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PLANO DE AULAS
Campus
SÃO PAULO
1 – IDENTIFICAÇÃO
ALEXANDRE RODRIGO DOS SANTOS Prontuário: 158149-X
TEMA: TECNOLOGIAS DA APRENDIZAGEM
Carga Horária Total: Dois módulos de 25 dias – 3 aulas por
semana
Período de oferta:
24/07 a 12/08/2017 e
13/08 a 06/09/2017.
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, cada vez maiores são as exigências de uma educação
que leve em consideração o mundo do trabalho. Mas, quando referimo-nos a
trabalho, qual seria a concepção dessa palavra? Quais os impactos dessa
concepção o inferem e identificam o trabalho pedagógico? E como, o estudante
egresso aos estudos na EJA vê essa concepção de trabalho? Na opinião de
(OLIVEIRA, 1999, p. 12),
O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações
interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do
adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente
mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e
reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras
pessoas.
A autora ainda destaca:
(…) tratar o adulto de forma abstrata, universal, remete a certo
estereótipo de adulto, muito provavelmente correspondente ao
homem ocidental urbano, branco, pertencente a camadas médias da
população, com um nível instrucional relativamente elevado e com
uma inserção no mundo do trabalho em uma ocupação
razoavelmente qualificada. (OLIVEIRA, 1999, p. 61)
Ao longo do tempo, percebemos que o estudante (jovem ou adulto) que
retorna aos estudos através da EJA busca uma melhor qualificação ou uma
requalificação no mercado de trabalho, observação constatada com a prática
laboral nos dois anos anteriores na atual instituição de ensino EMEF Raul
Pompéia da rede municipal de educação da cidade de São Paulo. A concepção
de trabalho dos estudantes parece estar mais ligada a sobrevivência do que a
identificação pessoal, visto que, raros são os casos em que o emprego dura
2
por um contrato longo. Tais configurações do trabalho na região oeste de São
Paulo, em Taipas, é um exemplo das consequências da flexibilização do
trabalho e de suas novas adequações ao mercado, sempre em transformação:
(…) se o significado de trabalho deve ser considerado em sua
acepção geral- como atividade produtiva, determinação ontológica
fundamental da humanidade, ou do modo realmente humano de
existência (Mészáros, 2006)- em sua acepção particular, seu
significado é redefinido pela forma capitalista da divisão do trabalho.
(…) entre o trabalhador e sua atividade produtiva vital se interpõem a
propriedade privada, o intercâmbio e a divisão social do trabalho.
Essas compõem um complexo cujo único fator absoluto é o
trabalho. ’Absoluto porque o modo de existência humano é
inconcebível sem as transformações da natureza realizadas pela
atividade produtiva’ (Mészaros, 2006, p. 79). Em consequência, a
superação da alienação implica o resgate do sentido ontológico do
trabalho. (RAMOS, 2010, p. 68)
Consideramos então, um dos problemas de não atingir a totalidade de
uma concepção de trabalho ontológico conjunto com uma educação que se
tornaria orgânica e que traria a noção identitária do individuo com seu trabalho,
como Ramos e Oliveira sugerem. A realidade dos estudantes da EJA nessa
região está mais ligada às necessidades imediatas, mais próximas aos
apontamentos quanto aos problemas da educação de jovens e adultos e do
Proeja e seus pequenos avanços para nossa realidade:
(…) não nos furtamos a denunciar os equívocos cometidos na
instituição do PROEJA, que poderiam comprometer a virtuosidade de
uma política necessária. Por outro lado, também, não nos abstivemos
de reconhecer publicamente o movimento positivo de recolocar essa
iniciativa como uma politica publica centrada no principio do direito
universal e subjetivo à educação e ao trabalho. (RAMOS, 2010, p.
81).
Observamos também, que em muitos casos, a diversa modalidade da
EJA na prefeitura de São Paulo auxilia no retorno aos estudos, visto que, há
uma maior flexibilização de horários e tempos de estudo1. A possibilidade de
terminar os estudos e ao mesmo tempo não ter uma carga horária escolar tão
rígida se adequa as necessidades do educando, que em muitos momentos,
para tentar prolongar contratos de trabalhos curtos ou mesmo conseguir uma
remuneração extra, ou ainda por conta de longas distancias, não consegue
1
Em nossa instituição, em várias conversas informais, é notório o comentário dos estudantes que os horários iniciais
de aula (19:00h as 19:45h). Para as modalidades da EJA, há um material disponível em: <
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/9718.pdf> acesso em: 13 jun 2017., formulado para que a própria
rede de educação municipal soubesse das diversas modalidades da EJA.
3
chegar às 19 horas para o início do ensino regular do EJA. A modalidade que
apresentaremos então, adequa-se, de certo modo, a uma nova realidade
laboral, mas ainda, com a insistência e determinação do jovem ou adulto na
tentativa de terminar seus estudos, que julga importante independente de sua
faixa etária. Apesar dos problemas, o presente Plano de aula segue a realidade
da escola, dos educandos e, infelizmente, o imediatismo de tal situação, visto
que o tempo é um dos maiores problemas para uma educação realmente
emancipadora, significativa e com sentido ontológico de trabalho.
CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIAL2 E PEDAGÓGICA
Nas propostas educacionais dos documentos oficias da prefeitura de
São Paulo, um dos objetivos principais da educação do estado3 é a
emancipação do sujeito e a assunção de sua autonomia frente a sua
comunidade como agente ativo de transformação individual e social. Na
introdução do documento do (MEC, 2007, p. 07) observamos também a
expectativa de que a escola seja uma “instituição integrante e atuante nas
dinâmicas sociais, não alheia ás vocações produtivas e potencialidades de
desenvolvimento regional, envolvida em ações de sustentabilidade sócio-
cultural-econômica-ambiental.” Há uma concepção de ‘palco’ onde haja a
emancipação do sujeito, consequência da adequação as necessidades dos
novos tempos e das novas necessidades de trabalho.
Comumente, vemos a utilização da teoria de Paulo freire como um
método educacional, pedagógico, adequado a educação formal a partir da
vinculação social, faixa etária e por último, o conhecimento do educando,
dentro de um projeto curricular formulado pelas instituições governamentais.4
2
A partir dos direcionamentos instituídos e colocados como sugestão pela SME (Secretaria Municipal de Educação),
mas que na verdade, por motivos que serão demonstrados abaixo, se tornam a estrutura possível.
3
A partir de (ABBAGNANO, 2007, P.36-365): “Em geral, a organização jurídica coercitiva de determinada comunidade.
O uso da palavra E. deve-se a Maquiavel (O príncipe, 1513, § 1). Podem ser distinguidas três concepções
fundamentais: I- a concepção organicista, segundo a qual o E. é independente dos indivíduos e anterior a eles; 2a a
concepção atomista ou contratualista, segundo a qual o E. é criação dos indivíduos; 3a a concepção formalista,
segundo a qual o E. é uma formação jurídica. As duas primeiras concepções alternaram-se na história do pensamento
ocidental; a terceira é moderna e, na sua forma pura, foi formulada só nos últimos tempos. (…) As duas concepções
precedentes de E. têm em comum o reconhecimento do que os juristas hoje chamam de aspecto sociológico do E., ou
seja, sua realidade social; o E. é considerado, em primeiro lugar, como comunidade, como um grupo social residente
em determinado território.”
