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ANÁLISE E ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL
PARA ACESSO AOS MERCADOS
2013
PERFIL RURAL - BANCO DE IMAGENS
Realização 										 Patrocínio
Este Banco de Imagens oferece uma visão sintética e interpretativa dos fatores dinâmi-
cos que caracterizam a sustentabilidade da produção rural regional frente às especifici-
dades dos mercados efetivos e potenciais, com destaque para o atual quadro das cadeias
de produção agroalimentar dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu,
Guapimirim, Itaboraí, Magé, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá.
Aspectos socioeconômicos, ambientais, institucionais e culturais, combinados ao conjun-
to dos aspectos organizacionais e das condições de adequação dos produtores rurais nos
fornecem um quadro diversificado e ao mesmo tempo muito específico sobre a experiên-
cia dos pequenos produtores diante das oportunidades e dos desafios relacionados à sua
inserção nos mercados de alimentos.
As informações aqui expostas provêm da série de estudos e diagnósticos elaborados
pela equipe de pesquisadores da Rede de Desenvolvimento, Ensino e Sociedade REDES
(CPDA/UFRRJ) para o Perfil Rural/Agrícola de Municípios Diretamente Influenciados
pelo COMPERJ (Fases I e II), executado no período de 2010 a 2013, através do Convênio
de Cooperação Técnica e Financeira celebrado com a Fundação Banco do Brasil (FBB) no
âmbito do Programa Trabalho e Cidadania.
APRESENTAÇÃO
BANCO DE IMAGENS: ESTRUTURA
O presente BANCO DE IMAGENS DO PERFIL RURAL foi criado para proporcionar um
cenário resumido e maior visibilidade a partir dos resultados dos diagnósticos e análises
elaborados pela equipe de pesquisa da Rede de Desenvolvimento, Ensino e Sociedade
(REDES) sendo, portanto, uma ferramenta complementar ao Relatório Final do Perfil
Rural – FASE II, ao Diagnóstico Preliminar e ao Diagnóstico de Tendências, elaborados
durante a FASE I do Perfil Rural.
Devido à complexidade dos temas apresentados, optamos por uma ferramenta de na-
vegação simplificada, para um público mais amplo, cuja apresentação está baseada em
um simples sistema de mudança de página no teclado. A diversidade das informações
e dados é, dessa forma, visualizada de forma alinhada e objetiva, na medida em que o
arquivo final é um PDF.
A apresentação foi dividida em cenários: Perfil Socioeconômico, Serviços Ambientais e
Desenvolvimento Rural, Perfil Agrário e Acesso a Mercados.
Perfil
socioeconômico
O Estado do Rio de Janeiro, com 43.696,054 km2, ocupa cerca de 0,5% do território
nacional e é o segundo pólo industrial brasileiro. O Rio de Janeiro é também o estado
que abriga o maior percentual de remanescentes da Mata Atlântica em seu território:
cerca de 870.271 ha, ou quase 20% de sua cobertura original (SOSMA/INPE, 2008). Parte
dessas florestas estão protegidas, no interior de unidades de conservação federais,
estaduais e municipais, enquanto outra grande parte encontra-se distribuída em pe-
quenos fragmentos, localizados no interior de propriedades rurais.
Os municípios com maior densidade demográfica são Magé e Itaboraí, com população
superior a duzentos mil habitantes. Nestes municípios, a população urbana reside quase
totalmente na sede municipal, com densidade demográfica superior a 500 hab/km².
Os outros municípios, a população a abaixo de 55.000 habitantes.
Silva Jardim apresenta a menor densidade demográfica, com 22,8 hab/km².
REGIÃO DE ESTUDO
Cachoeiras de Macacu
População residente total: 54.273
População urbana: 45.944
População rural: 7.329
Magé
Tanguá
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Rio de Janeiro
Silva Jardim
Fonte IBGE Censo 2010
Casimiro de Abreu
População residente total: 35.347
População urbana: 38.521
População rural: 3.861
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro Tanguá
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Guapimirim
População residente total: 51.483
População urbana: 49.746
População rural: 819
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
Silva Jardim
Itaboraí
População residente total: 218.008
População urbana: 215.412
População rural: 2.596
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
Silva Jardim
Magé
População residentetotal: 227.322
População urbana: 215.236
População rural: 8.234
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
Silva Jardim
Rio Bonito
População residente total: 55.551
População urbana: 41.259
População rural: 12.949
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
Silva Jardim
Silva Jardim
População residente total: 21.349
População urbana: 16.121
População rural: 5.228
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
Silva Jardim
Tanguá
População residente total: 30.732
População urbana: 27.428
População rural: 3.304
Fonte IBGE Censo 2010
Rio de Janeiro
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Magé
Tanguá
8 municípios = 9,46% do Estado do Rio deJaneiro
Estado do RIO DE JANEIRO
43.696,054 Km2 (cerca de 0,5% do território nacional)
População total: 15.993.583 habitantes
REGIÃO DE ESTUDO
Área total: 4.133,8 Km2 (cerca de 9,5% do território estadual)
População total: 694.065 habitantes
Fonte: Censo IBGE 2010
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Itaboraí
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Itaboraí
M
agé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Itaboraí
M
agé
Rio
Bonito
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Itaboraí
M
agé
Rio
Bonito
Silva
Jardim
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Cachoeiras
de
M
acacu
PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOSCachoeiras
de
M
acacu
Casim
iro
de
Abreu
Guapim
irim
Itaboraí
M
agé
Rio
Bonito
Silva
Jardim
Tanguá
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
População urbano
população rural
Educação (Objetivo de Desenvolvimento do Milênio,2007)
Natalidade e mortalidade (SISNAC, 2009)
Queda constante da taxa de natalidade no período de 2002 a 2008, com aumento verificado em Cachoeiras de Macacu (2007)
e em Magé e Rio Bonito (2003).
Em relação à taxa de mortalidade (AIDS, agressões e taxa de mortalidade infantil):
· Diminuição do coeficiente do AIDS para todos os municípios, exceto Tanguá, que apresenta crescimento constante. Itaboraí lidera o
coeficiente de mortes por agressões.
· A mortalidade infantil vem sendo reduzida em todos os municípios, sendo o único aumento verificado em Silva Jardim.
Em todos os municípios há forte retenção (verificada pela taxa de distorção
de idade que permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com
idade superior à idade recomendada) e evasão escolar.
A presença de pré-escolas na região é alta, e maior do que a média nacional
e estadual. Em relação ao ensino fundamental, todos os municípios, com
exceção de Tanguá, ultrapassam a média estadual, mas somente
Cachoeiras de Macacu ultrapassa a média nacional.
Diferente é a situação do ensino médio, onde todos os municípios
apresentam percentuais muito baixos (Tanguá 5,10%, Silva Jardim 5,60%),
fortemente abaixo das médias nacionais e estaduais.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
(IFDM)
O ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL (IFDM) mede o
desenvolvimento dos municípios em função das variáveis emprego & renda, educação
e saúde. Todos os 08 municípios situam-se na faixa de desenvolvimento moderado.
IFDM
0,6607
0,6800
0,5964
0,7581
0,7588
0,7098
0,6108
0,6733
Município
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Itaboraí
Magé
Rio Bonito
Silva Jardim
Tanguá
educação
0,7241
0,8182
0,6657
0,6652
0,6578
0,7463
0,6701
0,6868
saúde
0,8049
0,8583
0,7660
0,7706
0,8474
0,8097
0,7680
0,7796
emprego e renda
0,4532
0,3635
0,3576
0,8386
0,7713
0,5735
0,3942
0,5536
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Fonte: Sistema FIRJAN ano base 2009
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
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Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
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Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL
Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de
indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo.
Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no
setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e
Tanguá para atrair a instalação de empresas.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
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Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
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Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
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Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
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Magé
PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
Silva Jardim
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Guapimirim
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Magé
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Rio Bonito
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Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
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PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
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Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
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Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
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Magé
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Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
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PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
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Itaboraí
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Magé
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Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
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Magé
PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
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Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
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Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
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Guapimirim
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PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
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Casimiro de Abreu
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Itaboraí
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Magé
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Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
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Guapimirim
Magé
PIB agropREcuário dos municipios
- período 2001 /2009
Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
COMPERJ - Complexo Petroquímico do
Estado do Rio de Janeiro
O COMPERJ ocupará uma área de 45 km², que
corresponde a cerca de 10,5% do território de
Itaboraí. As obras foram iniciadas em maio de
2008 para a implantação de uma refinaria com
capacidade para processar 165 mil barris de pet-
róleo por dia para a produção de óleo diesel, nafta
petroquímica, querosene
de aviação, coque, gás de cozinha e óleo
combustível. Também estão previstas unidades de
produção de lubrificantes e de processamento do
gás natural produzido no Pré-Sal.
Localização: Rodovia Estadual RJ116, KM 5,2, Acesso A1, s/n.
Bairro Alto do Jacú (Sambaetiba) Município de Itaboraí, RJ.
CEP: 24841-203
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
SERVIÇOS AMBIENTAIS
E DESENVOLVIMENTO RURAL
Fonte:
Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro, 2009
Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim estão entre os primeiros colocados no ranking dos municípios fluminenses beneficiados
com a distribuição do rateio do ICMS-Ecológico, através do repasse de recursos a partir de critérios relacionados à presença de
mananciais de abastecimento, tratamento de esgoto, destinação de lixo, remediação de vazadouros e unidades de conservação.
A maioria dos municípios da região encontra-se localizada nos espaços territoriais da Áreas de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, APA
da Bacia do Macacu e APA do Rio São João Mico-Leão-Dourado.
A função desses territórios é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação, assegurar a sustentabilidade dos recursos
naturais, com a adoção de estratégias de manejo e gestão sustentável da área rural.
Os municípios da região integram o projeto RIO RURAL BIRD, executado pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro,
através da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável (SDS), com financiamento do Banco Mundial/BIRD.
O projeto incentiva a adoção de práticas sustentáveis e técnicas produtivas mais eficientes e ambientalmente adequadas, para diminuir
ameaças à biodiversidade, aumentar estoques de carbono na paisagem agrícola e para a inversão do processo de degradação das terras em
ecossistemas de importância global da Mata Atlântica.
Unidades de Conservação
Cachoeiras de Macacu
Unidades de Conservação
Casimiro de abreu
Unidades de Conservação
Guapimirim
Unidades de Conservação
Itaboraí
Unidades de Conservação
Magé
Unidades de Conservação
rio Bonito
Unidades de Conservação
Silva Jardim
INCENTIVOS À CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL
ALINHADOS À PRODUTIVIDADE DA PROPRIEDADE RURAL
SISTEMA DE PAGAMENTOS POR SERVIÇOS
AMBIENTAIS
·Fundo de Boas Práticas Socioambientais em
Microbacias (Casimiro de Abreu)
·Incentivos à criação de RPPN
CADEIA VERDE DE VIVEIROS DE MUDAS
·Implementação de cadeia produtiva de mudas na
região
	
PROGRAMAS DE INCENTIVO E DINAMIZAÇÃO
SOCIOAMBIENTAL
·Iniciativa BNDES-MATA ATLÂNTICA
·Programa ÁGUA BRASIL
(Banco do Brasil, Agência ·Nacional de Águas,
Fundação Banco do Brasil e WWF)*
·RIO RURAL BIRD (EMATER)
*não executado na região focalizada neste estudo.
EXTRAÇÃO MINERAL
Atividades de extração mineral definem novas formas
de uso do solo e encontram-se em expansão na região
com o aumento da construção civil, especialmente,
para extração de areia, saibro e argila.
Uma das principais concentrações de extração de
água mineral do estado do Rio de Janeiro ocorre em
Cachoeiras de Macacu, com 07 empresas instaladas.
Os municípios de Guapimirim, Itaboraí, e Rio Bonito
abrigam, cada um, 02 empresas.
Em Magé, há 03 empresas instaladas. O crescimento
do número de empresas e de solicitações para
registro de novas fontes confirma o aumento dessa
atividade na região, devido à facilidade de escoamento
da produção para o mercado.
Em Tanguá, ocorre a extração de fluorita. Outras
extrações minerais de pequeno e médio porte, poten-
cialmente associadas a danos decorrentes de falta de
controle ambiental, caracterizam-se pelo alto índice
de clandestinidade, devido à mobilidade da área de
extração, nos casos de areia, saibro e argila.
Perfil Agrário
DISTRIBUIÇÃO agrária
A região apresenta concentração de terras um pouco superior à média do estado.
Menor concentração de terras: Cachoeiras de Macacu, Magé, Rio Bonito e Tanguá
Maior concentração de terras: Guapimirim, Casimiro de Abreu e Silva Jardim.
Total da área rural do Estado do Rio de Janeiro: 2.048.973 hectares
Total da área rural da região:
152.830 hectares ou 7,45% da área rural do estado
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) no estado do Rio de
Janeiro (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
65%
30,5%
5,5 %
> 100 hectares
11 a 99 hectares
até 10 hectares
Área rural total dos municípios em hectares (Cen-
so Agropecuário Municipal, IBGE, 2006)
Silva Jardim
38.283 ha
Rio Bonito
15.236 ha
Cachoeiras de Macacu
32.914 ha
Tanguá
6.406 ha
Casimiro de Abreu
25.942 ha
Itaboraí
15.274 ha
Guapimirim
14.396 ha
Magé
4.933 ha
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Cachoeiras de Macacu
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
54 % 25,1 % 9,7% 11,2 %
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Casimiro de abreu
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares
88,4% 4,04% 5,76% 1,8%
Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Guapimirim
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
91,2% 2,2% 4,8% 1,8%
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Itaboraí
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares
84,3% 4,9% 7,3% 3,5%
Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Magé
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
53,7% 9,2% 19,8% 17,3%
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Rio bonito
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares
59,3% 13,18% 19,32% 8,2%
Até 50 hectares Até 10 hectares
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Silva Jardim
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
81,6% 4,3% 13,0% 1,2%
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Distribuição agrária (ha) em Tanguá
(Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006)
Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
57,5% 5,32% 25,08% 12,1%
Assentamentos
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Cachoeiras de Macacu
São José da Boa Morte (3903 ha): 385 assentados
Papucaia (1853 ha): 111 assentados
Santa Fé (4389 ha): 0 assentados
Magé
Fazenda Pau Grande (113 ha): 32 assentados
Fazenda Cachoeira Grande (328 ha): 88 assentados
Fazenda Santa Rosa (31 ha): 11 assentados
Santa Rosa (378 ha): 20 assentados
Silva Jardim
Aldeia Velha (367 ha): 33 assentados
Cambucaes (1508 ha): 101 assentados
Sebastião Lan (521 ha): 30 assentados
Casimiro de Abreu
Fazenda Engenho Novo (1.285 ha):
86 assentados
Projetos de Assentamentos na Região: 11
Área total dos assentamentos: 31.354 ha
Capacidade total: 2005 assentados
Total de assentados: 797
Dados: INCRA, 2011
Tipos de atividades
As áreas destinadas à pecuária são predominantes em todos os municípios e representam
69% do total da área produtiva rural, sendo três vezes maior que as áreas destinadas às lavouras e horticultura.
Em Magé, Tanguá e Rio Bonito, as lavouras permanentes ocupam cerca de 20% da área produtiva.
As lavouras temporárias têm grande concentração em Silva Jardim e ocupam 23% da sua área produtiva.
A horticultura tem maior concentração em Casimiro de Abreu e ocupam 17% da sua área produtiva.
Guapimirim detém a maior concentração de pastagens que ocupam 84% da sua área produtiva.
