1. O documento discute a relação entre arte e espiritismo, abordando brevemente a história da arte, conceitos de arte, e como o espiritismo pode ser estudado à luz da arte.
2. É apresentada uma bibliografia relevante sobre o tema e citações que destacam a arte como forma de evolução espiritual e manifestação da beleza divina.
3. A arte é entendida como forma de co-criação com Deus através do uso do fluido cósmico, sendo a natureza a arte materializada de Deus.
2. Bibliografia
Livro Autor
A educação Segundo o espiritismo Dora Incontri
A Genese Allan Kardec
A história da Arte E.H. Gombrich
A Revista Espirita Allan Kardec
Arte Espiritismo Renato Zanola
Dançando com a alma Vários autores
Espiritismo Sec. XXI Zalmino Zimermann
Evolução em dois mundos André Luiz - Chico Xavier
Falando de Arte à luz do Espiritismo Therezinha Radetic
Mistérios da História da Música Edgar de Brito Chaves Jr.
Música para a evolução do espírito Gutemberg Paschoal
O Consolador Emmanuel - Chico Xavier
O espiritismo na arte Léon Denis
O Livro dos Espíritos Allan Kardec
O Livro dos Médiuns Allan Kardec
Sinfonias Inacabadas Rosemary Brown
Vinha de Luz Emmanuel - Chico Xavier
3. Sumário
1 Introdução
2 Breve História da Arte
3 Arte
4 Espiritismo e Arte
5 Estética
6 Porque estudar Arte a Luz do Espiritismo
7 Co-criação em Plano maior
8 Co-criação em Plano menor
9 Arte materializada de Deus
10 Tipos de Arte
11 A Arte na Espiritualidade
12 O processo da criação
13 A inspiração
14 O mecanismo da inspiração
15 A inspiração na ciencia
16 Terapeutica da Arte
17 Conclusão
4. Auta de Souza – Chico
Xavier
“Arte nobre, ativa e bela, venha de
crentes ou ateus, é sempre luz que revela
a providência de Deus.”
Cavalo, c.15.000-10.000 a. C.
5.
6. “De fato aquilo a que chamamos Arte não existe.
Existem apenas artistas. No passado, eram homens
que usavam terra colorida para esboçar silhuetas de
bisões em paredes de cavernas; hoje, alguns
compram suas tintas e criam cartazes para colar em
tapumes. Fizeram e fazem muitas outras coisas. Não
há mal em chamar todas essas atividades de arte,
desde que não nos esqueçamos de que esse termo
pode assumir significados muito distintos em
diferentes tempos e lugares, e que a Arte com A
maiúsculo não existe.”
A história da arte – E.
H. Gombrich
7. História da Arte
Achar uma linha mestra da história
da arte é muito difícil, mas
podemos entender que:
Os Egípcios ensinaram os Gregos;
Nós somos todos alunos dos
Gregos.
12. Arte
Arte em geral, é o meio, o processo adequado para a
execução de qualquer coisa.
Arte (do latim ars,significando técnica e/ou habilidade)
pode ser entendida como a atividade humana ligada
às manifestações de ordem estética ou comunicativa,
realizada por meio de uma grande variedade de
linguagens , tais como:
arquitetura, escultura, pintura, escrita, música, dança e
cinema, em suas variadas combinações. O processo
criativo se dá a partir da percepção com o intuito de
expressar emoções e ideias, objetivando um significado
único e estética diferente para cada obra.
16. Arte + Belo = Belas
Artes
Associado ao Belo, surgem nossas dificuldades
no entendimento do significado das “Belas-
Artes”. “Dizer o que é a primeira, é dizer o que
é o segundo, e isto representa um desafio que
ainda perdura, não obstante o esforço de
mentes reconhecidamente brilhantes
(Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, Kant,
Schelling, Hegel, Croce, etc.), que têm se
debruçado sobre o tema.”
Zalmino Zimmermann
17. O objetivo essencial da arte, já dissemos, é a
busca e a realização da beleza é, ao mesmo
tempo a busca de Deus, uma vez que Deus é a
fonte primeira e a realização perfeita da beleza
física e moral.
