2. A Rússia, até os primeiros anos do século XX, era
controlada pelo absolutismo czarista. Próximo aos
moldes do absolutismo, o governo russo atrelou a
economia nacional aos moldes do feudalismo e não
promoveu condições necessárias para o
estabelecimento de um parque industrial desenvolvido.
Dessa maneira, o atraso econômico foi uma das
primeiras delicadas questões que contribuíram para a
deflagração do processo revolucionário.
3. No governo do czar Alexandre II
(1855 – 1881) começou a
implementação de medidas que
buscavam modernizar a Rússia. Ele
deu fim aos laços feudais e formou
uma classe de pequenos camponeses
proprietários de terras.
4. Nos governos do fim do século XIX, outras medidas
foram responsáveis por abrir a economia russa ao
investimento industrialista de nações estrangeiras. Dessa
forma, o campesinato, burguesia industrial e o
proletariado russo surgiam nesse conjunto de reformas
econômicas.
5. Mesmo buscando a renovação de suas práticas econômicas, os czares russos
não foram suficientemente hábeis para conduzir esse processo de mudanças. A
agricultura nacional sofreu fortes variações responsáveis pelo empobrecimento
e a carestia de alimentos à população.
6. Ao mesmo tempo, os operários sofriam com as péssimas condições de
vida e salário. Por fim, podemos também salientar a insatisfação da
burguesia nacional frente às ações do governo czarista.
7. Na entrada do século XX, o operariado russo passou a organizar greves e
revoltas contra o governo. Representados pelo Partido Operário Social-
Democrata, os trabalhadores começaram a entrar em contato pelo ideário
socialista proposto, principalmente, pelos pensadores alemães Karl Marx e
Friedrich Engles.
8. Em contrapartida, o governo russo reprimiu tais instituições
político-partidárias por meio da “Okrana”, um destacamento
policial criado para conter esse tipo de agitação social.
9. Em meio a tantos problemas, o
conflito da Rússia contra o
Japão (1904-1905) piorou a
imagem do governo frente a
vários grupos da sociedade
russa.
10. Em janeiro de 1905, um grupo de
populares realizou uma manifestação
em frente ao palácio monárquico de
São Petersburgo. Exageradamente, as
tropas imperiais abriram fogo contra
os manifestantes. O episódio, que
ficou conhecido como Domingo
Sangrento, potencializou as pressões
contra a monarquia russa.
11.
12. No ano seguinte, cedendo a tantas pressões, o czar Nicolau II
transformou seu governo em uma monarquia constitucional.
13. De acordo com as novas regras, o país teria um parlamento (Duma)
onde seus representantes discutiriam os problemas da nação russa.
14. Tais mudanças incentivaram o surgimento de agremiações de discussão
política formada por trabalhadores do campo e da cidade. Os chamados
sovietes tornaram-se um espaço de discussão sobre o futuro e os
problemas da Rússia.
15. Apesar de oferecer essa
abertura, o governo
czarista não aceitava a
diminuição de seus
poderes.
16. Com isso, a Duma teve sua existência constantemente
ameaçada pelos hábitos totalitários de Nicolau II.
17. Em 1914, a entrada da
Rússia nos conflitos da
Primeira Guerra Mundial
ficou marcada como o
último desgaste entre o
poder do czar e as
reivindicações da
população russa.
18. Os gastos e derrotas militares nesse conflito
inviabilizaram a sustentação do absolutismo
russo.
19. Czar foi posteriormente
assassinado, e sua família,
composta pela mulher, três filhas
e um filho, ficaram em prisão
domiciliar porém logo foram
assassinados.