2. PROBLEMATIZAÇÃO
Como a história literária infantil, “Reinações de
Narizinho”, de Monteiro Lobato, pode beneficiar no
processo de aprendizagem da criança e ser um
componente motivador para o bom aproveitamento e
valorização da infância?
3. OBJETIVO GERAL
Investigar a história infantil “Reinações de
Narizinho”, de Monteiro Lobato em sala de aula, a
fim de desenvolver o hábito da leitura, incentivar a
criatividade, aguçar a inteligência, propor desafios
onde à criança possa solucioná-los, melhorar a
relação entre sua família e amigos, aumentar a
realidade imaginária de cada criança, a fim de
motivar o aproveitamento dessa fase espetacular
que é a infância com as obras literárias infantis, para
que seja a primeira janela para o seu crescimento
intelectual e mental, sem perder a magia de ser
criança.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estudar a importância da literatura infantil no
processo de aprendizagem da criança no começo de
sua vida escolar;
Analisar a obra literária “Reinações de Narizinho”, de
Monteiro Lobato;
Investigar como a teoria lobatiana influencia na
aprendizagem do aluno e no aproveitamento e
valorização da infância;
5. JUSTIFICATIVA
Pretendo através desse trabalho proporcionar ao
educador um embasamento sobre a importância de
se trabalhar a literatura na educação infantil, como
forma de incentivo para os educadores, sobre o uso
de histórias infantis em sala de aula, em especial a
obra literária “Reinações de Narizinho”, de Monteiro
Lobato. Essa valorização da literatura infantil no
processo educacional é uma das formas de
enriquecer e complementar no desenvolvimento
intelectual de nossas crianças, desde o começo de
sua vida escolar, só de forma divertida e prazerosa,
treinando sua leitura visual, dando espaço para a
criança imaginar e principalmente valorizando cada
vez mais sua infância.
6. RELEVÂNCIA
O método a ser utilizado será a pesquisa bibliográfica.
Utilizando como base a obra Reinações de Narizinho,
escrita por Monteiro Lobato, os seguintes estudiosos
da Literatura Infantil, como Regina Zilberman, Marisa
Lajolo, Nelly Novaes Coelho, Maria Helena Zancan
Frantz, Fanny Abramovich, Maria Antonieta Antunes
Cunha e a autora especialista na obra Reinações de
Narizinho, Lígia Cademartori.
7. REFERENCIAL
TEÓRICO
• Um breve histórico da
Literatura Infantil;
• A Importância da
Literatura no processo de
ensino aprendizagem dos
alunos da Educação
Infantil;
• Análise da obra Reinações
de Narizinho
• A teoria Lobatiana
segundo Lígia
Cademartori.
8. UM BREVE HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL
A literatura nos primores de sua criação não era
voltada especificamente ao público infantil...
(...) As primeiras obras publicadas visando ao público
infantil apareceram no mercado livreiro na primeira
metade do século XVIII. Antes disto, apenas durante o
classicismo francês, no século XVII, foram escritas
histórias que vieram a serem englobadas como
literatura. (...) (LAJOLO e ZILBERMAN, 2006, p: 15).
Como podemos observar na citação acima, as
primeiras “obras” consideradas literatura infantil eram
pequenas histórias inventadas pelos nossos avós de
alguma pessoa que eles conheciam ou que seus pais
conheciam. Essas pequenas e simples histórias eram
contadas quando a mãe colocava o seu filho para dormir
ou apenas para passar um tempo com eles.
9. A relação que a criança tem com a sua família, amigos e
comunidade em que vive é de extrema importância para o seu
desenvolvimento em geral, pois essas pessoas, que não
precisam ser professores, são partes essenciais para elevar a
imaginação de nossas crianças, contribuindo com pequenas
histórias, de ocorrências de suas próprias infâncias. Como diz
Abramovich (1993), “Escutá-las é o início da aprendizagem para
um ser leitor” (ABRAMOVICH, 1993, p. 16).
A maior parte das pessoas não valorizava a criança como
um ser “inteligente”, ou seja, não dava muito crédito para o seu
desenvolvimento mental, achando que ela não tinha muita
capacidade de expressão crítica, mas o que muitos não sabem e
que mesmo sem perceber, a literatura infantil está em torno da
criança, seja na escola ou no meio em que vive permitindo a
mesma compreender o mundo e ser capaz de descobrir o que a
de novo e interessante para ela.
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO PROCESSO DE
ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL.
