O documento discute as visões de Durkheim e Marx sobre a relação entre sociedade, educação e classes sociais. Durkheim defendia que a educação deve atender às necessidades sociais e reforçar os valores compartilhados, enquanto Marx via a educação como um meio de reproduzir as desigualdades entre classes através da inculcação de ideologias.
Trajetória profissional e acadêmica do prof antônio m artins de almeida filh...
Teorias sociológicas na história da humanidade
1.
2.
3. A sociedade é um complexo entrelaçamento de todos
os intricados padrões
de relações sociais humanas;
um homem poderá atuar
de um modo econômico,
ou de um modo religiosos,
ou de um modo político
– mas continua sendo um homem
em relação com outros homens
e as suas atividades têm esse foco comum.
4. Poderemos estudar
essas relações sociais isoladamente,
em certa medida, a fim de elaborar
as nossas bem arrumadas tabelas estatísticas e os
nossos dados sociológicos.
Entretanto,
quaisquer juízos finais formulados
na base desses dados,
a respeito de causa e efeito,
devem estar atentos à totalidade das relações e não
apenas a uma ordem destas.
(Morrish, 1975, p. 17)
5. A
sociedade e as relações sociais
vistas por esse ângulo,
nos levam a compreender
uma outra questão
de fundamental importância
na vida das criaturas humanas.
6. A influência das coisas sobre os homens,
já pelos processos, já pelos resultados,
é diversa
daquela que provém dos próprios homens.
EDUCAÇÃO
Ação dos membros de uma
mesma geração, uns sobre os outros,
difere da que os adultos exercem
sobre as crianças e adolescentes.
(Durkheim, 1973, p. 330)
7. Refletindo sobre
tudo o que foi dito anteriormente
e olhando as sociedades contemporâneas,
a cultura capitalista põe a ciência
em destaque, mostrando que a vida moderna
só pode ser entendida pela ótica
dos métodos científicos
e, com isso,
a educação deixa de refletir apenas
os valores religiosos
como no tempo da sociedade feudal
para ter a ciência como base.
8. Será nesse contexto ideológico
da nascente sociedade industrial
que se manifesta instituição
responsável por essa educação:
a
ESCOLA
(Meksenas, 1988, p. 30)
10. O que diz Émile DURKHEIM?
(1973, pp. 89, 90 e 91)
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
Quer se trate dos fins, a que vise,
quer se trate dos meios que empregue,
é sempre às necessidades sociais
que ela atende;
são idéias e sentimentos coletivos
o que ela exprime.
11. É, pois, ao estudo da sociedade
que o pedagogo deve voltar-se,
pois somente nele encontrará
a razão de ser
de suas especulações.
12. As transformações profundas
que as
sociedades contemporâneas
têm experimentado,
e estão para experimentar,
necessitam de transformações
correspondentes nos
planos de educação.
13. Não se trata de realizar
idéias formadas,
mas
de encontrar mesmo
idéias que nos guiem.
E como descobri-las
se não remontarmos até
a origem mesma da vida educativa,
isto é,
à evolução da vida social?
14. É à sociedade, pois,
que devemos interrogar;
são as suas necessidades
que devemos conhecer,
porquanto a elas
é que nos cumpre atender.
16. E, segundo Ivor Morrish,
(1975, p. 231)
A sociedade não é composta
de um certo número de instituições
em completo isolamento
umas das outras,
embora seja verdade que algumas
tendem a ser mais isoladas
do que outras.
17. Do mesmo modo,
a escola não dever ser vista
isolada
do resto da sociedade,
embora algumas escolas
e alguns tipos de escolas
estejam mais envolvidos
do que outros
na comunidade total.
18. em nossa sociedade,
À medida
é uma instituição artificial estabelecida
que a escola,
para fins de socialização
e transmissão de cultura,
deve ter relações com as organizações
políticas e quase políticas que,
quer através do governo central
ou da administração local,
controlam as formas
e os meios de educação formal.
21. Vivendo numa sociedade em desordem,
ele preocupou em buscar a ordem das coisas.
FUNCIONALISMO
A sociedade é um imenso CORPO SOCIAL.
Se toda a anatomia social funcionar bem,
o corpo todo será saudável.
