1. EMTI WALTER DE SÁ
CAVALCANTE
LITERATURA
ASSUNTO: ROMANTISMO
PROFESSOR ALVES ANDRADE
2ºs ANOS A, B e C
2. ROMANTISMO
Tudo indica que o primeiro best-seller foi o livro
chamado “ Os sofrimentos do jovem Werther”.
O romance é escrito em primeira pessoa e com
poucas personagens. Na época ocorreu, na Europa,
uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe
fora em suas palavras.
3. ROMANTISMO
O Romantismo está relacionado a dois
acontecimentos que mudaram a face da Europa:
Revolução Industrial
Revolução Francesa
6. O início da fase romântica na literatura
portuguesa ocorreu com a publicação do poema
narrativo “Camões”, do autor Almeida Garret, em
1825. Neste poema é expressado uma espécie de
biografia sentimental de Luís Vaz de Camões.
7. Primeira geração romântica portuguesa
- Sobrevivência de características neoclássicas.
- Nacionalismo
- Historicismo, medievalismo
8. Terceira geração romântica portuguesa
- Diluição das características românticas.
- Pré-realismo
Segunda geração romântica portuguesa
-Mal do século
- Excessos do subjetivismo e do emocionalismo
românticos.
- Irracionalismo
- Escapismo, fantasia
- Pessimismo
9. Almeida Garrett: um dos mais
importantes representantes do
Romantismo português.
ALMEIDA GARRET
Nasceu na cidade do Porto (Portugal) em
1799 e morreu em 1854, na cidade de Lisboa. Seus
romances possuíam um forte caráter dramático.
Participou também da política, escrevendo
sobre este tema. Produziu textos históricos, críticos e
diplomáticos.
10. SEUS OLHOS
Seus olhos – se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou –
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
11. Divino, eterno! – e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garret
12. ALEXANDRE HERCULANO
Alexandre Herculano - Nasceu na cidade de Lisboa
em 1810 e morreu em 1877, na cidade de Val-de-
lobos.. Homem de lúcida visão crítica e participante
ativo das lutas políticas de seu tempo , destaca-se
principalmente como historiador , tendo escrito
História de Portugal e da origem e estabelecimento da
Inquisição em Portugal .
Herculano foi o responsável
pela introdução e pelo
desenvolvimento da narrativa
histórica em Portugal.
13. Camilo Castelo Branco
Consagrado como o melhor
representante do Ultra-
Romantismo.
Camilo Castelo Branco nasceu na cidade de Lisboa
em 1825 e morreu em 1890 na cidade de São Miguel
de Seide. Teve uma vida que pode ser confundida com
uma de suas próprias novelas, ou seja, uma vida
dramática e tão cheia de atribulações que chega a
espelhar as histórias que escreveu.
14. AMIGOS
Amigos cento e dez, e talvez mais,
eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Pensei que sobre a terra não havia
mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
tão zelosos das leis da cortesia,
que eu, já farto de os ver, me escapulia
às suas curvaturas vertebraís.
15. Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez, houve um
somente
que não desfez os laços quase rotos.
- Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver". .
- Que cento e nove impávidos marotos!
Camilo Castelo Branco
17. 1ª geração –Valorizavam muito os temas nacionais,
fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado
como “bom selvagem” e, portanto, o símbolo
cultural do Brasil.
2ª geração – Retratavam os temas amorosos levados
ao extremo e as poesias são marcadas por um
profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza
e uma visão decadente da vida e da sociedade
18. 3ª geração – Textos marcados por crítica social,
Castro Alves criticou de forma direta a escravidão
no poema “Navio Negreiro”. O autor mostra em
sua observação que os escravos tinham uma vida
antes da escravidão. Alguns eram reis, príncipes,
pessoas da nobreza arrancadas de seu conforto.
20. Gonçalves Dias, poeta, professor,
crítico de história, etnólogo,
nasceu em Caxias, MA, em 10
de agosto de 1823, e faleceu
em naufrágio, no baixo dos Atins,
MA, em 3 de novembro de
1864. É o patrono da cadeira n.
15, por escolha do fundador
Olavo Bilac.
1823 – 1864
21. CANÇÃO DO EXÍLIO
Mi/nha/ ter/ra /tem /pal/mei/ras,
On/de/ can/ta o/ As/bi/á/;
A/s a/ves/, que a/qui/ gor/jei/am,
Não gorjeiam como lá.
Nos/so/ céu/ tem/ mai/s es/ter/las,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
22. Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
23. Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
24. 1831 -1852
A obra de Álvares de Azevedo
apresenta linguagem inconfun-
dível, em cujo vocabulário são
constantes as palavras que ex-
pressam seu estado de espírito,
a fuga do poeta da realidade,
sua busca incessante pelo amor,
a procura pela vida boêmia, o
vício, a morte, a noite, a mulher.
25. SE EU MORRESSE AMANHÃ
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que dove n'alva
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
26. Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
Álvares de Azevedo
27. 1847 – 1871
Antônio Frederico de Castro
Alves, poeta, nasceu em
Muritiba, BA, em 14 de março
de 1847, e faleceu em
Salvador, BA, em 6 de julho de
1871. É o patrono da Cadeira
nº 7 da Academia Brasileira de
Letras, por escolha do
fundador Valentim Magalhães.
28. NAVIO NEGREIRO
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar
humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro
d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu
Deus! Que horror!
29. IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs
30. E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
31. No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
Castro Alves
34. CONCLUSÃO
Compreendemos que o Romantismo, não passou
de uma forma de repudiar as regras que contornavam
e preenchiam o campo literário da época que,
Juntamente com a ideologia vigente, traziam um
Enorme descontentamento. Este momento em que a
Literatura presenciava, talvez fosse o marco principal
Para a d efinitiva liberdade de expressão do
pensamento, que viria se firmar tardiamente com o
Modernismo.