O documento discute o povoamento da América, apresentando as principais teorias e evidências arqueológicas. Aborda a hipótese da Beríngia, a cultura Clóvis, sítios pré-Clovis e as hipóteses do Pacífico e do Atlântico. Também descreve civilizações pré-colombianas como Maias, Astecas, Incas, além de povos indígenas da América do Norte e do Brasil.
5. O grande
debate
A hipótese da
Beríngia
Beríngia: ligação terrestre
entre a Sibéria e o Alasca
criada pelo baixo nível dos
oceanos em períodos de
glaciação.
6. O grande
debate
A Cultura Clóvis
- 11500-9000 atrás
- Primeiros vestígios
encontrados entre
1920’ e 30’ em Clóvis,
Novo México, EUA.
Corredor de
Mackenzie
(fechado
entre 22-15 mil
anos atrás)
7. O grande
debate
A Cultura Clóvis
- Artefatos similares encontrados
em toda América do Norte.
- Teoria Clovis-first: a cultura
Clóvis seria a pioneira no
povoamento da América.
- Extinção de grandes mamíferos
da região na mesma época
demonstraria o impacto da
chegada humana.
8. O grande
debate
Sítios mais
antigos que a
cultura Clóvis
13.500
anos atrás
12.500
anos atrás
48.000-32.000
anos atrás
50.000
anos atrás
Identificação de
vestígios humanos
mais antigos que
a cultura Clóvis –
até no extremo sul
da América
Identificação de
possíveis artefatos
humanos muito
mais antigos que a
cultura Clóvis
9. O grande
debate
Paul Rivet e a hipótese
transpacífica
Argumentos de Rivet:
- Antropologia física: semelhança óssea
entre ossadas encontradas na América
do Sul e as populações do pacífico.
- Etnográficos: semelhanças entre alguns
rituais e costumes dos povos polinésios e
tribos indígenas sul-americanas.
- Linguísticos: semelhança entre
vocábulos melanésios e da tribo Hoka,
na América do Norte.
Thor Heyerdahl e a expedição Kon-Tiki (1947).
- Inversão da hipótese de Rivet.
10. O grande
debate
A hipótese
da migração
costeira pelo
Pacífico
Melhor explicação para:
- Migração em períodos
de fechamento da rota
de Mackenzie
- Velocidade de difusão
da presença humana
na América.
Dificuldade para
atestar esse hipótese:
Aumento do nível dos
oceanos submergiu
possíveis sítios
arqueológicos.
11. O grande
debate
Semelhanças entre os
artefatos de Clóvis e da
cultura Solutrense.
A hipótese
solutrense
(rota do
Atlântico)
- Estudos
arqueológicos
Críticas:
- Ausência da arte solutrense na cultura Clóvis.
- Dificuldade de travessia pela rota do Atlântico Norte.
12. O grande
debate
• Haplogrupos dos descendentes dos povos nativos : A, B, C e D.
• “Parentescos”:
• A, C e D na Mongólia e na Sibéria. Divisão há 20 mil anos
• B na China e no Sudeste Asiático. Divisão há 15 mil anos.
Estudos
genéticos
Estudo da migração
humana a partir do
DNA mitocondrial.
Crítica a essa metodologia:
População descendente
dos povos nativos é muito
pequena, o que tornaria a
amostragem insignificante.
13. O grande
debate
A hipótese
solutrense
(rota do
Atlântico) –
estudos
genéticos
Haplogrupo X
(mtDNA)
Haplogrupo R
(Y-DNA)
Estudos genéticos que
mostram “parentesco” das
populações nativas da
América do Norte Atlântica e
da Europa Ocidental
16. A miopia das nossas
fontes históricas
Resume-se muitas vezes a história dos povos
nativos americanos às três “grandes civilizações”
da época da conquista espanhola.
Isso tem relação direta com as fontes escritas que
temos para estudar esses povos, “filtradas” ou mesmo
produzidas no contexto da invasão espanhola.