Distribuição de área por tipo de atividade (hectares)
Cachoeiras de Macacu
Magé
Casimiro de Abreu
Rio Bonito
Guapimirim
Silva Jardim
Itaboraí
Tanguá
Lavoura temporária Horticultura e floricultura Lavoura permanente Pecuária Produção florestal Aquicultura
Variação da área de produção (hectares) no
período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012)
Silva Jardim
-65%
Rio Bonito
-27%
Cachoeiras de Macacu
-57%
Tanguá
198%
Casimiro de Abreu
-4%
Itaboraí
-70%
Guapimirim
92%
Magé
-28%
Variação da produtividade agrícola regional no
período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012)
LEGUMES -46%
TUBÉRCULOS -31%
GRÃOS – 20%
FRUTAS -14%
CÍTRICOS -1%
Maiores e menores variações na produção agrícola
por município no período 2001-2010(ASPA/EMATER,2012)
COCO VERDE (-82%)
INHAME (-77%)
QUIABO (-69)
BANANA (-64%)
COCO VERDE (211%)
BERINGELA (151%)
GOIABA (99%)
ABACAXI (-100%)
LARANJA (-100%)
TANGERINA (-100 %)
AIPIM (-84%)
INHAME (-84)
INHAME (290%)
AIPIM (462%)
LARANJA (444%)
AIPIM (216%)
PEPINO (-100%)
Cachoeiras de Macacu Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim
Magé Rio Bonito Tanguá Silva Jardim
Silva Jardim
-57%
Rio Bonito
-21%
Cachoeiras de Macacu
-47%
Tanguá
297%
Casimiro de Abreu
-17%
Itaboraí
-69%
Guapimirim
113%
Magé
-30%
Variações totais da produção agrícola municipal
(Kgs) no período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012)
REDUÇÃO DA ÁREA RURAL DE CACHOEIRAS DE MACACU
Em Cachoeiras de Macacu, a construção da Barragem do Guapiaçu poderá determinar o alagamento de área equivalente a 5% do território
municipal, com cerca de 4.000 hectares às margens dos rios Guapiaçu e Macacu, trecho de terras agrícolas planas, com boa drenagem e alto
nível de sedimentos, reconhecidamente as mais produtivas da região. Nesta área, microbacia de Serra Queimada, habitam 450 famílias, com
uma população de cerca de 3.000 pessoas que produzem grande quantidade do aipim, quiabo, milho verde, limão, laranja, goiaba, acerola, amo-
ra, graviola, palmito de pupunha, palmito de palmeira real, eucalipto, coco e leite comercializados pelo município.
Em Cachoeiras de Macacu, a construção da Barragem do Guapiaçu poderá determinar o alagamento de área equivalente a 5% do território
municipal, com cerca de 4.000 hectares às margens dos rios Guapiaçu e Macacu, trecho de terras agrícolas planas, com boa drenagem e alto
nível de sedimentos, reconhecidamente as mais produtivas da região. Nesta área, microbacia de Serra Queimada, habitam 450 famílias, com
uma população de cerca de 3.000 pessoas que produzem grande quantidade do aipim, quiabo, milho verde, limão, laranja, goiaba, acerola, amo-
ra, graviola, palmito de pupunha, palmito de palmeira real, eucalipto, coco e leite comercializados pelo município.
QUADRO DA PRODUÇÃO REGIONAL SEGUNDO DADOS
DA ASPA (EMATER,2012)
A produção regional de aipim representa a metade
da produção do estado, correspondendo a 2%
a mais do que todo o volume comercializado no
CEASA.
A produção regional da acerola corresponde a 80%
da produção estadual e seu volume de produção é
quase 10 vezes o volume absorvido pelo Ceasa/RJ,
cabendo às indústrias e aos pequenos mercados
absorverem o restante da produção.
Destacam-se também o cará, o palmito, a goiaba,
o limão e o quiabo, estes três últimos com uma
produção representativa pelo seu alto volume de
produção.
Abóbora, maxixe, pepino e pimenta não são con-
sideradas culturas de impacto mas são represen-
tativas dentro do contexto estadual, apresentando
participação relativa de 100% na produção do
estado.
DADOS CONFLITANTES
Há uma significativa falta de alinhamento entre os dados gerados pela EMATER/RJ (ASPA/2011) e IBGE (PAM/2012) relacionados aos principais
produtos da região.
Um dos motivos está associado à informação da produção originada pelas notas fiscais emitidas e que chegam ao CEASA do estado do Rio de
Janeiro. Muitas vezes a produção de um determinado produtor de um município é escoada pela emissão de nota fiscal de outro produtor em
outro município. Dessa forma, algumas vezes, registra-se uma produção em um município que nem produz o produto descrito na nota fiscal.
AIPIM BANANA COCO
VERDE
GOIABA LARANJA LIMÃO MARACUJÁ TANGERINA
Cachoeiras de Macacu		 -36,5%	 -21,2% 	 -7,1% 	 87,7% 	 -27,0%	 7,2%	 -18,7%
Casimiro de Abreu 		 -44,1% 	 19,6%					 -87,5% 	 -10,0%
Guapimirim 					 15,9% 	 -57,7% 	 42,8%		
Itaboraí 				 -25,3% 	 22,6% 	 -70,6% 			 -86,2%	 -45,6% 	 -98,5%	 -90,1%
Magé 					 -50,6%	 -35,6% 	 16,7% 			
Rio Bonito				 3,3% 	 26,3% 	 137,5% 			 -43,6% 	 122,4% 	 -64,4%	 -20,9%	
Silva Jardim			 -84,0% 	 -30,9% 	 -58,8%					 184,3% 	 -97,0%
Tanguá 				 234,8% 	 90,6%	 -84,2% 	 -25,0% 	 178,0% 	 -5,3% 			 -48,6%
VARIAÇÃO PERCENTUAL ASPA/PAM
LEITE, PALMITO E PISCICULTURA
LEITE
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Cachoeiras de Macacu é o único município da região que integra a relação dos principais municípios produtores de leite do Estado do Rio de
Janeiro. Em 2002, produzia 2,79% do leite produzido no Estado. Em 2008, essa participação foi reduzida para 1,64%, redução de 35%, equiva-
lente a menos 5.700 litros. (FAERJ/SEBRAE, Op.cit.).
Silva Jardim já abrigou importante bacia leiteira do Estado e produz, atualmente, cerca de 10.000Kg/leite/dia, com média de 5Kg/leite/dia por
vaca. A produção leiteira dos municípios sob influência do COMPERJ é comercializada por duas cooperativas: Cooperativa Agropecuária de Rio
Bonito Ltda e Cooperativa Cia. do Leite.
A Cooperativa Agropecuária de Rio Bonito Ltda., situada neste
município, com capacidade instalada de 60.000 lts/dia, atende aos
municípios de Rio Bonito, Itaboraí , Tanguá, Cachoeira de Macacú,
Magé, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio,
São Pedro d´Aldeia, Iguaba Grande, Araruama e Saquarema. Não
possui equipamentos para fabricação de subprodutos, mas conta com
excelentes condições de operação e expansão de suas atividades.
A Cooperativa Cia do Leite, criada em 1994, em Cachoeiras de Macacu,
com capacidade de 3.000 l/dia e 90 produtores cooperados, atende aos
municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Magé e Guapimirim.
Entre março de 2002 e dezembro de 2006, toda a produção da Cia do
Leite atendia ao Programa Leite nas Escolas, com fornecimento às
escolas estaduais de Cachoeiras de Macacu, Magé, Guapimirim e
Itaboraí, com preço de tabela definido pelo Governo do Estado. Hoje a
Cia do Leite fornece bebida láctea, queijo frescal e leite para o mercado
do Rio de Janeiro, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Itaboraí. A
cooperativa não tem parceria com a EMATER.
PALMITO
O plantio da pupunha ocorre em Magé,
Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Casimiro de
Abreu, mas Silva Jardim destaca-se pelo
desenvolvimento de estratégias para a estrutura-
ção do setor.
A Associação dos Plantadores de Pupunha, em
Silva Jardim, tem 13 membros.
Estima-se que haja 700.000 pés plantados,
ocupando área de cerca de 140 ha.
Não há apoio da Prefeitura de Silva Jardim para a
atividade. Apenas dois produtores comercializam o
produto diretamente para restaurantes da cidade
do Rio de Janeiro. A maioria das propriedades
ainda não estão colhendo ou vendem sua produção
para a fábrica Palmito São Thiago, instalada em
Silva Jardim e com capacidade para processar
1.000.000 de árvores/ano, em um turno de
trabalho.
PISCICULTURA
As atividades de aquicultura (criação de peixes e rãs) foram introduzidas na região há cerca de duas décadas.
A região dispõe de infraestrutura para ampliação e consolidação da cadeia produtiva regional, desde o final da década de 90, com a instalação
da Cooperativa Regional de Piscicultores e Ranicultores do Vale do Macacu e Adjacências LTDA. - COOPERCRÃMMA. Localizada em Japuíba
(Cachoeiras de Macacu), a 15 km do COMPERJ, a cooperativa dispõe de condições técnicas e sanitárias para o abate em grande escala, além de
ter licenciamento ambiental com Sistema de Inspeção Federal, licença ambiental do INEARJ e APPCC (rastreado).
O atual sistema de comercialização é incipiente, sendo
feito por meio de intermediários que fornecem para
restaurantes do Rio de Janeiro e redes de supermerca-
do, como o Zona Sul.
O agricultor familiar não constitui o atual perfil do
produtor que, em geral, promove a piscicultura como
segunda ou terceira atividade com pouca relevância
econômica.
Muitos tanques encontram-se desativados (vazios) ou a
produção de peixes de corte (tilápia, traíra e outros) foi
substituída pela produção de peixes ornamentais, cujo
mercado mostra-se bastante atraente.
O principal entrave é o licenciamento ambiental da
atividade.
Não há dados disponíveis sobre a produção dos mu-
nicípios de Rio Bonito, Guapimirim e Tanguá.
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Dinâmica da piscicultura nos municípios sob
influência do COMPERJ
Cachoeiras de Macacu
	
O município abrigou importantes sistemas de produção de peixe, rãs,
pesque e pague, tornando-se centro de referência para a comercialização
da produção através da COOPERCRÃMMA.
Diversas atividades de capacitação para produtores foram realizadas
desde 2002, pela COOPERCRÃMMA, com o propósito de organizar a cadeia
produtiva, e a capacitação dos ranicultores e piscicultores que formavam a
cooperativa.
Atualmente, o peixe fornecido pela COOPPERCRÃMMA para a merenda
escolar, não é, em sua maior parte, produzida na região.
Em 2005, a Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu, o SEBRAE/RJ
e a COOPERCRÃMMA realizaram um levantamento do potencial para o
desenvolvimento da piscicultura no assentamento São José da Boa Morte,
identificando 17 agricultores familiares interessados em participar de um
projeto de incentivo à piscicultura.
Silva Jardim
Itaboraí
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Casimiro de AbreuCasimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Dinâmica da piscicultura nos municípios sob
influência do COMPERJ
Casimiro de Abreu
Em 2010, 30 produtores desenvolvem a criação de tilápias em 120 tanques
abertos com o apoio da Prefeitura, que também realiza o repasse de
alevinos, assistência técnica e transporte para o beneficiamento e comer-
cialização.
No assentamento do Visconde, há 22 propriedades com tanques para
criação de peixes.
Os produtores de peixe de Casimiro de Abreu já forneceram o pescado
para a alimentação escolar, mas a produção encontra-se suspensa com
a intervenção do INEA nos tanques de produção, no aguardo de Termo
de Ajustamento de Conduta relacionado ao licenciamento ambiental da
atividade, em elaboração.
Está prevista a implantação de um sistema de produção de ração susten-
tável de alimentação para os alevinos, de modo a beneficiar os pequenos
produtores rurais, produzida a partir dos resíduos das tilápias para maior
sustentabilidade ao processo de produção, com o uso dos resíduos de
peixes.
Silva Jardim
Itaboraí
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Dinâmica da piscicultura nos municípios sob
influência do COMPERJ
Itaboraí
Segundo dados do Instituto ANIMA, a Secretaria Municipal de Agricultura,
Abastecimento e Pesca registrou 52 pescadores artesanais da comunidade
pesqueira de Itambi-Itaboraí, que dispõe de entreposto com câmara
frigorífica de 10 toneladas e sala de filetagem, com selo municipal e
fornecimento para a merenda escolar do município.
Silva Jardim
Itaboraí
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Dinâmica da piscicultura nos municípios sob
influência do COMPERJ
Magé
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Agricultura pretende
implantar uma rede de unidades de pesquisa em diversas localidades de
Magé, com produtores selecionados para atender a exigências mínimas
ao desenvolvimento de tecnologias apropriadas, com a participação da
EMATER e de pesquisadores. Entre 2010 e 2011, foram identificadas 45
propriedades com potencial para piscicultura. Nessas propriedades,
foram identificados 11 sistemas de produção com potencial e localização
estratégica.
Silva Jardim
Itaboraí
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Dinâmica da piscicultura nos municípios sob
influência do COMPERJ
Silva Jardim
Segundo dados do Instituto ANIMA, Silva Jardim possui alto potencial para
a piscicultura, e criou a Lei que autoriza o Desenvolvimento da Cadeia
de Aquicultura Familiar em todo o território municipal. O MPA destinou
escavadeira hidráulica para abertura de tanques no município. Dos atuais
40 piscicultores identificados, 10 encontram-se em fase de produção
sem comercialização. A comercialização informal é realizada na feira da
agricultura familiar aos sábados, já que o município não dispõe de selo
municipal.
Perfil Agrário
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Empresas de produtos ou
serviços finais, fornecedores
de insumos especializados,
componentes,
equipamentos e serviços
Lojas comerciais especializadas (equipamentos,
implementos agrícolas, maquinários, defensivos
agrícolas, sistemas de irrigação e etc.); Empresas de
consultoria agropecuária (consultoria agronômica);
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Instituições de financiamento Banco do Brasil através do Programa Nacional de
Financiamento a agricultura familiar;
Secretária Estadual de Agricultura e Pecuária
(SEAPEC) através do programa Frutificar e Prosperar;
Bancos privados.
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Empresas e instituições
voltadas para comercialização
Intermediadores ou atravessadores (distribuidores e
compradores); Supermercados; CEASA-RIO; quitandas,
mercearias, feiras e etc.; Mercados institucionais (PAA,
Merenda escolar, Catering).
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Treinamento e
capacitação especializada
Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro
(FAERJ); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(SENAR-RIO); Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE-RJ); Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial do Estado do Rio de Janeiro
(SENAI – Alimentos);
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Ensino
pesquisa
extensão
suporte técnico
informação
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF); Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro; Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Solos; EMBRAPA
Alimentos; EMBRAPA Agrobiologia); Rede de Tecnologia
(REDETEC); Pesagro.
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Órgãos de controle e normas Instituto Nacional de Propriedade Intelectual; Associação
de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro
(ABIO); Ministério de Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (MAPA); Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA); Instituto Nacional de Proteção Intelectual
(INPI);
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Orientação técnica e
extensão rural
Secretária Municipal de Agricultura; Empresa de As-
sistência Técnica e Extensão Rural (EMATER); Empresas
de consultorias agropecuárias; Ministério de Desenvolvi-
mento Agrário através das políticas de ATES;
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Financiamento de pesquisa,
inovação tecnológica e estudos
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq); Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP); Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do
Rio de Janeiro (FAPERJ); Fundação Banco do Brasil (FBB)
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL
Associações comerciais,
sindicatos, cooperativas e outras
entidades associativas do setor
privado, que apóiam os
participantes do aglomerado
Para cooperativas e associações de produtores, ver
quadro abaixo; Federação de Agricultura do Estado do Rio
de Janeiro (FAERJ); Fundação Municipal de Casimiro de
Abreu
Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Cachoeiras de Macacu
Este município teve uma evolução negativa nas atividades agrícolas, po-
rém ainda tem um dos PIB’s por hectare mais elevados da região. Há uma
boa distribuição entre culturas permanentes, temporárias e horticultura e
uma boa dinâmica envolvendo associação de produtores e assentamentos
rurais, com destaque para o assentamento de São José da Boa Morte,
disparado o maior da região.
Coperativa atuantes no municipio
Associação dos Produtores, Lavradores e Amigos do Faraó (ALAF)
Associação dos Produtores Rurais da São José da Boa Morte
Associação dos Produtores, Moradores e Amigos do Faraó
Associação dos Produtores Rurais da Serra Queimada
Cooperativa Regional de Piscicultores e Ranicultores do Vale do
Macacu e Adjacências LTDA. - COOPERCRAMMA Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Cachoeiras de Macacu
A Secretaria de Agricultura dispõe dois tratores e implementos usados
em benefício dos agricultores. No assentamento São José da Boa Morte
existe uma máquina fornecida pelo INEA, trabalhando na limpeza de valas,
através de um convênio com a Secretaria de Agricultura.
O escritório local da EMATER conta com dois engenheiros agrônomos, um
técnico agrícola e uma extensionista social, que, segundo agricultores,
prestam bons serviços de apoio técnico.
As principais associações de produtores identificadas na região foram a
Associação dos Produtores de Goiaba de Cachoeiras de Macacu (Goiacam),
a Associação de Agricultores e Familiares de São José da Boa Morte e a
Associação de Lavradores e Amigos do Faraó (ALAF).