22. Para DURKHEIM
Cada
A instituição
sociedade tem
é uma função.
constituída
de Elas
instituições. se
completam.
23. Portanto,
uma sociedade é saudável quando
suas instituições funcionam harmonicamente.
E isso só será possível se houver
uma consciência coletiva: moral social,
divisão do trabalho social,
solidariedade orgânica.
Valores e ideais compartilhados por todos
como corretos e verdadeiros.
24. Uma sociedade enferma precisa de um
sociólogo, o médico da sociedade.
Tarefa do sociólogo
Diagnosticar os males da sociedade:
observar a moral social,
analisá-la, classificá-la
e
propor um plano de regeneração.
25. E à ESCOLA,
cabe fazer o quê?
Elemento adaptador Socialização metódica
e normalizador básico das novas gerações.
na integração Diante da diversidade,
indivíduo-sociedade. constituir um ser social.
A educação perpetua e reforça no indivíduo
um modo de ser fundamental para a vida coletiva.
26. Esse modo de ser,
de ver
e
de ler o mundo
é
IDEOLOGIA
27. Em posição oposta a Durkheim,
MATERIALISMO DIALÉTICO
encontra-se o pensamento de
KARL MARX
e
Frederico Engels
28. O materialismo dialético e histórico
é o método de investigação
da vida em sociedade.
KARL MARX
(1818-1883)
Concepções formuladas a partir da análise
da sociedade capitalista.
Daí, como conseqüência, o pensar crítico
a educação e a escola capitalista.
29. Nesse sentido,
IDEOLOGIA
Sistema de opiniões, de idéias e conceitos
professados por uma classe
ou por um partido político.
As opiniões políticas, a filosofia, a arte,
a religião, constituem formas da ideologia.
30. Para MARX,
toda ideologia é o reflexo da
existência social, do sistema econômico
que predomina em determinado momento.
Consciência, idéias e valores
resultam das relações sociais.
Numa sociedade de classes, a ideologia
é ideologia de classe: exprime e defende os
interesses da classe dominante.
31. Assim,
a classe dominante
utiliza os meios de comunicação
de massa, por exemplo,
para impor suas idéias e valores
como sendo os únicos e verdadeiros,
na tentativa de fazer com que todos pensem,
olhem e lêem o mundo
a partir de seus valores.
32. A
EDUCAÇÃO
está entre os meios utilizados
pela classe dominante para inculcar suas idéias e
valores.
Nas sociedades capitalistas,
regras de funcionamento das escolas,
conteúdos e propostas pedagógicas
reproduzem as desigualdades
produzidas pela própria sociedade.
34. Para encontrar uma educação
Para absolutamente homogênea
DURKHEIM
(1973, p. 77)
e
igualitária,
seria preciso remontar até às
sociedades pré-históricas,
No seio das quais não existe diferenciação
Mas essa espécie deem teoria.não representa
- ao menos sociedade
senão um momento ideal na história da humanidade.
35. Até bem pouco – e
ainda hoje as
Ainda exceções podem ser
DURKHEIM contadas – os
(1973, pp. 75 e 76) pedagogistas
estavam quase todos
de acordo em ver,
na educação,
um fenômeno eminentemente individual.
Admitia-se que houvesse uma natureza humana, cujas formas
e propriedades seriam determinadas uma vez por todas;
e o problema pedagógico consistiria em verificar de que modo
a ação educativa deveria exercer-se,
sobre a natureza do homem, assim definitiva.
36. Infelizmente, essa concepção da educação
se acha em contradição formal com tudo quanto nos
ensina a história; não se aponta só povo, com efeito,
que a tenha posto em prática.
A educação varia de uma casta a outra
Não vemos, ainda hoje, a educação variar,
com as classes sociais
e até mesmo com o habitat?
A da cidade não é a do campo,
a do burguês não é a do operário.
37. Numa sociedade
dividida por classes sociais
em contradição e conflito,
temos
uma educação e uma escola
que reproduzem
a divisão e o conflito.