Página do Códice
Mendoza
17. Povos da
América do Sul:
o Altiplano andino
Região de antiga ocupação
humana e desenvolvimento
de sociedades complexas.
Civilização de Caral
(Norte Chico): 3000-2700 a.C.
Caral, Vale do Supe, Peru
Chavin: 900-200 a.C
Chavin de Huantar, Peru
Cultura Mochica: 100 a.C. – 800
Huaca del Sol
18. Povos da
América do Sul:
o Altiplano andino
Região de antiga ocupação
humana e desenvolvimento
de sociedades complexas.
Cultura Nazca: 100-750 a.C.
O Colibri
Culturas Wari e
Tiwanaku: 300 - 1000
Portal do Sol
(construção Tiwanaku próxima
ao lago Titicaca)
19. Povos da
América do Sul:
A região Amazônica
Etnias na América do Sul no século XVI
Concepção
ecologicamente
determinista:
impossível
grandes
densidades
populacionais na
Floresta
Arqueologia tem
descoberto indícios
de grandes
assentamentos
humanos
Kuhikugu, Xingu
Geoglifos da Fazenda
Colorada, Acre
20. Povos da Mesoamérica
Olmecas: 1500-400 a.C. Zapotecas: 700 a.C.-1521
Outra região de antiga
ocupação humana e
desenvolvimento de
sociedades complexas.
Monte Albán, Oaxaca, México
21. Povos da Mesoamérica
Outra região de antiga
ocupação humana e
desenvolvimento de
sociedades complexas.
Toltecas: 800-1000Teotihuacan: 100 a.C.-250 (construção
dos monumentos)/ 500 (declínio)
22. Maias
• Período Pré-clássico: 2000 a.C.-250
• Surgimento das primeiras cidades-
Estado maias.
• Contatos com Olmecas e Zapotecas.
• Primeira inscrição com hieróglifos.
• Período Clássico: 250-950
• Apogeu da cultura e do urbanismo
Maia.
• Formação de grandes hegemonias
políticas a partir de Cidades-Estado
Maias.
• Grandes construções (esp. Pirâmides)
• Período Pós-clássico: 950-1539
• Crise das culturas Maias.
• Manutenção de cidades pujantes no
norte do Yucantán.
24. Maias
Escrita Maia
Sistema que mistura imagens
e figuras que representam
ideias e/ou sílabas.
Sistema numérico
Calendários
Existiam vários calendários
que regiam atividades
diferentes e que associados
criavam ciclos mais longos.
Tzolkien: 13 meses de 20 dias
Haab: 18 meses de 20 dias + 5
dias extras (calendário solar de
365 dias)
25. Povos da
América do Norte
- Povos caçadores e coletores.
- Povos agricultores (especialmente
cultivo de milho).
Tendência na arqueologia norte-
americana de destacar a
complexidade de algumas culturas
nativas do sul e sudoeste do atual EUA.
30. Formação do
Império Asteca
Representação de Tenochtitlan
Migração dos Astecas
para o vale do México
Formação da Tríplice
Aliança (Tenochtitlan,
Texcoco e Tlacopan)
contra Azcapotzalco
31. O Império tributário
Códice com
Matricula de
Tributos
Império Asteca não governava
diretamente as regiões conquistadas.
Exigia a entrega regular de tributos.
32. Administração
do Império
Huetlatoani
Governante
“Externo”
Conselho dos
quatro grandes
generais
Petlacalcatl
administrador
geral dos tributos
Huecalpixque
administradores
locais dos tributos
Cihuacoatl
Governante
“interno”
Administração em Tenochtitlan
Administração nas Províncias
Tlatoani
Governante
provincial
Chefe do
Calpulli
Cuauhtlatoani
Interventor
militar
33. Guerras “floridas” e
o sacrifício humano
Guerras Floridas: guerras de baixa intensidade
entre o Império Asteca e cidades autônomas.