A Goiacam tem 6 anos de existência, 26 associados e tem seu foco prin-
cipal na produção de goiabas, herança da presença da cultura japonesa
na região. Os associados somam um total de 100 hectares plantados de
goiaba, e têm a maior parte das vendas realizada através de intermediá-
rios. Não possuem normatização de padrões de qualidade dos produtos
que, normalmente, seguem a classificação estabelecida pelo atacado.
Não possui sede operacional, estrutura de apoio à produção, máquinas
e equipamentos agrícolas. Apesar de 70% dos produtores possuírem
DAP física, a associação ainda não possui a DAP jurídica. Por este motivo
fornece alimentos para a merenda escolar através da ALAF, formada por
45 associados cujo foco principal é a produção de banana de encosta.
A ALAF conta com galpão, duas câmaras frias obtidas através do
PRONAF, uma câmara de amadurecimento e um caminhão para realizar
o transporte dos produtos. Possui DAP jurídica e é principal
fornecedora do PNAE no município, entregando principalmente
bananas, abobora laranja aipim e polpa de goiaba. É associada à
Unacoop, realizando venda na pedra do CEASA.
Apesar de não haver um padrão de qualidade formalmente
definido, a aparência dos produtos é boa em termos de tamanho
e de incidência de defeitos.
A produção de São José da Boa Morte enfrenta problemas
de qualidade em uma área sistematicamente afetada por
alagamento do terreno, limitando o desenvolvimento econômico
local. A produção é dirigida, principalmente, para a subsistência
das famílias assentadas. A Associação possui um caminhão,
adquirido através de convênio com o PRONAF, que no momento
encontra-se quebrado, por falta de manutenção.
Equipamentos da ALAF. Foto: Funcke, 2012.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Casimiro de Abreu
O Município que apresentou a maior evolução do PIB agrícola crescendo
79% entre 2001 e 2009, no entanto o PIB por hectare ainda é o segundo
menor dentre os municípios estudados. A produção agrícola de forma
geral teve uma pequena redução, apresentando um bom crescimento na
produção de inhame e uma redução na produção de cítricos.
Coperativa atuantes no municipio
Cooperativa Agropecuária de Casimiro de Abreu Ltda
Associação dos Pequenos Produtores Rurais dos Assentados de
Visconde
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Casimiro de Abreu
A Prefeitura apoia as ações dos pequenos produtores com 2 caminhões,
tratores, óleo combustível, um agrônomo e uma casa onde são feitas as
separações e preparo do romaneio de entrega dos produtos para atender
ao PNAE. Há 02 feirinhas de produtores rurais (segundas e terças-feiras)
para atender a população do assentamento da Fazenda Visconde e do
Brejão. A Prefeitura cede barracas, transporte para coleta e devolução dos
produtos. A EMATER auxilia os produtores no fornecimento ao mercado
local (pequenos mercados e restaurantes).
Existem aproximadamente 8 associações informais nas localidades
produtivas.Para as chamadas públicas do PNAE, a EMATER escolheu 17
produtores com DAP e estruturou, em fevereiro de 2011, a ASSAF -
Associação da Agricultura Familiar de Casimiro de Abreu que, atualmente,
conta com 27 produtores.
A ASSAF já ganhou parte do processo licitatório do município de Rio das
Ostras, o que pode contribuir para melhora de renda. Outros convites
foram feitos, para Saquarema e Araruama.
Os padrões de qualidade dos produtos fornecidos pela ASSAF são apenas
visuais, sem procedimentos definidos, fotos ou outro tipo de padrão
técnico. A Cooperativa CEDROS-RJ atende as 82 famílias do assentamento
da Fazenda Visconde, que não dispõem de DAPs para participação nas
chamadas públicas.
Há grande defasagem entre os preços de diferentes produtos. A
banana, que tem preço médio para o atravessador de R$ 10,00
por caixa com 20 kg, tem preço médio no mercado de R$ 2,00/
Kg, e preço no PNAE de R$ 40,00 a caixa.
A Secretaria de Educação tem projeto para delegar às Escolas
Municipais a compra de alimento, podendo assim beneficiar a
agricultura familiar com mais do que o mínimo estipulado em
lei (30% do repasse do FNDE).
O acesso às áreas de produção está em boas condições.
Não existe na localidade nenhum laboratório que possa fazer
análise de residuais provenientes da atividade agrícola, o que
constitui fator agravante para a saúde da população rural e,
mais especificamente, das crianças.
Os produtores de peixe já forneceram para a alimentação
escolar, mas a atividade encontra-se interrompida e aguarda a
formalização de Termo de Ajustamento de Conduta.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Guapimirim
O município que apresenta a maior concentração fundiária da região,
grande número de chácaras e sítios de veraneio, nenhum assentamento
e nenhuma associação de produtores. Apesar disto o desempenho do PIB
agrícola foi dentro da média da região e segundo os dados da ASPA houve
um grande aumento na área utilizada para produção agrícola. Tem grande
concentração de áreas de pecuária e pequena produção o que faz supor
que também é um município onde predomina a questão do estoque de
terras.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Guapimirim
A única organização de produtores identificada neste município foi a
Associação de Produtores Rurais da Bacia do Fojo, com viés agroecológico,
e que recentemente teve seus primeiros produtores certificados pela ABIO.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Itaboraí
Este é um município predominantemente urbano, com pequena área e
volume de produção. Apesar de ter uma área rural relativamente extensa,
a utilização desta área está quase toda direcionada a pecuária. Em face da
pequena produção apresentada pelo município, entende-se que estas áreas
são utilizadas como estoque de terra com objetivo futuro de empreendimen-
tos imobiliários. Esta percepção é reforçada pela concentração da distribuição
agrária, ausência de assentamentos e de associações de produtores.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Itaboraí
Poucas são as atividades rurais que estão se mantendo ou encontram-se
em recuperação. A pecuária leiteira foi extremamente reduzida e a laranja
só se manteve no distrito de Muriqui, por conta da proximidade com o
Município de Tanguá.
Aproximadamente, 62 DAP emitidas no município estão distribuídas entre
produtores de plantas ornamentais, agricultores e pescadores. Não existe
nenhuma associação formada, apesar do investimento feito pelo governo
passado. A principal dificuldade para organizá-los numa associação ou
cooperativa é a distância entre eles.
Existem, atualmente, 35 produtores habilitados para fornecer para o PAA e
PNAE, mas apenas 12 estão participando.
A Secretaria de Agricultura envia um caminhão para coletar os produtos
nas propriedades, que já vêm separados para cada escola. No local de
separação final, os produtos já ensacados são distribuídos diretamente
dos caminhões. As entregas feitas para as escolas estaduais rendem
10% acima, como custo de logística e ajuda os produtores a arcar com os
custos efetivos, muitas vezes feitas por empresas terceirizadas.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Magé
O município que tem uma dinâmica da atividade agropecuária muito
interessante. É notória a resiliência da agricultura em um município
localizado tão perto de grandes áreas urbanas. Magé apresenta algumas
características interessantes como uma boa distribuição agrária, a menor
área média das propriedades rurais (10 ha), um bom crescimento do PIB
agrícola (58% entre 2001 e 2009), a presença de assentamentos rurais e de
várias associações de produtores.
Apesar de ter a menor área rural dentre os municípios estudados, Magé
apresenta uma grande parcela desta área utilizada para lavouras, bem
como um PIB agrícola por hectare cerca de 9 vezes maior que a média dos
municípios estudados. É sem dúvida um terreno fértil para compreender
as relações de produção com uma dinâmica positiva..
Coperativa atuantes no municipio
Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Cachoeirinha
Cooperativa Mageense de Produtores Rurais Ltda
Cooperativa Agrícola do Sexto Distrito de Magé COOPAGRI
Cooperativa de Pescadores do Canal de Magé (COOPCANAL)
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Magé
As atividades do Conselho Municipal de Agricultura estão sendo retomadas
para uma dinâmica de trabalho mais efetiva.
Quatro assentamentos rurais têm suas próprias associações A Coopagé,
cooperativa criada há cerca de 15 anos ainda não opera a comercialização
dos produtos da região. A estrutura operacional da Coopagé é composta por
uma sede, não contando com galpão, máquinas agrícolas ou caminhões para
transporte das mercadorias.
Desde 2002, a Coopagé passou a ser apoiada pela CISV, ONG italiana que tem
por objetivo promover conhecimento e capacitação orientados para o desenvol-
vimento rural. Iniciou, recentemente, processo de transformação que envolve a
reconstituição do seu quadro de associados, através da inclusão de agricultores
familiares de forma a pleitear, futuramente, a obtenção da DAP jurídica para
buscar os benefícios oferecidos pelo PNAE. É composta por 64 agricultores dos
quais 45 possuem DAP física.
A Coopagé também recebe o apoio da CEDROS, cooperativa de extensão rural
contratada pelo MDA, para apoiar associações de produtores no acesso ao
PNAE.
A extensão rural, é satisfatória e a unidade da EMATER, é ativa e organiza, além
do trabalho de campo, uma feira de orgânicos no centro da cidade.
A Prefeitura possui sua própria equipe de extensão rural com 12 técnicos,
possui 3 tratores com implementos e 1 trator com implementos e roçadeiras
para 3 associações de produtores, além de roçadeiras costais que beneficiam,
indiretamente, os associados da cooperativa, que também integram
as associações de produtores dos assentamentos.
Há um grande número de agricultores agroecológicos com apoio da
AS-PTA, e vários utilizam a ABIO como certificadora. A Agricultura
Familiar e Agroecologia, ONG fundada em 1983 com o objetivo de
atuar no fortalecimento da agricultura familiar e promover o desen-
volvimento rural sustentável, também está auxiliando a Coopagé na
elaboração de um projeto de fornecimento de alimentos para o PAA.
Os produtores da região não realizam vendas através de associações
de produtores ou da cooperativa e os principais canais de venda são
as feiras locais, camelôs e atravessadores que buscam as mercado-
rias na porteira das propriedades.
Não foi identificada a existência de nenhum padrão de qualidade de
produtos consistente, vigente na região.
APPCG – Associação de Pequenos produtores de Cachoeira Grande Foto: Funcke, 2012
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Rio Bonito
O município é grande produtor de cítricos e, juntamente com o seu vizinho
Tanguá, representam a maior concentração desta cultura no Estado do
Rio de Janeiro. Apesar de ter havido uma redução nas áreas plantadas e
no volume de produção de Rio Bonito, a relação entre estas duas variáveis
demonstra que houve um aumento de produtividade na região. É notório
também o crescimento do cultivo de coco verde no município.
Coperativa atuantes no municipio
Cooperativa agropecuária de Catimbau Pequeno Ltda
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Rio Bonito
A grande estrutura do Complexo Agrícola Anízio Antunes de Figueiredo
Filho (Centro de Exposição) foi totalmente abandonada no governo anteri-
or.
Pretende-se reativar a produção agrícola, com apoio do escritório da
Emater local para a produção branca (inhame, aipim, batata doce).
A FETAG e CONTAG estão incentivando a implantação de programas de
apoio aos pequenos produtores e aos assentamentos.
A Associação de Moradores e Produtores Rurais de Rio Seco é a única
associação com DAP Jurídica da região de Rio Bonito e é composta de 26
associados com DAP física. Tem acesso ao mercado do PNAE através das
chamadas públicas do município e está se habilitando a fornecer produtos
para outros municípios. Não fornece para o PAA, em função dos preços
oferecidos e não está associada à UNACOOP.
Os padrões de qualidade observados nas entregas do PNAE ainda são
apenas visuais e sensoriais. A embalagem padrão nas entregas ainda é
a caixa tolete para agricultura branca e banana, a laranja em sacos e o
aipim eventualmente em sacos plásticos, que acaba por reduzir a vida útil
do produto.
Complexo Agrícola Anízio Antunes de Figueiredo Filho. Foco: Pereira (2013)
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Silva Jardim
Apresenta uma dinâmica da atividade agropecuária bastante negativa. Apesar
de ter uma grande área de produção associada à pecuária e a lavouras tem-
porárias com grande variedade de produtos, além de uma boa distribuição
agrária e projetos de assentamento rural que somam quase 2500 ha, iden-
tificamos grandes quedas no volume e na área de produção e caracterizada
principalmente pela culturas de aipim, inhame e cítricos. É sem dúvida um
caso a ser estudado do ponto de vista de identificação de dinâmicas rurais que
apresentaram resultados negativos. Um dado do IBGE a ser conferido corres-
ponde à grande extensão de área dedicada ao cultivo de peixes (2019 ha).
Coperativa atuantes no municipio
Associação dos Produtores Rurais Assentados de Aldeia Velha
Cooperativa Industrial de Produção e Prestação de Serviços
Agropecuários de Cambucaes
Associação de Pequenos Produtores Rurais da Comunidade de
Gaviões
Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Sebastião Lan
Associação dos Plantadores de Pupunha
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Silva Jardim
Houve queda de produção em quase todas as culturas.
Os produtores de Silva Jardim estão muito dependentes da existência dos
intermediários, que pagam preços muito baixos e levam os produtos para
fora do município.
Não há ação coordenada entre a Secretaria de Agricultura e a Secretaria
de Educação e as chamadas públicas em 2011 e 2012 não se verificaram.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais orientou a Secretaria de Educação a
preparar a chamada pública.
Em 2011, foi criada comissão para cadastrar os produtores rurais com
DAP, sem resultados práticos.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a CEDROS e EMATER apoiaram os
produtores individuais na chamada pública, pois ainda não existe uma
associação que os represente.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Silva Jardim
Itaboraí
Rio Bonito
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Silva Jardim
Rio Bonito
Casimiro de Abreu
Tanguá
Casimiro de Abreu
Itaboraí
Guapimirim
Magé
Tanguá
município com menor área de produção dentre os analisados e, apesar
de ainda apresentar um PIB por hectare abaixo da média, ele vem
apresentando uma dinâmica de crescimento da atividade agropecuária,
apresentando um aumento de volume de produção de 297% e um aumento
da área produzida em 198% entre os anos de 2001 e 2010, caracterizadas
principalmente pelas culturas de aipim e cítricos. Tais resultados não
alinham-se ao perfil do município, que se propõe a ter características de
dormitório, e que adotou o IPTU como imposto territorial inclusive na área
rural, merecendo maior detalhamento.
Principais aspectos organizacionais
dos municípios
Tanguá
Este município tem características rurais e de produção semelhantes às
de Rio Bonito, porém com menor escala, sendo a citricultura a atividade
agrícola dominante na região.
A prefeitura de Tanguá conduz as atividades do Conselho de Desenvolvi-
mento Urbano Rural de Tanguá e o
Plano Diretor, elaborado em 2006, dá ênfase às atividades urbanas, e
aborda as questões agrícolas de forma breve e superficial.
Apesar da existência de políticas de desenvolvimento agrícola e rural,
foi identificada falta de suporte às atividades agrícolas, de assistência
técnica para as máquinas e implementos agrícolas e de orientação sobre o
manejo adequado da produção.
Um mercado do produtor rural encontra-se em construção, e existem
cursos para a qualificação de pequenos produtores. Embora exista bom
potencial de produção agrícola, falta maior entrosamento entre os agricul-
tores e os demais setores da sociedade.
Há dificuldade de comercialização e escoamento da produção, ainda que
haja apoio público de dois tratores, uma retroescavadeira e um caminhão,
como estímulo para viabilizar a produção e o escoamento dos produtos.
A EMATER está presente no município, com um engenheiro agrônomo e
um técnico agrícola, estrutura significativamente menor que a dos demais
municípios estudados.
Existem iniciativas do Conselho Municipal de Turismo com o
objetivo de estimular o turismo rural através da isenção de
atividades relacionadas ao circuito de visitação da laranja no
município.
A Associação de Citricultores e Produtores Rurais de Tanguá
– ACIPTA, de maior expressão, é filiada à Unacoop, não possui
DAP jurídica e não participa diretamente de projetos relaciona-
dos com o PNAE ou PAA.
