Primeira Geração Modernista

LITERATURA III
MODERNISMO:
* PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO
PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO
1922 - 1930
Com a realização da SAM, foi dado um impulso para o processo de renovação da
mentalidade artística nacional, iniciando-se, assim, a Primeira Fase do Modernismo.
Apesar das divergências de ideias dos diferentes grupos que se formaram, pode-se
afirmar que a primeira fase modernismo foi acentuadamente anarquista, revolucionária e
crítica. Atingiu seus objetivos: destruiu as velhas estruturas artísticas e criou uma nova
estética; tirou o país do atraso cultural em se encontrava; levou a inteligência brasileira a
refletir sobre seus problemas, sua gente e sua realidade e buscar soluções dentro do
contexto nacional; fez com que os intelectuais descobrissem as tradições, as lendas, o
folclore e a linguagem popular; libertou o Brasil do fascínio pela Europa; as ideias
modernistas espalharam-se por todo país.
As primeiras reformulações, nesse período ocorreram na poesia.
CONTEXTO HISTÓRICO (1922 – 1930)
Nos anos compreendidos da primeira fase modernista, os imigrantes vinham ao Brasil
para substituir a mão-de-obra dos ex-escravos e também para ocupar os postos de
trabalho nas indústrias, que davam lugar às importações ocorridas a partir da Primeira
Guerra Mundial. Contudo, os produtos importados continuavam vindo pelo porto de
Santos e eram consumidos, em geral, pela população de São Paulo com maior poder
aquisitivo, como os funcionários públicos.
As oligarquias rurais brasileiras dividiam as bases de poder de acordo com o estado ou
região: Minas Gerais ocupava a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados e,
portanto, decidia quanto à aprovação de projetos; o Sul possuía a força militar do país;
já no Nordeste estava concentrada a produção cafeeira, enquanto São Paulo era o
polo de desenvolvimento industrial. Os latifundiários eram praticamente senhores
feudais.
A Primeira Guerra Mundial trouxe instabilidade na economia mundial e somado a isso,
o Brasil estava em um clima de revoltas e mobilizações radicais, inclusive foi criado o
Partido Comunista Brasileiro que, como o próprio nome já diz, adotou uma filosofia
partidária contrária a que se firmava: a do capitalismo. Foi quando no Rio de Janeiro
aconteceu a Revolta do Forte de Copacabana, em 1922, e em São Paulo a Revolta de
1924, com o objetivo de destituir Artur Bernardes da Presidência, cujo governo foi
marcado por censura à imprensa. Alguns meses depois, no Rio Grande do Sul, o
capitão Luís Carlos Prestes liderou gaúchos que enfrentaram alguns combates em prol
dos ideais comunistas, logo após se juntaram a tenentes paulistas, e assim a chamada
Coluna Prestes foi formada.
O objetivo da Coluna Prestes era ir contra as oligarquias. Em 1929, a Bolsa de Valores
de Nova Iorque causou falência a milhares de burgueses no mundo todo, inclusive no
Brasil. A burguesia brasileira encontrava-se envolta nas tradições culturais francesas,
na “Belle Époque”, todo produto francês era bom e refinado.
GRUPOS E TENDÊNCIAS MODERNISTAS
A repercussão das ideias modernistas de SP e RJ contribuiu para animar os grupos de
vanguarda que começavam a surgir em vários pontos do país. Esses grupos tiveram duração
efêmera, mas são um sinal de inquietação artística e cultural que marcou a época.
Movimento Pau-Brasil
Lançado em 1924 por Oswald de Andrade, esse movimento apresenta uma posição
primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do Brasil. Exalta o progresso e
era presente, ao mesmo tempo em que combate a linguagem retórica e vazia.
Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta
Recusando todo e qualquer contágio com ideias europeias, este movimento foi uma reação
às intenções primitivas do Movimento Pau-Brasil. Liderado por Cassiano Ricardo, Menotti
Del Picchia e outros, o grupo acabou caindo num nacionalismo ufanista, escolhendo como
símbolo de suas ideias a anta, animal uma função mítica na cultura tupi. Em 1926, esse
movimento converteu-se no chamado Grupo da Anta, que seguiu uma linha de orientação
política nitidamente de direita.
