Victor Hugo em seu Livro “Párias em Redenção” nos diz: “(...) Há, porém, os PÁRIAS EM REDENÇÃO. Sofrem e choram, embrulhados no manto da dor e da soledade, expurgando-se, para galgar a montanha da sublimação, após a demorada marcha pelo charco das paixões em superação.
Párias pela ausência de luz, que somos quase todos!
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 2
Os “Párias da Vida” cruzam conosco nos caminhos da Vida, como ajudá-los neste caminho em busca da Redenção deles e da nossa?
1. (...) Párias pela ausência de luz, que
somos quase todos!
Vitor Hugo (1972)
“O Berço tem um ontem e o Túmulo um
amanhã”.
Vitor Hugo (1872)
2. EMMANUEL – 1962
– 60 anos
ANDRÉ LUIZ – 1957
– 65 anos
VITOR HUGO – 1972
50 anos
CHICO XAVIER – 2002
– 20 anos
“O CENTRO ESPÍRITA é um lugar ONDE SE
ENSINAM COISAS QUE O MUNDO NÃO
ENSINA, a fim de que o comportamento
do Espírita seja distinto do
comportamento que se verifica na
Sociedade”.
Raul Teixeira – Jornal Mundo Espírita – 2010
- Fevereiro
EMMANUEL– 1942
– 80 anos
4. Palestras - Proferidas
o Brasil > 10.000
o Exterior > 5.000
Palestras - Países
o Países > 70
o Viagens > 600
Livros
o Psicografados >
270 (1964)
o Exemplares >
20 milhões
o Autores > 200
Séries : Joanna
Manoel
Amélia
6. Divaldo Franco e Você
Por quê sendo Espírita sofro tanto e tanto
tempo?
Porque o Espiritismo não nos torna indenes à dor.
A FUNÇÃO DO ESPIRITISMO É PREPARAR-NOS PARA A DOR E
NÃO LIBERTAR-NOS, SEM O NECESSÁRIO MÉRITO, DO
SOFRIMENTO.
A função do Espiritismo É A DE DAR-NOS UMA VISÃO AMPLA
DA VIDA, oferecer-nos recursos para superarmos as nossas
limitações.
Eleve-se pela confiança, porque a dor, ao invés de punição, é
benção, é crédito perante a vida.
O Espiritismo nos dá o lenitivo, o otimismo para enfrentarmos
as aflições; é uma terapêutica para vencer o sofrimento.
Divaldo Franco – Jornal O Espirita – 22 de Setembro 2010
7. Divaldo Franco, o Livro dos Espíritos e Você
982. Será necessário que professemos o Espiritismo e creiamos nas manifestações
espíritas, para termos assegurada a nossa sorte na vida futura?
A CRENÇA NO ESPIRITISMO AJUDA O HOMEM A SE MELHORAR,
FIRMANDO-LHE AS IDÉIAS SOBRE CERTOS PONTOS DO FUTURO.
Apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas, porque faculta nos inteiremos
do que seremos um dia.
Desgraça real É O DESCONHECIMENTO DOS
OBJETIVOS SUPERIORES DA EXISTÊNCIA
sem a chama luminosa do amor como benção e a
imperiosa necessidade de seguir, arrastado pelas
circunstâncias penosas.
Joanna de Angelis – Alerta – Cap. 39 – Amor a Vida
11. PÁRIAS EM REDENÇÃO – 50 anos
LIVRO
• Párias em Redenção
AUTOR
• Victor Hugo
MÉDIUM
• Divaldo Franco
TEMA
• Reencarnação e a Justiça
Divina = Lei de Causa e Efeito
1972 2022
1917
2003
1927
2022
∑ = 12
∑ ≥ 250
Ao ler esses registros sobre a
vida desse esteticista da
palavra que foi Victor Hugo,
defensor dos oprimidos,
combatente da miséria, sobre
suas convicções acerca da
reencarnação, ao declarar que
O BERÇO TEM UM
ONTEM E O
TÚMULO,
UM AMANHÃ, pode-se
inferir que ele já antecipava
os ensinos que Allan Kardec,
somente a partir de 1857,
divulgaria nas obras da
Codificação Espírita.
Adilton Pugliese – Revista
Reformador – 2017 – Fevereiro –
Victor Hugo e a Reencarnação
12. • Victor Hugo
Autor
• Divaldo Franco
Médium
• FEB/1972
Editora/Ano
• “Romance” Mediúnico
Gênero
Conteúdo
• 3 Partes – 28 capítulos
Estrutura
Com um público
indescritível que desde muito
cedo superlotou
completamente o auditório,
os corredores, as escadas e o
andar inferior da FEB, na
Guanabara, FOI FEITO O
LANÇAMENTO
OFICIAL DO TÃO
ESPERADO LIVRO
DE VICTOR HUGO
“PÁRIAS EM
REDENÇÃO”, recebido
mediunicamente por Divaldo
Franco.
Redação - Revista
Reformador – 197 – Setembro –
Pag. 259 – 16/Junho/1973
PÁRIAS EM REDENÇÃO – O Livro
Divaldo Franco – no lançamento do Párias em Redenção – 17/Junho/1973
Em três livros(partes), relata,
No primeiro, uma trágica história de crimes, que se
desenrola entre altas personalidades da nobreza de
Toscana (Itália) do século XVIII.
No segundo livro, é narrado o infeliz despertar do
criminoso no Além, seu julgamento sob a acusação da
consciência culpada, a sua reencarnação e a de diversos
personagens envolvidos nos laços da lei de causa e efeito.
O terceiro livro narra a forma usada pela Lei Divina para
dar “a cada um segundo as suas obras”,
13. 1 – Renascimento – 26/02/1802 – Pai Conde e General de Napoleão.
2 – Academia Francesa de Letras – eleito – prémio literário (1817),
Romance “Corcunda de Notre-Dame” (Nossa Senhora de Paris,1831)
3 – Deputado – eleito – combate a monarquia. Em 2 de dezembro de
1851, porém, acontece o golpe de Estado de Charles-Louis Napoléon
Bonaparte (Napoleão III).
4 – Exílio – Ilha de Jersey (18 anos/1870), Mesas Girantes, Comunicação
da Filha Leopoldine (1843/Rio Sena/1878/Brasil), Expoente Espírita (1863)
5 – Senador – eleito - Não aderiu à Comuna de Paris mas defendeu a
anistia aos seus integrantes.
6 – Desencarne – 22/05/1885 – Panteão de Paris – Pede preces –
psicografias em 1915/Brasil/Zilda Gama
1802
1841
39
1848
46
1852
50
1878
76
1885
83
Victor Hugo
↑ 26/02/1802
↓ 22/05/1885
PÁRIAS EM REDENÇÃO – O Autor
14. Victor Hugo
↑ 26/02/1802
↓ 22/05/1885
PÁRIAS EM REDENÇÃO – O Autor
HÁ HOMENS OCEANO DE FATO.
Essas ondas, esse fluxo e refluxo, esse vai e vem terrível, esse rumor de todos os sopros, essas nódoas
negras e essas transparências, essas vegetações próprias ao abismo, essa demagogia das nuvens em
plena tempestade, essas águias na espuma, esse maravilhoso germinar de astros refletidos em não se
sabe qual misterioso tumulto por milhões de cumes luminosos, cabeças confusas do inumerável, esses
grandes raios errantes que parecem espreitar, esses soluços enormes, esses monstros pressentidos, essas
noites de trevas cortadas por rugidos, essas fúrias, esses frenesis, essas tormentas, essas rochas, esses
naufrágios, essas bóias que se chocam, esses trovões humanos misturados aos trovões divinos, esse
sangue no abismo;
Depois essas graças, essas doçuras, essas festas, essas alegres velas brancas, esses barcos de pesca,
esses cantos no tumulto, esses portos esplendidos, essas fumaças da terra, essas cidades no horizonte,
esse azul profundo da água e do céu, essa útil agrura, essa amargura que faz o saneamento do universo,
esse áspero sal sem o qual tudo putrefaria;
Essas cóleras e esses apaziguamentos, esse “Todo no Uno”, esse inesperado no imutável, esse vasto
prodígio da monotonia inesgotavelmente variada, essa horizontalidade depois esse transbordamento,
esses infernos e esses paraísos da imensidão eternamente comovidos, esse insondável, TUDO ISSO
PODE ESTAR NUM ESPÍRITO, [...] e você tem Esquilo, você tem Isaias, você tem Juvenal, você
tem Dante, você tem Miguelangelo, você tem Shakespeare, e OLHAR ESSAS ALMAS É A MESMA
COISA QUE OLHAR O OCEANO.