Quanto mais a inteligência se purifica, se
aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da
ideia do belo. O objetivo essencial da evolução
será, portanto, a busca e a conquista da beleza,
a fim de realizá-la no ser e em suas obras. Tal é
a regra da alma em sua ascensão infinita.
Leon Denis – O
Espiritismo na Arte
18. Estética (estudo da natureza
do belo e dos fundamentos
da arte ) – Dora Incontri
Entre a prática do Bem e a busca da Verdade, está o
anseio pelo Belo. Desenvolvimento moral, intelectual
e estético integram as necessidades evolutivas do
Espírito. O Amor, a Sabedoria e a Beleza são aspectos
inseparáveis da perfeição.
Para definirmos melhor uma proposta de Educação
estética, temos de desmitificar os conceitos de Arte e
artista: Arte não é apenas a produção específica de
poesia, pintura, música...e artistas não são apenas
alguns privilegiados que demonstram um talento
inato. Arte é uma forma de manifestação existencial
do Espírito. Assim foi Jesus.
20. Resposta de Paulo o Apostolo –
Questão 1009 do Livro dos Espíritos
“Gravitar para a unidade divina, eis o
fim da Humanidade. Para atingi-lo,
três coisas são necessárias: a Justiça, o
Amor e a Ciência.
...o objetivo da criação, que consiste
no culto harmonioso do belo, do bem,
idealizados pelo arquétipo humano,
pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.”
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21. Porque estudar a ARTE
a luz do Espiritismo?
O estudo do espiritismo em suas relações com a arte
encerra os mais amplos problemas do pensamento e
da vida. Ele nos mostra a ascensão do ser na escala
das existências e dos mundos em direção a uma
concepção sempre mais ampla e mais precisa das
regras de harmonia e de beleza, de acordo com as
quais todas as coisas são estabelecidas no universo.
Nessa magnifica ascensão, a inteligência cresce
pouco a pouco; os germes do bem e do belo nela
depositados desenvolvem-se, ao mesmo tempo em
que se amplia sua compreensão da lei da eterna
beleza. Léon Denis
22. Dora Incontri – A
educação estética
“Trata-se assim de compreender que o senti
do estético deve ser desenvolvido no Espírito,
como forma de manifestar o Bem e a
Verdade. Uma ação nobre ou uma grande
verdade jamais serão feias, bizarras ou
desarmônicas. Quando nos defrontamos com
alguma manifestação de perfeição – como a
natureza, por exemplo, que é a Arte
materializada de Deus – experimentamos a
sensação de bem-estar e enlevo, de que tudo
é harmônico, simples, compreensível e belo!”
23. Arte e Espiritismo
“A Arte compõe com a Ciência , a
Filosofia e a Religião o quadro de
conhecimentos que constituem o
atual Saber Humano.”
Zalmino Zimmermann
25. Leon Denis
Lembramos aqui que todo espírito que
emana de Deus não apenas possui
uma centelha da inteligência divina
como, ainda, goza de uma parcela do
poder criador, poder que ele é
chamado a manifestar cada vez mais
no decorrer de sua evolução, tanto em
suas encarnações planetárias quanto
na vida no espaço.
26.
27. Co-criação em Plano
maior
O fluido cósmico, também chamado fluido universal, é o
plasma divino. Nesse elemento primordial, vibram e vivem
constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no
oceano. Nessa substância original, ao influxo do próprio
Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele
agregadas em processo de comunhão indescritível,
extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com
que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de
Co-Criação em plano maior, de conformidade com os
desígnios do Pai Celeste, que faz deles agentes
orientadores da Criação Excelsa.
(Evolução em dois Mundos, Primeira Parte, cap. I, pp. 19 e
20.)
28. Co-criação em plano
menor
“Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam
conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente
circulação no Universo, para a Co-Criação em plano menor,
assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual
que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático
em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem
no mundo a Humanidade encarnada e a Humanidade
Desencarnada. ...Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na
essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a
energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos
para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas
leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-
nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos
realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.