Movimento Antropofágico
Lançado com a publicação da Revista Antropofagia, preparada por Oswald de Andrade,
Antônio de Alcântara Machado, Tarsila do Amaral e outros, esse movimento foi um
desdobramento do primitivismo Pau-Brasil e uma reação ao nacionalismo Verde-
Amarelo.
Tarsila do Amaral
Uma das figuras mais importantes do
modernismo brasileiro.
PRINCIPAIS AUTORES DA PRIMEIRA
FASE MODERNISTA
Mário de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893. Foi professor de piano e
história da música. Pesquisador incansável, interessou-se pelas mais variadas
manifestações artísticas, escrevendo sobre a literatura, folclore, artes plásticas, música,
etc. Por seu espírito criativo e dinâmico, exerceu grande influência no desenvolvimento do
movimento modernista. De sua produção literária destacam-se os seguintes livros:
• poesia: Há uma gota de sangue em cada poema; Pauliceia desvairada; Losango Cáqui;
Clã do jabuti; Remate de males; Poesias; Lira paulistana;
• prosa: Primeiro andar (contos); Amar, verbo intransitivo (romance); Macunaíma: o herói
sem nenhum caráter (rapsódia); Belzarte (contos); Contos novos;
Oswald de Andrade
José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo, em 1890. Com seu espírito irrequieto e
polêmico, foi uma das figuras mais dinâmicas do movimento modernista. Nas suas viagens à
Europa, entrou em contato com ideias vanguardistas, que depois divulgou no Brasil. Exerceu
inúmeras atividades ligadas à literatura: foi jornalista, poeta, romancista e autor de peças
teatrais. Suas principais obras em verso são: Poesia Pau-Brasil (1925); Primeiro caderno do
aluno de poesia Oswald de Andrade (1927); e Poesias reunidas (1945).
Na prosa merecem destaque: Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Serafim Ponte
Grande (1933), entre outras. Escreveu ainda para o teatro as seguintes peças: O homem e o
cavalo (1934); A morta (1937); e O rei da vela (1937).
Retrato de Oswald
pintado por Tarsila do
Amaral, sua esposa.
POEMA:
Canto de regresso à pátria
Oswald de Andrade
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
Atividade:
1- O poema de Oswald de Andrade corresponde às características de qual
grupo de vanguarda modernista? Justifique.
2- O poema lido apresenta um gênero literário que é uma das características
do modernismo. Que gênero é esse?
3 – Que outro poema pode ser lembrado através da leitura deste de Mario de
Andrade?
4- Que ligação tem os títulos das duas poesias? Justifique.
Individual, para ser entregue ao final do período. Copiar as perguntas!
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira nasceu em Pernambuco em 1886, mas cedo mudou-se para o Rio de
Janeiro, onde faleceu em 1968. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, professor do
Colégio Pedro II e de literatura hispano-americana na Faculdade Nacional de Filosofia.
Colaborou na imprensa, foi tradutor e crítico literário. Escreveu os seguintes livros de poesia:
A cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930);
Estrela da Manhã (1936); Lira dos cinquent’anos (1940); Mafuá do Malungo (1948); Belo
belo (1948); Opus 10 (1952); Estrela da tarde (1960). Em prosa escreveu, entre outros:
Crônicas da província do Brasil (1937); Itinerário de Pasárgada (1954); Os reis vagabundos e
mais 50 crônicas (1966); Andorinha, andorinha (1965);
Surgidos antes de 1922, os dois primeiros livros de Manuel Bandeira, embora mantenham
um tom lírico e melancólico, que lembrava o Simbolismo, já mostravam certa liberdade
formal.
O autor alcançou seu ponto mais alto como modernista no livro Libertinagem (1930), no
qual desenvolve plenamente sua linguagem coloquial e irônica, atingindo grande
dramaticidade.
Primeira Geração Modernista
POEMA:
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
ATIVIDADE:
1) Ao dizer Vou-me embora pra Pasárgada, você imagina um lugar. Descreva-o.
2) Em Pasárgada, você pode ser “amigo do rei”. O que significa estar em um lugar em que
se pode ser amigo do rei?
3) Insatisfeito no plano afetivo, que vantagem Pasárgada lhe traz?