Perfil rural Cachoeiras de Macacu
População rural (IBGE, 2010)		 7.329
Unidades de produção (ha)			 1.583 UP
Àrea de produção total				 32.913 ha
Número de assentamentos 			 03 assentamentos
Número de assentados			 396 assentados
Produção agrícola				 234 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 37 contratos no valor de R$ 409.444,24
Chamada pública para o PNAE		 Em 2011 e 2012
Perfil rural Casimiro de abreu
População rural (IBGE, 2010)		 3.861
Unidades de produção 	(ha)			 234 UP
Área de produção total				 25.492 ha
Número de assentamentos 			 01 assentamento
Número de assentados			 86 assentados
Produção agrícola				 63 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 Sem contratos
Chamada pública para o PNAE		 Em 2011 e 2012
Perfil rural GUAPIMIRIM
População rural (IBGE, 2010)		 819
Unidades de produção 	(ha)			 160 UP
Área de produção total				 13.843 ha
Número de assentamentos 							
Número de assentados							
Produção agrícola				 10 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 03 contratos no valor de R$ 38.963,14
Chamada pública para o PNAE		 Não
Perfil rural ITABORAÍ
População rural (IBGE, 2010)		 2.596
Unidades de produção 	(ha)			 250 UP
Área de produção total				 15.274 ha
Número de assentamentos 							
Número de assentados							
Produção agrícola				 55 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 09 contratos no valor de R$
152.488,05
Chamada pública para o PNAE		 Não
Perfil rural MAGÉ
População rural (IBGE, 2010)		 8.234
Unidades de produção 	(ha)			 442 UP
Área de produção total				 4.933 ha
Número de assentamentos 			 04 assentamentos				
		
Número de assentados			 151 assentados					
	
Produção agrícola				 120 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 20 contratos no valor de R$
Chamada pública para o PNAE		 Não
Perfil rural RIO BONITO
População rural (IBGE, 2010)		 12.949
Unidades de produção 	(ha)			 626 UP
Área de produção total				 15.236 ha
Número de assentamentos 			
						
Número de assentados			
					
Produção agrícola				 46 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 06 contratos no valor de R$ 70.832,53
Chamada pública para o PNAE		 Em 2010, 2011 e 2012
Perfil rural SILVA JARDIM
População rural (IBGE, 2010)		 5.228
Unidades de produção 	(ha)			 370 UP
Área de produção total				 38.283 ha
Número de assentamentos			 03 assentamentos 			
						
Número de assentados			 164 assentados		
					
Produção agrícola				 67 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 05 contratos no valor de R$ 20.200,00
Chamada pública para o PNAE		 Em 2011 e 2012
Perfil rural TANGUÁ
População rural (IBGE, 2010)		 3.304
Unidades de produção 	(ha)			 319 UP
Área de produção total				 6.406 ha
Número de assentamentos						
						
Número de assentados				
					
Produção agrícola				 40 DAPs (pessoa física e jurídica)
Crédito Rural (2012/2013)			 07 contratos no valor de R$ 96.716,86
Chamada pública para o PNAE		 Não
Acesso a Mercados
Programa de Aquisição de Alimentos – PAA
Dimensionamento
Padrão de Qualidade
Forma de Funcionamento
O PPA favorece a aquisição direta de produtos de agricultores familiares, pescadores artesanais, extrativistas, silvicultores, aquicultores, quilombolas,
indígenas e assentamentos que sejam portadores de DAP (Documento de Aptidão ao Pronaf) Pessoa Física ou, ainda, por entidades que tenham o
DAP Jurídica, como as cooperativas, agroindústrias familiares, e associações que tenham na sua composição, pelo menos, 70% de portadores de DAP
Pessoa Física.
Este mercado é dirigido à formação de estoques, comunidades carentes ou redes de assistência social do governo. O principal operador de PAA no
estado do Rio de Janeiro é a Unacoop.
O fornecedor deve realizar a classificação, higienização, embalagem e armazenamento e a entrega dos produtos nos pontos para o transporte deve ser
feito em ponto único, o que pressupõe uma base organizada. Os padrões de qualidade dos alimentos do PAA são definidos pela Conab.
Os recursos para a execução do programa são oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Desenvolvimento Social e Comba-
te à Fome (MDSCF). A operacionalização do programa é feita pela CONAB e, no período de janeiro a junho de 2012, os produtores do estado do Rio de
Janeiro foram beneficiados com apenas 0,28% do total de R$ 21,538 milhões do PAA, sendo que nada foi destinado aos oito municípios estudados.
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
Dimensionamento
Padrão de Qualidade
Forma de Funcionamento
O PNAE (Lei n° 11.947/2009) determina que 30% do valor repassado pelo FNDE, para fins de merenda escolar, deve ser gasto em compras diretas
da agricultura familiar do município ou de regiões próximas. A sequência de procedimentos para fornecimento consiste em elaboração do cardápio,
chamada pública, preço de referência (praticado pelo PAA), elaboração, encaminhamento e seleção dos projetos de venda, assinatura do contrato e
entrega dos produtos. Cronograma de entrega dos produtos é definido no contrato e a entrega é acompanhada de Termo de Recebimento que atesta
que os produtos estão de acordo com o contrato e padrões de qualidade.
Não há padrões de qualidade bem definidos e difundidos neste mercado.
Na ausência de padrões de qualidade, são adotados padrões de qualidade definidos pela Conab para o PAA. A EMATER/Rio orienta as Secretarias de
Educação do Estado e dos Municípios quanto a padrões de qualidade a serem adotados conforme critério de nutricionistas municipais, ou prerroga-
tivas particulares do município. As exigências de qualidade, bem como os volumes demandados pelos municípios vêm crescendo ano a ano.
O repasse do FNDE para a região em 2011 foi de R$ 8,890 milhões e percentual mínimo de 30% de compra da Agricultura Familiar, ou R$ 2,667
milhões para as compras. Este valor é insuficiente para absorver todo o potencial de produção e/ou venda dos empreendimentos beneficiados pela
legislação.
REFEIÇÕES COLETIVAS
Dimensionamento
Padrão de Qualidade
Forma de Funcionamento
Este mercado apresenta demanda de qualidade intermediária entre o varejo e os mercados institucionais. Contudo, outros mercados de nicho, como
orgânicos, fair trade ou a adoção de marcas coletivas têm muito mais relevância do que o de refeições coletivas.
A empresa Vivo Sabor, uma das fornecedoras de refeições para o canteiro de obras do COMPERJ, estabeleceu contato com a Prefeitura de Cachoeiras
de Macacu e com o Sebrae para identificar fornecedores locais e estimular mecanismos de desenvolvimento e organização da cadeia produtiva de
alimentos dos municípios próximos.
O padrão de qualidade é bastante elevado, comparável ao de grandes supermercados. Para cada tipo de alimento há uma ficha com informações
técnicas e fotografias demonstrativas associadas a cada critério de qualidade. Estes critérios são definidos a partir das categorias “Receber” “Não
receber”. “Receber” implica limpeza, cor, sabor característico, tipos aceitos e tolerâncias de tamanho, prazo de validade e períodos do ano em que a
colheita é crítica.
“Não receber” diz respeito a ponto de maturação, defeitos provocados por manejo, má formação do alimento ou por contaminação de insetos e fungos.
Os alimentos devem ser entregues inteiros, limpos e acondicionados em embalagens de plástico retornáveis, e as entregas devem ser diárias. Todo o
processamento dos alimentos deverá ser feito dentro das dependências da empresa.
Em 2010, os 23 produtos demandados pela empresa somavam cerca de 760 toneladas de alimentos anuais, das quais quase 400 toneladas correspon-
diam a alimentos produzidos nos municípios do entorno do COMPERJ (conforme dados da ASPA/EMATER)
Considerando os 13 produtos demandados pela Vivo Sabor que são produzidos nos municípios analisados, demonstram que todos os municípios
produzem, ao menos, 03 dos produtos demandados pela empresa. Cachoeiras de Macacu e Magé produzem, respectivamente, 11 e 9 produtos. De
forma geral, os volumes de produção municipais são bastante superiores aos volumes demandados, com exceção da abóbora e do pepino, que são
produzidos em pequenas quantidades na região. O impacto deste mercado sobre a região ainda é pequeno, e se essas compras triplicarem, continuará
sendo pequeno, e as habilidades requeridas para atender a esse tipo de demanda ainda são incipientes na região.
VAREJO
Dimensionamento
Padrão de Qualidade
Forma de Funcionamento
O abastecimento de FLV para as grandes redes varejistas se baseia em procedimentos e normas firmadas diretamente com produtores, com padrões
de fornecimento mais elevados (aspectos fitossanitários e especificação técnica da qualidade)
Os produtos normalmente são entregues através de centros de distribuição (CD), que recebem os produtos, verificam a qualidade e os redistribuem de
acordo com a demanda.
Hortaliças e verduras normalmente são adquiridas em locais próximos das lojas de venda.
Os preços são negociados diariamente, a responsabilidade da entrega e o ônus da qualidade dos produtos é dos fornecedores.
Os supermercados apresentam predisposição para o trabalho com cooperativas.
As grandes redes adotam padrões de qualidade para alimentos (rastreabilidade, segurança alimentar, boas práticas agrícolas, os direitos dos trabal-
hadores e do cumprimento da qualidade).
Supermercados locais não seguem programas de qualidade rígidos, mas permanece o problema de descontos em nota pela não conformidade do
produto que sempre recai sobre o produtor.
O mercado de FLV apresenta uma abundância de oportunidades.
O faturamento total dos 500 maiores supermercados do Brasil foi de R$ 140 bilhões em 2011, dos quais 10,4% ocorrem no estado do Rio de Janeiro.
Em média, 8% das vendas das lojas é relativa a FLV, correspondendo a R$1.16 bilhão em vendas do varejo no Rio de Janeiro.
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
O papel dos mercados institucionais na estruturação da pequena produção...
para vencer tais barreiras ...
Como transpor a distância entre o padrão de qualidade exigido pelos grandes canais de distribuição?
Adotar sistemas de planejamento de produção eficientes e alinhados as demandas de mercado
Adquirir e disseminar conhecimentos para entender e implantar padrões de qualidade na sua produção
Dispor de equipamentos de produção que aumentam a sua capacidade e eficiência produtiva
Dispor de assistência técnica direcionada para atender as necessidades de produção em função dos padrões de qualidade demandados
Equipar a propriedade com locais onde se faça seleção e embalagem de produtos de forma adequada
Dispor de meios de transporte para entregar a produção aos clientes
organização coletiva através de associações ou cooperativas de produtores
capacitação
investimento em infraestrutura
ampla rede de políticas públicas emanadas das instâncias municipais, estadual e federal
abrem novas possibilidades de organização que representam degraus a serem galgados pelos pequenos produtores
variados graus de exigência de estruturação em torno de questões de qualidade e escala, geram diferentes estímulos de organização na direção
do acesso a grandes canais de distribuição
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
PAA: estímulo a subir o primeiro degrau
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de
produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, permitindo compras sem licitação.
Cada agricultor pode acessar até um limite anual em Reais, e os preços não devem ultrapassar o valor equivalente ao preço de
venda do atacado nos mercados locais. O PAA apresenta características que geram uma influência limitada na organização dos
produtores.
O impacto do PAA na busca de padrões de qualidade é baixo, mas a necessidade de obtenção de DAPs física e jurídica impulsiona
algumas organizações a obterem certo nível de organização coletiva. Os padrões de qualidade praticados no PAA são aqueles
estabelecidos pela CONAB a partir da legislação composta por um grande número de portarias, resoluções e instruções
normativas de elevada complexidade. Por outro lado, a legislação do PAA permite que o pagamento seja realizado ou não,
mediante a conformidade da qualidade dos produtos. A necessidade de apresentar um projeto e a restrição de valor anual que
pode ser pago por produtor9, faz com que o PAA gere impactos limitados no estímulo à organização dos produtores, mas os
esforços de organização em função do desejo de acessar o PAA são estimulados por preços justos. O PAA, através do pagamento
de um sobrepreço, estimula ainda a produção e oferta de produtos orgânicos. Nos municípios estudados não foi identificado
nenhum projeto de fornecimento através do PAA.
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
PNAE: um degrau intermediário
O Plano Nacional de Alimentação Escolar - PNAE prevê que no mínimo 30% das compras de alimentos
destinados à merenda escolar devem ser adquiridos diretamente da agricultura familiar por meio de chamadas
públicas. Os alimentos a serem adquiridos para as escolas têm suas variedades, quantidades e padrões de
qualidade definidos pela área de nutrição subordinada à Secretaria de Educação de cada município ou estado.
Por ser um processo em construção, existem conflitos entre produtores e compradores em relação à percepção
de qualidade e que algumas prefeituras, que inicialmente determinaram padrões muito elevados, vêm
ajustando as suas exigências em função da capacidade de oferta da produção local.
Os produtores, estimulados por preços atraentes e por padrões de qualidade alcançáveis, vêm realizando
grandes esforços de organização para atender exigências de qualidade, logística e romaneio, para que produtos
vindos de diversas propriedades sejam entregues em grande número de escolas.
Associado a esta atividade foram identificados esforços para obter regularidade das DAP física e jurídica.
O mercado associado ao PNAE é percebido com um grande estímulo para que produtores possam elevar o seu
nível de organização a patamares mais elevados.
Foram verificadas atividades relacionadas ao PNAE em 5 dos 8 municípios estudados.
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
Mercado de refeições coleticas: mais próximo ao varejo.
Empresas como a Vivo Sabor, uma das fornecedoras de refeições para o complexo do
COMPERJ, demandam um nível de organização bastante elevado, porém um degrau abaixo
das condições necessárias para acessar o grande varejo.
Seu padrão de qualidade é elaborado e claro em relação a defeitos, higiene, grau de
maturação, tamanho, peso, tolerância e prazo de validade, mas com nível de exigência abaixo
dos programas de qualidade modernos do grande varejo (que também realizam exigências
de rastreabilidade, controle de resíduos e aspectos fitossanitários).
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
Acesso ao varejo: a necessidade do salto de qualidade
A elevação dos padrões de qualidade das cadeias de supermercados e a
concentração do varejo nacional (cerca de 60% do mercado) nas grandes
redes de supermercados transnacionais provoca o distanciamento entre
atacado/varejo e o pequeno produtor.
Padrões formalizados e relações comerciais com maior contratualização
acompanham exigências de qualidade para produtos frescos da
agricultura que vêm se disseminando por todo o segmento.
A baixa capacidade de investimentos e a falta de conhecimento necessário
para aderir aos novos padrões de qualidade vigentes determinam as
maiores dificuldades de acesso e marginalização dos pequenos produto-
res.
MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
Políticas Públicas para estruturação
organizacional de acesso a mercados
Organização e estímulo
ao associativismo	
Capacitação de
pequenos produtores
Extensão rural e
assistência técnica
Alinhamento dos objetivos dos associados;
Assegurar processos democráticos internos da organização coletiva;
Remuneração das atividades operacionais e administrativas dentro da associação;
Desenvolver habilidade de planejamento de produção de forma a atender variedades, volumes
e qualidade demandados pelos mercados;
Adquirir e disseminar conhecimentos para entender e implantar padrões de qualidade na sua produção;
Adquirir conhecimento sobre formação e gestão de associações;
Manejo das culturas;
Relação do manejo com padrões de qualidade; Seleção;
Embalagem de produtos adequada às necessidades do mercado;
Equipamentos e
infraestrutura
Plataforma coberta para carga e descarga;
Veículo de transporte para as mercadorias (coleta e entrega);
Preferencialmente os equipamentos devem pertencer à associação;
Políticas
Transversais
Sistematização de informações, com objetivo de auxiliar no planejamento das atividades agro-
pecuárias dos territórios;
Realização de planejamento da atividade agropecuária por parte das prefeituras;
Integração intra e intermunicipal dos aspectos relacionados ao PNAE;
Integração de oferta e demanda PAA;
Apoio ao pequeno produtor na seleção e acesso de políticas públicas;
Articulação institucional para organizações e mercados por instituição neutra.
Políticas Públicas para estruturação
organizacional de acesso a mercados
„As dificuldades imediatas que colocam barreiras
impedindo pequenos produtores de acessar os principais
canais de escoamento da produção de alimentos estão
relacionadas com escala e com padrões de qualidade.
Componentes imprescindíveis para vencer tais barreiras
são organização coletiva, capacitação e investimento em
infraestrutura, sendo que o acesso dos pequenos produ-
tores a estes equipamentos e competências depende, em
última análise, de uma ampla rede de políticas públicas
que reside em diferentes instâncias municipais, estadual e
federal e que apresentam uma série de entraves.“
BANCO DE IMAGENS – PERFIL RURAL
Fotos, Ana Lucia Camphora:
pags 1/2/4/43/44/45/53/54/55/71/74/75/77/79/80/86/120.
