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Prof. Dra. Adriana Cibele de Mesquita Dantas
                   UERGS – Bento Gonçalves
Introdução
 Os microorganismos sào pequenos demais a serem vistos
  a olho nu
 Para tanto, utiliza-se um microscópio
 Alguns microorganismos são mais visíveis que outros,
  devido ao tamanho ou a características mais facilmente
  observáveis
 Procedimentos de coloraçao na parede celular,
  membranas e outras estruturas
Unidades de medidas
  Unidades de microorganismos:


    micrometro (µm) = 0,000001m
    Micro indica dividida por 1 milhão (10-6)
    Nanômetro (nm) = 0,000000001 (10-9)
Anton van Leeuwenhoeck (1632 - 1723)

Ao segurar seu microscopio proximo a fonte de luz,
  conseguiu observar organismos vivos que eram
  muito pequenos a serem visto a olho nu
A amostra foi colocada na exremidade de um ponto
  ajustavel e visualizada do outro lado atraves de
  uma lente minuscula, quase esférica.
Maior ampliaçao possivel com esse microscopio foi
  de 300x
Louis Pasteur (1822 - 1895)

• Inexistência da geração espontânea

• Teoria microbiana das doenças

• Fermentação, decomposição de
  alimentos

• Pasteurização

• Descrição de bactérias associadas às doenças
  (Staphylococcus, Streptococcus)

• Vacina anti-rábica
Robert Koch (1843 - 1910)

•Estudo do antraz - Postulados de Koch

•Técnicas para obtenção de culturas puras

•Placas de Petri

•Técnicas de coloração

•Estudos com Mycobacterium tuberculosis

•Descrição de Vibrio cholerae,

Trypanosoma

•1905 - Prêmio Nobel de Medicina
Processamento dos espécimes

• Adequação da amostra - sítio de coleta, quantidade e
  qualidade
• Coleta - Sem contaminação
• Transporte - Acondicionamento, Identificação
• Inoculação em meios de cultura - Enriquecimento, Seletivos
  ou Diferenciais
• Isolamento do patógeno - Semeadura por esgotamento, com
  incubação a 35ºC, em aerobiose ou anaerobiose
• Exame inicial após 24 horas
• Análise macroscópica do crescimento
• Análise microscópica
• Caracterização do microrganismo - análises bioquímicas,
  sorológicas, moleculares
• Análise do perfil de resistência a antimicrobianos
Culturas puras
 Distribuição uniforme de bactérias é essencial para visualização
  das colônias
 Método mais comum; semeadura por esgotamento
 Com alça de inoculação estéril mergulhada na cultura mista,
  posteriormente cultivada em meio solido
 Isoladas com alça obtém-se culturas puras, contendo somente um
  tipo de bactérias.
Obtenção de culturas puras
 Origem de uma colonia visivel a partir de um único
  esporo, de uma celula vegetativa ou de um grupo de
  microorganismos em grumos ou cadeias
 Apresentam caracteristicas morfologicas diferentes,
  que permitem diferenciar as colonias
Incubação em condições de anaerobiose


            Com o contato com oxigênio pode
             causar morte das bactérias
             anaeróbicas
            Crescimento com meio cultivo
             especiais denominados meios
             redutores
            Tioglicolato de sódio, combina-se com
             o oxigênio do meio e elimina da
             cultura
Quantificar diretamente o crescimento
microbiano
 Determinar numero de células
   No. Cels/ml em meio liquido ou gr em material solido
 Determinar a massa total populacional
   Formulas matematicas, ex.:
   70 cels = 10-6 mL
   X cels = 1 mL
   Utiliza-se procedimentos de diluições
Contagem em placa
 Técnica mais utilizada na determinação da população
    bacteriana
   Somente as células viáveis são contadas
   Esperar 24 horas para células visíveis
   Somente em culturas puras, de uma única bactéria
   A contagem em placas são chamadas Unidades
    formadoras de colônias, unidades são os grumos ou
    cadeias das bactérias
Diluição em série
 10 mil bactérias / mL
 1 mL mostrará 10 mil colônias em placa – difícil de contar
 Transfere-se 1 mL para um tubo de 9 mL de caldo de
  cultura = 1000 bactérias / mL
 Transfere-se 1 mL = 100 bactérias / mL
 Transfere-se 1 mL – 10 bactérias
Metodo de pour plate
 Inoculo = 1,0 mL ou 0,1 mL da diluição bacteriana
  colocada diretamente na placa de petri
 Adiciona-se inoculo em placa sem meio e após o agar,
  mistura-se suavemente
 Crescimento das colônias na superfície como dentro
  do meio
Espalhamento na placa
 Adição de inoculo em placa 0,1 mL contendo meio
  solido
 Espalhamento por uma alça
 Crescimento na superfície do meio
Contagem direta no microscópio
 Volume conhecido de suspensào é delimitada em uma
  área definida em um lâmina ‘Petroff-Hausser’
 Contadores eletronicos de celulas = contadores
  Coulter
Análise microscópica

Coloração de Gram
Coloração álcool-ácido resistente

   Se liga apenas a bactérias que possuem material céreo em suas
    paredes .
   Identificação do gênero Mycobacterium:
    M. tuberculosis, M. leprae e linhagens patogênicas de Nocardia.
   O corante carbolfucsina é aplicado aum esfregaço fixado e a
    lâmina é aquecida por vários minutos
   A seguir a lâmina es esfriada, secada e lavada com água.
   O esfregaço é tratado com o descolorante álcool –ácido (remove o
    colorante vermelho das bactérias que nâo são álcool-ácido (al-ác)
    resistêntes.
   Os microorganismos al-ác resistêntes retêm a cor vermelha pois a
    carbolfucsina é mais solúvel nos lipídeos da parede celular que no
    al-ác.
Coloração de Ziehl-Nielsen
Outras técnicas de coloração: Coloração Negativa
(presença de cápsula), coloração de flagelos, coloração de endósporos.