4) O poema evidência que características modernistas?
Individual, para entregar. Copiar as questões!
Antônio de Alcântara Machado
Antônio Castilho de Alcântara Machado nasceu em 1901, em São Paulo (SP). Formou-se na
faculdade de Direito, durante a qual publicou sua primeira crítica literária para o “Jornal do
Comércio”. Após esse fato, passou a colaborar para o jornal até tornar-se redator-chefe.
Formou-se, mas não chegou a exercer a profissão porque estava atrelado à carreira
jornalística.
Não esteve presente na Semana de Arte Moderna. Contudo, depois de tornar-se amigo de
Oswald de Andrade, adere ao movimento que o tornou um dos nomes mais significativos
da prosa da Geração de 22.
Seu primeiro livro, “Pathé Baby” (com prefácio de Oswald de Andrade), é fruto do que
escreveu para a imprensa em sua viagem à Europa, em 1925. Em 1928 publicou "Brás,
Bexiga e Barra Funda". Neste mesmo ano, já adepto da corrente modernista, Alcântara
Machado participou da fundação das revistas de ideias modernistas. Paralelamente às
atividades de jornalista, foi um cronista e contista notável.
Por volta de 1931, o escritor candidatou-se ao cargo de deputado federal, pelo qual foi
eleito, mas não chegou a tomar posse, pois faleceu aos 34 anos de idade e deixa seu único
romance inacabado “Mana Maria” (1936).
O autor é conhecido por sua linguagem objetiva (provavelmente, advinda da jornalística),
concisa e popular, características que davam dinamismo às suas narrativas.
Primeira Geração Modernista
OUTROS AUTORES DA PRIMEIRA FASE DO
MODERNISMO
Cassiano Ricardo (poesia)
Menotti Del Picchia (poesia)
Guilherme de Almeida (poesia)
Raul Bopp (poesia)
Augusto Meyer (poesia)
Ronald de Carvalho (poesia)
Marques Rebelo – pseudônimo de Eddy Dias da Cruz (prosa)
PRÓXIMO TEMA:
Segunda fase do Modernismo:
Contexto histórico e literário;
A prosa;
Principais autores;
Leituras obrigatórias;
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Primeira Geração Modernista

  • 2. PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO 1922 - 1930 Com a realização da SAM, foi dado um impulso para o processo de renovação da mentalidade artística nacional, iniciando-se, assim, a Primeira Fase do Modernismo. Apesar das divergências de ideias dos diferentes grupos que se formaram, pode-se afirmar que a primeira fase modernismo foi acentuadamente anarquista, revolucionária e crítica. Atingiu seus objetivos: destruiu as velhas estruturas artísticas e criou uma nova estética; tirou o país do atraso cultural em se encontrava; levou a inteligência brasileira a refletir sobre seus problemas, sua gente e sua realidade e buscar soluções dentro do contexto nacional; fez com que os intelectuais descobrissem as tradições, as lendas, o folclore e a linguagem popular; libertou o Brasil do fascínio pela Europa; as ideias modernistas espalharam-se por todo país. As primeiras reformulações, nesse período ocorreram na poesia.
  • 3. CONTEXTO HISTÓRICO (1922 – 1930) Nos anos compreendidos da primeira fase modernista, os imigrantes vinham ao Brasil para substituir a mão-de-obra dos ex-escravos e também para ocupar os postos de trabalho nas indústrias, que davam lugar às importações ocorridas a partir da Primeira Guerra Mundial. Contudo, os produtos importados continuavam vindo pelo porto de Santos e eram consumidos, em geral, pela população de São Paulo com maior poder aquisitivo, como os funcionários públicos. As oligarquias rurais brasileiras dividiam as bases de poder de acordo com o estado ou região: Minas Gerais ocupava a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados e, portanto, decidia quanto à aprovação de projetos; o Sul possuía a força militar do país; já no Nordeste estava concentrada a produção cafeeira, enquanto São Paulo era o polo de desenvolvimento industrial. Os latifundiários eram praticamente senhores feudais.