4
Nos referimos aos referenciais educacionais da Prefeitura Municipal de São Paulo, tanto para o EJA, quanto para o
ensino infantil e fundamental, em que Paulo Freire aparece como referência para as políticas educacionais, que visam
principalmente na EJA, a emancipação do sujeito, bem como a educação como uma formadora de agentes culturais
4
Mas quando temos contato direto com a obra do autor, percebemos que na
verdade, Freire cria um método que deveria se tornar um meio de vida, ou seja,
um suscitador de ideias subjetivas que compreendem e complementam o meio
objetivo do educando, ou seja, se torna “práxis”. O ser se torna crítico a partir
de sua realidade, com possibilidade de transformá-la. É uma filosofia de
encontrar a si, não mera técnica a ser empregada. Na opinião do professor
Ernani Maria Fiori, o método pedagógico de Freire é em si não só método, mas
uma antropologia do ser que se descobre histórico. Esse ser antropológico
quando ciente de si e crítico, acaba por comandar um política, inferir
ativamente no que é de sua comunidade, cidade, meio cultural, e com isso, se
emancipa e liberta a si e o opressor da opressão, pois a real humanidade do
ser só existe em sociedade. (FREIRE, 2011)
Para que isso se torne concreto, o primeiro passo a ser dado é perder o
medo da liberdade, que pode ser definido como a possibilidade e a ideia pré-
concebida de esta estar vinculada a desordem, anarquia: é a assunção do
dominado da opressão do dominador, em que este não consegue pensar na
possibilidade de pensar a si mesmo ou por si mesmo.
Nos orientadores da educação para o EJA federais e municipais, é
comum a visão do jovem e do adulto que procura a continuidade de seus
estudos como trabalhador e cidadão, o sujeito educando que Paulo Freire
(1963) cita, mas não organizado em rodas de conversas como foi sua
experiência em Angicos, mas em salas de aula com estruturas físicas e
hierárquicas, com um direcionamento para a educação. O currículo deve ter
como princípio pedagógico o trabalho, e a adequação do sujeito às novas
tecnologias do mundo contemporâneo:
O trabalho como princípio educativo é, essencialmente uma
concepção que se fundamenta no papel do trabalho como atividade
vital que torna possível a existência e a reprodução da vida humana
e, consequentemente da sociedade. (FREIRE, 1963, p. 27)
Paulo Freire ainda deixa claro a impossibilidade de uma educação
libertadora, com caráter emancipatório do sujeito e que estimula sua autonomia
dentro do ambiente escolar formal:
com sede na escola. Como exemplo, citamos: SME – COORDENADORIA PEDAGÓGICA – Divisão de educação de
Jovens e Adultos. “EJA – Princípios e práticas pedagógicas” vol. 2, São Paulo, 2016.
5
Se, porém, a prática desta educação implica o poder político e se os
oprimidos não o tem, como então realizar a pedagogia do oprimido
antes da revolução?
(...)
“Ainda que não queiramos antecipar-nos, poderemos, contudo,
afirmar que um primeiro aspecto desta indagação se encontra na
distinção entre educação sistemática, a que só pode ser mudada com
o poder, e os trabalhos educativos, que devem ser realizados com os
oprimidos, no processo de sua organização. (FREIRE, 2011, p. 56)
Atrevemo-nos a dizer que nos dias atuais há um híbrido dessas duas
relações que não é nem um nem outro: há a sugestão por parte do poder que o
PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola deve ter a participação da
comunidade em sua formulação, mas o currículo mínimo, ou o direcionamento
é dado pelo poder, pela instituição, o que causa uma dicotomia que impede a
emancipação do sujeito
A concepção de trabalho nesse contexto não cria identidade5, mas é,
sim, sobrevivência. A flexibilização para o mercado, fator que a educação deve
objetivar superar transforma o trabalho em um ‘monstro’ que necessita da
adequação em cima de adequação por parte do trabalhador, para estar apto.
Não há profissionalização, mas sim adequação, pois o profissional não pode
atender a uma demanda específica, tem de ser polivalente nas funções que
exercerá, pois “(...) a articulação entre ciência e tecnologia é determinante para
a integração entre a educação básica e profissional.” (MEC, 2007, p. 29).
A formação deveria não dissociar entre o trabalho e o seu estudo
teórico, porém nesse caso, a indústria cria a necessidade de formação antes
da experiência, invertendo a relação de conhecimento prático para o teórico
que leva a real criação, ou inserção do ser humano ao que faz, a sua
emancipação de sujeito e ao conhecimento omnilateral.
Com isso, há a cobrança ao trabalhador o mesmo de um
empreendedor6: o risco, a autonomia de poder negociar, com uma ideia de
paridade. Porém, o trabalhador acaba sendo mais explorado nesse processo,
5
Para as noções de vinculação de identidade com o trabalho, nos baseamos em (SENNET, 2012), em que o autor
aborda como a identidade pessoaldo sujeito tem de se tornar “fluida”, como as várias ocupações que são atribuídas a
ele; o trabalho deixa de ter um vínculo duradouro, para ser perene, com uma dimensão de tempo de curto prazo, que
influencia diretamente na vida pessoal.
6
Um exemplo é o material da (FIESP, 2015, p. 11), define “empreendedor” como “uma pessoa que tem”, acima de
tudo, a necessidade de realizar coisas e ainda, “identifica uma oportunidade e cria um meio para aproveitá-la,
assumindo os riscos que qualquer atividade empresarial oferece.” É direcionado, conforme a apresentação, a jovens
que se formaram na faculdade e pretendem criar uma empresa, mas nos pareceu muito parecido com alguns dos
aspectos que aparecem nos documentos escolares.
6
pois a flexibilização exige um trabalhador formado, que não tenha garantias
trabalhistas e que seja polivalente. (ANTUNES, 2008)
Com a necessidade de adequação ao mercado via educação que seja
significativa para a vida laboral e social, está a ideia de autonomia do sujeito,
que dentro desse mercado tem discernimento, capacidade de decisão, não
depende de ordens diretas para a execução, e sim, torna-se sujeito ativo do
que faz. O discurso da autonomia dentro do ambiente escolar formal parece
esconder cada vez mais a ideia de flexibilização do trabalho para maior
exploração a partir do desenvolvimento dos meios de produção (novas
tecnologias) e controle social (gestão e a ideia fechada de cultura única de
mercado, válida como identificação social do trabalhador, que muda a partir
das flutuações do mercado de trabalho e do desenvolvimento dos meios de
produção).
A partir “Dos princípios direcionadores a Educação básica e Profissional
da EJA” (MEC 2007, p. 28) o currículo – que deve ter o trabalho como princípio
educativo – “deve ser construído a partir do conjunto das relações sociais
estabelecidas pelos trabalhadores, setor produtivo e sociedade”. Há um novo
tripé a ser entendido como currículo, não mais sendo pesquisa, ensino e
extensão, mas vinculado a uma lógica explicitamente produtiva.
O trabalho é o direcionador de toda proposta, como meio natural para a
identificação do trabalhador, não centrado ao atendimento das demandas do
mercado de trabalho. Há ênfase na autonomia, mas a autonomia dentro do
trabalho, dentro do emprego de uma técnica já definida: a do mercado de
trabalho, das “novas demandas’, explicitadas a partir de princípios elencados
nas páginas 28 a 30, a qual destacamos o
D) “Princípio da vinculação entre educação e trabalho: integração entre a
Educação Básica e a Educação Profissional, promovendo sua
construção de forma integrada e colaborativa. A educação integrada
propicia a (re)construção de conhecimentos e atitudes ligados a
emancipação humana, a cidadania e ao trabalho, condições
necessárias para uma efetiva participação na vida social, política,
cultural e para a (re)inserção digna no mundo do trabalho
(...) Para se inserir no mundo do trabalho numa perspectiva
emancipada é preciso conhecer as tecnologias para saber aplica-las,
usá-las criticamente, o que pressupõe uma Educação Básica sólida.
