O documento discute princípios e equipamentos para movimentação e armazenamento de materiais (MAM). Aborda definições de MAM, princípios como simplificação, utilização de espaço e padronização, além de equipamentos como transportadores, empilhadeiras e sistemas de identificação.
2. Definições
‰ MAM é a arte e ciência de mover, armazenar, proteger e
controlar os materiais
MAM visa fornecer a:
‰ Quantidade certa do material desejado
‰ Na condição correta
‰ No local correto
‰ No momento correto
‰Pelo custo correto
‰ Pelo método correto
3. Princípios da MAM
Princípio da simplificação
‰ Planejar as operações de modo que o material que já passou por
uma fase, se encontre no local e na posição desejados na fase
seguinte
‰ Visa evitar os duplos manuseios
4. Princípios da MAM
Princípio da utilização do espaço
‰O espaço de MAM é melhor considerado em termos de
capacidade cúbica
Princípio da gravidade
‰Sempre que existir uma diferença de nível – que pode ser
projetada de propósito – considerar esse princípio
6. Princípios da MAM
Princípios da segurança e da ergonomia
Tela de
segurança nas
laterais das
prateleiras
7. Princípios da MAM
Princípio da padronização
‰Desenvolver manuais / procedimentos com as melhores
práticas de MAM
‰Reduzir variedade de contenedores e equipamentos de
movimentação
‰ Facilita manutenção, reposição de peças, minimiza falta
de peças (vale a pena manter peças de reposição em
estoque)
9. Princípios da MAM
Princípio da flexibilidade do equipamento de movimentação
‰Um equipamento deverá ser capaz de fazer tantos
diferentes trabalhos quanto possível
‰ Ex: ponte rolante x empilhadeiras
‰Tendo em vista o alto custo de aquisição, os
equipamentos devem continuar sendo úteis em um
horizonte de longo prazo
10. Princípios da MAM
Princípio do tempo ocioso
‰O tempo de permanência do equipamento de
movimentação nos locais de carga e descarga deve ser
reduzido ao mínimo compatível com a operação
‰A unitização da carga contribui para esse princípio
Maximizar o uso do veículo
que puxa os vagões
11. Princípios da MAM
Princípio da manutenção
‰Planejar a manutenção preventiva de todos os
equipamentos de movimentação
Princípio do custo do ciclo de vida
‰Os custos do ciclo de vida incluem todos os custos
desde o planejamento da compra de um equipamento até
que o equipamento antigo seja totalmente substituído
‰ Ex: custos de treinamento, testes, manutenção,
descarte final, combustível,...
12. Unidades de carga
‰É a unidade a ser movida ou manuseada de uma só vez
‰ Implica em objeto muito grande para movimentação
manual
‰Em alguns casos, uma unidade de carga é um item de
produção, em outros é uma caixa contendo inúmeros
itens da produção
‰A vantagem de usar unidades de carga é o aumento da
capacidade de mover mais itens de uma vez, reduzindo
número de viagens, custos de movimentação, custos de
carga e danos ao produto
14. Unidades de carga
‰ Buscar a integridade da unidade de carga
‰Encaixotamento, filme plástico ao redor da carga, cintas de
amarração, não fazer pilhas de altura excessiva, aumentar
aspereza do palete,...
‰Limites para o tamanho da unidade de carga
‰Fragilidade do material, resistência estrutural do pallet,
capacidade dos equipamentos de movimentação, dimensões
das prateleiras / racks, espaçamento entre pilares, dimensões
de corredores e portas, dimensões das esteiras de
movimentação (se houver esteiras), adaptação ao transporte
intermodal
15. Exemplos de pallets
A paletização é o método mais comum de construir unidades de carga
Dimensões mais comuns dos pallets
• 800 mm x 1000 mm
•800 mm x 1200 mm
•1100 mm x 1100 mm* (mais vantajoso)
•1000 mm x 1200 mm
•1200 mm x 1600 mm
•1200 mm x 1800 mm
É mais adequado à operação da
empilhadeira por qualquer lado
e tem o melhor aproveitamento
da largura dos caminhões
16. Exemplos de
amarração da
carga e padrões
de empilhamento
A amarração da carga só
é obtida com a formação
de camadas
desencontradas
18. Planejando a carga unitizada
1. Determinar a aplicabilidade do conceito de carga unitizada
‰ A movimentação é suficientemente longa e frequente para
justificar a unitização?