(MEKSENAS, 2007, p. 68)
38. No entendimento de Karl MARX,
(Apud. Meksenas, 2007, p. 68)
toda educação é de classe,
pois a educação
que a classe empresarial recebe
Educados para dirigir
é diferente daquela
da classe trabalhadora
Disciplinados e adestrados
39. Desse modo,
a escolaridade para a classe trabalhadora tem
dois objetivos:
I
preparar II
a consciência
do preparar
Indivíduo para o indivíduo
perceber apenas para
a visão de mundo o
da classe empresarial trabalho.
como correta;
40. O conhecimento é fonte de poder;
a partir do conhecimento,
é possível dominar mais facilmente
outra pessoa;
faz sentido que em nossa sociedade
a classe empresarial tenha acesso
às melhores escolas
enquanto aos trabalhadores reste apenas
o acesso àquele conhecimento parcial
que lhe garanta a condição de dominado
‘eficiente’.
(MEKSENAS, 2007, p. 68)
41. KARL MARX
Alemanha (1818-1883)
• Marx nasceu numa família de classe média. Seus pais
eram judeus que tiveram que se converter ao cristianismo
em função das restrições impostas à presença de
membros de etnia judaica no serviço público.
Principais obras: Manuscritos econômico-filosóficos (Ökonomisch-
philosophische Manuskripte), 1844;
A Guerra Civil na França; Crítica da Filosofia do Direito de Hegel;
A Sagrada Família (Die heilige Familie), 1845;
A Ideologia Alemã (Die deutsche Ideologie), 1845-46;
Miséria da Filosofia (Das Elend der Philosophie), 1847;
Manifesto do Partido Comunista (Manifest der Kommunistischen
Partei), 1848; ENTRE OUTROS.
42. Visão de Sociedade
• Crítica radical ao capitalismo:
antagonismo, contradição e
transitoriedade.
• Explicação da realidade na
totalidade – macrosociologia
• Teoria ligada à prática/ciência ligada
aos interesses de classe – Relação
sujeito-objeto.
43. Visão de Sociedade
• Conhecimento = instrumento
político para a transformação.
• Foco de pensamento:
contradições do capitalismo
a) luta de classes X harmonia
b) divisão do trabalho gera
exploração, antagonismo e
alienação
44. Visão de Sociedade
c) Burguesia X proletariado
- dominação econômica
(meios de produção)
- dominação política (Estado)
-dominação cultural
( ideologia, valores)
45. Luta de Classes e o
Trabalho
• De acordo com Marx, o motor da história é a
eterna luta de classes, entre aqueles que detêm os
modos de produção e aqueles que possuem apenas a
força de trabalho para vender.
• De acordo com Marx, com o Capitalismo há o
desvirtuamento do trabalho humano com a
conseqüente servilização do proletário.
46. O Capitalismo
• O capitalismo, segundo o pensamento marxista, pode ser
apontado como responsável pelo aumento das desigualdades
sociais, à medida em que concentra os meios de produção e de
aquisição de capital nas mãos de pouco, deixando uma grande
massa de despossuídos que se vêem obrigados a vender sua força
de trabalho para sobreviverem.
Ou seja:
“Quanto mais aumenta o capital produtivo, tanto mais se estendem
a divisão do trabalho e o emprego da máquina, quanto mais a
divisão do trabalho e o emprego do maquinismo aumentam, mais a
concorrência entre os operários cresce e mais se contrai seu
salário.”
“A parte do capital, o lucro, sobe na mesma medida em que a parte
do trabalho, o salário, baixa, e vice-versa.”
Marx
47. Capitalismo e a Sociedade Civil
A sociedade civil é vista pela teoria marxista como
uma construção cuja base é a economia.
A organização da produção econômica é o fim da
sociedade, que se concretiza por meio de instituições
sociais, como a família, igrejas, escolas, polícia etc.
Dentro do sistema capitalista, as instituições sociais
são utilizadas como ideologia para a opressão dos
trabalhadores.
48. Burguesia e Proletariado
“Por burguesia entende-se a classe de capitalistas
modernos, proprietários dos meios de produção
social, que empregam o trabalho assalariado. Por
proletários compreende-se a classe dos trabalhadores
assalariados modernos que, privados de meios de
produção próprios, se vêem obrigados a vender sua
força de trabalho para poder existir.”
(Marx)
49. Revolução do Proletariado
A revolução proletária levaria a um regime
intermediário e de caráter provisório, a ser conhecido
como “ditadura do proletariado”.
