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Nutrição Enteral e Parenteral
1 – Conceito
A nutrição enteral é aquela que não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos.
Esta se faz por meio de sondas introduzidas diretamente no estômago ou no intestino do
paciente. Os pacientes que recebem dieta por sonda ficam temporária ou permanentemente
impedidos de receber alimentação por via oral, mas seu trato gastrointestinal deve estar em
condições de realizar o mecanismo de digestão. É importante lembrar que as sondas para
alimentação são diferentes das sondas para excreção.
2 – Indicação
Lesões do SNC, estado de coma, debilidade, traumatismos faciais, obstruções no tubo
digestivo, fístulas, síndromes disabsortivas, septicemia, anorexia, depressão profunda,
desnutrição severa, queimaduras extensas, pós-operatórios, estados de insuficiência
respiratória, renal, cardíaca ou hepática.
. Vias de acesso
- orogástrica
- nasogástrica
- nasoentérica
- gastrotomia
- jejunostomia
As sondas de acesso bucal e nasal são de colocação mais fácil e são normalmente
utilizadas quando a situação for provisória e não houver impedimento nas vias de acesso. O
paciente deve estar ciente da situação e colaborar para o bom posicionamento da sonda. As
ostomias devem ser utilizadas quando o paciente permanecer por mais tempo sondado.
A sonda de terminação gástrica deve ser utilizada quando o paciente tem o trato
gastrointestinal funcionante pelo menos a partir do estômago, sendo capaz de realizar o
processo de digestão. A sonda de terminação entérica é utilizada quando o estômago do
paciente está ineficaz, sendo ele capaz apenas de fazer a absorção dos alimentos. A dieta
entérica deve ser cuidadosamente calculada para que não propicie a diarréia no paciente pela
presença de partículas de difícil digestão ou hiperosmolares.
2.1 Tipos de Dietas
As dietas devem ser sempre completas, ou seja, capazes de fornecer ao paciente
todos os nutrientes necessários à sua sobrevivência e recuperação.
Elas podem ser:
- naturais: quando não utilizados alimentos in natura para a sua preparação.
Normalmente se utilizam sucos de frutas coados e sopas liquidificadas. È importante, nesse
tipo de procedimento, que se verifique se o valor nutricional da dieta está correto e se as
técnicas higiênicas estão sendo obedecidas;
- industriais: subdividas em dietas modulares, quando cada produto contém
apenas um nutriente específico, ou em dietas completas, quando são nutricialmente completas
e adequadas ao tipo de patologia do paciente em questão. As dietas industriais têm a
vantagem de exigirem menor manipulação, apresentando menor risco de contaminação,
especialmente se sua apresentação for líquida e pronta para o consumo. Alguns produtos
destinados à nutrição enteral podem ser utilizados côo complementos de alimentação por via
oral.
2.2 Administração da Dieta
A dieta deve ser administrada de forma higiênica, devendo ser feita a assepsia
tanto do local quanto dos utensílios e frascos. Os frascos não devem ser reaproveitados, e a
dieta deve ser preparada em horário próximo ao consumo. Caso isso não seja possível, ela
deve permanecer sob refrigeração até o próximo do consumo.
O gotejamento da dieta deve ser lento, de acordo com a capacidade gástrica e
digestiva do paciente, para evitar o refluxo, os gases e a diarréia.
A administração da dieta por sonda é de responsabilidade de quem cuida do paciente, ou seja,
da equipe de enfermagem ou do acompanhante. No caso de ser o acompanhante o
responsável, ele deve ser orientado quanto ao gotejamento e à prática asséptica.
2.3 Cuidados
Observar sempre se a dieta atende ao que foi prescrito, se está no volume correto
e no horário correto e se aparentemente não possui nenhuma irregularidade quanto à
consistência e coloração.
2.4 Complicações
Podem ocorrer complicações mecânicas – lesão da mucosa nasal e irritação
nasofaríngea, esofagite, obstrução e aspiração pulmonar; gastrintestinais – cólicas, náuseas,
vômitos e diarréias; metabólicas – encefalopatia metabólica, hiperglicemia, glicosúria.