Giselle Molon Cecchini - Lucrécia Borgia - um drama no oceano de Victor Hugo – Cap. 3
Victor Hugo - William Shakespeare.
15. 1 – Renascimento – 05/05/1927 – Feira de Santana/Bahia. Cursou a
Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor
primário, em 1943. Aposentou-se como Escriturário do IPASE em 1979.
2 – Espírita – Processo Obsessivo pelo irmão - Leitura do Livro dos Espíritos
- Fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 7 de setembro de 1947.
Fundou em 1952 a Mansão do Caminho.
3 – Joanna de Angelis – Dezembro - Eu a vi pela primeira vez.
(...) Não te prometo as regalias e nem as comodidades que, às vezes,
entorpecem os sentidos e aniquilam os ideais.
4 – 1º Palestra – Março - Mentor Humberto de Campos - Aracaju.
Proferiu mais de 15 mil palestras.
5 – 1º Mensagem Psicografada – Domingo de Carnaval - “Na
Subtração e na Soma” - Marco Prisco
6 – 1º Livro Mediúnico – Messe de Amor - Como Médium, a tua tarefa é ser
fiel ao dever e não te preocupares com os resultados, que não são teus e sim do
Cristo. 270 livros mediúnicos (1947 a 2017). 10 milhões de livros vendidos.
1927
1945
18
1945
18
1947
20
1949
22
1964
47
PÁRIAS EM REDENÇÃO – O Médium
Divaldo Franco
↑ 05/05/1927
16. VITOR HUGO e o ESPIRITISMO
Nascimento
1802
Leopoldine
afogamento
1843
Exilio
Ilha de
Jersey
1852
Mesas
Girantes
1853
Párias em
Redenção
1972
Divaldo
Franco
1927
1970
Zilda Gama
Na Sombra
e na Luz
1878/1969
1922
Fernando de
Lacerda
Do País da Luz
1865/1918
1915
Desencarne
1885
1862
17. VITOR HUGO e o ESPIRITISMO NO BRASIL
ZILDA GAMA
11/03/1878 (1843/Paris)
Professora/ Poetisa/Jornalista
Médium psicografia
Vitor Hugo – 5 livros psicografados
Outros Livros = 8
10/01/1969
DIVALDO FRANCO
05/05/1927
Escritor/Orador
Médium psicografia
Vitor Hugo – 7 livros psicografados
Outros Livros > 200
2022 – 95 anos
18. VITOR HUGO , ZILDA GAMA e DIVALDO FRANCO no Tempo
1802
1843
1853
1885
1878
1912
1923/46
1927
1959/69
1970
1971/73
2005
Vitor Hugo – Nascimento – 26/02/1802 - França
Leopoldine – Filha de Vitor Hugo – Morte por afogamento no Rio Sena – 19 anos
Vitor Hugo – Reuniões Mediúnicas na Ilha de Jersey – Mesas Girantes
Vitor Hugo – Desencarne – 22/05/1885
Zilda Gama – Nascimento – 11/03/1878 – Juiz de Fora
Zilda Gama – Psicografia – Diário dos Invisíveis/1917 – Allan Kardec
Zilda Gama – 1º Livro de Vitor Hugo – Na Sombra e na Luz
Divaldo Franco – Nascimento – 05/05/1927 – Bahia
Zilda Gama – Desencarne – 10/01/1969 – Rio
Divaldo Franco – abril – Vitor Hugo
Divaldo Franco – 1º Livro – Párias
Divaldo Franco –Diamantes...
Tenho uma tarefa a propor-te [Divaldo
Franco]: eu gostaria de escrever dez
romances através de ti. (1970)
Victor Hugo - O Semeador de Estrelas –
Cap. 10 - A Presença de Vitor Hugo
19. VITOR HUGO – ESPÍRITA!
Victor Hugo e seus
Fantasmas
Eduardo Carvalho
Monteiro
1997
Victor Hugo Espírita
Humberto Mariotti
1989
Victor Hugo – A face
desconhecida de um
Gênio
Maria do Carmo
Schneider- 2007
O Livro das Mesas
André Telles (tradutor)
2018
Victor Hugo foi escolhido pelos mentores espirituais para coordenar, quando de sua reencarnação, depois do ano 2000,
brilhante falange com o compromisso de moralizar e sublimar as Artes.
Yvonne Pereira – Devassando o Invisível – Cap. 3 - FEB – Na Sombra e na Luz - Prefácio
20. VITOR HUGO e ZILDA GAMA - Livros
Na Sombra e na
Luz
1922
FEB
Redenção
1931
FEB
Dor Suprema
1945
FEB
Do Calvário ao
Infinito
1944
FEB
Almas
Crucificadas
1946
FEB
Solar de Apolo
1946
FEB
21. VITOR HUGO e DIVALDO FRANCO - Livros
Párias em Redenção
1971/1972
FEB
Sublime Expiação
1973
FEB
Do Abismo as Estrelas
1975
LEAL
Calvário da Libertação
1980
LEAL
Árdua Ascensão
1985
LEAL
Os Diamantes Fatídicos
2005
LEAL
Quedas e Ascenção
2003
LEAL
100 Reflexões Filosóficas e Cor
Local nos Romances Mediúnicos
de Victor Hugo
2009
LEAL
22. QUEM SÃO OS PÁRIAS?
Os
Párias
MUITO MAIOR
DO QUE SE
PENSA É A
LEGIÃO DOS
PÁRIAS.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
23. QUEM SÃO OS PÁRIAS?
Os
Párias
Os Párias Socias
Os Párias Morais
Os Párias em
Redenção
24. QUEM SÃO OS PÁRIAS?
PÁRIAS
Visíveis Sociais
Em Redenção
Invisíveis Morais
Miséria externa
Miséria íntima
25. QUEM SÃO OS PÁRIAS NA HISTÓRIA?
Produto de um uso metonímico da palavra parayer (plural parayan), tocador de tambor, esse termo
criado pelos europeus nunca pertenceu, em realidade, ao vocabulário dos indianos.
Pária sob a ótica pejorativa: “marginal”, “gentalha”, (cão) “sem dono” ou “vadio”, do subalterno
como símbolo de marginalidade.
Pária sob a ótica da crítica social: exclusão, a desigualdade e a injustiça – significações dominantes na
França, na Alemanha, nos Estados Unidos.
Pária sob a ótica da França: pária como uma forma de resistência, de imposição e reivindicação
orgulhosa.
Pária sob a ótica de Portugal: grupo inferior de pagãos chamados Pareas. [...]são considerados piores
que o diabo e evitados por todos; basta olhar para eles para ser contaminado e excomungado. (Duarte
Barbosa, 1517, navegador)
Pária sob a ótica Inglesa: Confundida com os “sem-casta” ou intocáveis, a casta dos tocadores de
tambor, um quarto da população de Madras, fornecia igualmente a maioria dos domésticos a serviço dos
europeus no sudeste indiano. (Companhia Inglesa das índias Orientais, 1613).
Pária sob a ótica da Índia: o termo é incorporado ao vocabulário estamental bramânico para designar
os “intocáveis”, o dalit, o impuro. Em outras palavras, ele é absorvido da cultura colonialista inglesa e
inserido na lógica de castas indiana como reforço da hegemonia bramânica sobre as castas inferiores
Pária sob a ótica do Brasil: nos referimos a ele pejorativamente e vagamente para falar da
inadequação social de determinado indivíduo ou grupo, ou usamos o termo para nos referir ao abandono
ou a desagregação de um indivíduo ou grupo em relação a um conjunto homogêneo mais geral.
O pária não é aquele que se provém de qualquer grupo para definir a si mesmo, mas emerge daqueles
grupos construídos e estigmatizados como “de menor valor” em cada contexto.
[...] Párias são também os vencidos da Comuna de Paris, os ciganos da Romênia no século XIX, os
pigmeus, os “indígenas”, os “exibidos ao público civilizado das metrópoles”, os homossexuais, e a lista
continua...