(MEC, 2017, p. 29-30)
7
Parece colocar, no item D, a solução na interação entre as duas
modalidades, de todo o problema que a indústria cultural7 cria ao padronizar o
sujeito e sua identidade estar vinculada a uma formulação abstrata de sujeito,
abstrata de cidadania ou de identidade, pois essa é criada por um interesse,
não natural ao sabor dos tempos, da construção do ser humano, de forma
imanente8.
CONTEXTO ATUAL DA EMEF RAUL POMPÉIA
Uma das modalidades do EJA da SME (Secretaria Municipal de
Educação) atuais é a do EJA Modular, que consiste em salas de etapas do
ensino fundamental relacionados aos ciclos ou antigas séries, que se
organizam em vinte e cinco (25) dias de aulas sequenciais, com apenas uma
área de conhecimento, em três aulas diárias. Após o termino do ciclo ou
módulo de 25 dias, o educando passa para outra área de conhecimento, até
passar durante o período de um ano por oito módulos diferentes das seguintes
áreas: Matemática, dois módulos de Português, Ciências, História, Geografia,
Artes e Inglês, atualmente das 19h45min horas às 22h15min, com intervalo de
15 minutos.
Como no EJA regular9, o estudante tem como carga horária de cinco
aulas diárias, mas com a primeira e última aula para reposições ou projetos de
formação profissional. Atualmente, na EMEF Raul Pompéia, ela é ocupada
pelas aulas de Sala de Leitura e Sala de Informática de terça, quarta e sextas-
feiras, em conjunto com as aulas de reposição, pois não há a possibilidade do
estudante ter faltas no período do módulo, sendo repostas na primeira e na
última aula. Os alunos tem a obrigação de cumprir cinco aulas em cada uma
dessas salas de projeto a cada módulo de 25 dias. A única avaliação nessas
7
Tomamos como base as ideia de Theodor W. Adorno, já que o neoliberalismo tem influência dentro da sociedade que
esse sujeito está inserido, que cria certas verdades quanto a educação como forma necessária e até de necessidade
para a real educação da população, mito do senso comum da sociedade. Porém, essa mesma sociedade é
ideologicamente construída com um fim, que que possivelmente está ligada a ideia da indústria cultural e a criação de
verdades a partir do interesse do mercado, e não da educação como emancipação do sujeito.
8
As formulações seguem um pouco da pesquisa de terceiros que estudaram Adorno. Aqui, pelo pouco tempo ainda
pesquisado, baseamo-nos em SEIGMANN-SILVA, M. (2010).
9
“É oferecida nas EMEFs - Escolas Municipais de Ensino Fundamental-, EMEFMs - Escolas Municipais de Ensino
Fundamental e Médio - e EMEBs - Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos, tem como objetivo ampliar
as oportunidades de acesso à educação e de conclusão do Ensino Fundamental. O curso, que funciona no período
noturno, das 19h00 às 23h00, é presencial, tem duração de 4 anos e está dividido em quatro Etapas: Etapa
Alfabetização (2 semestres), Etapa Básica (2 semestres), Etapa Complementar (2 semestres) e Etapa Final (2
semestres). Cada etapa tem duração de 200 dias letivos.” (SME, 2016, p. 22)
8
salas é a presença. A sala possui vinte computadores, com a sugestão de uso
compartilhado para 40 pessoas no máximo e uma impressora jato de tinta com
bulk ink. Cada aula tem 45(quarenta e cinco) minutos.
JUSTIFICATIVA
Diante das contextualizações acima, em que consideramos o contexto
social global e o contexto social local em menores proporções por nos faltar
meios comprováveis de tais afirmações dos estudantes, consideramos o plano
em anexo viável para atender as necessidades imediatas de formação básica
de informática dentro das possibilidades e realidade que nos foi posta. Mesmo
com a distinção das atividades abaixo, salientamos que não nos é possível que
esse conteúdo seja sugerido a todos os estudantes, pois, a sala também serve
como polo de comunicação em redes sociais (Facebook, e-mail, WhatsApp),
pesquisa de outros conteúdos relacionados as disciplinas ministradas nas
escolas para trabalhos escolares, bem como outros assuntos que sejam do
interesse dos educandos. Tal abertura de uso justifica-se pela dificuldade e
falta de acesso de muitos educandos da região por internet banda larga,
ficando na maioria das vezes restrito a internet de telefonia móvel, bem como,
a percepção de que poucos estudantes têm em suas residências notebook ou
computador de uso pessoal, visível na dificuldade de uso de programas
básicos dos computadores e mesmo da funcionalidade do mouse10.
Salientamos que o plano de aula aqui se aplica a todas as séries da EJA
modular da EMEF Raul Pompéia, que abarcam desde o terceiro ao quarto
termo, em turmas não seriadas, com estudantes de todas as turmas
espalhados conforme a possibilidade de comparecimento dos alunos. O
período de execução de tal plano de aula será de 24//07/2017 a 12/08/2017 no
Projeto Sala de Informática, com o devido detalhamento das aulas no quadro
abaixo.
METODOLOGIA
10
É muito comum educandos de diversas faixas etárias não saberem usar o mouse pelo costume e praticidade da tela
touch screen dos celulares, mesmo entre os alunos de idade mais avançada.
9
Em todos os dias, será sugerido ao estudante o “tema” do dia, em que
tentaremos explicar isoladamente em cada máquina um ou dois estudantes por
vez. Verificaremos de imediato se o educando precisa de uma aula básica ou
mais detalhada, com a possibilidade de confecção e um trabalho de digitação
no aplicativo Word. Como a demanda de pedidos de formulação de currículos é
muito grande aos jovens com menos de 18 anos e também a alguns adultos, o
trabalho consistirá na formulação de um currículo de trabalho, com explicação
das funcionalidades gerais do programa Windows para uso de janelas, salvar,
imprimir e demais funções necessárias, bem como os comandos para a
confecção do currículo no editor de textos do Word.
Devido à característica descrita acima da sala e das aulas, não podemos
deixar o tema “estático”; estaremos sempre retornando as aulas anteriores
quando necessário. Os temas e dias abaixo servem mais como um norteador
para a organização das atividades em sala, e da organização de tempo dos
estudantes, que podem se organizar e vir nos dias especificados no ANEXO,
que será afixado em lugar visível nas dependências da unidade escolar.
BIBLIOGRAFIA
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. – 5ª ed. – São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
ADORNO, T.W. Educação e emancipação. 1ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1995.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? : ensaio sobre as metamorfoses e a
centralidade do mundo do trabalho. 16ª ed. São Paulo: Cortez, 2015.
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – PROEJA
– Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos –
Formação Inicial e Continuada/Ensino Fundamental. Documento Base. Brasília,
2007. p. 84.
FREIRE, P. Conscientização e Alfabetização. Revista de Cultura da
Universidade do Recife. Estudos Universitários, n. 4, p. 4-22, abr-jun.1963.
Disponível em: <
http://forumeja.org.br/df/sites/forumeja.org.br.df/files/est.univ_.pdf>. Acesso em:
02 mar. 2017.
10
_____________ “Pedagogia do oprimido” 50ª ed.rev. e atual. – Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2011.
FIESP. CJE. Comissão dos Jovens Empreendedores – Manual do Jovem
Empreendedor. FIESP/SEBRAE, 2015. Disponível em: <
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/cb975d2c3a657cca8dc762e0cf6ac2c5/$File/NT000350A2.pdf>. Acesso em:
05 abr. 2017.
OLIVEIRA, M.K. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e de
aprendizagem. Revista Brasileira de Educação. n. 12, set/out/nov/dez 1999.
