3. Princípios
• O Marrocos possui uma biodiversidade de
grande valor;
• Desde 1930 existe uma legislação específica de
proteção dos aspectos naturais, com foco no
ordenamento da exploração das florestas;
• A primeira área protegida no Marrocos data de
1942 com a criação do Parque Nacional de
Toubkal;
• Posteriormente, em 1950, foi criado o Parque
Nacional de Tezekka;
4. Justificativa da ENAP
• Desenvolvimento econômico e social;
• Desmatamento;
• Degradação das Zonas Húmidas e Ecossistemas
Naturais;
• Rítmo acelerado de extinção de espécies da
fauna e flora nativa;
• Salvaguardar amostras de ambientes naturais de
relevante valor ambiental;
• Envolver a população rural com a ideia de
preservação do ambiente natural;
5. Sites de Interesse Biológico e
Ecológico - SIBE
• Departamento de Proteção das Águas e Florestas desenvolveu
um estudo para a definição de uma Rede de Áreas Protegidas
e estruturação de Plano de Gestão dos Parques Nacionais do
Marrocos;
• Um conjunto das áreas protegidas marroquinas foram
consideradas de relevante interesse para proteção. Portanto,
para definir a relação dessas áreas, o governo criou o SIBE,
abrangendo um total 39 ecossistemas (85% estão dentro de
Parques Nacionais e Naturais);
6. Distribuição da SIBE
• 30 dos ecossistemas selecionados como
prioritários são representados por 73,6% da
rede geral do SIBE e 71% dos Parques Nacionais
e Naturais.
• 12 dos ecossistemas mais degradados
representa 24,5% do SIBE e se encontra em 17%
dos Parques Nacionais;
• Os 18 primeiros ecossistemas não são
degradados e são estratégicos para a economia
do Marrocos;
7. Áreas Protegidas no Marrocos
• Parque Nacional
• Parque Natural
• Reserva Natural
• Reserva Biologica
• Sítio Natural
8. Parques Nacionais e Naturais
O modo de gestão baseia-se:
• A definição clara de objetivos de
conservação de proteção de qualidades
bio-ecológicas.
• O estabelecimento de um sistema de
planejamento e gestão baseado no
zoneamento e por objetivos.
• Criação de parceria usuários e operadores.
9. Reserva Natural
Menos restritivo que um Parque Nacional e Natural;
• Aponta para as mesmas regras de proteção, com
necessidade de proteger os ambientes.
• Em alguns casos, uma zona interna é definida como uma
área de protecção quase completa.
• A gestão deste tipo de SIBE será estabelecida com base
no grau de atividade local realizada contra os recursos
naturais, visando a racionalizá-lo através de práticas já
testadas em Parques (configuração especial e temporal
de pasto, definição de cotas, organização de usuários,
desenvolvimento do ecoturismo).
10. Objetivos das Áreas
Protegidas
• Objetivos globais da estratégia de proteção do
patrimônio ambiental marroquino, estão relacionados a
salvaguarda dos sistemas ecológicos globais e as últimas
decisões internacionais, tais como:
• Responsabilidade internacional por meio da manutenção
da biodiversidade global.
• Assegurar o bom funcionamento do ciclo hidrológico
global e equilíbrio ecológico para o Marrocos.
• Manter a produtividade dos principais ecossistemas.
• 154 Sítios de Interesse Biológico (SIBE);
11. Parques Nacionais no
Marrocos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Toubkal (1942)
Tazekka (1950)
Souss Massa (1991)
Iriki (1994)
Al-Hoceima – Provincia de Al Hoceima(2004)
Talassemtane - Provincia de Chefchaouen(2004)
Ifrane – Provincia de Ifrane (2004)
Alto Atlas - Provincia Errachidia e Khénifra (2004).