  Coloração Negativa: Permite demonstrar a presencia de
             Negativa
    cápsula (revestimento gelatinoso). Mistura-se as bactérias
    com tinta nanquim ou nigrosina para criar um fundo escuro
    e cora-se as bactérias com coloração simples com safranina.
  Coloração de Endósporos (Técnica de Schaeffer-Fulton):
    Utiliza-se verde malaquita para a coloração primaria.
 A safranina utiliza-se como contracorante para corar as poções
    da cálula que não os endósporos.
Outras técnicas de coloração: Coloração Negativa
(presença de cápsula), coloração de flagelos.



Colorante: Nigrosina




                           Colorante:
                           Carbolfucsina:Aumentar
                           diâmetro dos falgelos.
Difusão em ágar –
Método de Kirby &
Bauer
Microdiluições: Em placas Elisa
“ELISA” (do inglês “Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay)
 Se baseia reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações
    enzimáticas.
   A enzima mais comumente utilizada nestas provas é a peroxidase, que
    catalisa a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2 ) em
    H2O mais O2 .
   Existem vários modelos de testes de ELISA;
   Forma mais simples, chamada ELISA indireto, um antígeno aderido a
    um suporte sólido (placa de ELISA) é preparado; a seguir coloca-se
    sobre este os soros em teste ( ex. soro humano), na busca de
    anticorpos contra o antígeno.
   Se houver anticorpos no soro em teste ocorrerá a formação da ligação
    antígeno-anticorpo, que posteriormente é detectada pela adição de
    um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobulinas da espécie
    onde se busca detectar os anticorpos (humana, no caso), a qual é
    ligada à peroxidase.
 Outro método é o chamado ELISA de bloqueio ou competição, em que
  apresença de anticorpos em determinado soro é revelada pela
  competição com um anticorpo específico (mono ou policlonal) dirigido
  contra o antígeno.
 Igualmente, o resultado é dado pela adição de um conjugado, porém a
  coloração aparecerá nos orifícios onde não havia anticorpos.
Ensaio Imunoadsorvente
             Ligado à Enzima - ELISA

 O teste identifica e quantifica Ag ou Ac, utilizando um dos dois
  conjugados com enzimas.

                   Fosfatase alcalina
                      Peroxidase
                    B-galactosidase
 O produto final corado surge por ação da enzima que converte um
  substrato incolor em um produto colorido (ou o substrato
  alterado pela enzima induz mudança de cor de uma substância
  indicadora).
 A quantidade de Ag ou Ac         produto final corado, através de
  leitura em fotocolorímetro.
 Principais tipos de ELISA: indireto, sanduíche, competição e
  captura.
TIPOS DE ELISA: Direto e Indireto




    INDIRETO   DIRETO OU          PLACA
               SANDUÍCHE        UTILIZADA
ELISA Indireto




ELISA Direto ou Sanduíche
ELISA Competitivo




 Aplicações do ELISA:
    Testes de rotina em Laboratórios Clínicos e de Pesquisa

 Vantagens:
 Teste de alta sensibilidade
 Permite quantificar Ag ou Ac das amostras
 Seguros e de baixo custo
AFINIDADE DE INTERAÇÃO
   • Força da interação entre um único epitopo
   antigênico e um único sítio de combinação com
                     o antígeno
       Alta afinidade           Baixa Afinidade


               Ab                     Ab




               Ag                     Ag

     Afinidade = Forças de atração e de repulsão

                    KA
[Ag] + [Ac ]    ⇔ [Ag-Ac]          KA= Constante
KA= [Ag-Ac] ÷ ([Ag] + [Ac])        intrínseca de associação
Reatividade Cruzada
 • Quando os antígenos são estruturalmente
relacionados podendo ocorrer a reatividade de
  um anticorpo com outro epitopo antigênico.


                        Reações Cruzadas

Anti-A            Anti-A              Anti-A
 Ab                Ab                  Ab



 Ag A              Ag B                Ag C
                  Epitopo
                compartilhado
                                   Epitopo similar
FORÇAS QUE ATUAM NAS INTERAÇÕES
     ANTÍGENO/ANTICORPO




                     Moléculas que apresentam grupos
                     laterais iônicos de cargas opostas
                     que se atraem fortalecendo a
                     interação Ag-Ac.
                      Forças fracas que ocorrem
                      devido     à    proximidade
                      física entre as moléculas.

                     A mais fraca das ligações.
                     Ocorrem entre o núcleo de um
                     átomo e a nuvem de elétrons de
                     outro formando dipolos que se
                     atraem.
                       Atua em moléculas não
                       polares   facilitando    a
                       aproximação, os choques
                       moleculares e as ligações.
Avidez
• São as forças totais de interação entre um
          antígeno com o anticorpo




Keq =     104          106           1010
        Afinidade     Avidez        Avidez
RESPOSTA DE ANTICORPOS
 Especificidade
Habilidade do Ac distinguir seu imunógeno de outros Ag.
 Quantidade
N° de células B x taxa de síntese do Ac x persistência após sua
produção.
 Isotipo
Determina a persistência (meia vida in vivo diferente).
A composição determina a função dos Ac e os locais onde são
encontrados.
 Afinidade
Força de ligação do Ag com o Ac, em um único sítio. Quanto maior a
afinidade entre Ac e Ag, menos Ac será necessário.
 Avidez: força total de ligação, nos dois sítios.
INTERAÇÕES
   Reações reversíveis.
            reversíveis

 Ligações não covalentes:
-Pontes de hidrogênio
-Interações hidrofóbicas
-Interações de Van der Waals
-Ligações iônicas
MÉTODOS

 1) Reagentes não marcados
    • Reação de precipitação
    • Reação de aglutinação


 2)       Reagentes marcados
      •   RIA
      •   ELISA
      •   Imunofluorescência
      •   Western Blotting
MÉTODOS
                                             APLICAÇÕES
 PRECIPITAÇÃO
- Imunodifusão dupla
- Imunodifusão radial
                                             - Pesquisa
- Imunoeletroforese                          - Diagnóstico
 AGLUTINAÇÃO                                -
- Aglutinação direta e indireta              Soroepidemiologi
- Inibição da aglutinação                    a
- Teste de Coombs
 IMUNOENSAIOS
- RIA
- ELISA
- Imunofluorescência e Citometria de Fluxo
- Western Blotting
PRECIPITAÇÃO X AGLUTINAÇÃO
 Precipitação:
Formação de complexos Ag/Ac.