RAMOS, M. Implicações políticas e Pedagógicas da EJA integrada à Educação
Profissional. in: Educação & Realidade. 35 (1), p. 65-85, jan.-abr. 2010
SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. EJA: Princípios
e práticas pedagógicas São Paulo, 2016. Diretoria de Orientação Técnica.
p.40.
SELIGMANN-SILVA, M. A atualidade de Walter Benjamin e Theodor W.
Adorno. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
SENNET, R. A corrosão do caráter – o desparecimento das virtudes com o
novo capitalismo. 1ª ed. Rio de janeiro: Edições BestBolso, 2012.
11
ANEXO I
DESENVOLVIMENTO DAS AULAS
Dia CONTEÚDO – MÓDULO 1
METODOLOGIAS DE ENSINO e
RECURSOS
25/07 Primeira semana: BÁSICO
 USO DO MOUSE
 DIGITAÇÃO
Uso do site para exercícios com o
mouse:
http://www.querojogar.com.br/desafio/11,
acesso em 21 jun. 2017; jogos
educativos da Turma da Mônica12
instalados no PC;
26/07
 USO DA INTERNET: SITE, LINK,
VÍDEOS E IMAGENS.
Uso de navegadores da Internet;
busca13 nos navegadores; uso dos links
de páginas; abas adicionais para uso
simultâneo.
28/07
Segunda semana: VÍDEOS E
MÚSICAS
 ACESSO AO YOUTUBE E
OUTROS
Uso do site para assistir vídeos e
escutar músicas; uso das caixas
acústicas e fone de ouvido no PC;
busca de outros sites de música,
quando liberados pela SME14.
01/08  DOWLOAD DE MÚSICAS E
VÍDEOS
Salvar músicas e vídeos do Youtube
através do site <http://
http://pt.savefrom.net/>, acesso em
20/06/2017. Nessa aula é possível
apresentar aos estudantes as pastas do
computador,: como abrir, criar, excluir,
salvar pastas e arquivos, bem como
nomear e renomear os arquivos no PC.
02/08
 SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA,
OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI
EXPLICADO.
.O aprendizado se dá de forma
contínua e em muitas vezes, os
educandos esquecem ou apresentam
mais dúvidas quando ficam sozinhos
nos PCs.
04/08
 SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA,
OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI
EXPLICADO.
O aprendizado se dá de forma contínua
e em muitas vezes, os educandos
esquecem ou apresentam mais dúvidas
quando ficam sozinhos nos PCs.
08/08
Terceira semana: USO DE
PERIFÉRICOS – PEND DRIVE E
CELULAR
 Conexão de pen drive e
desconexão segura
 Conexão de celular no PC e
Nessa aula é explicada a
funcionalidade da porta USB15 para
conexão de periféricos como pen drive
e celular, mais comuns entre os
estudantes da EJA. É comum os
11
Nesse primeiro acesso, colocamos diretamente para o aluno no site do jogo.
12
Apesar de serem jogos educativos para crianças, é bem aceito pelos adultos quando explicado que os comandos
exigidos para mover as peças como arrastar, segurar e soltar, são comuns para abrir pastas, mover arquivos, e usar os
links da internet como um todo.
13
Para isso, é explicado aos educandos que pode ser digitado qualquer palavra ou expressão no navegador do Google
Chrome. Também insistimos que o estudante defina o que é de seu interesse a ser pesquisado, a partir de uma palavra
ou expressão, para depois, sugerir sites.
14
O acesso a internet nas salas de informática da rede não é totalmente livre, conforme exemplificado no anexo II .
15
Universal Serial Buster.
12
ativação no aparelho do modo
“Armazenamento de disco”.
estudantes desejarem transferir baixar
as músicas na escola que tem uma
velocidade de internet maior para
depois ouvirem em seus aparelhos, o
que possibilita a explicação do uso das
pastas do celular (semelhantes as do
Windows); transferência de arquivos do
celular para o PC e vice versa via cabo;
uso de pen drive e desativação na aba
correta para não queimar a saída do
mesmo; criação, exclusão, renomeação
e organização de pastas no pen drive,
bem como sua formatação total.
09/08
 SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA,
OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI
EXPLICADO.
.O aprendizado se dá de forma
contínua e em muitas vezes, os
educandos esquecem ou apresentam
mais dúvidas quando ficam sozinhos
nos PCs.
11/08
 SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA,
OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI
EXPLICADO.
.O aprendizado se dá de forma
contínua e em muitas vezes, os
educandos esquecem ou apresentam
mais dúvidas quando ficam sozinhos
nos PCs.
CONTEÚDO – MÓDULO 2
15/08
Primeira semana: E-MAIL, REDES
SOCIAIS E DRIVE VIRTUAL.
 CRIAR CONTA DE E-MAIL
Apresentação de sites para criar contas
de e-mail, enviar e receber mensagens
(essa atividade auxilia muito o acesso a
outras redes sociais, como o Facebook,
muito procurados pelos estudantes);.
16/08  CRIAR CONTAS EM REDES
SOCIAIS
Apresentar e explicar que hoje em dia é
comum o uso e pesquisa do perfil das
pessoas na internet em uma seleção de
emprego; Criar contas na rede social
profissional Linked In:
https://br.linkedin.com/, acesso em
20/06/2017;
18/08
 USAR DRIVE VIRTUAL Armazenar os arquivos de dados
criados ou baixados pelo educando no
Google drive, já criado a partir de sua
conta de e-mail (vamos sugerir sempre
a do G-mail, para facilitar o
aprendizado) e como organizar, criar,
apagar, compartilhar, salvar, pastas e
arquivos em nuvem.
22/08
Segunda semana: WORD,
DIGITAÇÃO.
 FUNCIONALIDADE DO
Aula expositiva (individualizada) dos
possíveis usos do Word. Digitação
simples de textos curtos, inserir figuras,
formatar página (adotaremos norma
13
APLICATIVO WORD interna de formatação), copiar e colar
textos externos, nomear arquivo, salvar
e apagar.
23/08  DIGITAÇÃO (1) Apresentação de vídeo norteador da
importância da posição dos dedos no
teclado16·; Mapa visual da posição dos
dedos para os estudantes (ANEXO III);
Digitação de texto simples e curto,
prezando exercícios básicos.
25/08
 DIGITAÇÃO (2) EXERCÍCIOS
29/08
Terceira semana: CURRÍCULO
 CRIAÇÃO DE CURRÍCULO A
PARTIR DOS DADOS PESSOAIS
Muitos são os estudantes do EJA que
pleiteiam um primeiro emprego, logo
não tem experiência profissional
anterior. Nessa aula, é explicitado como
organizar as atividades informais,
extracurriculares da educação, cursos e
demais experiências de forma a
demonstrar um pouco de si a possível
empresa contratante; Digitação simples
no Word dos dados pessoais para
posterior organização; Salvar arquivo,
criar, organizar pastas no PC, pen
drive, celular ou Nuvem;
30/08
 APRESENTAÇÃO DOS
FORMATOS DE CURRÍCULO DO
WORD
Como abrir arquivos já prontos;
modelos de documentos do aplicativo
Word; Digitação ou comando “copiar e
colar” dos dados pré-digitados para
formato pronto do Word.
01/09
 PESQUISA DE FORMATOS DE
CURRÍCULOS NA INTERNET
Como pesquisar através dos
navegadores formatos diferentes de
currículos; Salvar Digitação ou
comando “copiar e colar” dos dados
pré-digitados para formato pronto do
Word; Editar e formatar arquivo; Salvar
arquivo, criar, organizar pastas no PC,
pen drive, celular ou Nuvem.