Khnifiss (2006) – Primeiro Parque Nacional Saariano do Reino
Marroquino
• Khénifra (2008)
12. Reservas da Biosfera
Porções de ecossistemas terrestres ou costeiros onde se procuram
meios de reconciliar a conservação da biodiversidade com o seu
uso sustentável. São propostas pelos países-membros da
UNESCO e, quando preenchem os critérios, são reconhecidas
internacionalmente
• Reserva da Biosfera de Arganeraie (1998) – Região do Sudoeste
• Reserva da Biosfera Oases do Sul do Marrocos (2000) – Região Sul
• Reserva da Biosfera Intercontinental do Mediterraneo – Região da
Penísula de Tingitane (Provincia de Chefchaouen, Tetouan, fnideq,
Fahs-Anjra e Larache).
• Reserva da Biosfera da Cédraie – Meio Atlas
13. Sítios Ramsar
É composta por áreas caracterizadas como
ecossistemas úmidos importantes,
selecionados pelos países e aprovadas por
um corpo técnico especializado.
• Lago Afennoir (1990)
• Mar Chica
• Rio Massa
14. Parque Nacional de Khenifiss
O Parque Nacional de Khenifiss é
uma área protegida do sudoeste
de Marrocos, localizada na Costa
do Atlântico na região de
Laâyoune-Boujdour-Sakia El
Hamra.
Criação: 2006.
Área: 1850 Km² .
Objetivo: Proteger o deserto,
pântanos e dunas costeiras.
O assentamento mais próximo é a
localidade rural de Akhfenir.
15. Parque Nacional de Khenifiss
• O parque foi criado como uma reserva natural em 1960, e em
1980, foi classificado como uma zona húmida de importância
internacional.
• Em 1983 a reserva natural foi transformada em Reserva
Biológica Permanente, e em 26 de setembro de 2006, foi
criado o parque.
• O parque está localizado na costa do Oceano Atlântico, ao
norte da antiga fronteira com Saara Ocidental, entre as
cidades de Tan-Tan(norte) e Tarfava (sul).
• A Estrada Nacional 1 (Marrocos), que corre ao longo da costa
atlântica de Marrocos, atravessa o parque.
16. Parque Nacional de Khenifiss
• O parque inclui uma porção costeira, a lagoa Khenfiss, a maior
lagoa na costa marroquina, e a parte interior, localizado no
planalto do deserto.
• A lagoa também é um terreno importante de nidificação de
aves. O Pato Pardilheira, Pato-ferrugíneo, e a Gaivotadeaudouin habitam a lagoa de forma permanente, todos os
anos um grande número de espécies migram no inverno com
cerca de 20.000 aves permanecendo na área da lagoa.
• A parte terrestre inclui sabkhas e é típico da paisagens
do Sahara. Ele também inclui dunas e planaltos calcários.
• O governo declarou a sua intenção de transformar o parque
em uma grande atração turística especializada em ecoturismo.
19. Parque Nacional Souss Massa
Localização
• O PNSM é uma área protegida ao sul de Marrocos que ocupa
uma faixa costeira a sul de Agadir. Foi criado em 8 de agosto de
1991.
Parque Nacional
Souss Massa
20. Localização
• O parque constitui a zona mais baixa da grande Bacia Hidrográfica
dos rios Suz e Massa, que se estende entre as cordilheiras do Alto
Atlas e Anti-Atlas e o Oceano Atlântico;
• Ocupa 33.800 hectares à beira do
Oceano Atlântico;
• Localiza-se a sul de Agadir e a norte
de Aglou, na província de Tiznit.
22. Parque Nacional Souss Massa
Geodiversidade
• O terreno é na sua maior parte de origem sedimentar do
quaternário, com dunas vivas e fixas, arenitos e depósitos aluviais
com afloramento de “crostas” calcárias em muitos pontos;
• Ambos os rios Suz e Massa possuem barragens a montante e
capacidade reduzida de transporte sedimentar;
• Isto faz com que a quantidade de areia trazida pelo mar seja
maior e forme barras litorais, que no caso do Massa formam uma
lagoa sem comunicação com o mar.
