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Características:

• Objectivismo                        • Sensacionismo

- apagamento do sujeito               - poeta das sensações tal como elas
                                        são
- atitude antilírica
                                - poeta do olhar
- atenção à “eterna novidade do
   mundo”                       - predomínio das sensações visuais
                                  (“Vi como um danado”) e das
- integração e comunhão com a auditivas
   Natureza
                                - o “Argonauta das sensações
- poeta deambulatório             verdadeiras”
• Anti-metafísico               • Panteísmo Naturalista

(“Há bastante metafísica em não - tudo é Deus, as coisas são divinas
pensar em nada.”)                   (“Deus é as árvores e as flores/ E
                                    os montes e o luar e o sol...”)
- recusa do pensamento (“Pensar é
   estar doente dos olhos”)       - paganismo

- recusa do mistério                  - desvalorização do tempo enquanto
                                        categoria conceptual (“Não quero
- recusa do misticismo                  incluir o tempo no meu esquema”)

                                      -     contradição   entre   “teoria”   e
                                          “prática”



CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS

- Discurso em verso livre, em estilo coloquial e espontâneo. Proximidade
da linguagem do falar quotidiano, fluente, simples e natural;

- Pouca subordinação e pronominalização

- Ausência de preocupações estilísticas

- Versilibrismo, indisciplina formal e ritmo lento mas espontâneo.
- Vocabulário simples e familiar, em frases predominantemente
coordenadas, repetições de expressões longas, uso de paralelismo de
construção, de simetrias, de comparações simples.

- número reduzido de vocábulos e de classes de palavras: (dando uma
impressão de pobreza lexical) pouca adjectivação, predomínio de
substantivos concretos, uso de verbos no presente do indicativo (acções
ocasionais) ou no gerúndio. (sugerindo simultaneidade e arrastamento).

 Frases predominantemente coordenadas, uso de paralelismos de
construção, de comparações simples

- Verso livre                           - Pontuação lógica

- Métrica irregular                     - Predomínio        do   presente   do
                                        indicativo
- Despreocupação a nível fónico
                                        - Frases simples
- Pobreza lexical          (linguagem
simples, familiar)                      - Predomínio da coordenação

- Adjectivação objectiva                - Comparações simples

                                        - Raras metáforas



Alberto Caeiro

- Vê a realidade de forma objectiva e natural

- Aceita a realidade tal como é, de forma tranquila; vê um mundo sem
necessidade de explicações, sem princípio nem fim; existir é um facto
maravilhoso.

- Recusa o pensamento metafísico (“pensar é estar doente dos olhos”), o
misticismo e o sentimentalismo social e individual.

- Poeta da Natureza

- Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e
primitiva da Natureza

- Simples “guardador de rebanhos”
- Inexistência de tempo (unificação do tempo)

- Poeta sensacionista (sensações): especial importância do acto de ver

- Inocência e constante novidade das coisas

- Mestre de Pessoa e dos outros heterónimos

- Relação com Pessoa Ortónimo – elimina a dor de pensar

- Relação com Pessoa Ortónimo, Campos e Reis – regresso às origens, ao
paganismo primitivo, à sinceridade plena

                     Mestre do ortónimo e dos heterónimos

A partir da carta a Adolfo Casais Monteiro

*nasceu em Lisboa (1889);

*morreu tuberculoso em 1915;

*viveu quase toda a sua vida no campo;

*só teve instrução primária;

*não teve educação, nem profissão;

*escreve por inspiração;

Filosofia de Caeiro:

*é anti-religião;

*é anti-metafísica;

*é anti-filosofia;

Fisicamente:

*estatura média;

*frágil;

*louro, quase sem cor;

*olhos azuis;
*cara rapada;

Características:

Importância dos sentidos, nomeadamente a visão;

O incomodo de pensar associado à tristeza;

Ele não quer pensar, mas não o consegue evitar;

Escreve intuitivamente;

Para ele a natureza é para usufruir, não é para pensar;

Desejo de despersonificação (de fusão com a natureza);

Ligação das orações por coordenações e subordinações;

Poeta bucólico, do real e do objectivo;

Valorização das sensações;

Amor pela vida e pela natureza;

Preocupação apenas com o presente;

Critica ao subjectivismo sentimentalista;

Na Linguagem:

Predomínio do Presente do Indicativo;

Figuras de estilo muito simples;

Vocabulário simples e reduzido; (pobreza lexical);

Uso da coordenação para a ligação das orações;

Frases incorrectas;

Aproximação à linguagem falada, objectiva, familiar, simples;

Repetições frequentes;

Uso do paralelismo;
Pouca adjectivação;