2.5 Atribuições e Responsabilidades do Enfermeiro
- orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e ao controle da
nutrição enteral;
- preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral;
- prescrever os cuidados de enfermagem na terapia de nutrição enteral, em nível hospitalar,
ambulatorial e domiciliar;
- realizar ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica;
- assegurar a manutenção da via de administração;
- receber a dieta e assegurar sua conservação até a completa administração;
- proceder à inspeção visual da dieta antes de sua administração;
- avaliar e assegurar a administração da dieta, observando as informações contidas no rótulo e
confrontando-as com a prescrição médica;
- avaliar e assegurar a administração da dieta, observado os princípios de assepsia;
- detectar e registrar as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrar e comunicá-
las à equipe e/ou ao médico responsável pelo paciente;
- garantir o registro claro e preciso das informações relacionadas à administração da dieta e à
evolução do paciente quanto ao peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros;
- garantir a troca do curativo e/ou da fixação da sonda enteral com base em procedimentos
preestabelecidos;
- promover e compartilhar os procedimentos de enfermagem relacionados à terapia de
nutrição enteral.
3 – Nutrição Parenteral
A nutrição parenteral é a alimentação que fornece todos os nutrientes necessários ao
paciente por via venosa. Ela deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não está apto a
receber alimentos, ou seja, no agravamento do quadro do paciente que recebe nutrição enteral
ou em casos de obstruções severas do tubo gastrointestinal, pancreatites, fístulas,
traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós operatórios, doenças inflamatórias intestinais,
síndromes disabsortivas, septicemias, queimaduras graves e extensas, ventilação mecânica
prolongada.
A dieta parenteral deve ser calculada e preparada por farmacêutico e administrada pela
equipe de enfermagem.
3.1 Vias de administração
Administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevivência por vias que não
o trato gastrointestinal. Pode ser:
- nutrição parenteral total central: administrada por meio de uma veia de grande diâmetro
(calibre); geralmente subclávia ou jugular interna, que chega diretamente ao coração;
- nutrição parenteral periférica: administrada através de uma via menor, geralmente na
mão ou antebraço.

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Nutrição enteral e parenteral

  • 1. Nutrição Enteral e Parenteral 1 – Conceito A nutrição enteral é aquela que não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos. Esta se faz por meio de sondas introduzidas diretamente no estômago ou no intestino do paciente. Os pacientes que recebem dieta por sonda ficam temporária ou permanentemente impedidos de receber alimentação por via oral, mas seu trato gastrointestinal deve estar em condições de realizar o mecanismo de digestão. É importante lembrar que as sondas para alimentação são diferentes das sondas para excreção. 2 – Indicação Lesões do SNC, estado de coma, debilidade, traumatismos faciais, obstruções no tubo digestivo, fístulas, síndromes disabsortivas, septicemia, anorexia, depressão profunda, desnutrição severa, queimaduras extensas, pós-operatórios, estados de insuficiência respiratória, renal, cardíaca ou hepática. . Vias de acesso - orogástrica - nasogástrica - nasoentérica - gastrotomia - jejunostomia
  • 2. As sondas de acesso bucal e nasal são de colocação mais fácil e são normalmente utilizadas quando a situação for provisória e não houver impedimento nas vias de acesso. O paciente deve estar ciente da situação e colaborar para o bom posicionamento da sonda. As ostomias devem ser utilizadas quando o paciente permanecer por mais tempo sondado. A sonda de terminação gástrica deve ser utilizada quando o paciente tem o trato gastrointestinal funcionante pelo menos a partir do estômago, sendo capaz de realizar o processo de digestão. A sonda de terminação entérica é utilizada quando o estômago do paciente está ineficaz, sendo ele capaz apenas de fazer a absorção dos alimentos. A dieta entérica deve ser cuidadosamente calculada para que não propicie a diarréia no paciente pela presença de partículas de difícil digestão ou hiperosmolares. 