25. Parque Nacional Souss Massa
Clima
• O clima da região é do tipo semiárido e é influenciado
principalmente pela proximidade do oceano e da corrente fria das
Canárias, que suaviza os contrastes de temperaturas;
• Os ventos dominantes: alísios que sopram do noroeste, o chergui,
que sopra de oriente, vindo do Saara e o siroco, que só ocorre
esporadicamente;
• O vento contínuo e a latitude reduzida fazem com que a
evapotranspiração seja muito elevada, tornando a zona deficitária
em termos hídricos;
• Durante os períodos em que o vento sopra de leste, as
temperaturas podem ultrapassar os 40°C, com um recorde de
51,7°C.
26. Parque Nacional Souss Massa
Clima
•A amplitude térmica não é muito grande devido à influência
oceânica, com temperaturas médias entre 14 e 16°C em janeiro
e 19 a 22°C em julho.
27. Parque Nacional Souss Massa
Clima
• Em Agadir a precipitação média anual ronda os 250 mm, com
Dados climatológicos para Agadir
Mês as Jan
Fev Mar Abr Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
chuvas concentradas entre novembro e março. Nov Dez
Ano
Temperat
ura
máxima
média (°C)
20,2
21,1
22,4
22,1
22,7
23,9
25,4
25,8
26,7
25,3
23,6
21,3
23,2
Temperat
ura
mínima
média (°C)
8,6
10,4
11,7
12,6
14,4
16,7
18,3
18,7
18,4
16
13,3
9,7
14
Precipitaç
ão (mm)
36
38
33
23
3
0
0
0
1
24
32
38
228
Fonte: Meteo France
28. Biodiversidade
Adax (Addax nasomaculatus)
íbis-eremita (Geronticus eremita), a
ave emblemática do parque
Buthus occitanus
Bufo mauritanicus
Ononis natrix
Pycnonotus barbatus
Lemniscomys barbarus
Macho de rabirruivo-mourisco
(Phoenicurus moussieri)
29. Parque Nacional Souss Massa
Conservação
O PNSM figura em diversas listas que reconhecem o seu valor
para a conservação:
•Os dois estuários estão na lista de sítios Ramsar;
•A área do parque foi incluída na lista IBA MA038 pela BirdLife
International;
•Faz parte da primeira Reserva da Biosfera declarada em
Marrocos, a Reserva da Biosfera Arganerale.
30. Parque Nacional Souss Massa
Conservação
• Nos anos 1980 a área que viria a ser o parque foi identificada
no âmbito de um projeto da IUCN e da WWF, com o apoio das
autoridades e cientistas marroquinos;
• A reserva do estuário do Massa foi a primeira zona a ser
declarada protegida como reserva biológica;
• Dentro do parque nacional encontram-se uma série de
reservas que são propriedade estatal, entre as quais se
destacam as de Rokein e a de Arrouais.
31. Parque Nacional Souss Massa
Conservação
• Um dos problemas de conservação do parque é a construção
ilegal de casas nas falésias;
• Originalmente, tratava-se de casas tradicionais de uso
sazonal, usadas pelos pescadores durante períodos curtos;
• Recentemente converteu-se num fenómeno de invasão do
domínio público marítimo, que destrói o habitat de
reprodução e repouso de várias espécies, especialmente do
íbis-eremita.
33. Parque Nacional Souss Massa
Patrimônio cultural
• Os aduares (ou duares, aldeias) vizinhos a Sidi Rabat e Sidi
Wassay têm marabutos (mausoléus de santos muçulmanos) com
de grande interesse cultural, que são destino de peregrinações e
locais onde se realizam moussems (festas tradicionais).
34. Parque Nacional Souss Massa
Desenvolvimento sustentável
Confecção de tapetes numa associação de artesanato do parque
nacional.