29. Co-criação em plano
menor (cont.)
Compete-nos, pois, anotar que o fluído
cósmico ou plasma divino é a força em
que todos vivemos, nos ângulos variados
da Natureza, motivo pelo qual já se
afirmou, e com toda a razão, que “em
Deus nos movemos e existimos”.
(Evolução em dois Mundos, Primeira Parte,
cap. I, pp. 23.)
30. Vinha de Luz - BRILHE
VOSSA LUZ – Emmanuel –
Chico Xavier
“Meu amigo, no vasto caminho da
Terra, cada criatura procura o alimento
espiritual que lhe corresponde à
posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama
despojos, o homem busca emoções.
Mas ainda mesmo no terreno das
emoções, cada espírito exige tipos
especiais.” 3
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31. O Grande enigma – Leon
Denis
A contemplação permite enxergar o Cosmos
além das formas, indo a essência do seu
existir, do seu vir a ser até alcançar sua
substância primordial, a grande Lei e
finalmente Deus. No ato de contemplar o céu
estrelado, a montanha, a floresta, o mar, os
seres ou o homem, despertam sentimentos
elevados ligados ao Belo e uma convicção
intensa sobre a ordem cósmica ou Deus.
46. Tipos de Artes
Artes Visuais – pictóricas (pintura, desenho, gravura,
fotografia, mosaico), as artes plásticas (escultura, em
todas as suas formas), as artes construtivas (todos os
tipos de arquitetura) e as artes aplicadas, também
chamadas Artes menores (cerâmica, trabalhos em
têxteis, vidros, marfins, etc), que ainda podem ser
subdivididos em Artes utilitárias e artes decorativas;
Artes Cênicas – o teatro (dramaturgia), a dança
(coreografia), o cinema e a televisão;
Arte Musical - o ritmo, a melodia e a harmonia;
Artes fonéticas – canto, poesia e oratória
47. Arte e Deus
Todas as manifestações artísticas, música,
dança, teatro, poesia, escultura, pintura,
arquitetura, fotografia, podem e
devem estar a serviço da elevação para
Deus. Para tanto é preciso saber distinguir o
que são impulsos do subconsciente que se
utilizam da Arte para atiçar as forças psíquicas
primitivas aprisionando-nos mais ainda em
nosso passado evolutivo(matéria), daquilo
que é atração à Deus.
49. A arte na espiritualidade
No entanto, muitas coisas do plano
divino não podem ser transmitidas aos
homens. A arte, sob forma de
inspiração, faz parte desse todo
maravilhoso que compõe o Universo. É
o relâmpago, ou antes, é a centelha
que estabelece a relação entre Deus e
suas criaturas.
50. A arte na espiritualidade
(após a desencarnação)
O espírito não possui órgão visual, mas o pensamento
reúne todos os sentidos. Recebemos pela memória as
mais belas coisas que sensibilizaram nosso cérebro na
existência precedente. Se ele viveu em um meio
elevado, graças às diretrizes adquiridas, os quadros que
passarão em seu pensamento serão verdadeiramente
inspirados pelo culto do belo. O ser espiritual, em nome
do seu trabalho, será, em pouco tempo, transferido a um
meio fluídico suficientemente puro, livre de parcelas
materiais, e de lá poderá receber, pela lembrança, o
reflexo artístico de suas vidas anteriores. Por um simples
querer, tudo se concretizará com a ajuda dos fluidos
ambientes.
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53. O processo de criação
Os seres imateriais que flutuam nas regiões
fluídicas, infinitamente ricas e sutis, só as
alcançaram por uma longa e progressiva
evolução pela qual adquiriram conhecimentos
e aptidões suficientes para eles mesmos
poderem criar, no mundo onde vivem, entre
suas existências humanas.
54. O processo de criação
... após um apelo a Deus, seu pensamento
encontrará, por suas radiações, fluidos
suficientes para reconstituir todas as suas
obras. Se elas têm um caráter verdadeiro de
beleza, se a inspiração é pura, se o ideal é
elevado, os outros seres que rodeiam o artista
sentirão despertar em si mesmos um desejo
de imitação e, pouco a pouco, o véu material
sendo levantado, seu pensamento pessoal
será fecundado pelo do artista.