Design : Khatarina Leistenschneider
Coordenação Executiva: Ana Lucia Camphora
Equipe de Pesquisa
John Wilkinson, Coordenação Técnica
Ana Lucia Camphora, Coordenação Executiva
André Luis Funcke, Pesquisador Senior
Paulo R. F. Pereira, Pesquisador Senior
Anna Lopane, Pesquisadora Auxiliar
Agradecimentos especiais:
Lilian Grace Aliprandini, Fundação Banco do Brasil
Sandra Regina Tiemi Kagohara, Secretaria Executiva
REDES
Rio de Janeiro, 2013

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Perfil Rural_Banco de Imagens_screen

  • 1. ANÁLISE E ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL PARA ACESSO AOS MERCADOS 2013 PERFIL RURAL - BANCO DE IMAGENS Realização Patrocínio
  • 2. Este Banco de Imagens oferece uma visão sintética e interpretativa dos fatores dinâmi- cos que caracterizam a sustentabilidade da produção rural regional frente às especifici- dades dos mercados efetivos e potenciais, com destaque para o atual quadro das cadeias de produção agroalimentar dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá. Aspectos socioeconômicos, ambientais, institucionais e culturais, combinados ao conjun- to dos aspectos organizacionais e das condições de adequação dos produtores rurais nos fornecem um quadro diversificado e ao mesmo tempo muito específico sobre a experiên- cia dos pequenos produtores diante das oportunidades e dos desafios relacionados à sua inserção nos mercados de alimentos. As informações aqui expostas provêm da série de estudos e diagnósticos elaborados pela equipe de pesquisadores da Rede de Desenvolvimento, Ensino e Sociedade REDES (CPDA/UFRRJ) para o Perfil Rural/Agrícola de Municípios Diretamente Influenciados pelo COMPERJ (Fases I e II), executado no período de 2010 a 2013, através do Convênio de Cooperação Técnica e Financeira celebrado com a Fundação Banco do Brasil (FBB) no âmbito do Programa Trabalho e Cidadania. APRESENTAÇÃO
  • 3. BANCO DE IMAGENS: ESTRUTURA O presente BANCO DE IMAGENS DO PERFIL RURAL foi criado para proporcionar um cenário resumido e maior visibilidade a partir dos resultados dos diagnósticos e análises elaborados pela equipe de pesquisa da Rede de Desenvolvimento, Ensino e Sociedade (REDES) sendo, portanto, uma ferramenta complementar ao Relatório Final do Perfil Rural – FASE II, ao Diagnóstico Preliminar e ao Diagnóstico de Tendências, elaborados durante a FASE I do Perfil Rural. Devido à complexidade dos temas apresentados, optamos por uma ferramenta de na- vegação simplificada, para um público mais amplo, cuja apresentação está baseada em um simples sistema de mudança de página no teclado. A diversidade das informações e dados é, dessa forma, visualizada de forma alinhada e objetiva, na medida em que o arquivo final é um PDF. A apresentação foi dividida em cenários: Perfil Socioeconômico, Serviços Ambientais e Desenvolvimento Rural, Perfil Agrário e Acesso a Mercados.
  • 5. O Estado do Rio de Janeiro, com 43.696,054 km2, ocupa cerca de 0,5% do território nacional e é o segundo pólo industrial brasileiro. O Rio de Janeiro é também o estado que abriga o maior percentual de remanescentes da Mata Atlântica em seu território: cerca de 870.271 ha, ou quase 20% de sua cobertura original (SOSMA/INPE, 2008). Parte dessas florestas estão protegidas, no interior de unidades de conservação federais, estaduais e municipais, enquanto outra grande parte encontra-se distribuída em pe- quenos fragmentos, localizados no interior de propriedades rurais. Os municípios com maior densidade demográfica são Magé e Itaboraí, com população superior a duzentos mil habitantes. Nestes municípios, a população urbana reside quase totalmente na sede municipal, com densidade demográfica superior a 500 hab/km². Os outros municípios, a população a abaixo de 55.000 habitantes. Silva Jardim apresenta a menor densidade demográfica, com 22,8 hab/km². REGIÃO DE ESTUDO
  • 6. Cachoeiras de Macacu População residente total: 54.273 População urbana: 45.944 População rural: 7.329 Magé Tanguá Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Rio de Janeiro Silva Jardim Fonte IBGE Censo 2010
  • 7. Casimiro de Abreu População residente total: 35.347 População urbana: 38.521 População rural: 3.861 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Tanguá Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Silva Jardim
  • 8. Guapimirim População residente total: 51.483 População urbana: 49.746 População rural: 819 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá Silva Jardim
  • 9. Itaboraí População residente total: 218.008 População urbana: 215.412 População rural: 2.596 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá Silva Jardim
  • 10. Magé População residentetotal: 227.322 População urbana: 215.236 População rural: 8.234 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá Silva Jardim
  • 11. Rio Bonito População residente total: 55.551 População urbana: 41.259 População rural: 12.949 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá Silva Jardim
  • 12. Silva Jardim População residente total: 21.349 População urbana: 16.121 População rural: 5.228 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá Silva Jardim
  • 13. Tanguá População residente total: 30.732 População urbana: 27.428 População rural: 3.304 Fonte IBGE Censo 2010 Rio de Janeiro Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Tanguá
  • 14. 8 municípios = 9,46% do Estado do Rio deJaneiro Estado do RIO DE JANEIRO 43.696,054 Km2 (cerca de 0,5% do território nacional) População total: 15.993.583 habitantes REGIÃO DE ESTUDO Área total: 4.133,8 Km2 (cerca de 9,5% do território estadual) População total: 694.065 habitantes Fonte: Censo IBGE 2010 Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 15. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Cachoeiras de M acacu
  • 16. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 17. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Guapim irim Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 18. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Guapim irim Itaboraí Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 19. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Guapim irim Itaboraí M agé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 20. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Guapim irim Itaboraí M agé Rio Bonito Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 21. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOS Casim iro de Abreu Guapim irim Itaboraí M agé Rio Bonito Silva Jardim Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural Cachoeiras de M acacu
  • 22. PERFIL POPULACIONAL DOS MUNICÍPIOSCachoeiras de M acacu Casim iro de Abreu Guapim irim Itaboraí M agé Rio Bonito Silva Jardim Tanguá Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé População urbano população rural
  • 23. Educação (Objetivo de Desenvolvimento do Milênio,2007) Natalidade e mortalidade (SISNAC, 2009) Queda constante da taxa de natalidade no período de 2002 a 2008, com aumento verificado em Cachoeiras de Macacu (2007) e em Magé e Rio Bonito (2003). Em relação à taxa de mortalidade (AIDS, agressões e taxa de mortalidade infantil): · Diminuição do coeficiente do AIDS para todos os municípios, exceto Tanguá, que apresenta crescimento constante. Itaboraí lidera o coeficiente de mortes por agressões. · A mortalidade infantil vem sendo reduzida em todos os municípios, sendo o único aumento verificado em Silva Jardim. Em todos os municípios há forte retenção (verificada pela taxa de distorção de idade que permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendada) e evasão escolar. A presença de pré-escolas na região é alta, e maior do que a média nacional e estadual. Em relação ao ensino fundamental, todos os municípios, com exceção de Tanguá, ultrapassam a média estadual, mas somente Cachoeiras de Macacu ultrapassa a média nacional. Diferente é a situação do ensino médio, onde todos os municípios apresentam percentuais muito baixos (Tanguá 5,10%, Silva Jardim 5,60%), fortemente abaixo das médias nacionais e estaduais. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 24. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) O ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL (IFDM) mede o desenvolvimento dos municípios em função das variáveis emprego & renda, educação e saúde. Todos os 08 municípios situam-se na faixa de desenvolvimento moderado. IFDM 0,6607 0,6800 0,5964 0,7581 0,7588 0,7098 0,6108 0,6733 Município Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Itaboraí Magé Rio Bonito Silva Jardim Tanguá educação 0,7241 0,8182 0,6657 0,6652 0,6578 0,7463 0,6701 0,6868 saúde 0,8049 0,8583 0,7660 0,7706 0,8474 0,8097 0,7680 0,7796 emprego e renda 0,4532 0,3635 0,3576 0,8386 0,7713 0,5735 0,3942 0,5536 Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Fonte: Sistema FIRJAN ano base 2009
  • 25. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 26. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 27. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 28. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 29. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 30. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 31. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 32. PRODUTO INTERNO BRUTO MUNICIPAL Entre 2001 e 2009, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Rio de Janeiro foi de 137%, principalmente pelas atividades de indústrias e serviços relacionados com a área de petróleo. Nos 08 municípios da região do COMPERJ, o aumento do PIB foi de 150%, taxa superior à variação estadual, concentrado principalmente no setor de serviços.Parte desse resultado deve-se a políticas de redução de Impostos sobre Serviços – ISS, adotadas em Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá para atrair a instalação de empresas. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Valor adicionado bruto do PIB (2001-2009) | fonte: fundação ceprej
  • 33. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 34. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 35. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 36. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 37. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 38. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 39. PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 40. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé PIB agropREcuário dos municipios - período 2001 /2009 Valor adicionado bruto do PIB Agropecuário (Mil reais) | fonte: fundação ceprej
  • 41. COMPERJ - Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro O COMPERJ ocupará uma área de 45 km², que corresponde a cerca de 10,5% do território de Itaboraí. As obras foram iniciadas em maio de 2008 para a implantação de uma refinaria com capacidade para processar 165 mil barris de pet- róleo por dia para a produção de óleo diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação, coque, gás de cozinha e óleo combustível. Também estão previstas unidades de produção de lubrificantes e de processamento do gás natural produzido no Pré-Sal. Localização: Rodovia Estadual RJ116, KM 5,2, Acesso A1, s/n. Bairro Alto do Jacú (Sambaetiba) Município de Itaboraí, RJ. CEP: 24841-203 Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 42. SERVIÇOS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO RURAL Fonte: Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro, 2009
  • 43. Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim estão entre os primeiros colocados no ranking dos municípios fluminenses beneficiados com a distribuição do rateio do ICMS-Ecológico, através do repasse de recursos a partir de critérios relacionados à presença de mananciais de abastecimento, tratamento de esgoto, destinação de lixo, remediação de vazadouros e unidades de conservação.
  • 44. A maioria dos municípios da região encontra-se localizada nos espaços territoriais da Áreas de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, APA da Bacia do Macacu e APA do Rio São João Mico-Leão-Dourado. A função desses territórios é proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação, assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais, com a adoção de estratégias de manejo e gestão sustentável da área rural.
  • 45. Os municípios da região integram o projeto RIO RURAL BIRD, executado pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável (SDS), com financiamento do Banco Mundial/BIRD. O projeto incentiva a adoção de práticas sustentáveis e técnicas produtivas mais eficientes e ambientalmente adequadas, para diminuir ameaças à biodiversidade, aumentar estoques de carbono na paisagem agrícola e para a inversão do processo de degradação das terras em ecossistemas de importância global da Mata Atlântica.
  • 53. INCENTIVOS À CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL ALINHADOS À PRODUTIVIDADE DA PROPRIEDADE RURAL SISTEMA DE PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS ·Fundo de Boas Práticas Socioambientais em Microbacias (Casimiro de Abreu) ·Incentivos à criação de RPPN CADEIA VERDE DE VIVEIROS DE MUDAS ·Implementação de cadeia produtiva de mudas na região PROGRAMAS DE INCENTIVO E DINAMIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL ·Iniciativa BNDES-MATA ATLÂNTICA ·Programa ÁGUA BRASIL (Banco do Brasil, Agência ·Nacional de Águas, Fundação Banco do Brasil e WWF)* ·RIO RURAL BIRD (EMATER) *não executado na região focalizada neste estudo.
  • 54. EXTRAÇÃO MINERAL Atividades de extração mineral definem novas formas de uso do solo e encontram-se em expansão na região com o aumento da construção civil, especialmente, para extração de areia, saibro e argila. Uma das principais concentrações de extração de água mineral do estado do Rio de Janeiro ocorre em Cachoeiras de Macacu, com 07 empresas instaladas. Os municípios de Guapimirim, Itaboraí, e Rio Bonito abrigam, cada um, 02 empresas. Em Magé, há 03 empresas instaladas. O crescimento do número de empresas e de solicitações para registro de novas fontes confirma o aumento dessa atividade na região, devido à facilidade de escoamento da produção para o mercado. Em Tanguá, ocorre a extração de fluorita. Outras extrações minerais de pequeno e médio porte, poten- cialmente associadas a danos decorrentes de falta de controle ambiental, caracterizam-se pelo alto índice de clandestinidade, devido à mobilidade da área de extração, nos casos de areia, saibro e argila.
  • 56. DISTRIBUIÇÃO agrária A região apresenta concentração de terras um pouco superior à média do estado. Menor concentração de terras: Cachoeiras de Macacu, Magé, Rio Bonito e Tanguá Maior concentração de terras: Guapimirim, Casimiro de Abreu e Silva Jardim. Total da área rural do Estado do Rio de Janeiro: 2.048.973 hectares Total da área rural da região: 152.830 hectares ou 7,45% da área rural do estado Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 57. Distribuição agrária (ha) no estado do Rio de Janeiro (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) 65% 30,5% 5,5 % > 100 hectares 11 a 99 hectares até 10 hectares
  • 58. Área rural total dos municípios em hectares (Cen- so Agropecuário Municipal, IBGE, 2006) Silva Jardim 38.283 ha Rio Bonito 15.236 ha Cachoeiras de Macacu 32.914 ha Tanguá 6.406 ha Casimiro de Abreu 25.942 ha Itaboraí 15.274 ha Guapimirim 14.396 ha Magé 4.933 ha
  • 59. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Cachoeiras de Macacu (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) 54 % 25,1 % 9,7% 11,2 % Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 60. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Casimiro de abreu (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares 88,4% 4,04% 5,76% 1,8% Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 61. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Guapimirim (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) 91,2% 2,2% 4,8% 1,8% Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 62. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Itaboraí (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares 84,3% 4,9% 7,3% 3,5% Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 63. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Magé (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) 53,7% 9,2% 19,8% 17,3% Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 64. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Rio bonito (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares 59,3% 13,18% 19,32% 8,2% Até 50 hectares Até 10 hectares
  • 65. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Silva Jardim (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares 81,6% 4,3% 13,0% 1,2%
  • 66. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Distribuição agrária (ha) em Tanguá (Censo Agroecuário Municipal, IBGE, 2006) Acima de 100 hectares 51 a 99 hectares Até 50 hectares Até 10 hectares 57,5% 5,32% 25,08% 12,1%
  • 67. Assentamentos Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Cachoeiras de Macacu São José da Boa Morte (3903 ha): 385 assentados Papucaia (1853 ha): 111 assentados Santa Fé (4389 ha): 0 assentados Magé Fazenda Pau Grande (113 ha): 32 assentados Fazenda Cachoeira Grande (328 ha): 88 assentados Fazenda Santa Rosa (31 ha): 11 assentados Santa Rosa (378 ha): 20 assentados Silva Jardim Aldeia Velha (367 ha): 33 assentados Cambucaes (1508 ha): 101 assentados Sebastião Lan (521 ha): 30 assentados Casimiro de Abreu Fazenda Engenho Novo (1.285 ha): 86 assentados Projetos de Assentamentos na Região: 11 Área total dos assentamentos: 31.354 ha Capacidade total: 2005 assentados Total de assentados: 797 Dados: INCRA, 2011
  • 68. Tipos de atividades As áreas destinadas à pecuária são predominantes em todos os municípios e representam 69% do total da área produtiva rural, sendo três vezes maior que as áreas destinadas às lavouras e horticultura. Em Magé, Tanguá e Rio Bonito, as lavouras permanentes ocupam cerca de 20% da área produtiva. As lavouras temporárias têm grande concentração em Silva Jardim e ocupam 23% da sua área produtiva. A horticultura tem maior concentração em Casimiro de Abreu e ocupam 17% da sua área produtiva. Guapimirim detém a maior concentração de pastagens que ocupam 84% da sua área produtiva.