 Aglutinação:
É o agrupamento de partículas, usualmente por moléculas de Ac
que se ligam a Ag na superfície de partículas adjacentes.

 As reações de precipitação e de aglutinação decorrem,
respectivamente da ligação entre o Ac e Ag        solúvel e
particulado.
REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
   Interação entre Ac e Ag solúvel
   Ac precisa ser bivalente
   Ag precisa ser bi ou polivalente
   A reação pode ser afetada pelo n° de sítios de ligação que
    cada Ac possui para seu Ag       VALÊNCIA




                                             PRECIPITAD
                                             O
É importante levar-se em conta como
  ocorre a ligação Ag-Ac em diferentes
  concentrações dos mesmos. Observe
                 abaixo:

Anticorpo livre      +                 -                -
Antígeno livre       -                 -                +

  100%--
  Percentual
  de

  complexo
     imune

  precipitado     Zona de excesso   Zona de        Zona de excesso
                   de anticorpo   equivalência       de antígeno

                                    Quantidade de antígeno adicionado
TÉCNICAS DE PRECIPITAÇÃO EM GEL
              IMUNODIFUSÃO
    Imunodifusão Dupla:

 • Coloca-se agarose sobre uma lâmina:




 • Faz-se em seguida, pequenos orifícios no gel e são
 adicionadas as soluções testes de Ag e Ac, como por
 exemplo, é mostrado abaixo:



                         Ac
IMUNODIFUSÃO DUPLA
 As soluções sofrem difusão e, quando o Ag e o Ac se encontram em
  zona de equivalência, se observa a reação pela formação de uma
  linha de precipitação:
 Pode ser visualizada pós lavagem do gel , para remoção das
  proteínas solúveis, por coloração dos arcos de precipitação com
  corante
                                              Utilização: muito usada
                                              em pesquisa e
                                              diagnóstico de algumas
                              Ag   Ag         doenças, como
                                              cisticercose
                                Ac


            Ag   Ag                               Ag   Ag

              Ac                                     Ac


                                                                        46
IMUNODIFUSÃO RADIAL
 Permite    a quantificação do
  antígeno ou do anticorpo.
 O processo continua até ser
  atingida a zona de equivalência,
  com os complexos precipitando-
  se em um anel (halo) em torno
  do orifício.


  Utilização: dosagem                 Poços onde são
  de IgG, IgA e IgM e                   colocados
  proteínas séricas.                     padrões e
                                        amostras a
       Agarose                        serem dosados
       contendo
       anticorpos                    Halo de anti-IgG
                                      IgG – precipitação
       anti-IgG
       humana
IMUNOELETROFORESE
 Pode-se fazer comparação de misturas complexas de Ag que são separados em
  gel de agarose, pela aplicação de uma corrente elétrica.
 As moléculas migram para o pólo negativo, distribuindo-se no gel de acordo
  com os seus PM e cargas elétricas.
 Uma canaleta é recortada entre os poços e preenchida com Ac, que se difunde.
 Ag e Ac formam arcos de precipitação.



          1- Separação de antígenos                                  2- Anti-soro na coluna
                                                                                     canaleta

               Ag
                                                              canaleta
 +                                         -
               Ag


                                      3- Difusão e precipitação




                                                                                                48
REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO
 Ac + Ag multivalente particulado
 Título: maior diluição que ainda causa aglutinação (semi-
  quantitativo)
 Pó-zona: excesso de Ac
 Potencial Zeta: alguns Ag podem apresentar carga elétrica
  (repulsão)
 Agregação visível de
partículas = Eritrócitos,
bactérias, fungos e látex
AGLUTINAÇÃO DIRETA
Células ou partículas insolúveis       +     Ac   = Aglutinação

    Exemplo: tipagem sanguínea em lâminas (sistema
    ABO)
        1) Amostra de sangue na placa teste:




        2) Reagente (anticorpo anti A, B):




                                                                  50
AGLUTINAÇÃO DIRETA
  4) Mistura-se:




  3) Controle negativo:




                          51
AGLUTINAÇÃO DIRETA

5) Leitura do resultado:




   negativo                positivo




  Um resultado positivo é indicado por uma
  aglutinação visível (aglomeração dos eritrócitos na
  placa teste), como ilustrado acima.



                                                 52
AGLUTINAÇÃO INDIRETA (PASSIVA)
Ag solúveis associados a outras superfícies
(Partículas de látex ou superfície de hemácias)

Exemplo: Hemaglutinação Passiva para a
Doença de Chagas:
• As hemácias são revestidas com Ag do T. cruzi
(ligação covalente) e então distribuídas nos poços
da placa.

• O soro teste e os controles positivos e negativos,
devidamente diluídos, são adicionados aos poços
 da referida placa.

• Se houver Ac específico contra o Ag, as
hemácias se aglutinam e formam uma camada
no fundo do poço. Quando não existe Ac específico,
as células formam um botão no Aglutinação
                              fundo do poço.
                              Positiva


                                Negativa
INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO
Exemplo: presença de hCG na urina (gravidez)

          +                                              Resultado
  Urina                                                  negativo:
            Soro anti - hCG
                                                         (ausência de hCG
                                           Partículas
                       Adicionam-se                      na urina).
                                        revestidas com
                                             hCG         Ocorre aglutinação,
   São incubados
   e    colocados
                                                         pois os anticorpos
   numa placa                                            anti-hCG não são
                                                         bloqueados na
                                                         incubação inicial,
                                                         porque não havia o
 Resultado positivo:
                                                         hormônio na urina.
 (presença de hCG
 na urina): não ocorre                                    Livres, podem
 aglutinação.                                            aglutinar as
                                                         partículas
   Ac se ligaram no hCG da urina,                        revestidas de hCG.
   (ficando bloqueados), na incubação inicial