  • 4. A Primeira Guerra Mundial trouxe instabilidade na economia mundial e somado a isso, o Brasil estava em um clima de revoltas e mobilizações radicais, inclusive foi criado o Partido Comunista Brasileiro que, como o próprio nome já diz, adotou uma filosofia partidária contrária a que se firmava: a do capitalismo. Foi quando no Rio de Janeiro aconteceu a Revolta do Forte de Copacabana, em 1922, e em São Paulo a Revolta de 1924, com o objetivo de destituir Artur Bernardes da Presidência, cujo governo foi marcado por censura à imprensa. Alguns meses depois, no Rio Grande do Sul, o capitão Luís Carlos Prestes liderou gaúchos que enfrentaram alguns combates em prol dos ideais comunistas, logo após se juntaram a tenentes paulistas, e assim a chamada Coluna Prestes foi formada. O objetivo da Coluna Prestes era ir contra as oligarquias. Em 1929, a Bolsa de Valores de Nova Iorque causou falência a milhares de burgueses no mundo todo, inclusive no Brasil. A burguesia brasileira encontrava-se envolta nas tradições culturais francesas, na “Belle Époque”, todo produto francês era bom e refinado.
  • 5. GRUPOS E TENDÊNCIAS MODERNISTAS A repercussão das ideias modernistas de SP e RJ contribuiu para animar os grupos de vanguarda que começavam a surgir em vários pontos do país. Esses grupos tiveram duração efêmera, mas são um sinal de inquietação artística e cultural que marcou a época. Movimento Pau-Brasil Lançado em 1924 por Oswald de Andrade, esse movimento apresenta uma posição primitivista, buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do Brasil. Exalta o progresso e era presente, ao mesmo tempo em que combate a linguagem retórica e vazia. Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta Recusando todo e qualquer contágio com ideias europeias, este movimento foi uma reação às intenções primitivas do Movimento Pau-Brasil. Liderado por Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia e outros, o grupo acabou caindo num nacionalismo ufanista, escolhendo como símbolo de suas ideias a anta, animal uma função mítica na cultura tupi. Em 1926, esse movimento converteu-se no chamado Grupo da Anta, que seguiu uma linha de orientação política nitidamente de direita.
  • 6. Movimento Antropofágico Lançado com a publicação da Revista Antropofagia, preparada por Oswald de Andrade, Antônio de Alcântara Machado, Tarsila do Amaral e outros, esse movimento foi um desdobramento do primitivismo Pau-Brasil e uma reação ao nacionalismo Verde- Amarelo. Tarsila do Amaral Uma das figuras mais importantes do modernismo brasileiro.
  • 7. PRINCIPAIS AUTORES DA PRIMEIRA FASE MODERNISTA
  • 8. Mário de Andrade Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893. Foi professor de piano e história da música. Pesquisador incansável, interessou-se pelas mais variadas manifestações artísticas, escrevendo sobre a literatura, folclore, artes plásticas, música, etc. Por seu espírito criativo e dinâmico, exerceu grande influência no desenvolvimento do movimento modernista. De sua produção literária destacam-se os seguintes livros: • poesia: Há uma gota de sangue em cada poema; Pauliceia desvairada; Losango Cáqui; Clã do jabuti; Remate de males; Poesias; Lira paulistana; • prosa: Primeiro andar (contos); Amar, verbo intransitivo (romance); Macunaíma: o herói sem nenhum caráter (rapsódia); Belzarte (contos); Contos novos;
  • 9. Oswald de Andrade José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo, em 1890. Com seu espírito irrequieto e polêmico, foi uma das figuras mais dinâmicas do movimento modernista. Nas suas viagens à Europa, entrou em contato com ideias vanguardistas, que depois divulgou no Brasil. Exerceu inúmeras atividades ligadas à literatura: foi jornalista, poeta, romancista e autor de peças teatrais. Suas principais obras em verso são: Poesia Pau-Brasil (1925); Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927); e Poesias reunidas (1945). Na prosa merecem destaque: Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Serafim Ponte Grande (1933), entre outras. Escreveu ainda para o teatro as seguintes peças: O homem e o cavalo (1934); A morta (1937); e O rei da vela (1937). Retrato de Oswald pintado por Tarsila do Amaral, sua esposa.