[...] Trabalhadores precarizados, desempregados, imigrantes das mais diversas origens periféricas.
Eléni Varikas - Os refugos do mundo - Figuras do pária
26. QUEM SÃO OS PÁRIAS NA HISTÓRIA? - Síntese
Marginal, Gentalha, Vadio, Subalterno
Exclusão, desigualdade, injustiça
Resistência, imposição, reivindicação
Grupo inferior de Pagãos
Casta dos tocadores de Tambor, domésticos a serviço dos Europeus
Os intocáveis, Impuro
Abandono/desagregação do individuo a um conjunto mais
harmônico
Ciganos, Indígenas, Homossexuais, Imigrantes, Leprosos,
Reeducandos, Doentes mentais, Deficientes, O corcunda, etc.
PÁRIAS
27. A realidade, contudo, é que os rajás soberanos, ao influxo da misericórdia do Cristo,
voltam às mesmas estradas que transitaram sobre o dorso dos elefantes ajaezados de
pedrarias, como mendigos desventurados, resgatando o pretérito em avatares de amargas
provações expiatórias.
E o que é de admirar-se é que nenhum povo da Terra tem MAIS
CONHECIMENTOS, ACERCA DA REENCARNAÇÃO, do que o hindu, ciente dessa
verdade sagrada desde os primórdios da sua organização neste mundo.
Emmanuel - A Caminho da Luz - Cap. 5 - As Castas – Os Párias
OS PÁRIAS DA ÍNDIA SOB A ÓTICA ESPIRITUAL
Na verdade, esses sistemas avançados de religião e filosofia evocam o fastígio da raça
no seu mundo de origem, DE ONDE FOI PRECIPITADA AO ORBE TERRENO pelo
seu orgulho desmedido e infeliz.
OS ARIANOS DA ÍNDIA, porém, não se compadeceram das raças atrasadas que
encontraram em seu caminho e cuja evolução devia representar para eles um imperativo
de trabalho regenerador na face da Terra;
OS ABORÍGENES FORAM CONSIDERADOS COMO OS PÁRIAS DA
SOCIEDADE, de cujos membros não podiam aproximar-se sem graves punições e
severos castigos.
28. Enquanto os INSTINTOS AGRESSIVOS predominarem na natureza humana, superando não poucas vezes a razão e os
sentimentos superiores do espírito, engendrando as guerras famigeradas que destroçam esperanças e dizimam Civilizações;
Enquanto o HOMEM NÃO SE SUBMETER AOS DISPOSITIVOS SEVEROS DO ESTATUTO DIVINO,
incorporando-os à conduta do quotidiano, do que decorrerá a sua harmonia interior em exteriorização de
paz generalizada, e a cobiça como o egoísmo, — cânceres odientos que ainda predominam — não se façam banidos da Terra;
Enquanto GOVERNOS ARBITRÁRIOS, AMBICIOSOS E ENLOUQUECIDOS estruturarem os seus planos de expansão
na vã loucura do predomínio sobre os povos mais fracos;
Enquanto AS RELIGIÕES, ESQUECIDAS DO PAPEL SUBLIME DO CRUCIFICADO, LUTAREM PELA
SUPREMACIA NOS CENÁRIOS DO MUNDO,- e a miséria moral, social e econômica estabelecerem a revolta das
massas,
produzindo o conciliábulo do crime com a insensatez,
LIVROS COMO ESTE SERÃO NECESSÁRIOS.
Enquanto o homem não se levantar, emergindo do animal, simllia similibus, LIVROS EVOCANDO A HISTÓRIA DOS
PÁRIAS, EM TRILHAS DE REDENÇÃO, SERÃO IMPRESCINDÍVEIS para o estudo da alma humana, conforme é
considerada do lado de cá.
Victor Hugo – Párias em Redenção – Prefácio - Salvador, 2 de junho de 1971
PÁRIAS EM REDENÇÃO – POR QUÊ DO LIVRO?
( . . . ) Enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, LIVROS COMO ESTE NÃO
SERÃO INÚTEIS.
Victor Hugo – Os Miseráveis – Prefácio - 1862
1972
1862
29. PÁRIAS EM REDENÇÃO – POR QUÊ DO LIVRO?
Enquanto [...] sobre a terra
houver ignorância e miséria,
LIVROS COMO ESTE NÃO
SERÃO INÚTEIS.
Victor Hugo – Os Miseráveis – Prefácio -
1862
Enquanto [...] a miséria moral, social e econômica estabelecerem
a revolta das massas, produzindo o conciliábulo do crime com a
insensatez,
LIVROS COMO ESTE SERÃO NECESSÁRIOS.
Victor Hugo – Párias em Redenção – Prefácio - Salvador, 2 de junho de 1971
30. PÁRIAS DA VIDA = PÁRIAS ECONÔMICO-SOCIAIS
MUITO MAIOR DO QUE SE PENSA É A LEGIÃO DOS PÁRIAS.
Enxameiam nas VIELAS SÓRDIDAS DAS CIDADES E NOS CASEBRES DAS VILAS ao
abandono.
(...) Em toda parte os párias andam a sós.
SÃO OS MISERÁVEIS QUE O MUNDO VENCEU e tomou-lhes as oportunidades de
sobrevivência.
Reúnem-se em MALTAS DE CRIMINOSOS E FARÂNDOLAS DE TRISTES; assomam com
esgares de feras e, truculentos, fazem-se agressivos, no país do esquecimento onde estabelecem
morada.
SÃO OS QUE TIVERAM NEGADO O DIREITO DE VIVER, conquanto sejam os frutos
amargos da árvore da sociedade malsã.
Os párias não têm nome, usam apenas uma designação a que se acostumaram a responder.
Sua família são os encontros fortuitos, seus amores a aventura amarga, SUAS PAISAGENS AS
SOMBRAS DAS PONTES, AS MARGENS DOS RIOS, OS PÂNTANOS E AS PALAFITAS, OS
MORROS E AS FAVELAS, donde espiam, filosofando com o cinismo da miséria, os outros...
Mas, ESSES SÃO OS PÁRIAS ECONÔMICOS, OS ABANDONADOS SOCIAIS.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
31. PÁRIAS DA VIDA = PÁRIAS MORAIS
Enxameiam [...] inundando, também, OS PALÁCIOS E OS APARTAMENTOS ONDE VIVEM OS
HOMENS DE ALTO COTURNO, em cujas existências a degradação fez morada, e de onde a vergonha, por não
suportar o assédio da imundície moral, foi expulsa, enxovalhada, a pedradas de ironias e desdém...
Fugindo de si mesmos, são incapazes de fitar-se no espelho da consciência, esses PÁRIAS DO PODER
TEMPORAL.
[...] OS OUTROS, OS PÁRIAS DE LUXO, esses brilham na ilusão e se refestelam no conforto em que
amolentam o caráter, já debilitado, e esfrangalham as esperanças frouxas dos outros párias, tomando-lhes, ou, para
ser exato, roubando-lhes os direitos humanos que também deveriam ter, mas não têm.
Aqueles, os párias por falta de dinheiro e família, são chamados “chagas sociais”,
MAS OS OUTROS, os que fulguram em manchetes de jornais, não têm epíteto, PORQUE NÃO HÁ
SUBSTITUTIVO PARAA EXPRESSÃO CÂNCER MORAL.
Onde estes últimos estão, SÃO ELES QUE TÊM A MISÉRIA E FOMENTAM-NA, proclamam acusações
contra a impiedade e
SÃO OS RESPONSÁVEIS PELA CRIMINALIDADE DE VÁRIO PORTE, enjaulando nas próprias
garras a JUSTIÇA QUE OS NÃO ALCANÇA nos crimes violentos que praticam com as mãos enluvadas;
SÃO OS QUE SE UTILIZAM DAS LEIS EM FALÊNCIA para cercear a liberdade daqueles que já são
prisioneiros de si mesmos, nas paredes sujas da infelicidade, e trancafiá-los nos cárceres onde colocam guardas
armados, fazendo que os carcereiros, que os espionam e sobrecarregam de injúrias, não passem, afinal, de
prisioneiros que tomam conta de outros prisioneiros.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
32. Nesse lixo social, encontram-se também muitas joias perdidas: homens e mulheres de bem e
de valor, que derraparam nas ruelas da existência e não tiveram resistência para enfrentar e vencer as
vicissitudes, enveredando pelo alcoolismo, pela toxicomania, pela perversão de conduta nos vícios
sexuais, vivendo nos escuros porões que lhes servem de refúgio.