35. Parque Nacional Souss Massa
Ecoturismo
• O PNSM é o principal destino de turismo ornitológico em
Marrocos, graças à possibilidade que oferece de observar os
íbis-eremitas, mas também devido à grande abundância de
avifauna nas foz dos rios Suz e Massa;
• Existe um serviço de guias ornitológicos e a possibilidade de
fazer percursos em burros, com benefício aos habitantes
locais;
• Na foz do rio Suz também há um itinerário equipado com
plataformas de observação.
36. Parque Nacional Souss Massa
Educação ambiental
• O parque serve de plataforma para a educação ambiental dos
estudantes da região. Em cada ano cerca de 1 500 alunos visitam
o parque acompanhados por pessoal especializado.
• A coincidência de elevada biodiversidade nas vizinhanças de uma
aglomeração urbana importante é uma oportunidade para
desenvolver um grande número de temas curriculares;
• Conservação da natureza, gestão de resíduos, ecologia, migração
anual, etc. Existem para esse fim vários circuitos destinados às
escolas;
• Foi publicado material didático e tendo sido realizadas ações de
formação destinadas aos professores.
38. Parque Nacional Al Hoceima
Localização
• O Parque Nacional de Al Hoceima foi criado em outubro de 2004, é uma
área protegida situada a nordeste do Marrocos, a oeste da cidade de Al
Hoceima, na província homónima, que faz parte da região de Taza-Al
Hocima-Taounate, o parque é a maior área protegida da costa
mediterrânica de Marrocos.
39. Parque Nacional Al Hoceima
Localização
• Limitado a norte pela costa mediterrânica e a sul pela estrada nacional N16,
o parque estende-se sobre uma área de 48 460 hectares que, além da parte
terrestre constituída pelo maciço de Bokkoyas, abrange uma parte marítima
com cerca 19 000 hectares.
40. Parque Nacional Al Hoceima
Principais Objetivos
• A principal missão do Parque Nacional Al-Hoceima é a
conservação das suas paisagens, do seu património natural e
cultural;
• O parque é caracterizado pela sua biodiversidade marinha,
pela sua riqueza na prática pesqueira e por um uso
agroflorestal pastoril secular de montanha;
• Os habitats terrestres do parque também são o lar de uma
notável biodiversidade;
• Uso sustentável dos recursos naturais é uma das ferramentas
para a conservação destes produtos ambientais com elevado
valor patrimonial.
41. Parque Nacional Al Hoceima
Geodiversidade
• A morfologia costeira do parque é dominada principalmente
por penhascos íngremes, com mais de 600 metros, por vezes,
separados por pequenas baías de areia na parte de baixo dos
barrancos;
• A área costeira do Parque mostra características originais, o
que pode ser explicado por razões estruturais, litológicas e
também pela hidrodinâmica forte;
• O litoral pode ser dividido em 3 entidades geomorfológicas:
Grandes falésias homogêneas com sobreposição de calcário e
dolomita, maciço Bokkoyas;
Falésias heterogêneas formadas de calcário e arenito e
deslizamentos de terra dos paredões;
As praias de cascalho e seixos.
43. Parque Nacional Al Hoceima
Clima
• O PNAH é caracterizado por um clima seco, com invernos
ameno e verão quente;
• As temperaturas no inverno vão em média de 10°C à 28,5°C, e
no verão de 18°C à 37°C
• No verão as precipitações são escassas (300 mm/ano), mas
especialmente violentas, às vezes causando danos extensos.
• As chuvas causam grandes perturbações aos elementos da
geodiversidade, no inverno, quando as chuvas são constantes,
aumenta a erosão do substrato rochoso, particularmente em
áreas onde a cobertura vegetal é menor.
• A região onde está inserido o PNAH é umas das mais afetadas
pelos processos erosivos, tendo 70% do solo afetado por esse
processo
47. Contexto Social
• Uma área de terra do PNAH que abrange 285 km² é
densamente preenchida com cerca de 15.000 pessoas em 36
Douars(Censo, 2004).