05/09  EXERCÍCOS PARA FIXAÇÃO TEMA DE MAIOR INTERESSE DO
ESTUDANTE
06/09  REVISÃO TEMA DE MAIOR INTERESSE DO
ESTUDANTE
16
Disponível em: https://w w w .youtube.com/w atch?v=HEWOhuj2ifw &list=PLSfj1oB-p8y4m8WLqHj7ZTYjWzgdd-
1SZ&index=1, acesso em 20 jun. 2017.
14
ANEXO II
15
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16

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Plano de aulas sobre tecnologias da aprendizagem para EJA

  • 1. 1 PLANO DE AULAS Campus SÃO PAULO 1 – IDENTIFICAÇÃO ALEXANDRE RODRIGO DOS SANTOS Prontuário: 158149-X TEMA: TECNOLOGIAS DA APRENDIZAGEM Carga Horária Total: Dois módulos de 25 dias – 3 aulas por semana Período de oferta: 24/07 a 12/08/2017 e 13/08 a 06/09/2017. INTRODUÇÃO Nos dias atuais, cada vez maiores são as exigências de uma educação que leve em consideração o mundo do trabalho. Mas, quando referimo-nos a trabalho, qual seria a concepção dessa palavra? Quais os impactos dessa concepção o inferem e identificam o trabalho pedagógico? E como, o estudante egresso aos estudos na EJA vê essa concepção de trabalho? Na opinião de (OLIVEIRA, 1999, p. 12), O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas. A autora ainda destaca: (…) tratar o adulto de forma abstrata, universal, remete a certo estereótipo de adulto, muito provavelmente correspondente ao homem ocidental urbano, branco, pertencente a camadas médias da população, com um nível instrucional relativamente elevado e com uma inserção no mundo do trabalho em uma ocupação razoavelmente qualificada. (OLIVEIRA, 1999, p. 61) Ao longo do tempo, percebemos que o estudante (jovem ou adulto) que retorna aos estudos através da EJA busca uma melhor qualificação ou uma requalificação no mercado de trabalho, observação constatada com a prática laboral nos dois anos anteriores na atual instituição de ensino EMEF Raul Pompéia da rede municipal de educação da cidade de São Paulo. A concepção de trabalho dos estudantes parece estar mais ligada a sobrevivência do que a identificação pessoal, visto que, raros são os casos em que o emprego dura
  • 2. 2 por um contrato longo. Tais configurações do trabalho na região oeste de São Paulo, em Taipas, é um exemplo das consequências da flexibilização do trabalho e de suas novas adequações ao mercado, sempre em transformação: (…) se o significado de trabalho deve ser considerado em sua acepção geral- como atividade produtiva, determinação ontológica fundamental da humanidade, ou do modo realmente humano de existência (Mészáros, 2006)- em sua acepção particular, seu significado é redefinido pela forma capitalista da divisão do trabalho. (…) entre o trabalhador e sua atividade produtiva vital se interpõem a propriedade privada, o intercâmbio e a divisão social do trabalho. Essas compõem um complexo cujo único fator absoluto é o trabalho. ’Absoluto porque o modo de existência humano é inconcebível sem as transformações da natureza realizadas pela atividade produtiva’ (Mészaros, 2006, p. 79). Em consequência, a superação da alienação implica o resgate do sentido ontológico do trabalho. (RAMOS, 2010, p. 68) Consideramos então, um dos problemas de não atingir a totalidade de uma concepção de trabalho ontológico conjunto com uma educação que se tornaria orgânica e que traria a noção identitária do individuo com seu trabalho, como Ramos e Oliveira sugerem. A realidade dos estudantes da EJA nessa região está mais ligada às necessidades imediatas, mais próximas aos apontamentos quanto aos problemas da educação de jovens e adultos e do Proeja e seus pequenos avanços para nossa realidade: (…) não nos furtamos a denunciar os equívocos cometidos na instituição do PROEJA, que poderiam comprometer a virtuosidade de uma política necessária. Por outro lado, também, não nos abstivemos de reconhecer publicamente o movimento positivo de recolocar essa iniciativa como uma politica publica centrada no principio do direito universal e subjetivo à educação e ao trabalho. (RAMOS, 2010, p. 81). Observamos também, que em muitos casos, a diversa modalidade da EJA na prefeitura de São Paulo auxilia no retorno aos estudos, visto que, há uma maior flexibilização de horários e tempos de estudo1. A possibilidade de terminar os estudos e ao mesmo tempo não ter uma carga horária escolar tão rígida se adequa as necessidades do educando, que em muitos momentos, para tentar prolongar contratos de trabalhos curtos ou mesmo conseguir uma remuneração extra, ou ainda por conta de longas distancias, não consegue 1 Em nossa instituição, em várias conversas informais, é notório o comentário dos estudantes que os horários iniciais de aula (19:00h as 19:45h). Para as modalidades da EJA, há um material disponível em: < http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/9718.pdf> acesso em: 13 jun 2017., formulado para que a própria rede de educação municipal soubesse das diversas modalidades da EJA.
  • 3. 3 chegar às 19 horas para o início do ensino regular do EJA. A modalidade que apresentaremos então, adequa-se, de certo modo, a uma nova realidade laboral, mas ainda, com a insistência e determinação do jovem ou adulto na tentativa de terminar seus estudos, que julga importante independente de sua faixa etária. Apesar dos problemas, o presente Plano de aula segue a realidade da escola, dos educandos e, infelizmente, o imediatismo de tal situação, visto que o tempo é um dos maiores problemas para uma educação realmente emancipadora, significativa e com sentido ontológico de trabalho. CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIAL2 E PEDAGÓGICA Nas propostas educacionais dos documentos oficias da prefeitura de São Paulo, um dos objetivos principais da educação do estado3 é a emancipação do sujeito e a assunção de sua autonomia frente a sua comunidade como agente ativo de transformação individual e social. Na introdução do documento do (MEC, 2007, p. 07) observamos também a expectativa de que a escola seja uma “instituição integrante e atuante nas dinâmicas sociais, não alheia ás vocações produtivas e potencialidades de desenvolvimento regional, envolvida em ações de sustentabilidade sócio- cultural-econômica-ambiental.” Há uma concepção de ‘palco’ onde haja a emancipação do sujeito, consequência da adequação as necessidades dos novos tempos e das novas necessidades de trabalho. Comumente, vemos a utilização da teoria de Paulo freire como um método educacional, pedagógico, adequado a educação formal a partir da vinculação social, faixa etária e por último, o conhecimento do educando, dentro de um projeto curricular formulado pelas instituições governamentais.4 2 A partir dos direcionamentos instituídos e colocados como sugestão pela SME (Secretaria Municipal de Educação), mas que na verdade, por motivos que serão demonstrados abaixo, se tornam a estrutura possível. 