2.1 Tipos de Dietas As dietas devem ser sempre completas, ou seja, capazes de fornecer ao paciente todos os nutrientes necessários à sua sobrevivência e recuperação. Elas podem ser: - naturais: quando não utilizados alimentos in natura para a sua preparação. Normalmente se utilizam sucos de frutas coados e sopas liquidificadas. È importante, nesse tipo de procedimento, que se verifique se o valor nutricional da dieta está correto e se as técnicas higiênicas estão sendo obedecidas; - industriais: subdividas em dietas modulares, quando cada produto contém apenas um nutriente específico, ou em dietas completas, quando são nutricialmente completas e adequadas ao tipo de patologia do paciente em questão. As dietas industriais têm a vantagem de exigirem menor manipulação, apresentando menor risco de contaminação, especialmente se sua apresentação for líquida e pronta para o consumo. Alguns produtos destinados à nutrição enteral podem ser utilizados côo complementos de alimentação por via oral. 2.2 Administração da Dieta A dieta deve ser administrada de forma higiênica, devendo ser feita a assepsia tanto do local quanto dos utensílios e frascos. Os frascos não devem ser reaproveitados, e a
  • 3. dieta deve ser preparada em horário próximo ao consumo. Caso isso não seja possível, ela deve permanecer sob refrigeração até o próximo do consumo. O gotejamento da dieta deve ser lento, de acordo com a capacidade gástrica e digestiva do paciente, para evitar o refluxo, os gases e a diarréia. A administração da dieta por sonda é de responsabilidade de quem cuida do paciente, ou seja, da equipe de enfermagem ou do acompanhante. No caso de ser o acompanhante o responsável, ele deve ser orientado quanto ao gotejamento e à prática asséptica. 2.3 Cuidados Observar sempre se a dieta atende ao que foi prescrito, se está no volume correto e no horário correto e se aparentemente não possui nenhuma irregularidade quanto à consistência e coloração. 2.4 Complicações Podem ocorrer complicações mecânicas – lesão da mucosa nasal e irritação nasofaríngea, esofagite, obstrução e aspiração pulmonar; gastrintestinais – cólicas, náuseas, vômitos e diarréias; metabólicas – encefalopatia metabólica, hiperglicemia, glicosúria. 2.5 Atribuições e Responsabilidades do Enfermeiro - orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e ao controle da nutrição enteral; - preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral; - prescrever os cuidados de enfermagem na terapia de nutrição enteral, em nível hospitalar, ambulatorial e domiciliar; - realizar ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica; - assegurar a manutenção da via de administração;
  • 4. - receber a dieta e assegurar sua conservação até a completa administração; - proceder à inspeção visual da dieta antes de sua administração; - avaliar e assegurar a administração da dieta, observando as informações contidas no rótulo e confrontando-as com a prescrição médica; - avaliar e assegurar a administração da dieta, observado os princípios de assepsia; - detectar e registrar as intercorrências de qualquer ordem técnica e/ou administrar e comunicá- las à equipe e/ou ao médico responsável pelo paciente; - garantir o registro claro e preciso das informações relacionadas à administração da dieta e à evolução do paciente quanto ao peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros; - garantir a troca do curativo e/ou da fixação da sonda enteral com base em procedimentos preestabelecidos; - promover e compartilhar os procedimentos de enfermagem relacionados à terapia de nutrição enteral. 3 – Nutrição Parenteral A nutrição parenteral é a alimentação que fornece todos os nutrientes necessários ao paciente por via venosa. Ela deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não está apto a receber alimentos, ou seja, no agravamento do quadro do paciente que recebe nutrição enteral ou em casos de obstruções severas do tubo gastrointestinal, pancreatites, fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgicas, pós operatórios, doenças inflamatórias intestinais, síndromes disabsortivas, septicemias, queimaduras graves e extensas, ventilação mecânica prolongada. A dieta parenteral deve ser calculada e preparada por farmacêutico e administrada pela equipe de enfermagem. 3.1 Vias de administração Administração de todos os nutrientes necessários para a sobrevivência por vias que não o trato gastrointestinal. Pode ser: - nutrição parenteral total central: administrada por meio de uma veia de grande diâmetro (calibre); geralmente subclávia ou jugular interna, que chega diretamente ao coração;
  • 5. - nutrição parenteral periférica: administrada através de uma via menor, geralmente na mão ou antebraço.