Uso dos substantivos concretos;

Ausência da rima;

Irregularidade métrica;

Discurso em verso livre;

Estilo coloquial e espontâneo;

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Características de Alberto Caeiro

  • 1. Características: • Objectivismo • Sensacionismo - apagamento do sujeito - poeta das sensações tal como elas são - atitude antilírica - poeta do olhar - atenção à “eterna novidade do mundo” - predomínio das sensações visuais (“Vi como um danado”) e das - integração e comunhão com a auditivas Natureza - o “Argonauta das sensações - poeta deambulatório verdadeiras” • Anti-metafísico • Panteísmo Naturalista (“Há bastante metafísica em não - tudo é Deus, as coisas são divinas pensar em nada.”) (“Deus é as árvores e as flores/ E os montes e o luar e o sol...”) - recusa do pensamento (“Pensar é estar doente dos olhos”) - paganismo - recusa do mistério - desvalorização do tempo enquanto categoria conceptual (“Não quero - recusa do misticismo incluir o tempo no meu esquema”) - contradição entre “teoria” e “prática” CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS - Discurso em verso livre, em estilo coloquial e espontâneo. Proximidade da linguagem do falar quotidiano, fluente, simples e natural; - Pouca subordinação e pronominalização - Ausência de preocupações estilísticas - Versilibrismo, indisciplina formal e ritmo lento mas espontâneo.
  • 2. - Vocabulário simples e familiar, em frases predominantemente coordenadas, repetições de expressões longas, uso de paralelismo de construção, de simetrias, de comparações simples. - número reduzido de vocábulos e de classes de palavras: (dando uma impressão de pobreza lexical) pouca adjectivação, predomínio de substantivos concretos, uso de verbos no presente do indicativo (acções ocasionais) ou no gerúndio. (sugerindo simultaneidade e arrastamento). Frases predominantemente coordenadas, uso de paralelismos de construção, de comparações simples - Verso livre - Pontuação lógica - Métrica irregular - Predomínio do presente do indicativo - Despreocupação a nível fónico - Frases simples - Pobreza lexical (linguagem simples, familiar) - Predomínio da coordenação - Adjectivação objectiva - Comparações simples - Raras metáforas Alberto Caeiro - Vê a realidade de forma objectiva e natural - Aceita a realidade tal como é, de forma tranquila; vê um mundo sem necessidade de explicações, sem princípio nem fim; existir é um facto maravilhoso. - Recusa o pensamento metafísico (“pensar é estar doente dos olhos”), o misticismo e o sentimentalismo social e individual. - Poeta da Natureza - Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e primitiva da Natureza - Simples “guardador de rebanhos”
  • 3. - Inexistência de tempo (unificação do tempo) - Poeta sensacionista (sensações): especial importância do acto de ver - Inocência e constante novidade das coisas - Mestre de Pessoa e dos outros heterónimos - Relação com Pessoa Ortónimo – elimina a dor de pensar - Relação com Pessoa Ortónimo, Campos e Reis – regresso às origens, ao paganismo primitivo, à sinceridade plena Mestre do ortónimo e dos heterónimos A partir da carta a Adolfo Casais Monteiro *nasceu em Lisboa (1889); *morreu tuberculoso em 1915; *viveu quase toda a sua vida no campo; *só teve instrução primária; *não teve educação, nem profissão; *escreve por inspiração; Filosofia de Caeiro: *é anti-religião; *é anti-metafísica; *é anti-filosofia; Fisicamente: *estatura média; *frágil; *louro, quase sem cor; *olhos azuis;
  • 4. *cara rapada; Características: Importância dos sentidos, nomeadamente a visão; O incomodo de pensar associado à tristeza; Ele não quer pensar, mas não o consegue evitar; Escreve intuitivamente; Para ele a natureza é para usufruir, não é para pensar; Desejo de despersonificação (de fusão com a natureza); Ligação das orações por coordenações e subordinações; Poeta bucólico, do real e do objectivo; Valorização das sensações; Amor pela vida e pela natureza; Preocupação apenas com o presente; Critica ao subjectivismo sentimentalista; Na Linguagem: Predomínio do Presente do Indicativo; Figuras de estilo muito simples; Vocabulário simples e reduzido; (pobreza lexical); Uso da coordenação para a ligação das orações; Frases incorrectas; Aproximação à linguagem falada, objectiva, familiar, simples; Repetições frequentes; Uso do paralelismo;
  • 5. Pouca adjectivação; Uso dos substantivos concretos; Ausência da rima; Irregularidade métrica; Discurso em verso livre; Estilo coloquial e espontâneo;