades materiais de suas vidas. As necessidades materiais devem ser entendidas como alimentos, vestimentas, utensílios, ferramentas, construções, remédios, enfim, uma gama de elementos necessários e que são produzidos ou alcançados pelo trabalho do homem através de sua interação com o meio e com outros homens em sociedade. A transformação do sistema produtivo é um aspecto fundamental para se pensar nas mudanças das estruturas sociais que garantiriam o surgimento de uma sociedade industrial e o abandono dos padrões anteriores. Como se sabe, uma maior divisão do trabalho ocasionou o surgimento de uma estratificação
  • 5. CAMAÇARI, 2015. em classes sociais como podemos compreender da leitura da obra de Karl Marx. Aliás, este mesmo pensador nos mostra em sua análise a importância do chamado materialismo histórico, um método pelo qual podemos tentar compreender a vida econômica, social, política e intelectual, isto é, a história da humanidade e suas formas de organização, percebendo de que forma os sistemas produtivos de cada período possuem uma relação intrínseca com a estrutura social. Na sociedade feudal existente na Idade Média, por exemplo, para uma sociedade esta mental (sem condições de mobilidade social) prevalecia um sistema produtivo de autossustento, predominantemente agrícola, familiar. Mesmo com o desenvolvimento incipiente de um comércio nos povoados que se formavam pela Europa, permanecia um tipo de sistema produtivo familiar. Surgiram neste contexto (de um incipiente povoamento) as chamadas corporações de ofício, formadas por mestres artesãos e seus ajudantes, os quais iniciavam uma produção pequena para um mercado local. Mas o crescimento das cidades e a expansão do comércio faria com que o sistema de produção doméstico entrasse em vigor, o qual significaria a perda da independência dos artesãos na produção de seu trabalho. Se outrora eles tinham além da posse de seu trabalho também a matéria prima e suas ferramentas, no sistema doméstico passam a depender, às vezes, de intermediários, os quais auxiliariam tanto com matéria-prima como nas vendas. Obviamente, vale dizer que ao longo da história estes sistemas em algum momento vigoraram juntos, uma vez que os processos históricos são dinâmicos e que o início de um “novo” sistema ou configuração não se dá somente após o término definitivo do anterior. Em meados do século XVIII, já num período em que se iniciara a revolução científico-tecnológica, surgiu o sistema fabril, o qual se desenvolvera ao longo do século XIX até os nossos dias. Em comparação aos sistemas anteriores, como apontam Lakatos e Marconi (1999), tratava-se agora de uma “produção realizada fora do lar, em estabelecimentos pertencentes ao empregador, sob rigorosa supervisão, para mercado cada vez mais amplo e oscilante. O trabalhador perde totalmente sua independência: não possui mais matéria-
  • 6. CAMAÇARI, 2015. prima nem é dono dos instrumentos de trabalho. A habilidade do trabalhador, até certo ponto, perde importância devido ao uso da máquina, mas o capital torna-se cada vez mais importante” (ibidem, p. 207). Assim, a mudança dos sistemas produtivos é acompanhada pela reorganização da estrutura da sociedade. A Europa dos campos e das plantações (além é claro do comércio ainda modesto) deu lugar para outra urbanizada e industrial, consequência direta das transformações e dos sistemas produtivos, isto é, da maneira do homem produzir sua vida material.