• 33 mil pessoas residem em uma área periférica do PNAH (461
km ²) e está espalhada por 57 Douars;
• A densidade de 71 hab/ km²;
• A população é maior em áreas acessíveis com maior
disponibilidade de água potável;
• As principais atividades humanas são a agricultura em
pequena escala, cultivo de grãos, a caça e a pesca;
• Necessidade de conscientização da população.
48. Parque Nacional Al Hoceima
Ecoturismo e Educação Ambiental
• O ecoturismo é uma forma de turismo enriquecido pelo valor
ecológico da área visitada, de modo a tomar em conta o
ambiente natural e seu povo em uma atividade de lazer e
descoberta que não agrida nenhum aspecto da biodiversidade
ou da geodiversidade;
• O alto valor da fauna e da flora do PNAH, o torna um
excelente parque para a realização de ecoturismo;
• O mesmo interesse é recorrente para as paisagens naturais do
parque, suas grandes falésias inexploradas pelos homens são
pontos turísticos bastantes procurados;
• Interessante a absorção do povo local nessa atividade.
50. Considerações Finais sobre a
Conservação do PNAH
• O Parque Nacional de Al Hoceima é um conjunto de
ecossistemas cujo equilíbrio ecológico é frágil e sensível. Pode
ser ameaçado, especialmente pela urbanização descontrolada
ou desenvolvimento excessivo de projetos de turismo;
• O futuro do PNAH está no centro de um debate ético tendo
em conta uma necessidade de conservar os recursos naturais
e culturais da região, e, por outro lado, o desenvolvimento
económico da população;
• A solução é na maioria dos casos a consolidação de leis e
regulamentos, a criação de mecanismos para assegurar a
conformidade com as normas ambientais em geral e,
particularmente, para as comunidades costeiras;
51. Considerações Finais sobre a
Conservação do PNAH
• O PNAH está classificado entre as principais áreas protegidas
da bacia do Mediterrâneo. Sua inclusão na lista de Áreas
Especialmente Protegidas de interesse Mediterrâneo (SPAMI)
exige a elaboração de um plano diretor para o
desenvolvimento e gestão das partes terrestres e marinhas.
Duas propostas foram feitas em 1993 e 2007. Para a parte
marítima, a proposta de 1993 foi reavivada em 2002 e revisto
com pescadores em 2011.
• Todos estes documentos não foram formalizados até o
momento e precisam ser revistos para se adaptarem às
mudanças em curso. O Parque Nacional da Al Hoceima
retardou o desenvolvimento de uma grande parte da área
costeira, por causa de considerações ecológicas e ambientais,
mas está área possui um grande potencial para desenvolver o
turismo com base na natureza.
52. Parque Nacional Toubkal
Localizado a 70 km ao sul de Marrakesh, na parte central do
Alto Atlas, entre os vales de N'Fiss a ocidente e o de Ourika a
oriente.
Criado em 1942
Área: 380 km²
Gestão:
Alta Comissão das Águas
e Florestas e da
Luta contra a
Desertificação
53. Elementos Geológicos
As feições que mais se destacam na região do Parque Nacional
Toubkal são montanhas originadas como resultado da colisão
entre as placas Africana e Européia. Correspondem a mais de
700 km de extensão orientadas no eixo WSW – ENE.
Rochas vulcânicas Précambrianas assim como
estratos sedimentares
do Quaternário
compõem o arcabouço
geológico na região
protegida.
54. As montanhas do Alto Atlas e
especificamente o conjunto de Toubkal,
constitui naturalmente uma barreira
climática entre o Clima mediterrâneo do
Marrocos e o mais quente deserto do
Saara.
Monte Jbel
Toubkal
Nas áreas mais baixas o clima
quente do deserto
caracterizado pela baixa
precipitação contrasta com o
frio alpino, onde a precipitação
chega a 1200mm nas altitudes
entre 800 e 1000 m, havendo
inclusive a presença de neve
no inverno.
Deserto do Saara
55. Biodiversidade
A vegetação está bem caracterizada de acordo com a altitude.