3 A partir de (ABBAGNANO, 2007, P.36-365): “Em geral, a organização jurídica coercitiva de determinada comunidade. O uso da palavra E. deve-se a Maquiavel (O príncipe, 1513, § 1). Podem ser distinguidas três concepções fundamentais: I- a concepção organicista, segundo a qual o E. é independente dos indivíduos e anterior a eles; 2a a concepção atomista ou contratualista, segundo a qual o E. é criação dos indivíduos; 3a a concepção formalista, segundo a qual o E. é uma formação jurídica. As duas primeiras concepções alternaram-se na história do pensamento ocidental; a terceira é moderna e, na sua forma pura, foi formulada só nos últimos tempos. (…) As duas concepções precedentes de E. têm em comum o reconhecimento do que os juristas hoje chamam de aspecto sociológico do E., ou seja, sua realidade social; o E. é considerado, em primeiro lugar, como comunidade, como um grupo social residente em determinado território.” 4 Nos referimos aos referenciais educacionais da Prefeitura Municipal de São Paulo, tanto para o EJA, quanto para o ensino infantil e fundamental, em que Paulo Freire aparece como referência para as políticas educacionais, que visam principalmente na EJA, a emancipação do sujeito, bem como a educação como uma formadora de agentes culturais
  • 4. 4 Mas quando temos contato direto com a obra do autor, percebemos que na verdade, Freire cria um método que deveria se tornar um meio de vida, ou seja, um suscitador de ideias subjetivas que compreendem e complementam o meio objetivo do educando, ou seja, se torna “práxis”. O ser se torna crítico a partir de sua realidade, com possibilidade de transformá-la. É uma filosofia de encontrar a si, não mera técnica a ser empregada. Na opinião do professor Ernani Maria Fiori, o método pedagógico de Freire é em si não só método, mas uma antropologia do ser que se descobre histórico. Esse ser antropológico quando ciente de si e crítico, acaba por comandar um política, inferir ativamente no que é de sua comunidade, cidade, meio cultural, e com isso, se emancipa e liberta a si e o opressor da opressão, pois a real humanidade do ser só existe em sociedade. (FREIRE, 2011) Para que isso se torne concreto, o primeiro passo a ser dado é perder o medo da liberdade, que pode ser definido como a possibilidade e a ideia pré- concebida de esta estar vinculada a desordem, anarquia: é a assunção do dominado da opressão do dominador, em que este não consegue pensar na possibilidade de pensar a si mesmo ou por si mesmo. Nos orientadores da educação para o EJA federais e municipais, é comum a visão do jovem e do adulto que procura a continuidade de seus estudos como trabalhador e cidadão, o sujeito educando que Paulo Freire (1963) cita, mas não organizado em rodas de conversas como foi sua experiência em Angicos, mas em salas de aula com estruturas físicas e hierárquicas, com um direcionamento para a educação. O currículo deve ter como princípio pedagógico o trabalho, e a adequação do sujeito às novas tecnologias do mundo contemporâneo: O trabalho como princípio educativo é, essencialmente uma concepção que se fundamenta no papel do trabalho como atividade vital que torna possível a existência e a reprodução da vida humana e, consequentemente da sociedade. (FREIRE, 1963, p. 27) Paulo Freire ainda deixa claro a impossibilidade de uma educação libertadora, com caráter emancipatório do sujeito e que estimula sua autonomia dentro do ambiente escolar formal: com sede na escola. Como exemplo, citamos: SME – COORDENADORIA PEDAGÓGICA – Divisão de educação de Jovens e Adultos. “EJA – Princípios e práticas pedagógicas” vol. 2, São Paulo, 2016.
  • 5. 5 Se, porém, a prática desta educação implica o poder político e se os oprimidos não o tem, como então realizar a pedagogia do oprimido antes da revolução? (...) “Ainda que não queiramos antecipar-nos, poderemos, contudo, afirmar que um primeiro aspecto desta indagação se encontra na distinção entre educação sistemática, a que só pode ser mudada com o poder, e os trabalhos educativos, que devem ser realizados com os oprimidos, no processo de sua organização. (FREIRE, 2011, p. 56) Atrevemo-nos a dizer que nos dias atuais há um híbrido dessas duas relações que não é nem um nem outro: há a sugestão por parte do poder que o PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola deve ter a participação da comunidade em sua formulação, mas o currículo mínimo, ou o direcionamento é dado pelo poder, pela instituição, o que causa uma dicotomia que impede a emancipação do sujeito A concepção de trabalho nesse contexto não cria identidade5, mas é, sim, sobrevivência. A flexibilização para o mercado, fator que a educação deve objetivar superar transforma o trabalho em um ‘monstro’ que necessita da adequação em cima de adequação por parte do trabalhador, para estar apto. Não há profissionalização, mas sim adequação, pois o profissional não pode atender a uma demanda específica, tem de ser polivalente nas funções que exercerá, pois “(...) a articulação entre ciência e tecnologia é determinante para a integração entre a educação básica e profissional.” (MEC, 2007, p. 29). A formação deveria não dissociar entre o trabalho e o seu estudo teórico, porém nesse caso, a indústria cria a necessidade de formação antes da experiência, invertendo a relação de conhecimento prático para o teórico que leva a real criação, ou inserção do ser humano ao que faz, a sua emancipação de sujeito e ao conhecimento omnilateral. Com isso, há a cobrança ao trabalhador o mesmo de um empreendedor6: o risco, a autonomia de poder negociar, com uma ideia de paridade. Porém, o trabalhador acaba sendo mais explorado nesse processo, 5 Para as noções de vinculação de identidade com o trabalho, nos baseamos em (SENNET, 2012), em que o autor aborda como a identidade pessoaldo sujeito tem de se tornar “fluida”, como as várias ocupações que são atribuídas a ele; o trabalho deixa de ter um vínculo duradouro, para ser perene, com uma dimensão de tempo de curto prazo, que influencia diretamente na vida pessoal. 6 Um exemplo é o material da (FIESP, 2015, p. 11), define “empreendedor” como “uma pessoa que tem”, acima de tudo, a necessidade de realizar coisas e ainda, “identifica uma oportunidade e cria um meio para aproveitá-la, assumindo os riscos que qualquer atividade empresarial oferece.” É direcionado, conforme a apresentação, a jovens que se formaram na faculdade e pretendem criar uma empresa, mas nos pareceu muito parecido com alguns dos aspectos que aparecem nos documentos escolares.