                                                                           55
IMUNOENSAIOS
 Reagentes marcados (enzimas, fluorocromos,
  isótopos)
 Tipos:
- RIA
- ELISA
- IFA / CITOMETRIA DE FLUXO
- WESTERN BLOTTING
IMUNOFLUORESCÊNCIA (IFA)
 Princípio da técnica:

  Anticorpos ou antígenos são conjugados (ligados de modo covalente) a uma
    substância (fluorocromo), que, quando excitada por radiações UV, emite
   luz no espectro visível.
  Assim, como a ligação Ag-Ac é específica, um anticorpo conjugado pode
    ser usado para detectar um determinado antígeno e vice-versa.
  A reação é feita em lâminas de microscopia (um pouco mais finas que as
   comuns) e a observação tem lugar num microcópio com luz UV
   (microscópio de fluorescência).
  Principais fluorocromos: fluoresceína (isotiocianato de fluoresceína – FITC)
   e rodamina (isotiocianato de tetrametil rodamina – TRICT). Tipos: direta,
   indireta ou saduíche.
Microscópio de fluorescência com epiluminação




                              fluorescência emitida
       luz UV atinge o ma-    chega ao observador
       terial examinado
TIPOS DE IMUNOFLUORESCÊNCIA
APLICAÇÃO DA TÉCNICA
IFA direta:
 Detecção direta de microrganismos em secreções, na urina, nas fezes, em
  cortes de tecidos etc. Também é utilizada na fenotipagem de células tumorais.

IFA indireta:
 Diagnóstico sorológico de várias doenças infecciosas como a Doença de
  Chagas, a SIDA/AIDS, as hepatites e complexos em doenças auto-imunes.

 É uma técnica onde se consegue alta sensibilidade (fluorescência é mais
 intensa) e especificidade.
IMAGENS
CITOMETRIA DE FLUXO
 Ferramenta que detecta e quantifica células individuais passando em
  uma corrente através de um feixe de Laser.
 Separa as células por fluorescência ativada.
 Cada anticorpo pode ser marcado com um fluorocromo diferente.
 É um teste qualitativo e quantitativo.


APLICAÇÕES
 Tipo de linfócitos;
 Quantidade, tamanho, granulosidade;
 Isolamento de populações celulares;
 HIV
RADIOIMUNOENSAIO - RIA
 Marcações:
    I125: emite raios gama

    H3: raios beta

 Reprodutibilidade, especificidade e sensibilidade (em torno de
  10-12g)
 Desvantagem a manipulação de isótopo radioativo.
 Aplicações:

    Triagem vírus da hepatite B em doadores de sangue,
       Hormônios,
 proteínas séricas, drogas, vitaminas e Ac. Pesquisa
Metodologias que utilizam reagentes
          não marcados:
•Precipitação
•Aglutinação
•Hemólise (Fixação de Complemento)



Metodologias que utilizam reagentes
            marcados
•Radioimunoensaios
•ELISA
•Imunofluorescência
•Western Blotting
•Citometria de Fluxo
Zona de equivalência: Ag-Ac
           se   ligam   equimolarmente
           formando uma rede estável.
           Excesso de antígeno: Os
           complexos       podem       ser
           dissolvidos quando há excesso
           de Ag pois o Ac fica livre para
           se ligar a novos Ag adicionados
           diminuindo a formação de
           complexos insolúveis.
           Excesso       de    Ac:   Ocorre
           redução de imunocomplexos
           pois todo o Ag está precipitado
           e fica Ac livre no sobrenadante.




Pró-Zona
Imunodifusão radial (Mancini)

                           Ac no gel
   • Método
     – Anticorpo no gel                Ag    Ag   Ag      Ag
     – Antígeno no poço

   Interpretação
     Diâmetro do anel é

                           Diameter2
      proporcional à
      concentração do Ag
   Quantitativo
     Níveis de Ig

                                            Ag Concentração
Imunoeletroforese/Precipitação
• Método
     – Antígenos são separados por eletroforese
     – Anticorpo é colocado num corte no ágar

 +                         -
      Ag                              Ag


                                              Ab



                      Ag


                               Ab



• Interpretação
     – Arco de precipitina representa a interação Ag-AC
Imunoeletroforese/Precipi
         tação
WESTERN BLOTTING
 Eletroforese de
  proteínas.
 Identifica
  antígenos ou
  anticorpos.
WESTERN BLOTTING
WESTERN BLOTTING
Caracterização sorológica
Atividades
desempenhadas
pelo Microbiologista
Clínico
Processamento dos espécimes
Adequação da amostra - sítio de coleta, quantidade e qualidade
Coleta - Sem contaminação
Transporte - Acondicionamento, Identificação
Inoculação em meios de cultura - Enriquecimento, Seletivos ou
   Diferenciais
Isolamento do patógeno - Semeadura por esgotamento, com
   incubação a 35ºC, em aerobiose ou anaerobiose
Exame inicial após 24 horas
Análise macroscópica do crescimento
Análise microscópica
Caracterização do microrganismo - análises bioquímicas,
   sorológicas, moleculares
Análise do perfil de resistência a antimicrobianos
Semeadura por esgotamento




Meios ricos, seletivos, diferenciais
Incubação em condições de anaerobiose
Análise macroscópica do crescimento
Análise microscópica

Coloração de Gram
Coloração de Ziehl-Nielsen
Outras técnicas de coloração
Caracterização bioquímica
Caracterização bioquímica
Difusão em ágar -
Kirby & Bauer
Macrodiluições
Microdiluições
ELISA
Western blot
Análises moleculares
                         PCR
     Geometric
    Amplification
       20
       ↓
          1st
                 cycle


       21
          2      cycle
       ↓
            nd




       22
       ↓ n  th
                 cycle

       ↓
       2n
ELISA
Western blot
Análises moleculares
                       PCR
    Geometric
   Amplification
      20
      ↓ 1      cycle
          st



      21
      ↓ 2      cycle
          nd



      22
      ↓ n th
               cycle
      ↓
      2n
Enxergando os microrganismos:
Microscópio
    Ampliação: jogo de lentes, campo magnético