  • 69. Distribuição de área por tipo de atividade (hectares) Cachoeiras de Macacu Magé Casimiro de Abreu Rio Bonito Guapimirim Silva Jardim Itaboraí Tanguá Lavoura temporária Horticultura e floricultura Lavoura permanente Pecuária Produção florestal Aquicultura
  • 70. Variação da área de produção (hectares) no período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012) Silva Jardim -65% Rio Bonito -27% Cachoeiras de Macacu -57% Tanguá 198% Casimiro de Abreu -4% Itaboraí -70% Guapimirim 92% Magé -28%
  • 71. Variação da produtividade agrícola regional no período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012) LEGUMES -46% TUBÉRCULOS -31% GRÃOS – 20% FRUTAS -14% CÍTRICOS -1%
  • 72. Maiores e menores variações na produção agrícola por município no período 2001-2010(ASPA/EMATER,2012) COCO VERDE (-82%) INHAME (-77%) QUIABO (-69) BANANA (-64%) COCO VERDE (211%) BERINGELA (151%) GOIABA (99%) ABACAXI (-100%) LARANJA (-100%) TANGERINA (-100 %) AIPIM (-84%) INHAME (-84) INHAME (290%) AIPIM (462%) LARANJA (444%) AIPIM (216%) PEPINO (-100%) Cachoeiras de Macacu Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Magé Rio Bonito Tanguá Silva Jardim
  • 73. Silva Jardim -57% Rio Bonito -21% Cachoeiras de Macacu -47% Tanguá 297% Casimiro de Abreu -17% Itaboraí -69% Guapimirim 113% Magé -30% Variações totais da produção agrícola municipal (Kgs) no período 2001-2010 (ASPA/EMATER, 2012)
  • 74. REDUÇÃO DA ÁREA RURAL DE CACHOEIRAS DE MACACU Em Cachoeiras de Macacu, a construção da Barragem do Guapiaçu poderá determinar o alagamento de área equivalente a 5% do território municipal, com cerca de 4.000 hectares às margens dos rios Guapiaçu e Macacu, trecho de terras agrícolas planas, com boa drenagem e alto nível de sedimentos, reconhecidamente as mais produtivas da região. Nesta área, microbacia de Serra Queimada, habitam 450 famílias, com uma população de cerca de 3.000 pessoas que produzem grande quantidade do aipim, quiabo, milho verde, limão, laranja, goiaba, acerola, amo- ra, graviola, palmito de pupunha, palmito de palmeira real, eucalipto, coco e leite comercializados pelo município. Em Cachoeiras de Macacu, a construção da Barragem do Guapiaçu poderá determinar o alagamento de área equivalente a 5% do território municipal, com cerca de 4.000 hectares às margens dos rios Guapiaçu e Macacu, trecho de terras agrícolas planas, com boa drenagem e alto nível de sedimentos, reconhecidamente as mais produtivas da região. Nesta área, microbacia de Serra Queimada, habitam 450 famílias, com uma população de cerca de 3.000 pessoas que produzem grande quantidade do aipim, quiabo, milho verde, limão, laranja, goiaba, acerola, amo- ra, graviola, palmito de pupunha, palmito de palmeira real, eucalipto, coco e leite comercializados pelo município.
  • 75. QUADRO DA PRODUÇÃO REGIONAL SEGUNDO DADOS DA ASPA (EMATER,2012) A produção regional de aipim representa a metade da produção do estado, correspondendo a 2% a mais do que todo o volume comercializado no CEASA. A produção regional da acerola corresponde a 80% da produção estadual e seu volume de produção é quase 10 vezes o volume absorvido pelo Ceasa/RJ, cabendo às indústrias e aos pequenos mercados absorverem o restante da produção. Destacam-se também o cará, o palmito, a goiaba, o limão e o quiabo, estes três últimos com uma produção representativa pelo seu alto volume de produção. Abóbora, maxixe, pepino e pimenta não são con- sideradas culturas de impacto mas são represen- tativas dentro do contexto estadual, apresentando participação relativa de 100% na produção do estado.
  • 76. DADOS CONFLITANTES Há uma significativa falta de alinhamento entre os dados gerados pela EMATER/RJ (ASPA/2011) e IBGE (PAM/2012) relacionados aos principais produtos da região. Um dos motivos está associado à informação da produção originada pelas notas fiscais emitidas e que chegam ao CEASA do estado do Rio de Janeiro. Muitas vezes a produção de um determinado produtor de um município é escoada pela emissão de nota fiscal de outro produtor em outro município. Dessa forma, algumas vezes, registra-se uma produção em um município que nem produz o produto descrito na nota fiscal. AIPIM BANANA COCO VERDE GOIABA LARANJA LIMÃO MARACUJÁ TANGERINA Cachoeiras de Macacu -36,5% -21,2% -7,1% 87,7% -27,0% 7,2% -18,7% Casimiro de Abreu -44,1% 19,6% -87,5% -10,0% Guapimirim 15,9% -57,7% 42,8% Itaboraí -25,3% 22,6% -70,6% -86,2% -45,6% -98,5% -90,1% Magé -50,6% -35,6% 16,7% Rio Bonito 3,3% 26,3% 137,5% -43,6% 122,4% -64,4% -20,9% Silva Jardim -84,0% -30,9% -58,8% 184,3% -97,0% Tanguá 234,8% 90,6% -84,2% -25,0% 178,0% -5,3% -48,6% VARIAÇÃO PERCENTUAL ASPA/PAM
  • 77. LEITE, PALMITO E PISCICULTURA
  • 78. LEITE Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Cachoeiras de Macacu é o único município da região que integra a relação dos principais municípios produtores de leite do Estado do Rio de Janeiro. Em 2002, produzia 2,79% do leite produzido no Estado. Em 2008, essa participação foi reduzida para 1,64%, redução de 35%, equiva- lente a menos 5.700 litros. (FAERJ/SEBRAE, Op.cit.). Silva Jardim já abrigou importante bacia leiteira do Estado e produz, atualmente, cerca de 10.000Kg/leite/dia, com média de 5Kg/leite/dia por vaca. A produção leiteira dos municípios sob influência do COMPERJ é comercializada por duas cooperativas: Cooperativa Agropecuária de Rio Bonito Ltda e Cooperativa Cia. do Leite. A Cooperativa Agropecuária de Rio Bonito Ltda., situada neste município, com capacidade instalada de 60.000 lts/dia, atende aos municípios de Rio Bonito, Itaboraí , Tanguá, Cachoeira de Macacú, Magé, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, São Pedro d´Aldeia, Iguaba Grande, Araruama e Saquarema. Não possui equipamentos para fabricação de subprodutos, mas conta com excelentes condições de operação e expansão de suas atividades. A Cooperativa Cia do Leite, criada em 1994, em Cachoeiras de Macacu, com capacidade de 3.000 l/dia e 90 produtores cooperados, atende aos municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Magé e Guapimirim. Entre março de 2002 e dezembro de 2006, toda a produção da Cia do Leite atendia ao Programa Leite nas Escolas, com fornecimento às escolas estaduais de Cachoeiras de Macacu, Magé, Guapimirim e Itaboraí, com preço de tabela definido pelo Governo do Estado. Hoje a Cia do Leite fornece bebida láctea, queijo frescal e leite para o mercado do Rio de Janeiro, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Itaboraí. A cooperativa não tem parceria com a EMATER.
  • 79. PALMITO O plantio da pupunha ocorre em Magé, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Casimiro de Abreu, mas Silva Jardim destaca-se pelo desenvolvimento de estratégias para a estrutura- ção do setor. A Associação dos Plantadores de Pupunha, em Silva Jardim, tem 13 membros. Estima-se que haja 700.000 pés plantados, ocupando área de cerca de 140 ha. Não há apoio da Prefeitura de Silva Jardim para a atividade. Apenas dois produtores comercializam o produto diretamente para restaurantes da cidade do Rio de Janeiro. A maioria das propriedades ainda não estão colhendo ou vendem sua produção para a fábrica Palmito São Thiago, instalada em Silva Jardim e com capacidade para processar 1.000.000 de árvores/ano, em um turno de trabalho.
  • 80. PISCICULTURA As atividades de aquicultura (criação de peixes e rãs) foram introduzidas na região há cerca de duas décadas. A região dispõe de infraestrutura para ampliação e consolidação da cadeia produtiva regional, desde o final da década de 90, com a instalação da Cooperativa Regional de Piscicultores e Ranicultores do Vale do Macacu e Adjacências LTDA. - COOPERCRÃMMA. Localizada em Japuíba (Cachoeiras de Macacu), a 15 km do COMPERJ, a cooperativa dispõe de condições técnicas e sanitárias para o abate em grande escala, além de ter licenciamento ambiental com Sistema de Inspeção Federal, licença ambiental do INEARJ e APPCC (rastreado). O atual sistema de comercialização é incipiente, sendo feito por meio de intermediários que fornecem para restaurantes do Rio de Janeiro e redes de supermerca- do, como o Zona Sul. O agricultor familiar não constitui o atual perfil do produtor que, em geral, promove a piscicultura como segunda ou terceira atividade com pouca relevância econômica. Muitos tanques encontram-se desativados (vazios) ou a produção de peixes de corte (tilápia, traíra e outros) foi substituída pela produção de peixes ornamentais, cujo mercado mostra-se bastante atraente. O principal entrave é o licenciamento ambiental da atividade. Não há dados disponíveis sobre a produção dos mu- nicípios de Rio Bonito, Guapimirim e Tanguá.
  • 81. Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Dinâmica da piscicultura nos municípios sob influência do COMPERJ Cachoeiras de Macacu O município abrigou importantes sistemas de produção de peixe, rãs, pesque e pague, tornando-se centro de referência para a comercialização da produção através da COOPERCRÃMMA. Diversas atividades de capacitação para produtores foram realizadas desde 2002, pela COOPERCRÃMMA, com o propósito de organizar a cadeia produtiva, e a capacitação dos ranicultores e piscicultores que formavam a cooperativa. Atualmente, o peixe fornecido pela COOPPERCRÃMMA para a merenda escolar, não é, em sua maior parte, produzida na região. Em 2005, a Prefeitura Municipal de Cachoeiras de Macacu, o SEBRAE/RJ e a COOPERCRÃMMA realizaram um levantamento do potencial para o desenvolvimento da piscicultura no assentamento São José da Boa Morte, identificando 17 agricultores familiares interessados em participar de um projeto de incentivo à piscicultura.
  • 82. Silva Jardim Itaboraí Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Casimiro de AbreuCasimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Dinâmica da piscicultura nos municípios sob influência do COMPERJ Casimiro de Abreu Em 2010, 30 produtores desenvolvem a criação de tilápias em 120 tanques abertos com o apoio da Prefeitura, que também realiza o repasse de alevinos, assistência técnica e transporte para o beneficiamento e comer- cialização. No assentamento do Visconde, há 22 propriedades com tanques para criação de peixes. Os produtores de peixe de Casimiro de Abreu já forneceram o pescado para a alimentação escolar, mas a produção encontra-se suspensa com a intervenção do INEA nos tanques de produção, no aguardo de Termo de Ajustamento de Conduta relacionado ao licenciamento ambiental da atividade, em elaboração. Está prevista a implantação de um sistema de produção de ração susten- tável de alimentação para os alevinos, de modo a beneficiar os pequenos produtores rurais, produzida a partir dos resíduos das tilápias para maior sustentabilidade ao processo de produção, com o uso dos resíduos de peixes.
  • 83. Silva Jardim Itaboraí Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Guapimirim Magé Dinâmica da piscicultura nos municípios sob influência do COMPERJ Itaboraí Segundo dados do Instituto ANIMA, a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Pesca registrou 52 pescadores artesanais da comunidade pesqueira de Itambi-Itaboraí, que dispõe de entreposto com câmara frigorífica de 10 toneladas e sala de filetagem, com selo municipal e fornecimento para a merenda escolar do município.
  • 84. Silva Jardim Itaboraí Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Guapimirim Magé Dinâmica da piscicultura nos municípios sob influência do COMPERJ Magé A Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Agricultura pretende implantar uma rede de unidades de pesquisa em diversas localidades de Magé, com produtores selecionados para atender a exigências mínimas ao desenvolvimento de tecnologias apropriadas, com a participação da EMATER e de pesquisadores. Entre 2010 e 2011, foram identificadas 45 propriedades com potencial para piscicultura. Nessas propriedades, foram identificados 11 sistemas de produção com potencial e localização estratégica.
  • 85. Silva Jardim Itaboraí Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Itaboraí Guapimirim Magé Dinâmica da piscicultura nos municípios sob influência do COMPERJ Silva Jardim Segundo dados do Instituto ANIMA, Silva Jardim possui alto potencial para a piscicultura, e criou a Lei que autoriza o Desenvolvimento da Cadeia de Aquicultura Familiar em todo o território municipal. O MPA destinou escavadeira hidráulica para abertura de tanques no município. Dos atuais 40 piscicultores identificados, 10 encontram-se em fase de produção sem comercialização. A comercialização informal é realizada na feira da agricultura familiar aos sábados, já que o município não dispõe de selo municipal.
  • 87. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Empresas de produtos ou serviços finais, fornecedores de insumos especializados, componentes, equipamentos e serviços Lojas comerciais especializadas (equipamentos, implementos agrícolas, maquinários, defensivos agrícolas, sistemas de irrigação e etc.); Empresas de consultoria agropecuária (consultoria agronômica); Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 88. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Instituições de financiamento Banco do Brasil através do Programa Nacional de Financiamento a agricultura familiar; Secretária Estadual de Agricultura e Pecuária (SEAPEC) através do programa Frutificar e Prosperar; Bancos privados. Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 89. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Empresas e instituições voltadas para comercialização Intermediadores ou atravessadores (distribuidores e compradores); Supermercados; CEASA-RIO; quitandas, mercearias, feiras e etc.; Mercados institucionais (PAA, Merenda escolar, Catering). Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 90. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Treinamento e capacitação especializada Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-RIO); Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-RJ); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado do Rio de Janeiro (SENAI – Alimentos); Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 91. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Ensino pesquisa extensão suporte técnico informação Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF); Uni- versidade Federal do Rio de Janeiro; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Solos; EMBRAPA Alimentos; EMBRAPA Agrobiologia); Rede de Tecnologia (REDETEC); Pesagro. Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 92. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Órgãos de controle e normas Instituto Nacional de Propriedade Intelectual; Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO); Ministério de Agricultura, Pecuária e Abasteci- mento (MAPA); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); Instituto Nacional de Proteção Intelectual (INPI); Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 93. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Orientação técnica e extensão rural Secretária Municipal de Agricultura; Empresa de As- sistência Técnica e Extensão Rural (EMATER); Empresas de consultorias agropecuárias; Ministério de Desenvolvi- mento Agrário através das políticas de ATES; Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 94. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Financiamento de pesquisa, inovação tecnológica e estudos Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ); Fundação Banco do Brasil (FBB) Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 95. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL ORGANIZACIONAL Associações comerciais, sindicatos, cooperativas e outras entidades associativas do setor privado, que apóiam os participantes do aglomerado Para cooperativas e associações de produtores, ver quadro abaixo; Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ); Fundação Municipal de Casimiro de Abreu Especialidades /Competências Arranjos Institucionais
  • 96. Principais aspectos organizacionais dos municípios Cachoeiras de Macacu Este município teve uma evolução negativa nas atividades agrícolas, po- rém ainda tem um dos PIB’s por hectare mais elevados da região. Há uma boa distribuição entre culturas permanentes, temporárias e horticultura e uma boa dinâmica envolvendo associação de produtores e assentamentos rurais, com destaque para o assentamento de São José da Boa Morte, disparado o maior da região. Coperativa atuantes no municipio Associação dos Produtores, Lavradores e Amigos do Faraó (ALAF) Associação dos Produtores Rurais da São José da Boa Morte Associação dos Produtores, Moradores e Amigos do Faraó Associação dos Produtores Rurais da Serra Queimada Cooperativa Regional de Piscicultores e Ranicultores do Vale do Macacu e Adjacências LTDA. - COOPERCRAMMA Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 97. Principais aspectos organizacionais dos municípios Cachoeiras de Macacu A Secretaria de Agricultura dispõe dois tratores e implementos usados em benefício dos agricultores. No assentamento São José da Boa Morte existe uma máquina fornecida pelo INEA, trabalhando na limpeza de valas, através de um convênio com a Secretaria de Agricultura. O escritório local da EMATER conta com dois engenheiros agrônomos, um técnico agrícola e uma extensionista social, que, segundo agricultores, prestam bons serviços de apoio técnico. As principais associações de produtores identificadas na região foram a Associação dos Produtores de Goiaba de Cachoeiras de Macacu (Goiacam), a Associação de Agricultores e Familiares de São José da Boa Morte e a Associação de Lavradores e Amigos do Faraó (ALAF). A Goiacam tem 6 anos de existência, 26 associados e tem seu foco prin- cipal na produção de goiabas, herança da presença da cultura japonesa na região. Os associados somam um total de 100 hectares plantados de goiaba, e têm a maior parte das vendas realizada através de intermediá- rios. Não possuem normatização de padrões de qualidade dos produtos que, normalmente, seguem a classificação estabelecida pelo atacado. Não possui sede operacional, estrutura de apoio à produção, máquinas e equipamentos agrícolas. Apesar de 70% dos produtores possuírem DAP física, a associação ainda não possui a DAP jurídica. Por este motivo fornece alimentos para a merenda escolar através da ALAF, formada por 45 associados cujo foco principal é a produção de banana de encosta. A ALAF conta com galpão, duas câmaras frias obtidas através do PRONAF, uma câmara de amadurecimento e um caminhão para realizar o transporte dos produtos. Possui DAP jurídica e é principal fornecedora do PNAE no município, entregando principalmente bananas, abobora laranja aipim e polpa de goiaba. É associada à Unacoop, realizando venda na pedra do CEASA. Apesar de não haver um padrão de qualidade formalmente definido, a aparência dos produtos é boa em termos de tamanho e de incidência de defeitos. A produção de São José da Boa Morte enfrenta problemas de qualidade em uma área sistematicamente afetada por alagamento do terreno, limitando o desenvolvimento econômico local. A produção é dirigida, principalmente, para a subsistência das famílias assentadas. A Associação possui um caminhão, adquirido através de convênio com o PRONAF, que no momento encontra-se quebrado, por falta de manutenção. Equipamentos da ALAF. Foto: Funcke, 2012.
