Esse projeto foi criado na Escola Estadual Hilda Rocha Pinto na cidade de Cruzeiro - SP e desenvolvido pelos alunos Allan Ferreira, Pedro Resende e Lucas Pacheco no ano de 2013. Esse projeto tem como propósito a analise do romance Quincas Borba de Machado de Assis.
Todos os direitos reservados aos seus devidos autores.
2. Introdução
• Publicado pela primeira vez em livro em
1891, depois portanto de Memórias póstumas
de Brás Cubas (1881) e antes de Dom
Casmurro (1899)
• Quincas Borba é uma das obras mais
marcantes da fase realista de Machado de
Assis.
• Foi o marco inaugural do Realismo no Brasil
3. Tempo e Espaço
• A história inicia-se em
1867, em Barbacena, MG,
estendendo-se para o Rio
de Janeiro , a partir de
1870. O desfecho
dramático de Rubião volta
para Barbacena, alguns
anos depois.
4. Narrador
• O principal elemento da estrutura da
narrativa de Machado de Assis é o narrador.
• Quincas Borba é narrado na primeira e na
terceira pessoa.
• É onisciente e interfere na história, fazendo
comentários diretamente ao leitor.
5. Personagens
• Quincas Borba – filósofo, amigo de Brás
Cubas ( aparece no livro anterior)
• Quincas Borba – Cão, reprodução de seu
dono.
• Rubião – Ingênuo professor que será explorado
pelo casal Sofia e Cristiano
• Sofia – mulher manipuladora, que gosta de ser
admirada, possui “olhos de convite”.
• Cristiano Palha – Marido de Sofia, gosta de
expor a mulher aos olhos dos outros.
6. • Major Siqueira – representa com a filha o
desejo por conseguir ascensão social, que não
atingem.
• Tonica – filha major Siqueira, solteirona,
interessada em Rubião.
• D. Fernanda- mulher muito conceituada, da
alta sociedade, parente de D. Carlos Maria
• Carlos Maria – jovem da sociedade, casa-se
com Maria Benedita.
• Maria Benedita - prima de Sofia, do interior,
sente ciúmes da prima com Carlos Maria.
• Camacho – jornalista inescrupuloso, sócio de
Rubião no jornal Ataiala.
7. Enredo
• É a história de um professor mineiro, Rubião,
para quem o filósofo Quincas Borba deixa
todos os seus bens, com a condição de que o
herdeiro cuide de seu cachorro, também
chamado Quincas Borba.
• Quincas Borba é bajulado por Rubião, que
quase se havia tornado cunhado.
• Já louco, Quincas morre enquanto estava no
Rio de Janeiro.
8. • Trocando a vida tranqüila provinciana pela
agitação da corte, Rubião muda-se para o Rio
de Janeiro, após a morte de seu amigo.
• Leva consigo o cão, também chamado de
Quincas Borba.
• Durante a viagem de trem para o Rio de
Janeiro, Rubião conhece o casal Sofia e Palha,
que logo percebem estar diante de um rico e
ingênuo provinciano.
• Atraído pela amabilidade do casal e,
sobretudo, pela beleza de Sofia, Rubião passa
freqüentar a casa deles, confiando cegamente
no novo amigo.
9. • Palha, seu novo amigo, se destaca como um
esperto comerciante e administra a fortuna de
Rubião, tirando parte de seus lucros.
• Com o tempo, Rubião sente-se cada vez mais
atraído por Sofia, com seus “olhos de
convite”, que mantém com ele atitude
esquiva, encorajando-o e ao mesmo tempo
impondo uma certa distância.
10. • Por outro lado, a ingenuidade de Rubião
torna-o presa fácil de várias outras pessoas
interessadas e oportunistas, que se
aproximam dele para explorá-lo
financeiramente.
• Aos poucos, acompanhando a trajetória de
Rubião, percebe-se como funciona a
engrenagem social da época, como ocorre a
disputa entre as pessoas, as lutas pelo poder
político e pela ascensão econômica da época.