Nesse momento, passando de despossuídos a
detentores do poder, o proletariado trataria de
arrancar pouco a pouco o capital das mãos dos
burgueses, centralizando os instrumentos de
produção nas mãos do Estado para, enfim, chegar ao
comunismo completo, em que os meios de produção
serão repassadas a associações.
50. O Materialismo histórico-dialético
É a filosofia fundamentada por Karl Marx e Friedrich
Engels (1820-1895), que visa explicar como se formaram as
classes sociais e, posteriormente, o Estado que possui dois
momentos, a saber:
1º Momento: surge para evitar ou amenizar o conflito
entre classes;
2º Momento: torna-se parcial, representando os interesses
das classes dominantes e servindo como aparelho de
coerção contra as classes dominadas.
Em seguida, provar que a história da humanidade é uma
história de luta de classes.
51. O Materialismo histórico-dialético
Opõe-se as concepções idealistas de Schelling, Fichte e
principalmente, Hegel.
● Para os idealistas, em específico Hegel, o real é guia e
fundamento do pensar na história e as contradições
ocorrem naturalmente.
● Para Marx o real também é guia e fundamento do
pensar, mas as contradições históricas não ocorrem
naturalmente, elas são provocadas pela diferença
econômica de classes.
52. O Materialismo histórico-dialético
A realidade imaterial: que se refere ao nível político-
ideológico, comumente chamado de Superestrutura. É
constituído:
● pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e
pelo direito.
● pela estrutura ideológica referente às formas de
pensamento, sentimento e consciência social, tais como:
▪ Filosofia; ▪ Literatura; ▪ Estética;
▪ Ciência; ▪ Religião; ▪ Moral;
▪ Arte; ▪ Educação; ▪ Música.
53. O Materialismo histórico-dialético
Modos de produção da vida material
Refere-se a infra-estrutura, que é um composto de força
produtivas e relações sociais de produção. Ou seja, é a maneira
pela qual os homens obtêm seus meios necessários de existência
material – comumente chamado por Marx de econômica.
Ou...
Refere-se a determinado estágio de desenvolvimento das forças
produtivas, que por sua vez, determinam as relações sociais de
produção em um dado momento histórico.
Logo: Modo de produção = forças produtivas + relações sociais de
produção = Infra-estrutura
54. O Materialismo histórico-dialético
Forças produtivas: é a relação do ser humano com a natureza no esforço
de produzir a própria existência – isto é, relação dialética entre homem e
natureza, que permite desenvolver instrumentos, ferramentas etc.
Homem trabalho Natureza
• Trabalho: Ação humana transformadora da natureza que visa suprir as
necessidades materiais.
Relações sociais de produção: é a relação dos indivíduos entre si - isto é, é
a relação dialética entre homem e homem, que pode ser de dois tipos:
● explorador-explorado; Formas de ação entre os
● solidariedade e respeito recíproco. indivíduos
Homem um age sobre o outro Homem
55. O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
Comunismo ou sociedades primitivas: os seres humanos se
unem para enfrentar os desafios da natureza hostil e dos
animais ferozes. Os meios de produção, as áreas de caça, assim
como os produtos, são propriedades comuns, isto é, pertencem
a toda a sociedade. A base econômica determina certa maneira
de pensar peculiar, em que não há sentimento de posse, uma
vez que não existe propriedade privada.
Aspectos fundamentais das sociedades primitivas:
▪ Não há sentimento de posse;
▪ A propriedade é comum.
Continuação...
56. O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
O modo de produção patriarcal: surge quando se inicia a
domesticação de animais e se desenvolve a agricultura graças ao
uso de instrumentos de metal e à fabricação de vasilhas de barro,
o que possibilita fazer reservas. Quais as conseqüências das
modificações das forças produtivas? Alteram-se as relações de
produção e o modo de produção: aparece uma forma específica
de propriedade (a propriedade familiar); diferenciam-se funções
de classe (autoridade do patriarca, pai de família); muda o direito
hereditário, ao se substituir a filiação materna pela paterna.
Aspectos fundamentais da produção patriarcal:
▪ Surge a classe como hierarquia social;
▪ Surge a propriedade familiar em sentido amplo;
▪ A produção é para subsistência.
Continuação...