  • 98. Principais aspectos organizacionais dos municípios Casimiro de Abreu O Município que apresentou a maior evolução do PIB agrícola crescendo 79% entre 2001 e 2009, no entanto o PIB por hectare ainda é o segundo menor dentre os municípios estudados. A produção agrícola de forma geral teve uma pequena redução, apresentando um bom crescimento na produção de inhame e uma redução na produção de cítricos. Coperativa atuantes no municipio Cooperativa Agropecuária de Casimiro de Abreu Ltda Associação dos Pequenos Produtores Rurais dos Assentados de Visconde Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 99. Principais aspectos organizacionais dos municípios Casimiro de Abreu A Prefeitura apoia as ações dos pequenos produtores com 2 caminhões, tratores, óleo combustível, um agrônomo e uma casa onde são feitas as separações e preparo do romaneio de entrega dos produtos para atender ao PNAE. Há 02 feirinhas de produtores rurais (segundas e terças-feiras) para atender a população do assentamento da Fazenda Visconde e do Brejão. A Prefeitura cede barracas, transporte para coleta e devolução dos produtos. A EMATER auxilia os produtores no fornecimento ao mercado local (pequenos mercados e restaurantes). Existem aproximadamente 8 associações informais nas localidades produtivas.Para as chamadas públicas do PNAE, a EMATER escolheu 17 produtores com DAP e estruturou, em fevereiro de 2011, a ASSAF - Associação da Agricultura Familiar de Casimiro de Abreu que, atualmente, conta com 27 produtores. A ASSAF já ganhou parte do processo licitatório do município de Rio das Ostras, o que pode contribuir para melhora de renda. Outros convites foram feitos, para Saquarema e Araruama. Os padrões de qualidade dos produtos fornecidos pela ASSAF são apenas visuais, sem procedimentos definidos, fotos ou outro tipo de padrão técnico. A Cooperativa CEDROS-RJ atende as 82 famílias do assentamento da Fazenda Visconde, que não dispõem de DAPs para participação nas chamadas públicas. Há grande defasagem entre os preços de diferentes produtos. A banana, que tem preço médio para o atravessador de R$ 10,00 por caixa com 20 kg, tem preço médio no mercado de R$ 2,00/ Kg, e preço no PNAE de R$ 40,00 a caixa. A Secretaria de Educação tem projeto para delegar às Escolas Municipais a compra de alimento, podendo assim beneficiar a agricultura familiar com mais do que o mínimo estipulado em lei (30% do repasse do FNDE). O acesso às áreas de produção está em boas condições. Não existe na localidade nenhum laboratório que possa fazer análise de residuais provenientes da atividade agrícola, o que constitui fator agravante para a saúde da população rural e, mais especificamente, das crianças. Os produtores de peixe já forneceram para a alimentação escolar, mas a atividade encontra-se interrompida e aguarda a formalização de Termo de Ajustamento de Conduta.
  • 100. Principais aspectos organizacionais dos municípios Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Guapimirim O município que apresenta a maior concentração fundiária da região, grande número de chácaras e sítios de veraneio, nenhum assentamento e nenhuma associação de produtores. Apesar disto o desempenho do PIB agrícola foi dentro da média da região e segundo os dados da ASPA houve um grande aumento na área utilizada para produção agrícola. Tem grande concentração de áreas de pecuária e pequena produção o que faz supor que também é um município onde predomina a questão do estoque de terras.
  • 101. Principais aspectos organizacionais dos municípios Guapimirim A única organização de produtores identificada neste município foi a Associação de Produtores Rurais da Bacia do Fojo, com viés agroecológico, e que recentemente teve seus primeiros produtores certificados pela ABIO.
  • 102. Principais aspectos organizacionais dos municípios Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Itaboraí Este é um município predominantemente urbano, com pequena área e volume de produção. Apesar de ter uma área rural relativamente extensa, a utilização desta área está quase toda direcionada a pecuária. Em face da pequena produção apresentada pelo município, entende-se que estas áreas são utilizadas como estoque de terra com objetivo futuro de empreendimen- tos imobiliários. Esta percepção é reforçada pela concentração da distribuição agrária, ausência de assentamentos e de associações de produtores.
  • 103. Principais aspectos organizacionais dos municípios Itaboraí Poucas são as atividades rurais que estão se mantendo ou encontram-se em recuperação. A pecuária leiteira foi extremamente reduzida e a laranja só se manteve no distrito de Muriqui, por conta da proximidade com o Município de Tanguá. Aproximadamente, 62 DAP emitidas no município estão distribuídas entre produtores de plantas ornamentais, agricultores e pescadores. Não existe nenhuma associação formada, apesar do investimento feito pelo governo passado. A principal dificuldade para organizá-los numa associação ou cooperativa é a distância entre eles. Existem, atualmente, 35 produtores habilitados para fornecer para o PAA e PNAE, mas apenas 12 estão participando. A Secretaria de Agricultura envia um caminhão para coletar os produtos nas propriedades, que já vêm separados para cada escola. No local de separação final, os produtos já ensacados são distribuídos diretamente dos caminhões. As entregas feitas para as escolas estaduais rendem 10% acima, como custo de logística e ajuda os produtores a arcar com os custos efetivos, muitas vezes feitas por empresas terceirizadas.
  • 104. Principais aspectos organizacionais dos municípios Magé O município que tem uma dinâmica da atividade agropecuária muito interessante. É notória a resiliência da agricultura em um município localizado tão perto de grandes áreas urbanas. Magé apresenta algumas características interessantes como uma boa distribuição agrária, a menor área média das propriedades rurais (10 ha), um bom crescimento do PIB agrícola (58% entre 2001 e 2009), a presença de assentamentos rurais e de várias associações de produtores. Apesar de ter a menor área rural dentre os municípios estudados, Magé apresenta uma grande parcela desta área utilizada para lavouras, bem como um PIB agrícola por hectare cerca de 9 vezes maior que a média dos municípios estudados. É sem dúvida um terreno fértil para compreender as relações de produção com uma dinâmica positiva.. Coperativa atuantes no municipio Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Cachoeirinha Cooperativa Mageense de Produtores Rurais Ltda Cooperativa Agrícola do Sexto Distrito de Magé COOPAGRI Cooperativa de Pescadores do Canal de Magé (COOPCANAL) Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 105. Principais aspectos organizacionais dos municípios Magé As atividades do Conselho Municipal de Agricultura estão sendo retomadas para uma dinâmica de trabalho mais efetiva. Quatro assentamentos rurais têm suas próprias associações A Coopagé, cooperativa criada há cerca de 15 anos ainda não opera a comercialização dos produtos da região. A estrutura operacional da Coopagé é composta por uma sede, não contando com galpão, máquinas agrícolas ou caminhões para transporte das mercadorias. Desde 2002, a Coopagé passou a ser apoiada pela CISV, ONG italiana que tem por objetivo promover conhecimento e capacitação orientados para o desenvol- vimento rural. Iniciou, recentemente, processo de transformação que envolve a reconstituição do seu quadro de associados, através da inclusão de agricultores familiares de forma a pleitear, futuramente, a obtenção da DAP jurídica para buscar os benefícios oferecidos pelo PNAE. É composta por 64 agricultores dos quais 45 possuem DAP física. A Coopagé também recebe o apoio da CEDROS, cooperativa de extensão rural contratada pelo MDA, para apoiar associações de produtores no acesso ao PNAE. A extensão rural, é satisfatória e a unidade da EMATER, é ativa e organiza, além do trabalho de campo, uma feira de orgânicos no centro da cidade. A Prefeitura possui sua própria equipe de extensão rural com 12 técnicos, possui 3 tratores com implementos e 1 trator com implementos e roçadeiras para 3 associações de produtores, além de roçadeiras costais que beneficiam, indiretamente, os associados da cooperativa, que também integram as associações de produtores dos assentamentos. Há um grande número de agricultores agroecológicos com apoio da AS-PTA, e vários utilizam a ABIO como certificadora. A Agricultura Familiar e Agroecologia, ONG fundada em 1983 com o objetivo de atuar no fortalecimento da agricultura familiar e promover o desen- volvimento rural sustentável, também está auxiliando a Coopagé na elaboração de um projeto de fornecimento de alimentos para o PAA. Os produtores da região não realizam vendas através de associações de produtores ou da cooperativa e os principais canais de venda são as feiras locais, camelôs e atravessadores que buscam as mercado- rias na porteira das propriedades. Não foi identificada a existência de nenhum padrão de qualidade de produtos consistente, vigente na região. APPCG – Associação de Pequenos produtores de Cachoeira Grande Foto: Funcke, 2012
  • 106. Principais aspectos organizacionais dos municípios Rio Bonito O município é grande produtor de cítricos e, juntamente com o seu vizinho Tanguá, representam a maior concentração desta cultura no Estado do Rio de Janeiro. Apesar de ter havido uma redução nas áreas plantadas e no volume de produção de Rio Bonito, a relação entre estas duas variáveis demonstra que houve um aumento de produtividade na região. É notório também o crescimento do cultivo de coco verde no município. Coperativa atuantes no municipio Cooperativa agropecuária de Catimbau Pequeno Ltda Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 107. Principais aspectos organizacionais dos municípios Rio Bonito A grande estrutura do Complexo Agrícola Anízio Antunes de Figueiredo Filho (Centro de Exposição) foi totalmente abandonada no governo anteri- or. Pretende-se reativar a produção agrícola, com apoio do escritório da Emater local para a produção branca (inhame, aipim, batata doce). A FETAG e CONTAG estão incentivando a implantação de programas de apoio aos pequenos produtores e aos assentamentos. A Associação de Moradores e Produtores Rurais de Rio Seco é a única associação com DAP Jurídica da região de Rio Bonito e é composta de 26 associados com DAP física. Tem acesso ao mercado do PNAE através das chamadas públicas do município e está se habilitando a fornecer produtos para outros municípios. Não fornece para o PAA, em função dos preços oferecidos e não está associada à UNACOOP. Os padrões de qualidade observados nas entregas do PNAE ainda são apenas visuais e sensoriais. A embalagem padrão nas entregas ainda é a caixa tolete para agricultura branca e banana, a laranja em sacos e o aipim eventualmente em sacos plásticos, que acaba por reduzir a vida útil do produto. Complexo Agrícola Anízio Antunes de Figueiredo Filho. Foco: Pereira (2013)
  • 108. Principais aspectos organizacionais dos municípios Silva Jardim Apresenta uma dinâmica da atividade agropecuária bastante negativa. Apesar de ter uma grande área de produção associada à pecuária e a lavouras tem- porárias com grande variedade de produtos, além de uma boa distribuição agrária e projetos de assentamento rural que somam quase 2500 ha, iden- tificamos grandes quedas no volume e na área de produção e caracterizada principalmente pela culturas de aipim, inhame e cítricos. É sem dúvida um caso a ser estudado do ponto de vista de identificação de dinâmicas rurais que apresentaram resultados negativos. Um dado do IBGE a ser conferido corres- ponde à grande extensão de área dedicada ao cultivo de peixes (2019 ha). Coperativa atuantes no municipio Associação dos Produtores Rurais Assentados de Aldeia Velha Cooperativa Industrial de Produção e Prestação de Serviços Agropecuários de Cambucaes Associação de Pequenos Produtores Rurais da Comunidade de Gaviões Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Sebastião Lan Associação dos Plantadores de Pupunha Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé
  • 109. Principais aspectos organizacionais dos municípios Silva Jardim Houve queda de produção em quase todas as culturas. Os produtores de Silva Jardim estão muito dependentes da existência dos intermediários, que pagam preços muito baixos e levam os produtos para fora do município. Não há ação coordenada entre a Secretaria de Agricultura e a Secretaria de Educação e as chamadas públicas em 2011 e 2012 não se verificaram. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais orientou a Secretaria de Educação a preparar a chamada pública. Em 2011, foi criada comissão para cadastrar os produtores rurais com DAP, sem resultados práticos. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a CEDROS e EMATER apoiaram os produtores individuais na chamada pública, pois ainda não existe uma associação que os represente.
  • 110. Principais aspectos organizacionais dos municípios Silva Jardim Itaboraí Rio Bonito Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Silva Jardim Rio Bonito Casimiro de Abreu Tanguá Casimiro de Abreu Itaboraí Guapimirim Magé Tanguá município com menor área de produção dentre os analisados e, apesar de ainda apresentar um PIB por hectare abaixo da média, ele vem apresentando uma dinâmica de crescimento da atividade agropecuária, apresentando um aumento de volume de produção de 297% e um aumento da área produzida em 198% entre os anos de 2001 e 2010, caracterizadas principalmente pelas culturas de aipim e cítricos. Tais resultados não alinham-se ao perfil do município, que se propõe a ter características de dormitório, e que adotou o IPTU como imposto territorial inclusive na área rural, merecendo maior detalhamento.
  • 111. Principais aspectos organizacionais dos municípios Tanguá Este município tem características rurais e de produção semelhantes às de Rio Bonito, porém com menor escala, sendo a citricultura a atividade agrícola dominante na região. A prefeitura de Tanguá conduz as atividades do Conselho de Desenvolvi- mento Urbano Rural de Tanguá e o Plano Diretor, elaborado em 2006, dá ênfase às atividades urbanas, e aborda as questões agrícolas de forma breve e superficial. Apesar da existência de políticas de desenvolvimento agrícola e rural, foi identificada falta de suporte às atividades agrícolas, de assistência técnica para as máquinas e implementos agrícolas e de orientação sobre o manejo adequado da produção. Um mercado do produtor rural encontra-se em construção, e existem cursos para a qualificação de pequenos produtores. Embora exista bom potencial de produção agrícola, falta maior entrosamento entre os agricul- tores e os demais setores da sociedade. Há dificuldade de comercialização e escoamento da produção, ainda que haja apoio público de dois tratores, uma retroescavadeira e um caminhão, como estímulo para viabilizar a produção e o escoamento dos produtos. A EMATER está presente no município, com um engenheiro agrônomo e um técnico agrícola, estrutura significativamente menor que a dos demais municípios estudados. Existem iniciativas do Conselho Municipal de Turismo com o objetivo de estimular o turismo rural através da isenção de atividades relacionadas ao circuito de visitação da laranja no município. A Associação de Citricultores e Produtores Rurais de Tanguá – ACIPTA, de maior expressão, é filiada à Unacoop, não possui DAP jurídica e não participa diretamente de projetos relaciona- dos com o PNAE ou PAA.