Nas regiões mais baixas
até 1500 m, é baseado
vegetação Red Juniper e
Thuja com espécies
endêmicas, como Polygala
balansae.
A uma altitude de 2000 m, espécies
endêmicas, como a flor amarela
Adenocarpus anagyrifolius e Genista
florida predominam.
Cade Juniper e a presença de ouro
espinhoso cardo caracterizam a
vegetação até 2.500 m.
Polygala balansae
Acima de 3.000 m a
vegetação é dominada
por arbustos espinhosos,
como Bupleurum
espinhosa e Alyssum
espinhosa.
56. Flora
43% da flora conhecida do Alto
Atlas e 13% da Flora no
Marrocos estão representados
na área do PNT. A flora
também inclui limitada
ocorrência de espécies
tropicais.
Elevado grau de endemismo
compreendendo 154 taxa
composta de 58% das espécies
endêmicas do Alto Atlas e 25%
de todos os espécies
endêmicas encontradas no
Marrocos.
57. Fauna
Há registros de mais de
100 espécies de aves,
entre residentes e
migratórias. Entre eles
podemos citar várias
espécies de águias,de
corvos, abutres, corujas,
falcão peregrino ...
Camachuelo rosado
• Existem 30 espécies de répteis,
incluindo alguns raros como
cobra schokar, víbora Atlas
Invertebrados são muitos e
variados, nove espécies de
borboletas endêmicas, lesmas,
caramujos, escorpiões e outros
insetos. Há mamíferos raros e
endêmicos no Parque Nacional
Toubkal. O mais característico é
Mouflons de l'Atlas (Ovelha da
Montanha).
Mouflons de l'Atlas
58. Imlil
Ao sopé do Monte
Toubkal, a 1740 m de
altitude, uma aldeia
fortificada atrai um
grande fluxo de turistas.
Ponto de referência e partida
utilizado pela grande parte dos
caminhantes que sobem ao cume do
Toubkal ou que percorrem os
diversos circuitos de caminhada
existentes na região. como o Lago de
Ifni, o maior lago natural de
Marrocos e um dos mais altos,
situado na parte sudeste do Toubkal.
Lago de Ifni
59. Integridade
Atualmente, apenas um
código geral de boa conduta
que rege o comportamento
dos visitantes. A lei sobre as
florestas (1917) permite que
os cidadãos utilizem áreas
florestadas para extração de
madeira e pastagem
demonstrando uma
incoerência quanto a gestão
sustentável dos recursos
naturais.
O Estado considera que há dificuldades
em ambos instituir e fazer cumprir tal
proteção devido aos níveis de uso humano
dentro da área. No entanto, uma lei
que estabelece o estatuto de Parque
Nacional e outras categorias de áreas
protegidas está a ser revista, e, se
aprovada, permitirá o desenvolvimento de
ambas medidas para assegurar uma
melhor proteção e eficaz gestão da área.
60. Considerações...
O zoneamento gestão do TNP, baseia-se numa zona central e em uma
zona de amortecimento. A zona central é ainda sub-dividida em três
tipos:
• Zonas naturais protegidas
• Santuários naturais
• Zonas de manejo de recursos naturais.
Isto implica que diferentes atividades humanas como
coleta de lenha, uso para pastagem e turismo estão permitidas
no interior da zona central do TNP, mas a falta de
controle e gestão dessas atividades são de fato
ameaças a sustentabilidade dos recursos naturais do Parque.
A insolação chega aos 340 dias por ano, mas são frequentes os nevoeiros;
Um dos problemas de conservação do parque é a construção ilegal de casas nas falésias, tanto para primeira como para segunda habitação. Originalmente, tratava-se de casas tradicionais de uso sazonal, usadas pelos pescadores durante períodos curtos, mas recentemente converteu-se num fenómeno de invasão do domínio público marítimo, que destrói o habitat de reprodução e repouso de várias espécies, especialmente do íbis-eremita.[carece de fontes] A pressão de desenvolvimento urbanístico pode também ser a causa de destruição de áreas de alimentação desta espécie se não se tiverem em conta os critérios de conservação que devem predominar num parque nacional.