    Resolução: depende do comprimento de onda utilizado
     para enxergar

                          Há dois tipos:
      Óptico:
           Fase, campo escuro, fluorescência
           Jogo de lentes (20-2000x)
           Luz visível (300-700nm)

      Eletrônico:
           Transmissão, varredura
           Campo magnético (até 40000x)
           Feixe de elétrons
Figura microscópio
Figura resolução
                   www.bmb.psu.edu/courses/ micro107/microscopy/
Esterilização de meios e equipamentos


 Escolha entre esterilizar (morte de microrganismos vegetativos e esporos)
     UV
     Vapor úmido (mínimo 20 minutos – 120 °C )
     Vapor seco (acima de 150 °C )
     O aumento da temperatura e do tempo aumenta a perda de nutrientes (vitaminas)
     Melhor aumentar a temperatura e diminuir o tempo (UHT)


 Pasteurização (morte de patogênicos)
     62 °C em 30 minutos, resfriamento brando


 Tindalização (70-100 °C ) 1 h, após 24 h repete
 Desinfecção (desinfetantes, antissépticos)
 Agentes quimioterápicos (Sulfa, Cloranfenicol, antibióticos)
 Filtro de lã de vidro

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Microorganismos 40

  • 1. Prof. Dra. Adriana Cibele de Mesquita Dantas UERGS – Bento Gonçalves
  • 2. Introdução  Os microorganismos sào pequenos demais a serem vistos a olho nu  Para tanto, utiliza-se um microscópio  Alguns microorganismos são mais visíveis que outros, devido ao tamanho ou a características mais facilmente observáveis  Procedimentos de coloraçao na parede celular, membranas e outras estruturas
  • 3. Unidades de medidas  Unidades de microorganismos:  micrometro (µm) = 0,000001m  Micro indica dividida por 1 milhão (10-6)  Nanômetro (nm) = 0,000000001 (10-9)
  • 4. Anton van Leeuwenhoeck (1632 - 1723) Ao segurar seu microscopio proximo a fonte de luz, conseguiu observar organismos vivos que eram muito pequenos a serem visto a olho nu A amostra foi colocada na exremidade de um ponto ajustavel e visualizada do outro lado atraves de uma lente minuscula, quase esférica. Maior ampliaçao possivel com esse microscopio foi de 300x
  • 5.
  • 6. Louis Pasteur (1822 - 1895) • Inexistência da geração espontânea • Teoria microbiana das doenças • Fermentação, decomposição de alimentos • Pasteurização • Descrição de bactérias associadas às doenças (Staphylococcus, Streptococcus) • Vacina anti-rábica
  • 7. Robert Koch (1843 - 1910) •Estudo do antraz - Postulados de Koch •Técnicas para obtenção de culturas puras •Placas de Petri •Técnicas de coloração •Estudos com Mycobacterium tuberculosis •Descrição de Vibrio cholerae, Trypanosoma •1905 - Prêmio Nobel de Medicina
  • 8. Processamento dos espécimes • Adequação da amostra - sítio de coleta, quantidade e qualidade • Coleta - Sem contaminação • Transporte - Acondicionamento, Identificação • Inoculação em meios de cultura - Enriquecimento, Seletivos ou Diferenciais • Isolamento do patógeno - Semeadura por esgotamento, com incubação a 35ºC, em aerobiose ou anaerobiose • Exame inicial após 24 horas • Análise macroscópica do crescimento • Análise microscópica • Caracterização do microrganismo - análises bioquímicas, sorológicas, moleculares • Análise do perfil de resistência a antimicrobianos
  • 9. Culturas puras  Distribuição uniforme de bactérias é essencial para visualização das colônias  Método mais comum; semeadura por esgotamento  Com alça de inoculação estéril mergulhada na cultura mista, posteriormente cultivada em meio solido  Isoladas com alça obtém-se culturas puras, contendo somente um tipo de bactérias.
  • 10.
  • 11. Obtenção de culturas puras  Origem de uma colonia visivel a partir de um único esporo, de uma celula vegetativa ou de um grupo de microorganismos em grumos ou cadeias  Apresentam caracteristicas morfologicas diferentes, que permitem diferenciar as colonias
  • 12. Incubação em condições de anaerobiose  Com o contato com oxigênio pode causar morte das bactérias anaeróbicas  Crescimento com meio cultivo especiais denominados meios redutores  Tioglicolato de sódio, combina-se com o oxigênio do meio e elimina da cultura
  • 13. Quantificar diretamente o crescimento microbiano  Determinar numero de células  No. Cels/ml em meio liquido ou gr em material solido  Determinar a massa total populacional  Formulas matematicas, ex.:  70 cels = 10-6 mL  X cels = 1 mL  Utiliza-se procedimentos de diluições
  • 14. Contagem em placa  Técnica mais utilizada na determinação da população bacteriana  Somente as células viáveis são contadas  Esperar 24 horas para células visíveis  Somente em culturas puras, de uma única bactéria  A contagem em placas são chamadas Unidades formadoras de colônias, unidades são os grumos ou cadeias das bactérias
  • 15. Diluição em série  10 mil bactérias / mL  1 mL mostrará 10 mil colônias em placa – difícil de contar  Transfere-se 1 mL para um tubo de 9 mL de caldo de cultura = 1000 bactérias / mL  Transfere-se 1 mL = 100 bactérias / mL  Transfere-se 1 mL – 10 bactérias
  • 16. Metodo de pour plate  Inoculo = 1,0 mL ou 0,1 mL da diluição bacteriana colocada diretamente na placa de petri  Adiciona-se inoculo em placa sem meio e após o agar, mistura-se suavemente  Crescimento das colônias na superfície como dentro do meio
  • 17. Espalhamento na placa  Adição de inoculo em placa 0,1 mL contendo meio solido  Espalhamento por uma alça  Crescimento na superfície do meio