  • 6. 6 pois a flexibilização exige um trabalhador formado, que não tenha garantias trabalhistas e que seja polivalente. (ANTUNES, 2008) Com a necessidade de adequação ao mercado via educação que seja significativa para a vida laboral e social, está a ideia de autonomia do sujeito, que dentro desse mercado tem discernimento, capacidade de decisão, não depende de ordens diretas para a execução, e sim, torna-se sujeito ativo do que faz. O discurso da autonomia dentro do ambiente escolar formal parece esconder cada vez mais a ideia de flexibilização do trabalho para maior exploração a partir do desenvolvimento dos meios de produção (novas tecnologias) e controle social (gestão e a ideia fechada de cultura única de mercado, válida como identificação social do trabalhador, que muda a partir das flutuações do mercado de trabalho e do desenvolvimento dos meios de produção). A partir “Dos princípios direcionadores a Educação básica e Profissional da EJA” (MEC 2007, p. 28) o currículo – que deve ter o trabalho como princípio educativo – “deve ser construído a partir do conjunto das relações sociais estabelecidas pelos trabalhadores, setor produtivo e sociedade”. Há um novo tripé a ser entendido como currículo, não mais sendo pesquisa, ensino e extensão, mas vinculado a uma lógica explicitamente produtiva. O trabalho é o direcionador de toda proposta, como meio natural para a identificação do trabalhador, não centrado ao atendimento das demandas do mercado de trabalho. Há ênfase na autonomia, mas a autonomia dentro do trabalho, dentro do emprego de uma técnica já definida: a do mercado de trabalho, das “novas demandas’, explicitadas a partir de princípios elencados nas páginas 28 a 30, a qual destacamos o D) “Princípio da vinculação entre educação e trabalho: integração entre a Educação Básica e a Educação Profissional, promovendo sua construção de forma integrada e colaborativa. A educação integrada propicia a (re)construção de conhecimentos e atitudes ligados a emancipação humana, a cidadania e ao trabalho, condições necessárias para uma efetiva participação na vida social, política, cultural e para a (re)inserção digna no mundo do trabalho (...) Para se inserir no mundo do trabalho numa perspectiva emancipada é preciso conhecer as tecnologias para saber aplica-las, usá-las criticamente, o que pressupõe uma Educação Básica sólida. (MEC, 2017, p. 29-30)
  • 7. 7 Parece colocar, no item D, a solução na interação entre as duas modalidades, de todo o problema que a indústria cultural7 cria ao padronizar o sujeito e sua identidade estar vinculada a uma formulação abstrata de sujeito, abstrata de cidadania ou de identidade, pois essa é criada por um interesse, não natural ao sabor dos tempos, da construção do ser humano, de forma imanente8. CONTEXTO ATUAL DA EMEF RAUL POMPÉIA Uma das modalidades do EJA da SME (Secretaria Municipal de Educação) atuais é a do EJA Modular, que consiste em salas de etapas do ensino fundamental relacionados aos ciclos ou antigas séries, que se organizam em vinte e cinco (25) dias de aulas sequenciais, com apenas uma área de conhecimento, em três aulas diárias. Após o termino do ciclo ou módulo de 25 dias, o educando passa para outra área de conhecimento, até passar durante o período de um ano por oito módulos diferentes das seguintes áreas: Matemática, dois módulos de Português, Ciências, História, Geografia, Artes e Inglês, atualmente das 19h45min horas às 22h15min, com intervalo de 15 minutos. Como no EJA regular9, o estudante tem como carga horária de cinco aulas diárias, mas com a primeira e última aula para reposições ou projetos de formação profissional. Atualmente, na EMEF Raul Pompéia, ela é ocupada pelas aulas de Sala de Leitura e Sala de Informática de terça, quarta e sextas- feiras, em conjunto com as aulas de reposição, pois não há a possibilidade do estudante ter faltas no período do módulo, sendo repostas na primeira e na última aula. Os alunos tem a obrigação de cumprir cinco aulas em cada uma dessas salas de projeto a cada módulo de 25 dias. A única avaliação nessas 7 Tomamos como base as ideia de Theodor W. Adorno, já que o neoliberalismo tem influência dentro da sociedade que esse sujeito está inserido, que cria certas verdades quanto a educação como forma necessária e até de necessidade para a real educação da população, mito do senso comum da sociedade. Porém, essa mesma sociedade é ideologicamente construída com um fim, que que possivelmente está ligada a ideia da indústria cultural e a criação de verdades a partir do interesse do mercado, e não da educação como emancipação do sujeito. 8 As formulações seguem um pouco da pesquisa de terceiros que estudaram Adorno. Aqui, pelo pouco tempo ainda pesquisado, baseamo-nos em SEIGMANN-SILVA, M. (2010). 9 “É oferecida nas EMEFs - Escolas Municipais de Ensino Fundamental-, EMEFMs - Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio - e EMEBs - Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos, tem como objetivo ampliar as oportunidades de acesso à educação e de conclusão do Ensino Fundamental. O curso, que funciona no período noturno, das 19h00 às 23h00, é presencial, tem duração de 4 anos e está dividido em quatro Etapas: Etapa Alfabetização (2 semestres), Etapa Básica (2 semestres), Etapa Complementar (2 semestres) e Etapa Final (2 semestres). Cada etapa tem duração de 200 dias letivos.” (SME, 2016, p. 22)
  • 8. 8 salas é a presença. A sala possui vinte computadores, com a sugestão de uso compartilhado para 40 pessoas no máximo e uma impressora jato de tinta com bulk ink. Cada aula tem 45(quarenta e cinco) minutos. JUSTIFICATIVA Diante das contextualizações acima, em que consideramos o contexto social global e o contexto social local em menores proporções por nos faltar meios comprováveis de tais afirmações dos estudantes, consideramos o plano em anexo viável para atender as necessidades imediatas de formação básica de informática dentro das possibilidades e realidade que nos foi posta. Mesmo com a distinção das atividades abaixo, salientamos que não nos é possível que esse conteúdo seja sugerido a todos os estudantes, pois, a sala também serve como polo de comunicação em redes sociais (Facebook, e-mail, WhatsApp), pesquisa de outros conteúdos relacionados as disciplinas ministradas nas escolas para trabalhos escolares, bem como outros assuntos que sejam do interesse dos educandos. Tal abertura de uso justifica-se pela dificuldade e falta de acesso de muitos educandos da região por internet banda larga, ficando na maioria das vezes restrito a internet de telefonia móvel, bem como, a percepção de que poucos estudantes têm em suas residências notebook ou computador de uso pessoal, visível na dificuldade de uso de programas básicos dos computadores e mesmo da funcionalidade do mouse10. Salientamos que o plano de aula aqui se aplica a todas as séries da EJA modular da EMEF Raul Pompéia, que abarcam desde o terceiro ao quarto termo, em turmas não seriadas, com estudantes de todas as turmas espalhados conforme a possibilidade de comparecimento dos alunos. O período de execução de tal plano de aula será de 24//07/2017 a 12/08/2017 no Projeto Sala de Informática, com o devido detalhamento das aulas no quadro abaixo. METODOLOGIA 10 É muito comum educandos de diversas faixas etárias não saberem usar o mouse pelo costume e praticidade da tela touch screen dos celulares, mesmo entre os alunos de idade mais avançada.
  • 9. 9 Em todos os dias, será sugerido ao estudante o “tema” do dia, em que tentaremos explicar isoladamente em cada máquina um ou dois estudantes por vez. Verificaremos de imediato se o educando precisa de uma aula básica ou mais detalhada, com a possibilidade de confecção e um trabalho de digitação no aplicativo Word. Como a demanda de pedidos de formulação de currículos é muito grande aos jovens com menos de 18 anos e também a alguns adultos, o trabalho consistirá na formulação de um currículo de trabalho, com explicação das funcionalidades gerais do programa Windows para uso de janelas, salvar, imprimir e demais funções necessárias, bem como os comandos para a confecção do currículo no editor de textos do Word. Devido à característica descrita acima da sala e das aulas, não podemos deixar o tema “estático”; estaremos sempre retornando as aulas anteriores quando necessário. Os temas e dias abaixo servem mais como um norteador para a organização das atividades em sala, e da organização de tempo dos estudantes, que podem se organizar e vir nos dias especificados no ANEXO, que será afixado em lugar visível nas dependências da unidade escolar. BIBLIOGRAFIA ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. – 5ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2007. ADORNO, T.W. Educação e emancipação. 1ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? : ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 16ª ed. São Paulo: Cortez, 2015. BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – PROEJA – Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Formação Inicial e Continuada/Ensino Fundamental. Documento Base. Brasília, 2007. p. 84. FREIRE, P. Conscientização e Alfabetização. Revista de Cultura da Universidade do Recife. Estudos Universitários, n. 4, p. 4-22, abr-jun.1963. Disponível em: < http://forumeja.org.br/df/sites/forumeja.org.br.df/files/est.univ_.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2017.
  • 10. 10 _____________ “Pedagogia do oprimido” 50ª ed.rev. e atual. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011. FIESP. CJE. Comissão dos Jovens Empreendedores – Manual do Jovem Empreendedor. FIESP/SEBRAE, 2015. Disponível em: < http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds. nsf/cb975d2c3a657cca8dc762e0cf6ac2c5/$File/NT000350A2.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2017. OLIVEIRA, M.K. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e de aprendizagem. Revista Brasileira de Educação. n. 12, set/out/nov/dez 1999. RAMOS, M. Implicações políticas e Pedagógicas da EJA integrada à Educação Profissional. in: Educação & Realidade. 35 (1), p. 65-85, jan.-abr. 2010 SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Educação. EJA: Princípios e práticas pedagógicas São Paulo, 2016. Diretoria de Orientação Técnica. p.40. SELIGMANN-SILVA, M. A atualidade de Walter Benjamin e Theodor W. Adorno. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. SENNET, R. A corrosão do caráter – o desparecimento das virtudes com o novo capitalismo. 1ª ed. Rio de janeiro: Edições BestBolso, 2012.