Perdida a dignidade humana, eles relutam para permanecer nesses sítios de vergonha e sombras,
sendo denominados como criminosos, mesmo que crime algum hajam cometido.
ROTULADOS DE LIXO, CRIMINOSOS, EXCLUÍDOS, GENTALHA, PERDEM A
IDENTIDADE e não se encorajam a recuperar a sua humanidade, que lhe foi tirada e nunca
devolvida.
(...)
Ocorre, muitas vezes, que se encontram enfermos, sem autoconfiança, sem nenhuma auto-
estima, e autopunem-se, após haverem sido torturados, estuprados, pervertidos. A sua terapia de
recuperação é lenta, quanto o foi a imposição da degradação, da perda de sentido existencial.
(...)
O novo Cristianismo propõe que SE ACABEM COM OS PORÕES, que se recicle o lixo
social mediante os mecanismos do amor, que se traga para o centro da comunidade todos
aqueles que têm sido excluídos, de forma que a sociedade se torne verdadeiramente digna do Mestre
e Senhor, que é Modelo e Guia para todos através dos evos...
Joanna de Angelis - Jornal Mundo Espírita – Fevereiro/2001 – Sórdidos Porões
Joanna de Angelis
OS PÁRIAS DA VIDA e os Excluídos da Sociedade
33. Pululam em bandos, não obstante sadia ou
risonha aparência, OS MARCADOS NA ALMA,
ocultando, em manobras várias e diversificados
mecanismos psicológicos, os seus dramas e paixões,
as suas ansiedades e anelos íntimos.
Não faltam os preconceituosos contra os que
apresentam sinais de fácil identificação, como a
realizar uma catarse em que eliminam os próprios
traumas, de outrem ignorados, naqueles que são
fáceis de reconhecimento.
Eunice Weaver –Terapêutica de Emergência – Cap. 26
Eunice Gabi Weaver
OS PÁRIAS DA VIDA e os Marcados na Alma
34. (...) As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos
que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala
de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de veludos, almofadas de cetim.
E quando estou na favela tenho a impressão QUE SOU UM OBJETO FORA DE
USO, digno de estar num quarto de despejo.
(...)
Devo incluir-me, porque eu também sou favelada. SOU REBOTALHO.
Estou no quarto de despejo, e o QUE ESTÁ NO QUARTO DE DESPEJO OU
QUEIMA-SE OU JOGA-SE NO LIXO.
(...)
As vezes mudam algumas famílias para a favela, com crianças.
No inicio são educadas, amáveis.
Dias depois usam o calão, são soezes e repugnantes.
SÃO DIAMANTES QUE SE TRANSFORMAM EM CHUMBO.
Transformam-se em objetos que estavam na sala de visita e foram para o quarto de
despejo.
Maria Carolina de Jesus – Quarto de Despejo – 20 de maio
Maria Carolina de Jesus
OS PÁRIAS DA VIDA e os Refugos do Mundo
35. OS PÁRIAS DA VIDA e os Oprimidos Invisíveis
Odeiam os homens e os seguem, sorrateira e covardemente, porque odiavam a
própria sociedade, antes de morrerem, sabendo que não serão vistos nem pressentidos.
E a perseguição mental que lhes movem, aos homens, é inveterada e implacável,
afirmando eles que
ASSIM AGEM PORQUE IGUALMENTE FORAM PERSEGUIDOS, QUANDO
HOMENS, PELA SOCIEDADE, QUE NUNCA OS PROTEGEU CONTRA OS
MALES COM QUE TIVERAM DE LUTAR: doenças, miséria, fome, falta de instrução,
orfandade, desemprego, delinquência, desesperos de mil e uma naturezas...
E muitos destes foram, com efeito, delinquentes que a sociedade perseguiu e levou ao
desespero, em vez de ajudá-los a se reeducarem para Deus...
O resultado de tal incúria por parte dos homens aí está: uma vez desaparecidos da
vida objetiva, pela chamada morte, INFESTAM, COMO ESPÍRITOS, A
SOCIEDADE, E PREJUDICAM-NA, ACOBERTADOS PELO SEGREDO DA
MORTE...
Yvonne Pereira – Devassando o Invisível – Cap. 10
36. Há, porém, os PÁRIAS EM
REDENÇÃO.
Sofrem e choram, embrulhados no manto
da dor e da soledade, expurgando-se, para
galgar a montanha da sublimação, após a
demorada marcha pelo charco das paixões
em superação.
Párias pela ausência de luz, que somos
quase todos!
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 2
QUEM SÃO OS PÁRIAS EM REDENÇÃO?
(...) Embora a dureza da vida, não se fizera áspera.
Victor Hugo Lucia – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 3
37. QUEM SÃO OS PÁRIAS EM REDENÇÃO?
“Quando Jesus proclamou que SÃO BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, é evidente que se referiu
somente àqueles cuja aflição não produza sequelas devastadoras que dilaceram a alma”.
São bem-aventurados:
aqueles que da TRIBULAÇÃO retiram o BOM PROVEITO;
aqueles que encontram na DOR um DESAFIO PARA SUPERAREM-SE a si mesmo;
os que abrasam na FÉ ARDENTE e sobrepõem-se às CONJUNTURAS DOLOROSAS;
todos os que CONVERTEM AS DIFICULDADES e provações em EXPERIÊNCIAS DE
SABEDORIA;
os que sob o EXCRUCIAR DOS TESTEMUNHOS demonstram a sua FÉ E PERSEVERANÇA
NOS IDEAIS ESPOSADOS, porfiando fieis aos compromissos abraçados.
Joanna de Angelis - Rumos Libertadores – Cap. 5 – Aflição e Consolação
“Quando:
a NOSSA DOR NÃO GERA NOVAS DORES e
NOSSA AFLIÇÃO NÃO CRIA AFLIÇÕES NAQUELES QUE NOS RODEIAM, nossa dívida está
em processo de encerramento”.
Quando o enfermo sabe acatar os Celestes Desígnios, entre a conformação e a humildade,
traz consigo o sinal da dívida expirante..."
André Luiz – Ação e Reação - Cap. 17
38. QUEM SÃO OS PÁRIAS EM REDENÇÃO?
Quando alguém é capaz de escutar uma canção que vem de longe, fazendo um profundo silêncio
interior;
Quando alguém é capaz de se deitar num relvado imaginário e banir os tormentos do dia-a-dia das
telas do pensamento;
Quando alguém é capaz de, atravessando dificuldades, sorrir com face desanuviada, no meio da rua;
Quando alguém é capaz de estender mão generosa e braço dorido ao transeunte que cambaleia;
Quando alguém é capaz de examinar o passado sem rancor, contemplar o presente sem fel e olhar o
futuro sem medo;
Quando se pode meditar nas coisas santas da vida, embora tendo os pés no rio das dores e o coração
atado as dificuldades do caminho;
Quando se pode tudo esquecer a respeito do mal para do bem somente recordar,
E quando se é capaz de voltar ao posto de partida para bendizer as mãos que lhe deram água, o
coração que lhe ofereceu agasalho, o amor que lhe concedeu pão — ESTE ALGUÉM É BEM-
AVENTURADO!
Mesmo que jornadeie solitário nas trevas do sofrimento,
E que carregue o coração ferido pela urze,
E tenha os pés retalhados pelos acúleos dos caminhos,
E tenha sorvido da amargura a taça inteira,
E do descrédito e da desconfiança recebido pedradas e agressões.
Nele, a paz não guarda o silêncio mentiroso das sepulturas, nem a quietude malsã da infelicidade.
Este BEM-AVENTURADO LOGROU A PAZ.
