1. Rascunho minha parte pca/fca – Pergunta 2 – Desafios, avanços e perspectivas em
relação à gestão ambiental – conhecimento popular e científico sobre questões
ambientais
Em todas as etapas de seu desenvolvimento, o conhecimento popular sempre
esteve relacionado ao científico. É através do conhecimento popular que é possível ter
noção de quais são as necessidades reais das sociedades, podendo, assim, direcionar o
conhecimento científico para o pleno atendimento dessas necessidades. Nesse contexto,
é desafio de quem trabalha na área da gestão ambiental permitir a socialização dos
avanços relativos ao conhecimento científico, promovendo a formação de um
conhecimento elaborado sem preconceitos, se utilizando também do saber das camadas
populares
(http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3
894&secao=363). Com relação aos conhecimentos sobre as questões ambientais, é
“preciso continuar a se organizar para apropriar-se não apenas dos conhecimentos mais
avançados em todos os campos, mas para aprender a reinventar o país imprimindo a
marca da ética e da socialização à ciência, à política, à economia, à relação com a
natureza” para que o saber possa evoluir cada vez mais de maneira satisfatória e ir
sempre se atualizando e dialogando interesses acadêmicos com populares no que tange
ao tratamento e proteção dos recursos advindos da natureza.
(http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1
210&secao=231). Nesse âmbito, um desafio seria inserir as realidades concretas da vida
em sociedade e a condição do planeta em que vivemos na realidade vivida em
laboratórios e pesquisas, já que é papel do profissional “universalizar as possibilidades,
os instrumentos e os recursos, subtraindo-os aos interesses do capital e de grupos
privados”
(http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1
210&secao=231). Somente com essa medida é possível avançar, fazendo com que as
massas populares abandonem seu papel de “recipientes” passivos para que assumam o
protagonismo da construção do saber e da política.
Baseada no conhecimento popular, pode se desenvolver e aprimorar a educação
popular, que promove a conscientização das populações no contexto da transformação
social, que impulsiona e resulta dos movimentos sociais, importantes para consolidar a
luta pela justiça e condições de vida e respeito ao ambiente dignas para todas as pessoas,
sem exceção, o que garante o avanço ao conhecimento, que passa a ser entendido como
uma “perspectiva humanizadora, libertadora e não doutrinária”
(http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/7818-um-novo-jeito-de-fazer-a-educacao-entrevista-
especial-com-ana-ines-souza).
No contexto específico do conhecimento popular é necessário estimular as trocas de
experiências entre os indivíduos para que se reconheçam como formadores da mesma
sociedade, incentivando-os a lutar por um mundo e um ambiente melhor, ampliando
suas visões de mundo através da divulgação dos saberes científicos relacionados ao
meio em que estão inseridos.
2. Tanto o conhecimento popular como o conhecimento científico necessita de “vivência,
de aproximação entre os conteúdos e a prática da vida”. O compartilhamento e fusão
dos saberes de senso comum e cientifico – tese e antítese, respectivamente – possibilita
o surgimento de um novo conhecimento, uma síntese na qual o orientador e o orientado
sejam capazes de descobrir uma forma de transformação da realidade.
Concluindo, Antes de haver a estrutura de um conhecimento mais acadêmico, mais
científico, as raízes humanas eram ligadas aos conhecimentos populares, que por muitos
anos possibilitaram a evolução e a manutenção da vida humana na Terra. Porém, torna-se
cada vez mais necessário democratizar o conhecimento, para que tanto populações
quanto indivíduos acadêmicos se beneficiem desse laço, capaz de promover o
estabelecimento de uma “ciência mais comprometida com as necessidades, com a
realidade e a demanda popular” (http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/19804-uma-ciencia-
mais-comprometida-com-as-necessidades-com-a-realidade-e-a-demanda-popular-
entrevista-especial-com-marcio-pereira). Até porque, através da educação,
através do compartilhamento de saberes, é possível conhecer de maneira mais plausível
o ambiente onde estamos inseridos e quais são os seus limites, fazendo da educação
uma ação potencialmente transformadora da realidade social e acadêmica, visto que “a
educação ambiental e a participação do cidadão nas tomadas de decisão também podem
contribuir para o saneamento do ambiente melhor e mais saudável”.
REFERÊNCIAS
ZANONI, Anelise. Um questionamento sobre as normas popular e culta. Instituto
Humanitas Unisinos. 30 maio 2011. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3
894&secao=363>. Acesso em 24 jun 2013.
O socialismo ou é democrático ou não é socialismo. Instituto Humanitas Unisinos. 13
ago 2007. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1
210&secao=231>. Acesso em 24 jun 2013.
Um novo jeito de fazer a educação: entrevista especial com Ana Inês Souza. Instituto
Humanitas Unisinos. 16 jun 2007. Disponível em:
<http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/7818-um-novo-jeito-de-fazer-a-educacao-entrevista-
especial-com-ana-ines-souza>. Acesso em 24 jun 2013.
Uma ciência mais comprometida com as necessidades , com a realidade e a demanda
popular: entrevista especial com Marcio Pereira. Instituto Humanitas Unisinos. 11 fev
2009. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/19804-uma-ciencia-mais-comprometida-
com-as-necessidades-com-a-realidade-e-a-demanda-popular-entrevista-especial-
com-marcio-pereira>. Acesso em 24 jun 2013.
3. MAGALHÃES, Thamiris. A conferência Rio +20 poderá humanizar a água e os
recursos hídricos? Instituto Humanitas Unisinos. 21 maio 2012. Disponível em:
<http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4
458&secao=393>. Acesso em 24 jun 2013.