  • 11. 11 ANEXO I DESENVOLVIMENTO DAS AULAS Dia CONTEÚDO – MÓDULO 1 METODOLOGIAS DE ENSINO e RECURSOS 25/07 Primeira semana: BÁSICO  USO DO MOUSE  DIGITAÇÃO Uso do site para exercícios com o mouse: http://www.querojogar.com.br/desafio/11, acesso em 21 jun. 2017; jogos educativos da Turma da Mônica12 instalados no PC; 26/07  USO DA INTERNET: SITE, LINK, VÍDEOS E IMAGENS. Uso de navegadores da Internet; busca13 nos navegadores; uso dos links de páginas; abas adicionais para uso simultâneo. 28/07 Segunda semana: VÍDEOS E MÚSICAS  ACESSO AO YOUTUBE E OUTROS Uso do site para assistir vídeos e escutar músicas; uso das caixas acústicas e fone de ouvido no PC; busca de outros sites de música, quando liberados pela SME14. 01/08  DOWLOAD DE MÚSICAS E VÍDEOS Salvar músicas e vídeos do Youtube através do site <http:// http://pt.savefrom.net/>, acesso em 20/06/2017. Nessa aula é possível apresentar aos estudantes as pastas do computador,: como abrir, criar, excluir, salvar pastas e arquivos, bem como nomear e renomear os arquivos no PC. 02/08  SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA, OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI EXPLICADO. .O aprendizado se dá de forma contínua e em muitas vezes, os educandos esquecem ou apresentam mais dúvidas quando ficam sozinhos nos PCs. 04/08  SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA, OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI EXPLICADO. O aprendizado se dá de forma contínua e em muitas vezes, os educandos esquecem ou apresentam mais dúvidas quando ficam sozinhos nos PCs. 08/08 Terceira semana: USO DE PERIFÉRICOS – PEND DRIVE E CELULAR  Conexão de pen drive e desconexão segura  Conexão de celular no PC e Nessa aula é explicada a funcionalidade da porta USB15 para conexão de periféricos como pen drive e celular, mais comuns entre os estudantes da EJA. É comum os 11 Nesse primeiro acesso, colocamos diretamente para o aluno no site do jogo. 12 Apesar de serem jogos educativos para crianças, é bem aceito pelos adultos quando explicado que os comandos exigidos para mover as peças como arrastar, segurar e soltar, são comuns para abrir pastas, mover arquivos, e usar os links da internet como um todo. 13 Para isso, é explicado aos educandos que pode ser digitado qualquer palavra ou expressão no navegador do Google Chrome. Também insistimos que o estudante defina o que é de seu interesse a ser pesquisado, a partir de uma palavra ou expressão, para depois, sugerir sites. 14 O acesso a internet nas salas de informática da rede não é totalmente livre, conforme exemplificado no anexo II . 15 Universal Serial Buster.
  • 12. 12 ativação no aparelho do modo “Armazenamento de disco”. estudantes desejarem transferir baixar as músicas na escola que tem uma velocidade de internet maior para depois ouvirem em seus aparelhos, o que possibilita a explicação do uso das pastas do celular (semelhantes as do Windows); transferência de arquivos do celular para o PC e vice versa via cabo; uso de pen drive e desativação na aba correta para não queimar a saída do mesmo; criação, exclusão, renomeação e organização de pastas no pen drive, bem como sua formatação total. 09/08  SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA, OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI EXPLICADO. .O aprendizado se dá de forma contínua e em muitas vezes, os educandos esquecem ou apresentam mais dúvidas quando ficam sozinhos nos PCs. 11/08  SUGESTÃO DOS TEMAS ACIMA, OU RETOMADA DO QUE JÁ FOI EXPLICADO. .O aprendizado se dá de forma contínua e em muitas vezes, os educandos esquecem ou apresentam mais dúvidas quando ficam sozinhos nos PCs. CONTEÚDO – MÓDULO 2 15/08 Primeira semana: E-MAIL, REDES SOCIAIS E DRIVE VIRTUAL.  CRIAR CONTA DE E-MAIL Apresentação de sites para criar contas de e-mail, enviar e receber mensagens (essa atividade auxilia muito o acesso a outras redes sociais, como o Facebook, muito procurados pelos estudantes);. 16/08  CRIAR CONTAS EM REDES SOCIAIS Apresentar e explicar que hoje em dia é comum o uso e pesquisa do perfil das pessoas na internet em uma seleção de emprego; Criar contas na rede social profissional Linked In: https://br.linkedin.com/, acesso em 20/06/2017; 18/08  USAR DRIVE VIRTUAL Armazenar os arquivos de dados criados ou baixados pelo educando no Google drive, já criado a partir de sua conta de e-mail (vamos sugerir sempre a do G-mail, para facilitar o aprendizado) e como organizar, criar, apagar, compartilhar, salvar, pastas e arquivos em nuvem. 22/08 Segunda semana: WORD, DIGITAÇÃO.  FUNCIONALIDADE DO Aula expositiva (individualizada) dos possíveis usos do Word. Digitação simples de textos curtos, inserir figuras, formatar página (adotaremos norma
  • 13. 13 APLICATIVO WORD interna de formatação), copiar e colar textos externos, nomear arquivo, salvar e apagar. 23/08  DIGITAÇÃO (1) Apresentação de vídeo norteador da importância da posição dos dedos no teclado16·; Mapa visual da posição dos dedos para os estudantes (ANEXO III); Digitação de texto simples e curto, prezando exercícios básicos. 25/08  DIGITAÇÃO (2) EXERCÍCIOS 29/08 Terceira semana: CURRÍCULO  CRIAÇÃO DE CURRÍCULO A PARTIR DOS DADOS PESSOAIS Muitos são os estudantes do EJA que pleiteiam um primeiro emprego, logo não tem experiência profissional anterior. Nessa aula, é explicitado como organizar as atividades informais, extracurriculares da educação, cursos e demais experiências de forma a demonstrar um pouco de si a possível empresa contratante; Digitação simples no Word dos dados pessoais para posterior organização; Salvar arquivo, criar, organizar pastas no PC, pen drive, celular ou Nuvem; 30/08  APRESENTAÇÃO DOS FORMATOS DE CURRÍCULO DO WORD Como abrir arquivos já prontos; modelos de documentos do aplicativo Word; Digitação ou comando “copiar e colar” dos dados pré-digitados para formato pronto do Word. 01/09  PESQUISA DE FORMATOS DE CURRÍCULOS NA INTERNET Como pesquisar através dos navegadores formatos diferentes de currículos; Salvar Digitação ou comando “copiar e colar” dos dados pré-digitados para formato pronto do Word; Editar e formatar arquivo; Salvar arquivo, criar, organizar pastas no PC, pen drive, celular ou Nuvem. 05/09  EXERCÍCOS PARA FIXAÇÃO TEMA DE MAIOR INTERESSE DO ESTUDANTE 06/09  REVISÃO TEMA DE MAIOR INTERESSE DO ESTUDANTE 16 Disponível em: https://w w w .youtube.com/w atch?v=HEWOhuj2ifw &list=PLSfj1oB-p8y4m8WLqHj7ZTYjWzgdd- 1SZ&index=1, acesso em 20 jun. 2017.
  • 16. 16