  • 112. Perfil rural Cachoeiras de Macacu População rural (IBGE, 2010) 7.329 Unidades de produção (ha) 1.583 UP Àrea de produção total 32.913 ha Número de assentamentos 03 assentamentos Número de assentados 396 assentados Produção agrícola 234 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 37 contratos no valor de R$ 409.444,24 Chamada pública para o PNAE Em 2011 e 2012
  • 113. Perfil rural Casimiro de abreu População rural (IBGE, 2010) 3.861 Unidades de produção (ha) 234 UP Área de produção total 25.492 ha Número de assentamentos 01 assentamento Número de assentados 86 assentados Produção agrícola 63 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) Sem contratos Chamada pública para o PNAE Em 2011 e 2012
  • 114. Perfil rural GUAPIMIRIM População rural (IBGE, 2010) 819 Unidades de produção (ha) 160 UP Área de produção total 13.843 ha Número de assentamentos Número de assentados Produção agrícola 10 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 03 contratos no valor de R$ 38.963,14 Chamada pública para o PNAE Não
  • 115. Perfil rural ITABORAÍ População rural (IBGE, 2010) 2.596 Unidades de produção (ha) 250 UP Área de produção total 15.274 ha Número de assentamentos Número de assentados Produção agrícola 55 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 09 contratos no valor de R$ 152.488,05 Chamada pública para o PNAE Não
  • 116. Perfil rural MAGÉ População rural (IBGE, 2010) 8.234 Unidades de produção (ha) 442 UP Área de produção total 4.933 ha Número de assentamentos 04 assentamentos Número de assentados 151 assentados Produção agrícola 120 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 20 contratos no valor de R$ Chamada pública para o PNAE Não
  • 117. Perfil rural RIO BONITO População rural (IBGE, 2010) 12.949 Unidades de produção (ha) 626 UP Área de produção total 15.236 ha Número de assentamentos Número de assentados Produção agrícola 46 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 06 contratos no valor de R$ 70.832,53 Chamada pública para o PNAE Em 2010, 2011 e 2012
  • 118. Perfil rural SILVA JARDIM População rural (IBGE, 2010) 5.228 Unidades de produção (ha) 370 UP Área de produção total 38.283 ha Número de assentamentos 03 assentamentos Número de assentados 164 assentados Produção agrícola 67 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 05 contratos no valor de R$ 20.200,00 Chamada pública para o PNAE Em 2011 e 2012
  • 119. Perfil rural TANGUÁ População rural (IBGE, 2010) 3.304 Unidades de produção (ha) 319 UP Área de produção total 6.406 ha Número de assentamentos Número de assentados Produção agrícola 40 DAPs (pessoa física e jurídica) Crédito Rural (2012/2013) 07 contratos no valor de R$ 96.716,86 Chamada pública para o PNAE Não
  • 121. Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Dimensionamento Padrão de Qualidade Forma de Funcionamento O PPA favorece a aquisição direta de produtos de agricultores familiares, pescadores artesanais, extrativistas, silvicultores, aquicultores, quilombolas, indígenas e assentamentos que sejam portadores de DAP (Documento de Aptidão ao Pronaf) Pessoa Física ou, ainda, por entidades que tenham o DAP Jurídica, como as cooperativas, agroindústrias familiares, e associações que tenham na sua composição, pelo menos, 70% de portadores de DAP Pessoa Física. Este mercado é dirigido à formação de estoques, comunidades carentes ou redes de assistência social do governo. O principal operador de PAA no estado do Rio de Janeiro é a Unacoop. O fornecedor deve realizar a classificação, higienização, embalagem e armazenamento e a entrega dos produtos nos pontos para o transporte deve ser feito em ponto único, o que pressupõe uma base organizada. Os padrões de qualidade dos alimentos do PAA são definidos pela Conab. Os recursos para a execução do programa são oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério do Desenvolvimento Social e Comba- te à Fome (MDSCF). A operacionalização do programa é feita pela CONAB e, no período de janeiro a junho de 2012, os produtores do estado do Rio de Janeiro foram beneficiados com apenas 0,28% do total de R$ 21,538 milhões do PAA, sendo que nada foi destinado aos oito municípios estudados.
  • 122. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Dimensionamento Padrão de Qualidade Forma de Funcionamento O PNAE (Lei n° 11.947/2009) determina que 30% do valor repassado pelo FNDE, para fins de merenda escolar, deve ser gasto em compras diretas da agricultura familiar do município ou de regiões próximas. A sequência de procedimentos para fornecimento consiste em elaboração do cardápio, chamada pública, preço de referência (praticado pelo PAA), elaboração, encaminhamento e seleção dos projetos de venda, assinatura do contrato e entrega dos produtos. Cronograma de entrega dos produtos é definido no contrato e a entrega é acompanhada de Termo de Recebimento que atesta que os produtos estão de acordo com o contrato e padrões de qualidade. Não há padrões de qualidade bem definidos e difundidos neste mercado. Na ausência de padrões de qualidade, são adotados padrões de qualidade definidos pela Conab para o PAA. A EMATER/Rio orienta as Secretarias de Educação do Estado e dos Municípios quanto a padrões de qualidade a serem adotados conforme critério de nutricionistas municipais, ou prerroga- tivas particulares do município. As exigências de qualidade, bem como os volumes demandados pelos municípios vêm crescendo ano a ano. O repasse do FNDE para a região em 2011 foi de R$ 8,890 milhões e percentual mínimo de 30% de compra da Agricultura Familiar, ou R$ 2,667 milhões para as compras. Este valor é insuficiente para absorver todo o potencial de produção e/ou venda dos empreendimentos beneficiados pela legislação.
  • 123. REFEIÇÕES COLETIVAS Dimensionamento Padrão de Qualidade Forma de Funcionamento Este mercado apresenta demanda de qualidade intermediária entre o varejo e os mercados institucionais. Contudo, outros mercados de nicho, como orgânicos, fair trade ou a adoção de marcas coletivas têm muito mais relevância do que o de refeições coletivas. A empresa Vivo Sabor, uma das fornecedoras de refeições para o canteiro de obras do COMPERJ, estabeleceu contato com a Prefeitura de Cachoeiras de Macacu e com o Sebrae para identificar fornecedores locais e estimular mecanismos de desenvolvimento e organização da cadeia produtiva de alimentos dos municípios próximos. O padrão de qualidade é bastante elevado, comparável ao de grandes supermercados. Para cada tipo de alimento há uma ficha com informações técnicas e fotografias demonstrativas associadas a cada critério de qualidade. Estes critérios são definidos a partir das categorias “Receber” “Não receber”. “Receber” implica limpeza, cor, sabor característico, tipos aceitos e tolerâncias de tamanho, prazo de validade e períodos do ano em que a colheita é crítica. “Não receber” diz respeito a ponto de maturação, defeitos provocados por manejo, má formação do alimento ou por contaminação de insetos e fungos. Os alimentos devem ser entregues inteiros, limpos e acondicionados em embalagens de plástico retornáveis, e as entregas devem ser diárias. Todo o processamento dos alimentos deverá ser feito dentro das dependências da empresa. Em 2010, os 23 produtos demandados pela empresa somavam cerca de 760 toneladas de alimentos anuais, das quais quase 400 toneladas correspon- diam a alimentos produzidos nos municípios do entorno do COMPERJ (conforme dados da ASPA/EMATER) Considerando os 13 produtos demandados pela Vivo Sabor que são produzidos nos municípios analisados, demonstram que todos os municípios produzem, ao menos, 03 dos produtos demandados pela empresa. Cachoeiras de Macacu e Magé produzem, respectivamente, 11 e 9 produtos. De forma geral, os volumes de produção municipais são bastante superiores aos volumes demandados, com exceção da abóbora e do pepino, que são produzidos em pequenas quantidades na região. O impacto deste mercado sobre a região ainda é pequeno, e se essas compras triplicarem, continuará sendo pequeno, e as habilidades requeridas para atender a esse tipo de demanda ainda são incipientes na região.
  • 124. VAREJO Dimensionamento Padrão de Qualidade Forma de Funcionamento O abastecimento de FLV para as grandes redes varejistas se baseia em procedimentos e normas firmadas diretamente com produtores, com padrões de fornecimento mais elevados (aspectos fitossanitários e especificação técnica da qualidade) Os produtos normalmente são entregues através de centros de distribuição (CD), que recebem os produtos, verificam a qualidade e os redistribuem de acordo com a demanda. Hortaliças e verduras normalmente são adquiridas em locais próximos das lojas de venda. Os preços são negociados diariamente, a responsabilidade da entrega e o ônus da qualidade dos produtos é dos fornecedores. Os supermercados apresentam predisposição para o trabalho com cooperativas. As grandes redes adotam padrões de qualidade para alimentos (rastreabilidade, segurança alimentar, boas práticas agrícolas, os direitos dos trabal- hadores e do cumprimento da qualidade). Supermercados locais não seguem programas de qualidade rígidos, mas permanece o problema de descontos em nota pela não conformidade do produto que sempre recai sobre o produtor. O mercado de FLV apresenta uma abundância de oportunidades. O faturamento total dos 500 maiores supermercados do Brasil foi de R$ 140 bilhões em 2011, dos quais 10,4% ocorrem no estado do Rio de Janeiro. Em média, 8% das vendas das lojas é relativa a FLV, correspondendo a R$1.16 bilhão em vendas do varejo no Rio de Janeiro.
  • 125. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs O papel dos mercados institucionais na estruturação da pequena produção... para vencer tais barreiras ... Como transpor a distância entre o padrão de qualidade exigido pelos grandes canais de distribuição? Adotar sistemas de planejamento de produção eficientes e alinhados as demandas de mercado Adquirir e disseminar conhecimentos para entender e implantar padrões de qualidade na sua produção Dispor de equipamentos de produção que aumentam a sua capacidade e eficiência produtiva Dispor de assistência técnica direcionada para atender as necessidades de produção em função dos padrões de qualidade demandados Equipar a propriedade com locais onde se faça seleção e embalagem de produtos de forma adequada Dispor de meios de transporte para entregar a produção aos clientes organização coletiva através de associações ou cooperativas de produtores capacitação investimento em infraestrutura ampla rede de políticas públicas emanadas das instâncias municipais, estadual e federal abrem novas possibilidades de organização que representam degraus a serem galgados pelos pequenos produtores variados graus de exigência de estruturação em torno de questões de qualidade e escala, geram diferentes estímulos de organização na direção do acesso a grandes canais de distribuição
  • 126. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs PAA: estímulo a subir o primeiro degrau O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, permitindo compras sem licitação. Cada agricultor pode acessar até um limite anual em Reais, e os preços não devem ultrapassar o valor equivalente ao preço de venda do atacado nos mercados locais. O PAA apresenta características que geram uma influência limitada na organização dos produtores. O impacto do PAA na busca de padrões de qualidade é baixo, mas a necessidade de obtenção de DAPs física e jurídica impulsiona algumas organizações a obterem certo nível de organização coletiva. Os padrões de qualidade praticados no PAA são aqueles estabelecidos pela CONAB a partir da legislação composta por um grande número de portarias, resoluções e instruções normativas de elevada complexidade. Por outro lado, a legislação do PAA permite que o pagamento seja realizado ou não, mediante a conformidade da qualidade dos produtos. A necessidade de apresentar um projeto e a restrição de valor anual que pode ser pago por produtor9, faz com que o PAA gere impactos limitados no estímulo à organização dos produtores, mas os esforços de organização em função do desejo de acessar o PAA são estimulados por preços justos. O PAA, através do pagamento de um sobrepreço, estimula ainda a produção e oferta de produtos orgânicos. Nos municípios estudados não foi identificado nenhum projeto de fornecimento através do PAA.
  • 127. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs PNAE: um degrau intermediário O Plano Nacional de Alimentação Escolar - PNAE prevê que no mínimo 30% das compras de alimentos destinados à merenda escolar devem ser adquiridos diretamente da agricultura familiar por meio de chamadas públicas. Os alimentos a serem adquiridos para as escolas têm suas variedades, quantidades e padrões de qualidade definidos pela área de nutrição subordinada à Secretaria de Educação de cada município ou estado. Por ser um processo em construção, existem conflitos entre produtores e compradores em relação à percepção de qualidade e que algumas prefeituras, que inicialmente determinaram padrões muito elevados, vêm ajustando as suas exigências em função da capacidade de oferta da produção local. Os produtores, estimulados por preços atraentes e por padrões de qualidade alcançáveis, vêm realizando grandes esforços de organização para atender exigências de qualidade, logística e romaneio, para que produtos vindos de diversas propriedades sejam entregues em grande número de escolas. Associado a esta atividade foram identificados esforços para obter regularidade das DAP física e jurídica. O mercado associado ao PNAE é percebido com um grande estímulo para que produtores possam elevar o seu nível de organização a patamares mais elevados. Foram verificadas atividades relacionadas ao PNAE em 5 dos 8 municípios estudados.
  • 128. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs Mercado de refeições coleticas: mais próximo ao varejo. Empresas como a Vivo Sabor, uma das fornecedoras de refeições para o complexo do COMPERJ, demandam um nível de organização bastante elevado, porém um degrau abaixo das condições necessárias para acessar o grande varejo. Seu padrão de qualidade é elaborado e claro em relação a defeitos, higiene, grau de maturação, tamanho, peso, tolerância e prazo de validade, mas com nível de exigência abaixo dos programas de qualidade modernos do grande varejo (que também realizam exigências de rastreabilidade, controle de resíduos e aspectos fitossanitários).
  • 129. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs Acesso ao varejo: a necessidade do salto de qualidade A elevação dos padrões de qualidade das cadeias de supermercados e a concentração do varejo nacional (cerca de 60% do mercado) nas grandes redes de supermercados transnacionais provoca o distanciamento entre atacado/varejo e o pequeno produtor. Padrões formalizados e relações comerciais com maior contratualização acompanham exigências de qualidade para produtos frescos da agricultura que vêm se disseminando por todo o segmento. A baixa capacidade de investimentos e a falta de conhecimento necessário para aderir aos novos padrões de qualidade vigentes determinam as maiores dificuldades de acesso e marginalização dos pequenos produto- res.
  • 130. MODELO ORGANIZACIONAL De ACESSO AOS MERCADOs
  • 131. Políticas Públicas para estruturação organizacional de acesso a mercados Organização e estímulo ao associativismo Capacitação de pequenos produtores Extensão rural e assistência técnica Alinhamento dos objetivos dos associados; Assegurar processos democráticos internos da organização coletiva; Remuneração das atividades operacionais e administrativas dentro da associação; Desenvolver habilidade de planejamento de produção de forma a atender variedades, volumes e qualidade demandados pelos mercados; Adquirir e disseminar conhecimentos para entender e implantar padrões de qualidade na sua produção; Adquirir conhecimento sobre formação e gestão de associações; Manejo das culturas; Relação do manejo com padrões de qualidade; Seleção; Embalagem de produtos adequada às necessidades do mercado;
  • 132. Equipamentos e infraestrutura Plataforma coberta para carga e descarga; Veículo de transporte para as mercadorias (coleta e entrega); Preferencialmente os equipamentos devem pertencer à associação; Políticas Transversais Sistematização de informações, com objetivo de auxiliar no planejamento das atividades agro- pecuárias dos territórios; Realização de planejamento da atividade agropecuária por parte das prefeituras; Integração intra e intermunicipal dos aspectos relacionados ao PNAE; Integração de oferta e demanda PAA; Apoio ao pequeno produtor na seleção e acesso de políticas públicas; Articulação institucional para organizações e mercados por instituição neutra. Políticas Públicas para estruturação organizacional de acesso a mercados
  • 133. „As dificuldades imediatas que colocam barreiras impedindo pequenos produtores de acessar os principais canais de escoamento da produção de alimentos estão relacionadas com escala e com padrões de qualidade. Componentes imprescindíveis para vencer tais barreiras são organização coletiva, capacitação e investimento em infraestrutura, sendo que o acesso dos pequenos produ- tores a estes equipamentos e competências depende, em última análise, de uma ampla rede de políticas públicas que reside em diferentes instâncias municipais, estadual e federal e que apresentam uma série de entraves.“
  • 134. BANCO DE IMAGENS – PERFIL RURAL Fotos, Ana Lucia Camphora: pags 1/2/4/43/44/45/53/54/55/71/74/75/77/79/80/86/120. Design : Khatarina Leistenschneider Coordenação Executiva: Ana Lucia Camphora Equipe de Pesquisa John Wilkinson, Coordenação Técnica Ana Lucia Camphora, Coordenação Executiva André Luis Funcke, Pesquisador Senior Paulo R. F. Pereira, Pesquisador Senior Anna Lopane, Pesquisadora Auxiliar Agradecimentos especiais: Lilian Grace Aliprandini, Fundação Banco do Brasil Sandra Regina Tiemi Kagohara, Secretaria Executiva REDES Rio de Janeiro, 2013