  • 18. Contagem direta no microscópio  Volume conhecido de suspensào é delimitada em uma área definida em um lâmina ‘Petroff-Hausser’  Contadores eletronicos de celulas = contadores Coulter
  • 20. Coloração álcool-ácido resistente  Se liga apenas a bactérias que possuem material céreo em suas paredes .  Identificação do gênero Mycobacterium: M. tuberculosis, M. leprae e linhagens patogênicas de Nocardia.  O corante carbolfucsina é aplicado aum esfregaço fixado e a lâmina é aquecida por vários minutos  A seguir a lâmina es esfriada, secada e lavada com água.  O esfregaço é tratado com o descolorante álcool –ácido (remove o colorante vermelho das bactérias que nâo são álcool-ácido (al-ác) resistêntes.  Os microorganismos al-ác resistêntes retêm a cor vermelha pois a carbolfucsina é mais solúvel nos lipídeos da parede celular que no al-ác.
  • 22. Outras técnicas de coloração: Coloração Negativa (presença de cápsula), coloração de flagelos, coloração de endósporos.  Coloração Negativa: Permite demonstrar a presencia de Negativa cápsula (revestimento gelatinoso). Mistura-se as bactérias com tinta nanquim ou nigrosina para criar um fundo escuro e cora-se as bactérias com coloração simples com safranina.  Coloração de Endósporos (Técnica de Schaeffer-Fulton): Utiliza-se verde malaquita para a coloração primaria. A safranina utiliza-se como contracorante para corar as poções da cálula que não os endósporos.
  • 23. Outras técnicas de coloração: Coloração Negativa (presença de cápsula), coloração de flagelos. Colorante: Nigrosina Colorante: Carbolfucsina:Aumentar diâmetro dos falgelos.
  • 24. Difusão em ágar – Método de Kirby & Bauer
  • 26. “ELISA” (do inglês “Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay)  Se baseia reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas.  A enzima mais comumente utilizada nestas provas é a peroxidase, que catalisa a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2 ) em H2O mais O2 .  Existem vários modelos de testes de ELISA;  Forma mais simples, chamada ELISA indireto, um antígeno aderido a um suporte sólido (placa de ELISA) é preparado; a seguir coloca-se sobre este os soros em teste ( ex. soro humano), na busca de anticorpos contra o antígeno.  Se houver anticorpos no soro em teste ocorrerá a formação da ligação antígeno-anticorpo, que posteriormente é detectada pela adição de um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobulinas da espécie onde se busca detectar os anticorpos (humana, no caso), a qual é ligada à peroxidase.
  • 27.  Outro método é o chamado ELISA de bloqueio ou competição, em que apresença de anticorpos em determinado soro é revelada pela competição com um anticorpo específico (mono ou policlonal) dirigido contra o antígeno.  Igualmente, o resultado é dado pela adição de um conjugado, porém a coloração aparecerá nos orifícios onde não havia anticorpos.
  • 28. Ensaio Imunoadsorvente Ligado à Enzima - ELISA  O teste identifica e quantifica Ag ou Ac, utilizando um dos dois conjugados com enzimas. Fosfatase alcalina Peroxidase B-galactosidase  O produto final corado surge por ação da enzima que converte um substrato incolor em um produto colorido (ou o substrato alterado pela enzima induz mudança de cor de uma substância indicadora).  A quantidade de Ag ou Ac produto final corado, através de leitura em fotocolorímetro.  Principais tipos de ELISA: indireto, sanduíche, competição e captura.
  • 29. TIPOS DE ELISA: Direto e Indireto INDIRETO DIRETO OU PLACA SANDUÍCHE UTILIZADA
  • 31. ELISA Competitivo  Aplicações do ELISA:  Testes de rotina em Laboratórios Clínicos e de Pesquisa  Vantagens:  Teste de alta sensibilidade  Permite quantificar Ag ou Ac das amostras  Seguros e de baixo custo
  • 32.
  • 33.
  • 34. AFINIDADE DE INTERAÇÃO • Força da interação entre um único epitopo antigênico e um único sítio de combinação com o antígeno Alta afinidade Baixa Afinidade Ab Ab Ag Ag Afinidade = Forças de atração e de repulsão KA [Ag] + [Ac ] ⇔ [Ag-Ac] KA= Constante KA= [Ag-Ac] ÷ ([Ag] + [Ac]) intrínseca de associação
  • 35. Reatividade Cruzada • Quando os antígenos são estruturalmente relacionados podendo ocorrer a reatividade de um anticorpo com outro epitopo antigênico. Reações Cruzadas Anti-A Anti-A Anti-A Ab Ab Ab Ag A Ag B Ag C Epitopo compartilhado Epitopo similar
  • 36. FORÇAS QUE ATUAM NAS INTERAÇÕES ANTÍGENO/ANTICORPO Moléculas que apresentam grupos laterais iônicos de cargas opostas que se atraem fortalecendo a interação Ag-Ac. Forças fracas que ocorrem devido à proximidade física entre as moléculas. A mais fraca das ligações. Ocorrem entre o núcleo de um átomo e a nuvem de elétrons de outro formando dipolos que se atraem. Atua em moléculas não polares facilitando a aproximação, os choques moleculares e as ligações.
  • 37. Avidez • São as forças totais de interação entre um antígeno com o anticorpo Keq = 104 106 1010 Afinidade Avidez Avidez
  • 38. RESPOSTA DE ANTICORPOS  Especificidade Habilidade do Ac distinguir seu imunógeno de outros Ag.  Quantidade N° de células B x taxa de síntese do Ac x persistência após sua produção.  Isotipo Determina a persistência (meia vida in vivo diferente). A composição determina a função dos Ac e os locais onde são encontrados.  Afinidade Força de ligação do Ag com o Ac, em um único sítio. Quanto maior a afinidade entre Ac e Ag, menos Ac será necessário.  Avidez: força total de ligação, nos dois sítios.
  • 39. INTERAÇÕES  Reações reversíveis. reversíveis  Ligações não covalentes: -Pontes de hidrogênio -Interações hidrofóbicas -Interações de Van der Waals -Ligações iônicas