57. A inspiração
A arte bem compreendida é um poderoso meio
de elevação e de renovação. É a fonte dos
mais puros prazeres da alma; ela embeleza a
vida, sustenta e consola na provação e traça
para o espírito, antecipadamente, as rotas para
o céu. Quando a arte é sustentada, inspirada
por uma fé sincera, por um nobre ideal, é
sempre uma fonte fecunda de instrução, um
meio incomparável de civilização e de
aperfeiçoamento.
58. A inspiração
Porém, em nossos dias, muito
frequentemente ela é aviltada, desviada
do seu objetivo, escravizada por
mesquinhas teorias de escola e,
principalmente, considerada como um
meio de chegar à fortuna, às honras
terrestres. Emprega-se a arte para
adular as más paixões, para
superexcitar os sentidos, e assim faz-se
da arte um meio de aviltamento.
59. Dora Incontri – A educação
segundo o espiritismo
A força da massificação, a imposição das máquinas
comerciais, interessadas em vender e em explorar os
mais baixos instintos da maioria, cria uma espécie de
unanimidade um tanto forçada, que apenas os mais
corajosos conseguem afrontar. A criança, então, sem
defesa psíquica e cultural, sem saber que esta sendo
objeto de exploração “dinheirosa”, é levada de
roldão em novelas, filmes, músicas sem valor artístico
e extremamente prejudiciais à sua formação estética
e moral. (Contaminando sua alma com tudo o que é
baixo e feio, violento e patologicamente sensual).
60. A inspiração
O Espiritismo vem lhes oferecer os recursos
espirituais de que nossa época tem
necessidade para se regenerar. Ele nos faz
compreender que a vida, em sua plenitude, é
apenas a concepção e a realização da
beleza eterna.
Viver é sempre subir, sempre crescer, sempre
acrescentar em si o sentimento e a noção do
belo.
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61. Mozart – Carta a um amigo
– publicada em 1845
“Dizeis que gostaríeis de saber qual é minha maneira
de compor e qual é o meu método.
Verdadeiramente eu não posso vos dizer mais do que
o que vou falar, porque eu mesmo não sei nada a
respeito e não consigo me explicar. Quando estou
com boa disposição e completamente só, durante
meu passeio, os pensamentos musicais me vêm em
abundância. Não sei de onde vêm esses
pensamentos, nem como eles me chegam, minha
vontade não tem nenhum poder nisso.”
62. O mecanismo da inspiração
A inspiração tem duas formas:
1- pessoal;
2 -transmitida por espíritos elevados que
haurem a arte das fontes mais puras e
comunicam seus efeitos a um ser que os
emprega de forma ordenada por seus meios
próprios e naturais.
63. O mecanismo da
inspiração - Pessoal
...um ser que é capaz de experimentar esse
fenômeno já é evoluído; sua evolução se realizará
por etapas. Em cada uma das suas vidas, ele terá um
período mais marcante que outros, aquele em que o
trabalho foi mais obstinado e, por consequência,
mais produtivo; dele resultarão aquisições que se
acumularão no períspirito. Na existência seguinte,
essas aquisições voltarão a aparecer sob a forma de
um dom inato. Esse dom, para os que não são
iniciados, se denominará inspiração. Mas essa
inspiração não tem senão um caráter humano; em
geral ela é fria, não sendo animada pelas luzes
divinas.
64. O mecanismo da
inspiração – Transmitidas
pelos espíritos
Do espaço, os espíritos superiores pressentem a
pequena chama criada pela inspiração pessoal. Para
torná-la mais brilhante, pela prece, se Deus o permite,
esses guias irão buscar, nas esferas onde reinam
radiações maravilhosas, os elementos da vida
criadora que alimentarão essa pequena chama e
dela farão brotar centelhas de talento. Pode
acontecer que o corpo humano seja um pouco
perturbado por essas forças. Quando os átomos físicos
não podem resistir a esse influxo, produz-se uma
desordem no organismo. É o que explica os homens
de talento terem, algumas vezes, falta de equilíbrio.