• O romance projeta um quadro também
bastante crítico das relações sociais da época
11. • Manipulado por Sofia, depois de algum
tempo, Rubião começa a manifestar
sintomas de loucura, a mesma loucura
que matou seu amigo, o filósofo Quincas
Borba, de quem herda a fortuna.
• Acaba sendo internado em um asilo por
D. Fernanda, mas foge e volta para
Barbacena.
12. • Chega na cidade delirando e
achando que era Napoleão
Bonaparte, na rua, pega
chuva e contrai a tuberculose
e morre.
• O cão Quincas Borba, é
encontrado morto três dias
depois.
• Louco e explorado até ficar
reduzido à miséria, o destino
trágico de Rubião exemplifica
a tese do Humanitismo.
• “Ao vencedor as batatas”
13. Cão Quincas Borba
• O cão é um elemento curioso na Obra.
• Pode-se dizer que o título refere-se a ele, num
mecanismo que engana o leitor – o livro não
é, na verdade, sobre o homem Quincas Borba.
14. Humanitismo
• Esse Principio de Quincas Borba:
“nunca há morte, há encontro de duas
expansões, ou expansão de duas
formas.”
Explicando de uma melhor maneira, ele criou
a frase: "Ao vencedor às Batatas!",
principio que marcou e que é o enfoque
principal do enredo.
15. • - "Supõe-se em um campo e duas tribos famintas.
As batatas apenas chegam para alimentar
somente uma das tribos, que assim adquire
forças para transpor a montanha e ir à outra
vertente, onde há batatas em abundância; mas se
as duas tribos dividirem em paz as batatas do
campo, não chegam a nutri-se suficientemente e
morrerão de inanição. A paz, neste caso, é a
destruição; a guerra, é a esperança. Uma das
tribos extermina a outra recolhe os despojos.
Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações.
Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações
não chegariam a dar-se. Ao vencido, o ódio ou
compaixão... Ao vencedor, as batatas !"
16. • Seguindo a trajetória do Humanitismo, a
filosofia inventada por Quincas Borba, de que
a vida é um campo de batalha onde só os mais
fortes sobrevivem.
• Os fracos e ingênuos, como Rubião, são
manipulados e aniquilados pelos mais fortes e
mais espertos, como Palha e Sofia, que no
final, estão vivos e ricos, tal como dizia a
teoria do Humanitismo.
17. Realismo
• Foi dividida na I Fase e na II Fase
• I Fase - Tendências indefinidas, com maior
acento romântico. Exemplos: Ressurreição e
Helena.
• II Fase - Realista, mas de um realismo
absolutamente singular, fora dos padrões
europeus. Exemplos: Quincas Borba
Memórias Póstumas de Brás Cubas
18. Característica do Realismo
• Objetivismo e impessoalidade
• Busca da verossimilhança
• Busca da perfeição formal
• Pessimismo
• Racionalismo
19. Detalhes
• Quincas Borba é um romance mais
tradicional e menos inovador.
• O titulo do livro faz com que pensamos que
Quincas Borba é o personagem principal, mas
na realidade é Rubião.
• Machado de Assis, faz o leitor a rir de início a
loucura de Rubião
20. • A trajetória de Rubião está ligada a sombra de
Quincas Borba.
• Quincas Borba, mesmo morto, está sempre
presente, do título ao cachorro .
• Narrador opina seu própria enredo (capítulo
117).
• O Narrador usa formas verbais expressivas:
“Rubião tratou de vir (e não de ir) ao Rio de
Janeiro.
(Capítulo 20)
21. • A loucura de Rubião é trabalhado com ironia
por Machado de Assis, que as vezes chama a
atenção.
• Machado de Assis faz crítica a sociedade,
mostrando a loucura de Rubião.
• Ao mesmo tempo se ri e vê a dor de Rubião
• Quando Rubião volta a Barbacena, sozinho,
pobre, louco e falido ele e ri e se desfaz por
completo.
22.
23. Conclusão
• Machado de Assis cria neste livro uma espécie
de parece-mas-não-é. Ele constrói uma
narrativa realista que mostra a loucura de
Rubião e enche de detalhes que demonstram
essa idéia, sendo maior deles a condição
realista da narrativa. É também considerada a
continuação de Memórias Póstumas de Brás
Cubas