Flannagan – Depoimentos Vivos – Cap. 38 – Médium Divaldo Franco, Salvador, 1974
39. Párias em Redenção e as “Sequelas” do Sofrimento
“Sequelas” Positivas
Conquistas de harmonia íntima,
Inteireza moral,
Humildade legítima diante das Leis
da Vida
Pré-desencarne ⇒ aceitação
Pós-desencarne ⇒ ausências das
impressões perturbadoras, das dores
Sequelas Negativas
Rebelde = ressentimento/ raiva/
auto destruição
⇒ Agudeza das aflições
⇒ Continuidade dos transtornos
⇒ Ausências de pausas refazentes
Indolente = resignação morta/
revolta surda/
⇒ Parasitismo
⇒ Quase Inutilidade evolutiva
Pré-desencarne ⇒ obsessões/
depressões
Pós-desencarne ⇒ reflexos
enfermiços, envolvimento negativos
+
“Para expurgar o mundo íntimo é mister valermo-nos
da provação como recurso de trabalho, para
converter a tribulação em alegria e a dificuldade
em lição”.
40. BRASIL COLÔNIA
ITÁLIA BRASIL REPÚBLICA
OS PÁRIAS EM REDENÇÃO e a Lei de Causa e Efeito
Início: 22/Dezembro/1745 - Término: 10/Julho/1967 (1967/2022 = 55 anos)
Foram 221 anos, 6 meses e 18 dias de resgate
Giovanni: Pai 4 crianças/Conde Bernardo: Feitor/Escravagista Luiz José: Surdo/mudo/manco
Girolamo: Sobrinho/Órfão/Estroina Antônio: Fazendeiro/Asmático/Abol. José Luiz: Cego/asmático
Assunta: Serviçal/Amante/Assas. Ana Maria: Noiva Antônio/Paixão Anunciada: Mãe/Lucia/Alcoólatra
Beatriz: Esposa Girolamo Maria Amélia: Mãe/Abolicionista -
Carlo: Parente Assunta/Cúmplice Cel. Aragão: Pai/Escravagista Guálter: Cigano/Mercador de pessoas
Lucia: Governanta Reencarnada na Itália Lucia: Favelada/Mãe: Luiz e José
AÇÃO: Assassinato crianças/Lucia AÇÃO: Assassinato Antônio AÇÃO: Venda das Crianças
REAÇÃO: Obsessão/Suicídio Girolamo REAÇÃO: Suicídio Bernardo/Obsessão REAÇÃO: Redenção das Crianças
Siena 1745 Vale do
Paraíba
1870 Rio de
Janeiro
1967
Condessa Ângela – Esposa / Mentora / Suporte Espiritual
41. Quase estava chorando. Nunca ninguém lhe falara com ternura.
Toda a sua vida fora uma luta surda e cruel, agredindo ou fugindo, sofrendo o medo, esse
verdugo dos fracos e esquecidos.
Tudo a amedrontava, desde menina: o lar, os Pais. Sim, deve ter tido pais; não recordava bem.
Sejamos francos, os filhos de mães solteiras nunca têm pai, porque estes se demoram escondidos,
ocultando a indignidade na cobardia em que se acobertam.
E mãe, às vezes, não possuem também. Nascem, apenas nascem, sobrevivendo alguns, quase
mortos, porque os recalques e as dores que os malsinam são a longa morte na vida.
Depois — continuou pensando —, lembrava-se da fome desde a tenra idade, aquela dor longa de
punhal em sentido transversal no estômago, que, por fim, parecia não ser mais dor e sim um vazio
que produzia sono e provocava cansaço, aquele aniquilamento do nada.
É verdade, ninguém nunca lhe falara. Não havia tempo: enxotavam-na, pura e simplesmente, ou
lhe atiravam restos de pães que iam mesmo arrojar fora, por imprestáveis.
Falar, não; nunca lhe falaram: ou gritos ou xingamentos.
Aquela onda — não sabia o nome do que sentia —, aquela ternura produziu-lhe lágrimas.
É a gota que faz transbordar o vaso referto literalmente: a gota de ternura e compaixão que as
pessoas recusam oferecer aos párias, que também sentem e amam, têm sede de entendimento e
necessitam do orvalho da compreensão para que se lhes não estiolem as últimas fracas forças. –
SOMOS LEGIÃO.
VITOR HUGO – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
OS PÁRIAS EM REDENÇÃO e Você
Caridade para o deserdado da Terra — é a expressão de carinho.
Emmanuel – Viajor – Cap. 16 - Caridade
42. Local : Favela do Heliópolis
Instituição: Centro Espírita Os Caminheiros
Grupo: Assistência Social/Espiritual a favelados
Dirigente: Tereza Tonetto/Zíbia Gasparetto
Data: Década de 1980
Situação Familiar: Mãe e 5 Filhos – 1 moça (17 anos) e
4 rapazes ( 16 à 23 anos) todos deficientes mentais.
Solicitação: Suporte espiritual e alimentar.
OS PÁRIAS EM REDENÇÃO e Você
Tentei a conquista do trabalho digno; entretanto, o infortúnio dos filhos não me permitiu. Um era cego, outro leproso e dois aleijados.
Nunca tive pouso certo, como nunca dispus de parentes que me solucionassem as necessidades. Vagueei mendigando nos caminhos,
errando sem direção, invariavelmente acompanhada pelos quatro meninos desditosos, que se transformaram em sentenciados adultos, cheios de
necessidades.
Ambos os aleijados partiram mais cedo para o sepulcro, o leproso desencarnou algum tempo depois e o cego andou comigo, por mais de
quarenta anos.
Suportei sede, fome, privações e conheci de perto a enfermidade e a aflição, com os filhos amargurados, agonizantes ou insepultos...
Ao completar, porém, os setenta anos, achava-me liberta do trio maldito (vaidade, egoísmo, ciúme).
A morte surpreendeu-me totalmente renovada e, com as bênçãos divinas, pude entoar o meu cântico de vitória.
Humberto de Campos – Pontos e Contos – Cap. 38 – Estranhos Credores
43. OS PÁRIAS DO CAMINHO e Você
Irmão e amigo:
“Somos todos Párias do Caminho Evolutivo, reencarnando
para refazer e amando para redimir-nos.
(...) “Distenda, desse modo, mãos gentis e acolhedoras em
nome da Caridade, por onde passes, onde estejas.
Não arrole injustiças, não comente erros, não se refira a
sombras, seja justo, aja corretamente, faça luz.
(...) O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de
luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão
nossos pés.
(...) Ministra as lições em torno da imortalidade, fazendo-lhe a
mais expressiva dádiva de caridade: a do esclarecimento que
liberta da ignorância e do crime, atapetando os caminhos na
direção da Eternidade.
Ângela - Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 8 – Párias em Redenção
44. Somos todos PÁRIAS DO CAMINHO
EVOLUTIVO, reencarnando para refazer e
amando para redimir-nos.
Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da
redenção impostergável.
O Cristão é alguém que marcou um encontro com a Verdade e o
Espírita é o cristão que se reencontra consigo mesmo, ao
compasso do Mestre Sublime.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 8
QUEM SÃO OS PÁRIAS DO CAMINHO?
45. Imortalidade
Reencarnação
Lei de
Causa e
Efeito
PERFEIÇÃO
≡
EVOLUÇÃO
∞
Tempo
Oportunidades
Mérito
múltiplas oportunidades
renovação
construir o futuro
imortalidade do Espírito
a vida é conTÍnua
Não aleatória
Não punitiva
Neutra
Plano: Espiritual+Material
Atemporal
O débito é contraído contra a Ordem Divina
PERFEIÇÃO é a
meta.
REENCARNAÇÃO
é o caminho!
Emmanuel (Justiça Divina – Cap.
23 – Na luz da Reencarnação)
OS PÁRIAS DO CAMINHO e a busca pela Evolução
46. Aprendizado
Elevação
Moral e
Espiritual
Reparação
Eliseu Rigonatti - O Espiritismo Aplicado –
SE FOSSE PARA
CONTINUARES REPETINDO
AQUILO QUE JÁ FOSTE E O
QUE FIZESTE, NÃO TERIAS
NECESSIDADE DE NOVO CORPO
E DE NOVA EXISTÊNCIA —
prosseguirias de alma jungida à
matéria gasta da encarnação
precedente, enfeitando um
jardim de cadáveres.
Vives novamente na carne
para o burilamento de teu
espírito.
A Reencarnação é o
caminho da Grande Luz.
Militão Pacheco – O Espírito
da Verdade: Cap. 18
OS PÁRIAS DO CAMINHO e a Reencarnação
47. Não nos iludamos. Mais dia, menos dia, todos
sofrem.