10. Na era da modernidade, a literatura infantil é quase
inexistente. Nas escolas consideradas de primeiro mundo
ou tecnologicamente desenvolvidas, os alunos leem cada
vez menos livros, principalmente os literários infantis,
isso porque na modernidade de hoje cada aluno precisa
ter um notebook ou um tablete para fazer algum tipo de
pesquisa, que antes era feita diretamente nos livros e
agora é feita pela internet...
(...) O pós-modernismo invadiu o cotidiano com a
tecnologia eletrônica de massa ou individual, visando
a sua saturação com informações, diversões e
serviços. Na era da informática, que é o tratamento
computadorizado do conhecimento e da informação,
lidamos mais com signos do que com coisas (...).
(COELHO, 2000, p: 14 apud SANTOS, 1986).
11. As crianças, com a era digital, acabam perdendo o
interesse e a curiosidade de buscar e descobrir algo novo,
porque para ela descobrir o que aconteceria de
interessante em uma história, ela teria que lê-lo até o fim e
com a internet é só procurar o resumo e pronto, já fica
sabendo do que irá acontecer de inesperado na história,
perdendo assim o interesse pela leitura, e o mais
importante, perderia aos poucos sua curiosidade e assim
sua independência, por que iria ficar dependente da
tecnologia.
A relação entre escola/criança/literatura ocorre a
partir do momento que o professor utiliza o livro de história
como base para seu desenvolvimento perceptivo, oral,
imaginativo e emocional. Perceptivo porque a criança ao
ver e ter um livro em suas mãos verá, de alguma forma,
que ele será um divertimento para ela. Oral porque ao
ouvir a professora ler a história, sua forma de ver o livro
mudará, pois ele não será, mas um simples ouvinte, mas
sim um dos personagens da história.
12. Já no imaginativo ela, nos seus pensamentos ira se tornar um
herói, príncipe ou uma princesa. E emocional porque ao ter, ouvir e
imaginar o livro de história ela vai sentir-se feliz em compartilhar com
seus colegas em sala de aula.
“[...] a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do
gosto pela leitura, assim como um importante setor para o intercâmbio da
cultura literária, não podendo ser ignorado, muito menos desmentida a
sua utilidade”. (ZILBERMAN, 1998, p: 14).
A escola é de suma importância para o desenvolvimento da
criança com sujeito ativo, onde traz consigo um rico conjunto de
relações e vivencias onde a criança, a partir de novas experiências,
consiga aprimorar sua mente e construir seu próprio conhecimento.
Diante a análise da obra Reinações de Narizinho,
compreendo que, a mesma, contribui de forma criativa nas relações
que a criança tem com o meio social e familiar, buscando entender
suas próprias descobertas, deixando de ser um sujeito passivo e
transformando-se em ser ativo capaz de construir um pensamento
critico.
13. Diante a análise da obra Reinações de Narizinho, compreendo
que, a mesma, contribui de forma criativa nas relações que a criança
tem com o meio social e familiar, buscando entender suas próprias
descobertas, deixando de ser um sujeito passivo e transformando-se em
ser ativo capaz de construir um pensamento critico.
A história em seu enredo, busca na criança uma curiosidade
inestimável, capaz de ultrapassar o imaginário. Onde a cada ilustre
aventura e seres basicamente estranhos, proporciona a criança uma
descoberta nova, capaz de envolvê-la de certa forma em um mundo
diferente, que para elas parece ser familiar. O envolvimento com a
natureza, as brincadeiras, os sons, são de certa forma uma experiência
aparte, pois muitas das nossas crianças não vivenciam esse tipo de
experiência, onde ai entra o papel da escola, de proporcionar a criança
uma nova vivência.
Esse é o papel da educação, de forma geral, de favorecer uma
aprendizagem mais significativa e construtiva, onde a criança passa
encontrar em meio o seu aprendizado diferentes obras literárias, pois
além de incentivar a leitura, a interação e o respeito ao próximo, seja ele
de culturas diferentes ou não, introduzindo no ensino as crianças uma
forma mais dinâmica e criativa de aprendizagem.
ANÁLISE DA OBRA REINAÇÕES DE NARIZINHO
14. A teoria lobatiana relaciona o modo de ensinar a partir
de suas obras infantis, acabando com a mesmice da sala de
aula,
(...) seus livros infantis criam um mundo que não se
constitui num reflexo do rural, mas na antecipação de
uma realidade que supera os conceitos e os preconceitos
da situação histórica em que é produzida.
(CADEMARTORI, 1994, p: 48).
Lobato cria histórias a partir do seu passado, de
experiências vividas, fazendo com que o indivíduo desenvolva
um pensamento crítico, sobre o seu mundo, sua realidade, para
assim ter um olhar mais amplo de um futuro surpreendente. A
literatura em meio à educação proporciona a criança novos 18
caminhos para um entendimento maior de sua realidade vivida,
onde sua mente busca formas de entender o mundo que a
cerca. Passando assim a formar uma forte ligação entre a
realidade e a imaginação.