  • 40. MÉTODOS 1) Reagentes não marcados • Reação de precipitação • Reação de aglutinação 2) Reagentes marcados • RIA • ELISA • Imunofluorescência • Western Blotting
  • 41. MÉTODOS APLICAÇÕES  PRECIPITAÇÃO - Imunodifusão dupla - Imunodifusão radial - Pesquisa - Imunoeletroforese - Diagnóstico  AGLUTINAÇÃO - - Aglutinação direta e indireta Soroepidemiologi - Inibição da aglutinação a - Teste de Coombs  IMUNOENSAIOS - RIA - ELISA - Imunofluorescência e Citometria de Fluxo - Western Blotting
  • 42. PRECIPITAÇÃO X AGLUTINAÇÃO  Precipitação: Formação de complexos Ag/Ac.  Aglutinação: É o agrupamento de partículas, usualmente por moléculas de Ac que se ligam a Ag na superfície de partículas adjacentes.  As reações de precipitação e de aglutinação decorrem, respectivamente da ligação entre o Ac e Ag solúvel e particulado.
  • 43. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO  Interação entre Ac e Ag solúvel  Ac precisa ser bivalente  Ag precisa ser bi ou polivalente  A reação pode ser afetada pelo n° de sítios de ligação que cada Ac possui para seu Ag VALÊNCIA PRECIPITAD O
  • 44. É importante levar-se em conta como ocorre a ligação Ag-Ac em diferentes concentrações dos mesmos. Observe abaixo: Anticorpo livre + - - Antígeno livre - - + 100%-- Percentual de complexo imune precipitado Zona de excesso Zona de Zona de excesso de anticorpo equivalência de antígeno Quantidade de antígeno adicionado
  • 45. TÉCNICAS DE PRECIPITAÇÃO EM GEL IMUNODIFUSÃO Imunodifusão Dupla: • Coloca-se agarose sobre uma lâmina: • Faz-se em seguida, pequenos orifícios no gel e são adicionadas as soluções testes de Ag e Ac, como por exemplo, é mostrado abaixo: Ac
  • 46. IMUNODIFUSÃO DUPLA  As soluções sofrem difusão e, quando o Ag e o Ac se encontram em zona de equivalência, se observa a reação pela formação de uma linha de precipitação:  Pode ser visualizada pós lavagem do gel , para remoção das proteínas solúveis, por coloração dos arcos de precipitação com corante Utilização: muito usada em pesquisa e diagnóstico de algumas Ag Ag doenças, como cisticercose Ac Ag Ag Ag Ag Ac Ac 46
  • 47. IMUNODIFUSÃO RADIAL  Permite a quantificação do antígeno ou do anticorpo.  O processo continua até ser atingida a zona de equivalência, com os complexos precipitando- se em um anel (halo) em torno do orifício. Utilização: dosagem Poços onde são de IgG, IgA e IgM e colocados proteínas séricas. padrões e amostras a Agarose serem dosados contendo anticorpos Halo de anti-IgG IgG – precipitação anti-IgG humana
  • 48. IMUNOELETROFORESE  Pode-se fazer comparação de misturas complexas de Ag que são separados em gel de agarose, pela aplicação de uma corrente elétrica.  As moléculas migram para o pólo negativo, distribuindo-se no gel de acordo com os seus PM e cargas elétricas.  Uma canaleta é recortada entre os poços e preenchida com Ac, que se difunde.  Ag e Ac formam arcos de precipitação. 1- Separação de antígenos 2- Anti-soro na coluna canaleta Ag canaleta + - Ag 3- Difusão e precipitação 48
  • 49. REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO  Ac + Ag multivalente particulado  Título: maior diluição que ainda causa aglutinação (semi- quantitativo)  Pó-zona: excesso de Ac  Potencial Zeta: alguns Ag podem apresentar carga elétrica (repulsão)  Agregação visível de partículas = Eritrócitos, bactérias, fungos e látex
  • 50. AGLUTINAÇÃO DIRETA Células ou partículas insolúveis + Ac = Aglutinação Exemplo: tipagem sanguínea em lâminas (sistema ABO) 1) Amostra de sangue na placa teste: 2) Reagente (anticorpo anti A, B): 50
  • 51. AGLUTINAÇÃO DIRETA 4) Mistura-se: 3) Controle negativo: 51
  • 52. AGLUTINAÇÃO DIRETA 5) Leitura do resultado: negativo positivo Um resultado positivo é indicado por uma aglutinação visível (aglomeração dos eritrócitos na placa teste), como ilustrado acima. 52
  • 53.
  • 54. AGLUTINAÇÃO INDIRETA (PASSIVA) Ag solúveis associados a outras superfícies (Partículas de látex ou superfície de hemácias) Exemplo: Hemaglutinação Passiva para a Doença de Chagas: • As hemácias são revestidas com Ag do T. cruzi (ligação covalente) e então distribuídas nos poços da placa. • O soro teste e os controles positivos e negativos, devidamente diluídos, são adicionados aos poços da referida placa. • Se houver Ac específico contra o Ag, as hemácias se aglutinam e formam uma camada no fundo do poço. Quando não existe Ac específico, as células formam um botão no Aglutinação fundo do poço. Positiva Negativa
  • 55. INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO Exemplo: presença de hCG na urina (gravidez) + Resultado Urina negativo: Soro anti - hCG (ausência de hCG Partículas Adicionam-se na urina). revestidas com hCG Ocorre aglutinação, São incubados e colocados pois os anticorpos numa placa anti-hCG não são bloqueados na incubação inicial, porque não havia o Resultado positivo: hormônio na urina. (presença de hCG na urina): não ocorre Livres, podem aglutinação. aglutinar as partículas Ac se ligaram no hCG da urina, revestidas de hCG. (ficando bloqueados), na incubação inicial 55
  • 56. IMUNOENSAIOS  Reagentes marcados (enzimas, fluorocromos, isótopos)  Tipos: - RIA - ELISA - IFA / CITOMETRIA DE FLUXO - WESTERN BLOTTING