Há, contudo, quem sofra com rebeldia, com
revolta, com desânimo ou com desespero,
PERDENDO O VALOR DA PROVA EM QUE SE VÊ.
Emmanuel – Nós – Cap. 6 – Da União com Deus
Se temos o coração aberto em feridas profundas,
isso não basta; é preciso TRANSUBSTANCIAR AS
PRÓPRIAS DORES EM ESPERANÇAS E
ENSINAMENTOS.
Emmanuel – Leis de Amor – Cap. 8 - Redenção
PÁRIAS EM REDENÇÃO - Síntese
48. Caminhas para a Vida, no rumo da vida, sob as injunções das tuas vidas
passadas.
SOFRES O QUE DEVES.
PADECES O QUE MERECES.
A felicidade consiste não em sorrir, mas em não complicar a marcha
ascensional com a adição de novas penas para o futuro...
Joanna de Angelis – Rumos Libertadores – Cap. 37 – Caridade e Alento
NÃO EXISTE DOR SEM CAUSA, NEM ALEGRIA SEM TÍTULO DE
MERECIMENTO.
Em ambas as situações, mantém-te vigilante, porque ninguém passa
pelo mundo sem as suas vivências, e a dor faz parte do processo
iluminativo.
O aperfeiçoamento moral do Espírito é da sombra para a luz, do bruto
para o sublime.
Joanna de Angelis – Revista Reformador – 2016 – Maio - Provas e Expiações
PÁRIAS EM REDENÇÃO - Síntese
49. A DOR QUE TE ALCANÇA É TUA.
Ninguém a sofrerá por ti.
Os amigos se apiedarão, buscarão auxiliar-te, porém,
o espinho estará cravado nas "carnes da tua alma".
Da mesma forma, A FELICIDADE QUE TE CHEGA É
TUA.
Haverá riso e satisfação entre aqueles que te amam,
todavia, a sensação de júbilo não a podes repartir com
ninguém.
Isto posto, no sofrimento, NÃO IMPONHAS AMARGURA
ÀQUELES QUE TE CERCAM, assim como na alegria não
podes fazer que eles se sintam ditosos".
Joanna de Ângelis – Vida Feliz – Cap. 97
PÁRIAS EM REDENÇÃO - Síntese
50. (...) Para, em se transformando, não
ter necessidade de depurar-se através
da dor e, ao contrário de sofrer, amar.
AS DÍVIDAS QUE TENHA,
RESGATARÁ PELO BEM QUE
REALIZE E, NÃO, PELAS
LÁGRIMAS QUE VERTA.
Divaldo Franco – Doenças e Curas – Grupo de Estudo Allan Kardec -
Entrevista
PÁRIAS EM REDENÇÃO - Síntese
51. Não peças o afastamento de tua dor.
ROGA FORÇAS PARA SUPORTÁ-LA, com serenidade e
heroísmo, a fim de que lhe não percas as vantagens do contato.
Não solicites o desaparecimento das pedras de teu caminho.
INSISTE NA RECEPÇÃO DE PENSAMENTOS QUE TE
AJUDEM AAPROVEITÁ-LAS.
Não supliques a extinção das dificuldades. PROCURA MEIOS
DE SUPERÁ-LAS, ASSIMILANDO-LHES AS LIÇÕES.
Nada existe sem razão de ser.
A Sabedoria do Senhor não deixa margem à inutilidade.
O sofrimento tem a sua função preciosa nos planos da alma,
tanto quanto a tempestade tem o seu lugar importante na
economia da natureza física.
Emmanuel – Fonte Viva – Cap. 162 – Dentro da Luta
PÁRIAS EM REDENÇÃO - Síntese
52. “Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi Homem,
Só passou pela Vida, não Viveu.”
Francisco Octaviano
de ALMEIDA ROSA –
Advogado/Diplomata/
Jornalista/Poeta(1825/1889)
Membro da Academia
Brasileira de Letras
Assim SE EXPLICAM AS MISÉRIAS E VICISSITUDES MUNDANAS que, à primeira vista, parecem não ter
razão de ser.
JUSTAS SÃO ELAS, no entanto, COMO ESPÓLIO DO PASSADO — herança que serve à nossa romagem
para a perfectibilidade.
Allan Kardec - O Céu e o Inferno – Cap. 7, item 31
Francisco Octaviano de Almeida Rosa – Poema : “Ilusões da Vida”
53. Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!
(Espumas Flutuantes, 1870)
Oh! Bendito quem ensina,
Quem luta, quem ilumina,
Quem o bem e a luz semeia
Nas fainas do evoluir;
Terá a ventura que anseia
Nas sendas do progredir.
(Parnaso de Além-Túmulo, 1930)
CASTRO ALVES
1847/1871
O verdadeiro mérito,
seja do escritor, seja
do orador, consiste em
fazer pensar, em
provocar nas almas
as nobres e santas
exaltações, em elevá-
las em direção às
alturas radiosas onde
elas percebem as
vibrações do
pensamento divino,
em uma comunhão
suprema.
Leon Denis – O
Espiritismo na Arte –
Parte 4 – Literatura e
Oratória
54. E-mail : adalberto.acsjr@gmail.com
YouTube – O Escriba Espírita : https://www.youtube.com/channel/UCj39fLNXa2nKXfVTNlZ_JGw
Blog – O Escriba Espírita : https://escribaespirita.blogspot.com/
Instagram: https://www.instagram.com/adalberto.coelho.silva/?hl=pt-br
AGRADECE SEMPRE A DEUS.
No JÚBILO ou na PROVA, na PAZ ou
na LUTA, na SAÚDE ou na DOENÇA,
na MULTIDÃO ou na SOLEDADE
agradece ao PAI CRIADOR a DÁDIVA
DA VIDA.
Joanna de Angelis - Oferenda -
Cap. 60 – Render Graças
“A VIDA ATUA EM FORMA CIRCULAR. Tudo quanto se transforma em
pensamento e ação se dilata e volve ao ponto de partida”.
Joanna de Angelis
55.
56. MUITO MAIOR DO QUE SE PENSA É A LEGIÃO DOS
PÁRIAS.
Enxameiam nas VIELAS SÓRDIDAS DAS CIDADES E NOS
CASEBRES DAS VILAS ao abandono, inundando,
também, OS PALÁCIOS E OS APARTAMENTOS ONDE VIVEM
OS HOMENS DE ALTO COTURNO, em cujas existências a
degradação fez morada, e de onde a vergonha, por não suportar o assédio
da imundície moral, foi expulsa, enxovalhada, a pedradas de ironias e
desdém...
Fugindo de si mesmos, são incapazes de fitar-se no espelho da
consciência, esses PÁRIAS DO PODER TEMPORAL.
A maioria desses párias atua rebolcando-se nas MISÉRIAS
SOCIAIS E MORAIS em que se abastardam cada vez mais,
aprofundando feridas que só o escoar dos séculos pungitivos poderá
cicatrizar
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 2
QUEM SÃO OS PÁRIAS DA VIDA?
57. PÁRIAS DA VIDA = PÁRIAS ECONÔMICO-SOCIAIS
Em toda parte os párias andam a sós.
SÃO OS MISERÁVEIS QUE O MUNDO VENCEU e tomou-lhes as
oportunidades de sobrevivência.
Reúnem-se em MALTAS DE CRIMINOSOS E FARÂNDOLAS DE TRISTES;
assomam com esgares de feras e, truculentos, fazem-se agressivos, no país do
esquecimento onde estabelecem morada.
SÃO OS QUE TIVERAM NEGADO O DIREITO DE VIVER, conquanto sejam
os frutos amargos da árvore da sociedade malsã.
Os párias não têm nome, usam apenas uma designação a que se acostumaram a
responder.
Sua família são os encontros fortuitos, seus amores a aventura amarga, SUAS
PAISAGENS AS SOMBRAS DAS PONTES, AS MARGENS DOS RIOS, OS
PÂNTANOS E AS PALAFITAS, OS MORROS E AS FAVELAS, donde espiam,
filosofando com o cinismo da miséria, os outros...