Interpretações divergentes:
• Guerras rituais para prover prisioneiros a
serem sacrificados.
• Guerras de fato de resistência contra a
incorporação ao Império Asteca.
A lógica do sacrifício humano asteca:
- Cosmologia e significado religioso.
- O aspecto político: amedrontar os inimigos.
34. A agricultura no
vale do México
Chinampas:
canteiros em
terrenos alagadiços.
Milho
Abóbora
Feijão
Principais cultivos
36. Ayllus
comunidades camponesas
do Altiplano Andino
Forma de organização comunitária
dos Quéchuas e Aymarás. Persiste,
ainda que modificada, até hoje.
Trabalho
comunal
Organização
da aldeia para
realizar suas
necessidades
Minca
Trabalho
familiar
Reciprocidade
entre as
famílias da
aldeia
Ayni
Formas de Trabalho
Vínculo de
parentesco
(estendido e por
vezes fictício)
Vínculo religioso:
Huaca: divindade
local;
Santuários e rituais.
Vínculo político:
Controle dos chefes
das aldeias
(nobreza local)
Vínculo econômico:
reciprocidade.
Identidade
do Ayllu
38. Formação e expansão do
Império Inca (Tawantinsuyu)
Expansão se inicia
com o Sapa Inca
Pachacuti a partir
de 1438.
Estratégias de dominação:
Exército do Inca se mostra o mais
forte da região.
das elites locais. Alianças e
circulação das elites dentro do
Império; Cuzco se torna uma
capital Imperial.
Guerra
Cooptação
39. Organização
do Império
Elite Imperial em Cuzco:
Sapa Inca
Sumo
sacerdote
Willaq Umu
Conselheiro
do Inca
Inkap rantin
Conselho do Rei
(representantes
das nobrezas
locais)
Família Real
Panaqa
Administração
das Províncias:
Formação de estamentos
hereditários e hierárquicos
na sociedade
Suyu: Apu
Wamani: Toqrikoq
Ayllus: Kurakas
agentes
imperiais
Nobreza Imperial Nobreza Local
Quipo
40. Estradas e
Cidades
Importância da construção de cidades e
estradas para a administração do Império:
o controle sobre o território.
Cuzco,
capital Imperial
Saksaywaman: fortaleza vizinha a Cuzco
41. Estradas e
Cidades
Aqueduto em Tipon
Ruinas de Wiñay-Wayna
Machu-Picchu:
a mais famosa ruina inca
Importância da construção de cidades e
estradas para a administração do Império:
o controle sobre o território.
42. Mita
Trabalho obrigatório prestado para o Império
• Construção de estradas e templos.
• Serviço militar.
• Cultivo de terras.
• Trabalho nas minas.
Trabalho fora da comunidade
Sistema de “rodízio”
(Mita significa “turno”)
Quem realizava a Mita?
• Todos os camponeses entre 15 e 50 anos.
• Nobres eram dispensados.
Origens nas formas de
reciprocidade entre
Ayllus
Terras do
povo
Terras do
Curaca
Terras do
Deus-Sol
Terras do
Inca
Categorias
das terras
Reciprocidade e redistribuição.
44. Diversidade dos povos
indígenas da região
Fontes para o estudo desses povos:
• Linguística.
• Arqueologia.
• Relatos dos conquistadores europeus
• Etnografia.
Grupo mais bem conhecido: Tupis.
Melhor cruzamento de tipos distintos de informações.
45. Pindorama
Aldeias autônomas e seminômades com quase
nenhuma hierarquia interna rígida.
• Pajés: sacerdotes.
• Caciques: chefes guerreiros.
Economia: caça, pesca e agricultura extensiva.
• Cultivo da mandioca.
• Divisão do trabalho por gênero.
Visão do mundo: os espíritos que regem os
acontecimentos no cosmos.