‰ Os modos de transporte são adequados para movimentar
cargas unitizadas?
‰ A carga unitizada será aceita pelo cliente?
‰ A mercadoria é transformável em carga unitizada (forma,
tamanho, fragilidade,...)?
‰ Qual o custo de unitizar e desmanchar a carga?
19. Planejando a carga unitizada
2. Selecionar o tipo de unitizador
3. Estabelecer a origem e o destino da carga unitizada
4. Determinar o tamanho da carga unitizada
5. Estabelecer a configuração da carga unitizada
6. Determinar o método de unitização da carga
20. Equipamentos de manuseio de materiais
Categorias de equipamentos
‰Contenedores e equipamentos de unitização (inclui
paletizadores e despaletizadores)
‰Equipamentos de transporte
‰ Equipamentos de armazenagem
‰Equipamentos de comunicação e identificação
automática
21. Equipamentos de transporte
São distinguidos uns dos outros por características como:
‰ Grau de automação (o equipamento pode ser de operação
manual)
‰ Padrões de fluxo (contínuo vs. intermitente)
‰ Caminho fixo ou variável
‰ Localização (subsolo, nível do piso, em altura)
‰ Capacidade de carga
22. Transportadores de caminho fixo
‰Usados quando o material vai ser movido frequentemente
entre pontos específicos e há grandes volumes
‰ Uso de roletes é mais econômico do que esteiras lisas
‰Contudo, se os itens são irregulares, esteiras lisas são
melhores
‰Calhas por gravidade são uma boa opção
‰A desvantagem é que os itens podem virar e bloquear
a passagem
26. Automated Guided Vehicles (AGV)
‰Veículo industrial sem motorista que segue caminho pré-definido
‰O caminho pode ser um simples loop ou rede mais
complexa
‰AGV pode ser projetado para operar como um trator,
puxando um ou mais carros, ou pode ser a própria
unidade carregadora de cargas
‰Cabos-guia embutidos no piso emitem sinais de rádio
frequência que são captados por antenas no AGV
29. Guindaste giratório
Guindaste girátorio montado em pilar Guindaste girátorio montado na parede
Guindastes giratórios são apropriados para cargas menores (100 kg - 5000 kg). Para manuseio de
partes menores ou para transporte de material dentro de um posto de trabalho, guindastes
giratórios são ideais.
31. Pontes rolantes
Ponte rolante montada no teto Ponte rolante montada em pilares
Pontes rolante montadas podem cobrir uma grande área dentro da fábrica e são adequados para
cargas pesadas.
Para manuseio de peças menores ou para transpore de material dentro da área de trabalho, este
tipo de guindaste não é pratico
32. Guindaste giratório e ponte rolante
Exemplo de instalação combinando ponte rolante e guindaste giratório
42. Equipamentos de identificação e
comunicação automática
‰ Sistemas de código de barras. São compostos por:
‰Código de barras
‰Leitor do código de barras (por contato e sem contato)
‰Impressora do código de barras
‰ Código de barras é usado para identificação de cargas, local
de estoque, contagem de inventário, rastreamento do material
‰Geralmente associados a receptores-transmissores de
rádio frequência (RF)
‰ Permitem atualização das transações em tempo real
43. Benefícios
‰ Entrada manual de dados é eliminada (menos erros), pois
eles entram no sistema no momento em que são
escaneados
‰ Visão precisa dos níveis de estoque
‰ Ex: quando um embarque ocorre, caixas com códigos
de barras são lidas e o inventário é atualizado
imediatamente (não espera o final do dia para isso)
‰O atendimento ao cliente pode ser melhorado, pelo
fornecimento de informações precisas sobre o tempo de
espera e situação dos pedidos
45. Planejamento de armazéns
Funções de um armazém:
‰Abrigar estoque de matérias-primas ou produtos
acabados para lidar com variações de demanda
‰Centros de distribuição
‰ Consolidar produtos de várias fábricas de uma
mesma empresa, ou de várias empresas, para
embarque conjunto a clientes comuns
‰ Encurtar distâncias e permitir rápida resposta às
demandas dos clientes
51. Cross-docking
‰O correio pratica o cross-docking a muitos anos
‰ Cargas de caminhão de cartas e pacotes
chegam nos depósitos e são classificadas para
rotas de saída
‰Também praticado por varejistas de produtos
alimentícios de vida curta (ex: alimentos frescos,
bolos, frutas e vegetais)
52. Requisitos mínimos para o cross-docking
‰O local de destino do produto precisa ser conhecido, já
quando o mesmo é recebido
‰O cliente precisa estar pronto para receber o material
expedido imediatamente (pedido confirmado)
‰As necessidades de controle de qualidade precisam
ser mínimas
‰Não seria prático ter cross-docking quando grande
parte do produto espera liberação do CQ
53. Cross-docking
em instalações
de manufatura
Em uma
abordagem
tradicional, o
produto iria da
embalagem à
estocagem
54. Planejamento do layout dos armazéns
Princípios a serem considerados:
‰ Popularidade
‰ Similaridade
‰ Tamanho
‰ Características do material
‰ Utilização do espaço
55. Popularidade
‰ Os materiais mais populares (> número de transações de
entrada e saída) devem ser estocados em locais que percorram
as menores distâncias
56. Itens mais
populares
devem ser
colocados em
arranjos em
profundidade
Distância do ponto de
referência
Prof. de 1 unidade. Prof. de 2 unidades. Prof. de 3 unidades.