A TEORIA LOBATIANA SEGUNDO LÍGIA CADEMARTORI.
15. (...) a leitura dos textos literários de Lobato possibilita
uma nova experiência da realidade em que, ao mesmo
tempo em que são conservadas as vivências já
adquiridas, antecipam-se possibilidades a serem
experimentadas. (CADEMARTORI, 1994, p: 50 e 51).
Isso proporciona o envolvimento da criança como ser
ativo em seu processo de ensino aprendizagem, trazendo
para o seu ensino sua própria realidade, transformando-as em
experiências que serviram de base para o seu
desenvolvimento futuro. Onde sabemos que todo indivíduo
traz consigo uma realidade diferente, cabendo ao professor,
juntamente com a família, enriquecê-la, mostrando
possibilidades para o ser desenvolvimento intelectual e
mental.
A literatura traz em seu meio uma possível magia, onde
ao ser trabalhado em sala de aula, desperta na criança uma
curiosidade inexplicável, trazendo junto ao seu enredo um
questionamento, fazendo com que a criança tenha o interesse
de buscar respostas, construindo assim sua autonomia.
16. METODOLOGIA
A pesquisa foi fundamentada em teorias bibliográfica,
sendo estas precisas para entender o que se refere o problema
pesquisado, utilizando livros, artigos, teses e dissertações que
enfocam o tema. O trabalho procura mostrar como a literatura
infantil pode ser uma das bases para o desenvolvimento
intelectual e mental da criança, a fim de proporcioná-la ensino e
fantasia nos primeiros anos de sua vida escolar, sem perder a
alegria de ser criança. Onde proporcionei uma das infinitas
obras literárias de um dos grandes nomes da literatura infantil.
As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato foi à obra que
analisei no decorrer desse trabalho, estudando o seu papel na
educação e como a teoria lobatiana pode beneficiar a
aprendizagem e valorização da infância.
Dessa forma, a realização desta pesquisa proporcionou
perceber que cada autor aponta seu ponto de vista em relação
ao tema pesquisado, mas vale ressaltar que, a literatura infantil
é de suma importância para o desenvolvimento das crianças
nos primeiros anos da vida escolar.
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e
bobices. São Paulo:
Scipione, 1993.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil. Volume um, Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil. Volume três, Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil. São Paulo,
Editora Brasileira, 1994.
CADEMARTORI, Lígia. O que é literatura infantil. São Paulo:
Brasiliense, 1986. Coleção Primeiros Passos.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise,
didática - São Paulo, 1° edição. Moderna, 2000. Ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
20. CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil
teoria e prática – São Paulo. Editora Ática, 2006.
Dicionário do Aurélio Online. Dicionário da Língua
Portuguesa.
FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da literatura
nas séries iniciais. 3° ed. Ijuí: UNIJUÍ, 2001. Coleção
Educação.
http://catracalivre.com.br/wpcontent/uploads/2010/08/reinac
oesdenarizinho.pdf Acessado em 27/01/2014, às
18h44min.
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e encantar
crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007. 22
21. KHEDE, Sônia Salomão, org. Literatura infanto-juvenil.
Um gênero polêmico. Petrópolis, Vozes, 1983.
LAJOLO, Marisa. ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil
Brasileira: História e Histórias – Editora Ática (série
fundamentos): 6° edição, 2006.
LAKATOS, Eva Maria; MARCON, Marina de Andrade.
Fundamentos Metodológicos Científicos. São Paulo:
Atlas, 1985.
REGO, L. L. B. Literatura infantil: uma nova perspectiva
da alfabetização na pré-escola. São Paulo, FTD, 1990.
SOUZA, Ana A. Arguelho de. Literatura infantil na escola:
a leitura em sala de aula. Campinas, SP: Autores
Associados, 2010.
SILVA, Nívea Priscilla Olinto da. A Leitura da Literatura na
Escola: por uma educação emocional de crianças na
educação infantil. Natal/RN. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, 2010.
22. ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil na Escola. 10ª
edição. São Paulo: Editora Global, 1998.
ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola, 11°
edição. Revisada, atual e ampla – São Paulo: Global, 2003.
ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola. 4°
edição. São Paulo: Global, 1985.
ZILBERMAN, Regina. Como e porque ler a Literatura
Infantil Brasileira – Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
ZILBERMAN, Regina. LAJOLO, Marisa. Um Brasil para
crianças: para conhecer a literatura infantil brasileira:
histórias, autores e textos. São Paulo: Global, 1986.