  • 10. POEMA: Canto de regresso à pátria Oswald de Andrade Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá
  • 11. Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo
  • 12. Atividade: 1- O poema de Oswald de Andrade corresponde às características de qual grupo de vanguarda modernista? Justifique. 2- O poema lido apresenta um gênero literário que é uma das características do modernismo. Que gênero é esse? 3 – Que outro poema pode ser lembrado através da leitura deste de Mario de Andrade? 4- Que ligação tem os títulos das duas poesias? Justifique. Individual, para ser entregue ao final do período. Copiar as perguntas!
  • 13. Manuel Bandeira Manuel Bandeira nasceu em Pernambuco em 1886, mas cedo mudou-se para o Rio de Janeiro, onde faleceu em 1968. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, professor do Colégio Pedro II e de literatura hispano-americana na Faculdade Nacional de Filosofia. Colaborou na imprensa, foi tradutor e crítico literário. Escreveu os seguintes livros de poesia: A cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da Manhã (1936); Lira dos cinquent’anos (1940); Mafuá do Malungo (1948); Belo belo (1948); Opus 10 (1952); Estrela da tarde (1960). Em prosa escreveu, entre outros: Crônicas da província do Brasil (1937); Itinerário de Pasárgada (1954); Os reis vagabundos e mais 50 crônicas (1966); Andorinha, andorinha (1965); Surgidos antes de 1922, os dois primeiros livros de Manuel Bandeira, embora mantenham um tom lírico e melancólico, que lembrava o Simbolismo, já mostravam certa liberdade formal. O autor alcançou seu ponto mais alto como modernista no livro Libertinagem (1930), no qual desenvolve plenamente sua linguagem coloquial e irônica, atingindo grande dramaticidade.
  • 15. POEMA: Vou-me Embora pra Pasárgada Manuel Bandeira Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive
  • 16. E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a mãe-d'água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar — Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada.
  • 17. ATIVIDADE: 1) Ao dizer Vou-me embora pra Pasárgada, você imagina um lugar. Descreva-o. 2) Em Pasárgada, você pode ser “amigo do rei”. O que significa estar em um lugar em que se pode ser amigo do rei? 3) Insatisfeito no plano afetivo, que vantagem Pasárgada lhe traz? 4) O poema evidência que características modernistas? Individual, para entregar. Copiar as questões!
  • 18. Antônio de Alcântara Machado Antônio Castilho de Alcântara Machado nasceu em 1901, em São Paulo (SP). Formou-se na faculdade de Direito, durante a qual publicou sua primeira crítica literária para o “Jornal do Comércio”. Após esse fato, passou a colaborar para o jornal até tornar-se redator-chefe. Formou-se, mas não chegou a exercer a profissão porque estava atrelado à carreira jornalística. Não esteve presente na Semana de Arte Moderna. Contudo, depois de tornar-se amigo de Oswald de Andrade, adere ao movimento que o tornou um dos nomes mais significativos da prosa da Geração de 22. Seu primeiro livro, “Pathé Baby” (com prefácio de Oswald de Andrade), é fruto do que escreveu para a imprensa em sua viagem à Europa, em 1925. Em 1928 publicou "Brás, Bexiga e Barra Funda". Neste mesmo ano, já adepto da corrente modernista, Alcântara Machado participou da fundação das revistas de ideias modernistas. Paralelamente às atividades de jornalista, foi um cronista e contista notável. Por volta de 1931, o escritor candidatou-se ao cargo de deputado federal, pelo qual foi eleito, mas não chegou a tomar posse, pois faleceu aos 34 anos de idade e deixa seu único romance inacabado “Mana Maria” (1936). O autor é conhecido por sua linguagem objetiva (provavelmente, advinda da jornalística), concisa e popular, características que davam dinamismo às suas narrativas.
  • 20. OUTROS AUTORES DA PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO Cassiano Ricardo (poesia) Menotti Del Picchia (poesia) Guilherme de Almeida (poesia) Raul Bopp (poesia) Augusto Meyer (poesia) Ronald de Carvalho (poesia) Marques Rebelo – pseudônimo de Eddy Dias da Cruz (prosa)
  • 21. PRÓXIMO TEMA: Segunda fase do Modernismo: Contexto histórico e literário; A prosa; Principais autores; Leituras obrigatórias;