Distância de A1 6 4 4
Distância de A6 1 1 1
Distância de B1 12 7 6
Distância de B6 7 4 3
Distância média percorrida 6.5 4 3.5
57. Popularidade
Se os materiais entram e deixam a área de armazenamento
em diferentes pontos e são recebidos e enviados na
mesma quantidade (n. de viagens para receber é igual ao n. de
viagens para expedir):
‰Nesse caso, os itens mais populares devem ser
posicionados ao longo das rotas mais diretas entre os
pontos de entrada e saída
58. Popularidade
Se os materiais entram e deixam a área de armazenamento
em diferentes pontos e são recebidos e enviados em
diferentes quantidades
‰Nesse caso, os itens mais populares tendo a menor taxa
recebimento / expedição devem ser posicionados
próximos ao ponto de expedição
* A taxa recebimento / expedição é a taxa entre viagens para
receber e viagens para expedir um material
59. Exemplo
Produto Viagens para recebimento Viagens para envio Recebimento/Envio
A 40 40 40/40=1.0
B 100 250 100/250=0.4
C 200 400 200/400=0.5
D 30 43 30/43=0.7
E 10 100 10/100=0.1
F 250 125 250/125=2.0
60. Similaridade
Itens que são recebidos e/ou enviados juntos,
devem ser armazenados juntos
‰Mesmo se os itens não são recebidos juntos, é uma boa
prática armazená-los conjuntamente se forem enviados
dessa forma
‰ Ex: armazenar todas as partes do carburador
próximas
‰ Ao realizar o armazenamento de itens similares na
mesma área, minimiza-se o tempo de deslocamento para
realizar o picking (buscar os itens indicados no pedido)
61. Tamanho
Armazenar itens pequenos em espaços projetados
para peças grandes é um desperdício
‰Por outro lado, é indesejável que itens grandes não
caibam no espaço designando pelos outros princípios de
estocagem (similaridade, popularidade)
‰Se existem incertezas a respeito do tamanho das partes,
então o sistema deve ser projetado para se ajustar às
necessidades
‰ Ex: variedade de tamanhos de prateleiras, racks de
altura regulável
62. Características do material
Alguns materiais requerem políticas de estocagem diferentes:
‰ Perecíveis: podem requerer ambiente controlado, por exemplo
refrigeração
‰ Forma irregular: necessitam de armazenamento em espaço livre
pois não podem ser colocados nos locais comuns
‰ Materiais perigosos (inflamáveis, ácidos,...)
‰ Segurança contra roubo de itens de valor
‰ Incompatibilidades (ex: manteiga e peixe em um mesmo ambiente
refrigerado)
63. Utilização do espaço
‰ Ênfase excessiva em utilização de espaço pode
levar à falta de acessibilidade aos materiais
‰ Corredores devem ser suficientemente largos e
locados de forma que cada face de uma prateleira
tenha acesso por corredores
‰ Corredores não deveriam ser posicionados ao
longo de paredes, a menos que estas tenham
portas
64. Boa solução (as
setas indicam
acesso às
unidades
armazenadas)
65. Modelos de armazenamento
‰ Armazenamento dedicado
‰ Armazenamento randômico
‰ Armazenamento dedicado baseado em
classes
‰ Armazenamento compartilhado