Mas, ESSES SÃO OS PÁRIAS ECONÔMICOS, OS ABANDONADOS
SOCIAIS.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
58. PÁRIAS DA VIDA = PÁRIAS MORAIS
[...] OS OUTROS, OS PÁRIAS DE LUXO, esses brilham na ilusão e se
refestelam no conforto em que amolentam o caráter, já debilitado, e esfrangalham as
esperanças frouxas dos outros párias, tomando-lhes, ou, para ser exato, roubando-lhes os
direitos humanos que também deveriam ter, mas não têm.
Aqueles, os párias por falta de dinheiro e família, são chamados “chagas
sociais”, MAS OS OUTROS, os que fulguram em manchetes de jornais, não têm
epíteto, PORQUE NÃO HÁ SUBSTITUTIVO PARA A EXPRESSÃO CÂNCER
MORAL.
Onde estes últimos estão, SÃO ELES QUE TÊM A MISÉRIA E FOMENTAM-
NA, proclamam acusações contra a impiedade e
SÃO OS RESPONSÁVEIS PELA CRIMINALIDADE DE VÁRIO PORTE,
enjaulando nas próprias garras a JUSTIÇA QUE OS NÃO ALCANÇA nos crimes
violentos que praticam com as mãos enluvadas;
SÃO OS QUE SE UTILIZAM DAS LEIS EM FALÊNCIA para cercear a
liberdade daqueles que já são prisioneiros de si mesmos, nas paredes sujas da
infelicidade, e trancafiá-los nos cárceres onde colocam guardas armados, fazendo que os
carcereiros, que os espionam e sobrecarregam de injúrias, não passem, afinal, de
prisioneiros que tomam conta de outros prisioneiros.
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte - Cap. 2
59. Há, porém, os PÁRIAS EM
REDENÇÃO.
Sofrem e choram, embrulhados no manto
da dor e da soledade, expurgando-se, para
galgar a montanha da sublimação, após a
demorada marcha pelo charco das paixões
em superação.
Párias pela ausência de luz, que somos
quase todos!
Vitor Hugo – Párias em Redenção – 3º Parte – Cap. 2
QUEM SÃO OS PÁRIAS EM REDENÇÃO?
60. Enquanto os INSTINTOS AGRESSIVOS predominarem na natureza humana, superando não
poucas vezes a razão e os sentimentos superiores do espírito, engendrando as guerras famigeradas
que destroçam esperanças e dizimam Civilizações;
Enquanto o HOMEM NÃO SE SUBMETER AOS DISPOSITIVOS SEVEROS DO
ESTATUTO DIVINO, incorporando-os à conduta do quotidiano, do que decorrerá a sua harmonia
interior em exteriorização de
paz generalizada, e a cobiça como o egoísmo, — cânceres odientos que ainda predominam — não
se façam banidos da Terra;
Enquanto GOVERNOS ARBITRÁRIOS, AMBICIOSOS E ENLOUQUECIDOS estruturarem
os seus planos de expansão na vã loucura do predomínio sobre os povos mais fracos;
Enquanto AS RELIGIÕES, ESQUECIDAS DO PAPEL SUBLIME DO CRUCIFICADO,
LUTAREM PELA SUPREMACIA NOS CENÁRIOS DO MUNDO,- e a miséria moral, social e
econômica estabelecerem a revolta das massas,
produzindo o conciliábulo do crime com a insensatez,
LIVROS COMO ESTE SERÃO NECESSÁRIOS.
Enquanto o homem não se levantar, emergindo do animal, simllia similibus, LIVROS
EVOCANDO A HISTÓRIA DOS PÁRIAS, EM TRILHAS DE REDENÇÃO, SERÃO
IMPRESCINDÍVEIS para o estudo da alma humana, conforme é considerada do lado de cá.
Victor Hugo - Salvador, 2 de junho de 1971
61. PÁRIAS EM REDENÇÃO – 50 ANOS
1972 2022
Vitor
Hugo
Divaldo
Franco
50/55
anos
62. VITOR HUGO , ZILDA GAMA e DIVALDO FRANCO no Tempo
1802
1843
1853
1885
1878
1912
1923/46
1927
1959/69
1970
1971/73
2005
Vitor Hugo – Nascimento – 26/02/1802 - França
Leopoldine – Filha de Vitor Hugo – Morte por afogamento no Rio Sena – 19 anos
Vitor Hugo – Reuniões Mediúnicas na Ilha de Jersey – Mesas Girantes
Vitor Hugo – Desencarne – 22/05/1885
Zilda Gama – Nascimento – 11/03/1878 – Juiz de Fora
Zilda Gama – Psicografia – Diário dos Invisíveis/1917 – Allan Kardec
Zilda Gama – 1º Livro de Vitor Hugo – Na Sombra e na Luz
Divaldo Franco – Nascimento – 05/05/1927 – Bahia
Zilda Gama – Desencarne – 10/01/1969 – Rio
Divaldo Franco – abril – Vitor Hugo
Divaldo Franco – 1º Livro – Párias
Divaldo Franco –Diamantes...
Vida
Doutrina
Espírita
Mediunidade
63. “Vinde a mim todos vós, que vós encontrais
AFLITOS...” A quais aflitos o Mestre se referia?
Os aflitos, a que se refere o Mestre, são:
+ aqueles que da tribulação retiram o bom proveito;
+ aqueles que encontram na dor um desafio para superarem-se a si mesmo;
+ os que abrasam na fé ardente e sobrepõem-se às conjunturas dolorosas;
+ todos os que convertem as dificuldades e provações em experiências de
sabedoria;
+ os que sob o excruciar dos testemunhos demonstram a sua fé e perseverança
nos ideais esposados, porfiando fieis aos compromissos abraçados.
Provas e Expiações – OS AFLITOS
Evangelho Segundo o Espiritismo -Cap. 6 – Mateus 11/26
“Quando Jesus proclamou que são bem-aventurados os aflitos, é evidente que se referiu
somente àqueles cuja aflição não produza sequelas devastadoras que dilaceram a alma”.
Rumos Libertadores – Cap. 5 – Aflição e Consolação (Joanna de Angelis Responde – Perg. 168)
64. A provação é oportunidade para o Espírito renovar-se.
A expiação constitui-lhe corretivo severo.
Provado, o Espírito se sente estimulado a conquistas novas,
enquanto resgata os débitos anteriores.
Expiando, recupera-se e aprende, sem outra alternativa,
enjaulado no processo de depuração.
A provação é solicitada.
A expiação é imposta.
Na primeira, há liberdade de ação;
Na segunda, desaparece a livre opção, ante o impositivo
estabelecido.
Joanna de Angelis – Episódios Diários – Cap. 20
65. Provas e Expiações – Sequelas do Sofrimento
Sequelas Positivas
Conquistas de harmonia íntima,
Inteireza moral,
Humildade legítima diante das Leis
da Vida
Pré-desencarne ⇒ aceitação
Pós-desencarne ⇒ ausências das
impressões perturbadoras, das dores
Sequelas Negativas
Rebelde = ressentimento/ raiva/
auto destruição
⇒ Agudeza das aflições
⇒ Continuidade dos transtornos
⇒ Ausências de pausas refazentes
Indolente = resignação morta/
revolta surda/
⇒ Parasitismo
⇒ Quase Inutilidade evolutiva
Pré-desencarne ⇒ obsessões/
depressões
Pós-desencarne ⇒ reflexos
enfermiços, envolvimento negativos
+
“Para expurgar o mundo íntimo é mister valermo-nos
da provação como recurso de trabalho, para
converter a tribulação em alegria e a dificuldade
em lição”.
66. 66
A DOR QUE TE ALCANÇA É TUA. Ninguém a sofrerá por ti.
Os amigos se apiedarão, buscarão auxiliar-te, porém, o espinho
estará cravado nas "carnes da tua alma".
Da mesma forma, A FELICIDADE QUE TE CHEGA É TUA.
Haverá riso e satisfação entre aqueles que te amam, todavia, a
sensação de júbilo não a podes repartir com ninguém.
Isto posto, no sofrimento, NÃO IMPONHAS AMARGURA
ÀQUELES QUE TE CERCAM, assim como na alegria não podes
fazer que eles se sintam ditosos".
Joanna de Ângelis – Vida Feliz – Cap. 97
Provas e Expiações – Transferência do Sofrimento
“(...) "Quando a nossa dor não gera novas dores e nossa aflição não cria aflições naqueles que nos rodeiam, NOSSA
DÍVIDA ESTÁ EM PROCESSO DE ENCERRAMENTO”.