65. Inspiração e Prece
A arte ideal é uma das formas da prece, seu
pensamento atrairá amigos invisíveis muito
elevados; a eles será fácil fazer realçar o brilho
da chama acesa anteriormente e, da alma do
artista, brotarão obras inspiradas pelo belo e
pelo divino.
66. A inspiração Nos
Tempos Modernos
..espíritos, que anteriormente trabalharam para a
evolução material impregnaram-se de positivismo e
aqui na Terra, na hora presente, sua inspiração, que
está classificada como inspiração pessoal,
encaminha-se para as coisas científicas. Mas o grupo
de artistas idealistas que fica no espaço busca iluminar
com uma luz divina esses seres que têm belas
qualidades, sob o ponto de vista do trabalho, e que
devem fazer surgir a centelha da ciência. Eis por que,
nesse momento, observais uma luta entre a ciência
pura e a procura dos destinos humanos, sua formação
e a do Cosmos.
68. Inspiração à ciência
Fatalmente, no ciclo que se prepara, vossos
sábios deverão aceitar e ensinar à humani
dade as novas forças que brotam continua
mente do espaço celeste. No dia em que
vossos cientistas descobrirem, pela intuição e
pela inspiração, a fonte das correntes que
animam o Universo, o ideal divino estará
pronto para reflorir sobre a vossa Terra e nós
poderemos afirmar, convosco, que a evolu
ção terrestre terá dado um grande passo.
69. O Senso Artistico
Assim, a arte entregou à vida do globo o sentido
profundo que lhe faltava. Por meio da arte, as
forças cegas da natureza penetraram em nós e
adquiriram como que um reflexo da nossa
consciência e dos nossos sentimentos. A alma
humana foi em direção às coisas e sua influência
lhes deu um modo mais intenso de vida e de
sensações; por intermédio dessa comunhão a
alma da Terra se elevou ao conhecimento de si
mesma, de seu papel e de seu grande destino.
70. Para produzir obras geniais capazes de elevar as
inteligências até os pontos mais altos do pensamento,
até o ideal de beleza perfeita, é preciso, inicialmente,
criar a si mesmo, edificar sua própria personalidade e
torná-la capaz de experimentar, de compreender os
esplendores da vida superior e a eterna harmonia do
mundo.
71. Terapêutica e Arte
A lei das vibrações harmônicas rege toda a
vida universal, todas as formas de arte, todas as
criações do pensamento. Ela introduz equilíbrio
e ritmo em todas as coisas. Ela influi até sobre a
saúde física por sua ação sobre os fluidos
humanos. Sabe-se que Saul, em suas crises
nervosas, mandava chamar Davi, que, com os
sons de sua harpa, acalmava a irritação do
monarca. Em todos os tempos, e ainda em
nossos dias, a arte musical foi aplicada à
terapêutica, e com resultados positivos.
72. O Períspirito e a
Sensibilidade Musical
Cada espírito, segundo o seu grau de evolução,
possui um aparelho vibratório, mais ou menos
perfeito, isto é, um instrumento adaptado ao seu
ser. Do ser material emanam raios fluídicos
pouco sutis, cujas vibrações são quase nulas; no
ser evoluído, ao contrário, o raio fluídico pode
se comparar a uma corda de um dos vossos
instrumentos, muito fina, muito sensível e cujas
vibrações são excessivamente agudas. O ser
não evoluído possuirá essa mesma corda, como
se ela estivesse mergulhada em argila.
73. Conclusões
A lei soberana, o supremo objetivo do
Universo é, por conseguinte, o belo. Todos os
problemas do ser e do destino se resumem
em poucas palavras. Cada vida deve ser a
consecução, a realização do belo, o
cumprimento da lei.
Toda a ascensão da vida em direção aos
fastígios eternos, todo o esplendor das leis
universais se resumem em três palavras:
beleza, sabedoria e amor!