57. O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
O modo de produção escravista: decorre do aumento da
produção além do necessário para a subsistência, o que exige o
recurso de novas forças de trabalho, conseguidas geralmente
entre prisioneiros de guerra, transformados em escravos. Com
isso surge a propriedade priva dos meios de produção, e a
contradição entre senhores e escravos, como exemplo da
primeira forma de exploração humana.
Aspectos fundamentais da produção escravista:
▪ Surge, pela primeira vez na história, a classe como modo de
exploração humana;
▪ Surge a propriedade privada, devido a produção excedente;
▪ Ocorre a separação entre trabalho intelectual e trabalho
manual.
Continuação...
58. O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
O modo de produção feudal: a base econômica é a propriedade
dos modos de produção pelo senhor feudal. O servo trabalha
um tempo para si e outro para o senhor, o qual, além de se
apropriar de parte da produção do servo, ainda lhe cobra
impostos pelo uso comum do moinho, do lagar etc.
Aspectos fundamentais da produção feudal:
▪ Permanece a classe como modo de exploração humana;
▪ Permanece a propriedade privada, devido a produção
excedente;
▪ Surge o burguês, habitante dos burgos, isto é, dos arredores
das cidades, que dentre os servos são os que se dedicam ao
artesanato e ao comércio, e que consegue aos poucos a
liberdade pessoal e a das cidades.
Continuação...
59. O Materialismo histórico-dialético
Tipos de modo de produção:
O modo de produção capitalista: é a nova síntese que
surge das ruínas do sistema feudal, ou seja, da
contradição entre a tese (senhor feudal) e a antítese
(servo). Neste contexto, para Marx, o movimento
dialético pelo qual a história se faz tem um motor: a
luta de classes. Chama-se luta de classes ao confronto
entre duas classes antagônicas quando lutam por seus
interesses de classe. No modo de produção
capitalista, a relação antitética se faz entre o
burguês, que é o detentor do capital, e o proletário,
que nada possui e só vive porque vende sua força de
trabalho.
60. Aspectos fundamentais da produção capitalista:
▪ Permanece a classe como modo de exploração
humana;
▪ Permanece a propriedade privada, devido a
produção excedente;
▪ Ocorre a consolidação do Estado moderno ou
burguês (Estado-nação), como aparelho coercitivo;
▪ Cria-se a alienação na produção, que é o
estranhamento [o produtor deixa de se reconhecer no
que produz] do trabalhador diante da mercadoria que
ele produziu – a esse processo Marx chama
fetichismo da mercadoria;
mercadoria
▪ Intensifica-se a mais-valia.
61. O Samba da Mais-valia
Síntese de muitas determinações
A realidade social é feita de contradições
Mas a árvore não pode esconder o arvoredo
Vem o grande analista, revela o segredo
da acumulação de capital
É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá.
Capitalismo é selvagem, É global.
É mais-valia pra cá, É mais-valia pra lá,
Tempo roubado do trabalho social.
Mercadoria é alienação,
Trabalho, salário: a danação
A grana diz ‘trabalho sozinha’,
A fórmula é DMD’.
Síntese de muitas determinações
A realidade brasileira é feita de contradições
Mas o grande analista indicou o caminho
Ninguém pode vencer essa luta sozinho.
É luta de classes e coração.
Tem a novela, meu bem
E tem a Xuxa, também.
Proselitismo tem no Jornal Nacional.
62. O Samba da Mais-valia
Tem desemprego, meu bem
E tem a dengue, também.
Desigualdade e tortura federal
No Brasil todo foi um ti-ti-ti
Todo mundo pensando
Do Oiapoque ao Chuí
Mas agora é a hora da transformação,
O carnaval traz nossa revolução.
Síntese de muitas determinações
A realidade social é feita de contradições
Mas a árvore não pode esconder o arvoredo
Vem o grande analista, revela o segredo
da acumulação de capital.
O manifesto falou, o comunismo escutou:
Tem que seguir o movimento popular.
O grande mestre mostrou,
A grande escola ensinou:
Dizer o samba no pé, se revoltar
Lá no rio vermelho, Na Filosofia
Descobrir o pandeiro, a cuíca, a magia.
Mas agora é a hora da transformação:
O carnaval traz nossa revolução