“Quando o enfermo sabe acatar os Celestes Desígnios, entre a conformação e a humildade, traz consigo o sinal da dívida
expirante..."
André Luiz – Ação e Reação - Cap. 17
67. 67
Quanto mais rude a tormenta mais rápido cessam as forças do seu
desgoverno.
A carga de aflições que conduzes não significa abandono a que
estejas relegada, e sim recordação de que não és esquecida.
A FÉ NÃO LIBERA A ALMA DOS RESGATES que lhe cumpre atender,
como esperam e supõem alguns crentes apressados.
Ela é a fonte de energia e o dínamo de força,
o penso que balsamiza a ferida e
o conforto que ampara a coragem,
não um mecanismo de evasão das responsabilidades OU DOCUMENTO
PARA CHANTAGEAR O EQUILÍBRIO DA JUSTIÇA.
Assim, prossegue! O Senhor conhece o teu drama, as nossas
necessidades.
Vitor Hugo - Calvário da Libertação - 4o Parte - Cap. 7
Provas e Expiações – Os Aflitos e a Fé
68. Causas das aflições
Causa na
Vida
presente
Causa fora
desta Vida
As
vicissitudes
da vida
originam-se
de duas
fontes bem
diferentes
DEUS criou o livre-arbítrio, NÓS criamos a fatalidade.
André Luiz – Nosso Lar – Cap. 46
CÁRMICAS
69. PROVAS
• No transcorrer da Existência
• Primeira Vez
• Examina (paciência, fé, etc)
• Aprendizado/Renovação
• Individual/Coletiva
• Escolha
EXPIAÇÕES
• Ao Nascimento (usualmente)
• Reincidência
• Ensina
• Disciplina/Resgate/Renovação
• Individual
• Imposta
Provas x Expiações
Duração
Ocorrência
Ação
Objetivo
Abrangência
Definição
70. Divaldo diga três coisas às pessoas que estão sofrendo muito, em certos casos curtindo
amargas provas cármicas que as induzem à desesperança ?
a. TUDO NA VIDA É TRANSITÓRIO, SÓ O ESPÍRITO É ETERNO.
Disse Jesus : “ O amor paga a multidão dos nossos pecados”.
Através do amor iremos minimizar nossos padecimentos pela prática das diversas formas de
caridade, pulverizando nossas dívidas acumuladas em vidas passadas.
b. PEÇAMOS A DEUS DISCERNIMENTO EM NOSSAS HORAS DE
SOFRIMENTO PARA QUE NÃO AGRAVEMOS NOSSOS MALES.
Aprendamos a ver na fé e no ato de conviver harmoniosamente com o próximo, principalmente
com os nossos familiares e consangüíneos, uma graça do amparo de Deus.
c. NA HORA DO DESÂNIMO E DA EXAUSTÃO, BUSQUEMOS RECURSOS
NO BANCO DA CONSCIÊNCIA E DO ACRÉSCIMO DIVINO.
Iluminemos o cérebro com o conhecimento que eleva, iluminando igualmente a alma com o amor
que redime.
Divaldo Franco - Moldando o Terceiro Milênio - (por Fernando Worm)
Divaldo Franco
Provas e Expiações – AS DORES
71. “(...) "Quando a nossa dor não gera novas dores e nossa aflição não cria aflições naqueles que
nos rodeiam, NOSSA DÍVIDA ESTÁ EM PROCESSO DE ENCERRAMENTO”.
“Quando o enfermo sabe acatar os Celestes Desígnios, entre a conformação e a humildade, traz
consigo o sinal da dívida expirante..."
André Luiz – Ação e Reação - Cap. 17
“Ouçamos o íntimo de nós mesmos.
Enquanto a consciência nos aflige, NA EXPECTATIVA DE AFASTAR-NOS DA OBRIGAÇÃO,
PERANTE ALGUÉM, vibra em nós o sinal de que a dívida permanece.
ENQUANTO HÁ INQUIETAÇÕES NA CONSCIÊNCIA, HÁ RESTO A PAGAR. Agradece,
assim, as dificuldades e as dores que te rodeiam. Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em
que te encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de elevação que a Bondade
Infinita, por agora, te pode dar.
PROVAS e EXPIAÇÕES – Quando a dívida está em processo de
encerramento
Emmanuel – Justiça Divina – Cap. 15
Emmanuel – Livro da Esperança – Cap. 76
72. Se provações te maltratam
Sempre mais, nunca te irrites.
Perante o amparo de Deus,
TODA CRISE TEM LIMITES.
Cornélio Pires – Degraus da Vida – Cap. 24
Cornélio Pires
13/07/1884/Tietê
+ 17/01/1958/São Paulo
Poeta/Escritor/Jornalista
Desse modo, quando estiveres em oração, sorvendo a taça de angústia, na sentença que indicaste
a ti próprio diante das Leis Divinas, roga a bênção da SAÚDE e a riqueza da PAZ, a luz da
CONSOLAÇÃO e o favor da ALEGRIA, mas pede a Deus, acima de tudo, o apoio da HUMILDADE e a
força da PACIÊNCIA.
Emmanuel – Religião dos Espíritos – Cap. 75 – Em Plena Prova
“Para expurgar o mundo íntimo é mister valermo-nos da provação como recurso de trabalho, para converter a tribulação em
alegria e a dificuldade em lição” (Emmanuel – Leis de Amor – Cap. 8 - Redenção)
73. Alma presa aos grilhões do barro obscuro,
Sofre a imensa tristeza que te invade,
Tecendo as asas da Imortalidade,
Para a ascensão sublime do futuro
Além do chão terrestre áspero e duro,
Brilham jardins de sol na Imensidade
O palácios divinos de ouro e jade,
Emoldurando as glórias do amor puro,
Sofre no chavascal, mas luta e avança
Sob a luz da Bondade e da Esperança,
Padecendo e chorando por vive-las!
E, ave subindo às amplidões supremas,
Em breve romperás trevas e algemas,
Para fulgir na pátria das estrelas.
Cruz e Souza – Revista Reformador – 1955 – Dezembro
João da Cruz e Souza
24/11/1861/Santa Catarina
+ 14/03/1898/Minas Gerais
Poeta/o mais importante
poeta simbolista brasileiro.
“A dor vem realizar a obra que não foi possível ao amor edificar por si mesmo.”
Emmanuel – Servidores no Além – Cap. 1
74. Se eu conversasse com Deus
Iria lhe perguntar:
Por que é que sofremos tanto
Quando viemos pra cá?
Que dívida é essa
Que a gente tem que morrer pra pagar?
Perguntaria também
Por que existem uns felizes
E outros que sofrem tanto?
Nascemos do mesmo jeito,
Moramos no mesmo canto.
Quem foi temperar o choro
E acabou salgando o pranto?
Amigos todos…Quem são?
Falam de espinhos e flores…
São astros do coração,
Nossos irmão trovadores.
Que desejam? É verdade…
Eles procuram apenas
Transmitir à Humanidade
Mais luz nas provas terrenas.
Leandro Gomes de Barros
Mais Vida - Introdução
(Uberaba, 21 de fevereiro de
1982)
Leandro Gomes de Barros - O mal e o sofrimento - 1911
1865/1918
É considerado como o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, tendo escrito aproximadamente 240
obras. No seu tempo, era cognominado "O Primeiro sem Segundo", e ainda é considerado o maior poeta
popular do Brasil de todos os tempos.
75. Espíritos no Além que passaram na Terra,
Estendendo a ambição e o domínio sem peias,
RECOLHEM, DE RETORNO, AS OBRAS QUE FIZERAM,
Plantando espinheirais nas estradas alheias.
(...)
Suplicam renascer, em extrema penúria,
PEDEM EXPIAÇÃO QUE OS CORRIJA E REPRIMA
Rogam corpos em chaga, ostracismo e abandono
Com a perda integral de toda a humana estima.
(...)
Alma querida, escuta!… Se na Terra
A provação é sombra que te alcança,
NÃO TEMAS… É O PRETÉRITO DE VOLTA…
O presente aflitivo é a nossa própria herança…
Vida em Vida - Cap. 28 – Jornadas no Tempo
Maria de Carvalho Leite
10/09/1900/Bonfim de Feira
+ 27/08/1959/Salvador
Poetisa/Professora