Área importante para as aves, ou IBA (do inglês Important Bird Area), é designação dada a um território reconhecido como constituindo um habitat globalmente importante para a conservação de populações de aves e como tal identificado segundo critérios fixados internacionalmente
Reserva da Biosfera de Arganerale
Localização: sudoeste de Marrocos, rodeada pelas montanhas Atlas, margeada pelo oceano atlântico no lado oeste;
Área de 25.000 km². Possui esse nome devido a presença da árvore de argan, extremamente adaptada ao clima seco. Serve de contenção ao avanço do deserto do Saara;
O argan é o objetivo principal para a conservação e desenvolvimento socioeconômico da região. Proporciona boa madeira e sementes para a fabricação de azeite comestível;
População: 2.400.000 pessoas (Bereberes). No local encontra-se o Parque Nacional de Souss Massa com sítios de interesse ecológico e biológico. Aves: Ibis Calvo.
World wide fund for nature...
Desde a sua criação que têm sido levados a cabo diversos projetos de desenvolvimento sustentável em benefício da população local. Esta tem limitações económicas consideráveis devido às condições ambientais, que só permitem uma economia de subsistência. A direção do parque tem procurado associar-se a várias agências de desenvolvimento e organizações não governamentais, entre as quais se destaca a SEO/Birdlife.
Esta ONG de carácter ambiental tem contribuído para a obtenção de fundos junto de diversas fundações, principalmente da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento[carece de fontes] e da Cooperación Canaria, para a realização de projetos em prol das populações locais, favorecendo sobretudo o associativismo e a autonomia económica, com uma aposta forte no fomento aos níveis social e económico das mulheres.
A agência de cooperação alemã Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) também tem um papel relevante no parque. A diversificação das fontes de de rendimentos é considerado primordial para criar uma economia mais adaptável. Têm sido realizados projetos de alfabetização e qualificação para mulheres, bem como formação e comercialização do artesanato por elas fabricado. Foram também criadas infraestruturas que permitem a manipulação e processamento dos mexilhões que são recolhidos localmente, de forma a melhorarem a sua qualidade e o valorizem como produto. Também se tem favorecido o ecoturismo em benefício da população.
A cooperação tem contribuído para a criação de cooperativas de pescadores e facilitado o acesso a cadeias de frio e a condições de trabalho mais seguras, mediante a adequação dos pontos de desembarque. Uma atividade que tem tido muito êxito é a apicultura, que atualmente ocupa várias cooperativas locais.
O Parque Nacional de Souss-Massa é o principal destino de turismo ornitológico em Marrocos, graças à possibilidade que oferece de observar os íbis-eremitas, mas também devido à grande abundância de avifauna nas fozes dos rios Suz e Massa.
Dentre as atividades que são fomentadas no parque, uma das mais importantes é o ecoturismo. Esta centra-se fundamentalmente na foz do rio Massa, em que se concetram valores naturais e culturais. A grande quantidade de aves aquáticas e limícolas que passam o inverno no parque é um dos grandes atrativos, além dos íbis-eremitas e da grande abundância de espécies residentes e de vários mamíferos. Existe um serviço de guias ornitológicos e a possibilidade de fazer percursos em burros, com benefício ds habitantes locais. Na foz do rio Suz também há um itinerário equipado com plataformas de observação.
Em 2010 existia um projeto de realização doutras atividades, como a visita das duas reservas em que existe megafauna saariana, que são dos raros locais onde se podem observar algumas espécies no seu ambiente natural.
O património cultural do parque é notável e atrai um número importante de visitantes, sobretudo os moussems, aos quais acorrem muitos locais locais e emigrantes nas grandes cidades e estrangeiro. Este património, material e imaterial, é também um grande atrativo ecoturístico.