  • 57. IMUNOFLUORESCÊNCIA (IFA) Princípio da técnica:  Anticorpos ou antígenos são conjugados (ligados de modo covalente) a uma substância (fluorocromo), que, quando excitada por radiações UV, emite luz no espectro visível.  Assim, como a ligação Ag-Ac é específica, um anticorpo conjugado pode ser usado para detectar um determinado antígeno e vice-versa.  A reação é feita em lâminas de microscopia (um pouco mais finas que as comuns) e a observação tem lugar num microcópio com luz UV (microscópio de fluorescência).  Principais fluorocromos: fluoresceína (isotiocianato de fluoresceína – FITC) e rodamina (isotiocianato de tetrametil rodamina – TRICT). Tipos: direta, indireta ou saduíche.
  • 58.
  • 59. Microscópio de fluorescência com epiluminação fluorescência emitida luz UV atinge o ma- chega ao observador terial examinado
  • 61. APLICAÇÃO DA TÉCNICA IFA direta:  Detecção direta de microrganismos em secreções, na urina, nas fezes, em cortes de tecidos etc. Também é utilizada na fenotipagem de células tumorais. IFA indireta:  Diagnóstico sorológico de várias doenças infecciosas como a Doença de Chagas, a SIDA/AIDS, as hepatites e complexos em doenças auto-imunes.  É uma técnica onde se consegue alta sensibilidade (fluorescência é mais intensa) e especificidade.
  • 63. CITOMETRIA DE FLUXO  Ferramenta que detecta e quantifica células individuais passando em uma corrente através de um feixe de Laser.  Separa as células por fluorescência ativada.  Cada anticorpo pode ser marcado com um fluorocromo diferente.  É um teste qualitativo e quantitativo. APLICAÇÕES  Tipo de linfócitos;  Quantidade, tamanho, granulosidade;  Isolamento de populações celulares;  HIV
  • 64.
  • 65. RADIOIMUNOENSAIO - RIA  Marcações:  I125: emite raios gama  H3: raios beta  Reprodutibilidade, especificidade e sensibilidade (em torno de 10-12g)  Desvantagem a manipulação de isótopo radioativo.  Aplicações: Triagem vírus da hepatite B em doadores de sangue, Hormônios, proteínas séricas, drogas, vitaminas e Ac. Pesquisa
  • 66. Metodologias que utilizam reagentes não marcados: •Precipitação •Aglutinação •Hemólise (Fixação de Complemento) Metodologias que utilizam reagentes marcados •Radioimunoensaios •ELISA •Imunofluorescência •Western Blotting •Citometria de Fluxo
  • 67.
  • 68. Zona de equivalência: Ag-Ac se ligam equimolarmente formando uma rede estável. Excesso de antígeno: Os complexos podem ser dissolvidos quando há excesso de Ag pois o Ac fica livre para se ligar a novos Ag adicionados diminuindo a formação de complexos insolúveis. Excesso de Ac: Ocorre redução de imunocomplexos pois todo o Ag está precipitado e fica Ac livre no sobrenadante. Pró-Zona
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73. Imunodifusão radial (Mancini) Ac no gel • Método – Anticorpo no gel Ag Ag Ag Ag – Antígeno no poço  Interpretação  Diâmetro do anel é Diameter2 proporcional à concentração do Ag  Quantitativo  Níveis de Ig Ag Concentração
  • 74. Imunoeletroforese/Precipitação • Método – Antígenos são separados por eletroforese – Anticorpo é colocado num corte no ágar + - Ag Ag Ab Ag Ab • Interpretação – Arco de precipitina representa a interação Ag-AC
  • 76. WESTERN BLOTTING  Eletroforese de proteínas.  Identifica antígenos ou anticorpos.
  • 79.
  • 82. Processamento dos espécimes Adequação da amostra - sítio de coleta, quantidade e qualidade Coleta - Sem contaminação Transporte - Acondicionamento, Identificação Inoculação em meios de cultura - Enriquecimento, Seletivos ou Diferenciais Isolamento do patógeno - Semeadura por esgotamento, com incubação a 35ºC, em aerobiose ou anaerobiose Exame inicial após 24 horas Análise macroscópica do crescimento Análise microscópica Caracterização do microrganismo - análises bioquímicas, sorológicas, moleculares Análise do perfil de resistência a antimicrobianos
  • 83. Semeadura por esgotamento Meios ricos, seletivos, diferenciais
  • 84. Incubação em condições de anaerobiose
  • 86.
  • 89. Outras técnicas de coloração
  • 92.
  • 93. Difusão em ágar - Kirby & Bauer
  • 96.
  • 97. ELISA
  • 99.
  • 100. Análises moleculares PCR Geometric Amplification 20 ↓ 1st cycle 21 2 cycle ↓ nd 22 ↓ n th cycle ↓ 2n
  • 101.
  • 102. ELISA
  • 104.
  • 105. Análises moleculares PCR Geometric Amplification 20 ↓ 1 cycle st 21 ↓ 2 cycle nd 22 ↓ n th cycle ↓ 2n
  • 106.
  • 107. Enxergando os microrganismos: Microscópio  Ampliação: jogo de lentes, campo magnético  Resolução: depende do comprimento de onda utilizado para enxergar Há dois tipos: Óptico: Fase, campo escuro, fluorescência Jogo de lentes (20-2000x) Luz visível (300-700nm) Eletrônico: Transmissão, varredura Campo magnético (até 40000x) Feixe de elétrons
  • 109. Figura resolução www.bmb.psu.edu/courses/ micro107/microscopy/
  • 110. Esterilização de meios e equipamentos  Escolha entre esterilizar (morte de microrganismos vegetativos e esporos)  UV  Vapor úmido (mínimo 20 minutos – 120 °C )  Vapor seco (acima de 150 °C )  O aumento da temperatura e do tempo aumenta a perda de nutrientes (vitaminas)  Melhor aumentar a temperatura e diminuir o tempo (UHT)  Pasteurização (morte de patogênicos)  62 °C em 30 minutos, resfriamento brando  Tindalização (70-100 °C ) 1 h, após 24 h repete  Desinfecção (desinfetantes, antissépticos)  Agentes quimioterápicos (Sulfa, Cloranfenicol, antibióticos)  Filtro de lã de vidro

Hinweis der Redaktion

  1. Here is photograph of colonies growing on SBA. This is the vaccine strain of Bacillus anthracis , but non-vaccine strains look substantially similar. You can see the flat, wavy-edged, ground-glass appearing colonies.