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TEMA GERAL B:
MODERNIZAÇÃO DE RECURSOS APLICADOS À OPERAÇÃO


     MÓDULO DE           ESTUDOS       E TREINAMENTO EM                TEMPO REAL


             FREIRE, L. M.*; ZAGARI, E. N. F.; RODRIGUES, L. F. G.;
                      MOKARZEL JR., F. e      CALIXTO, R.

                        CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz


RESUMO                                           1.0 - INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta o programa                       A CPFL vem trabalhando há cinco
computacional implantado junto ao centro de      anos na implantação das funções de análise de
operação e controle da CPFL para a               redes em seu centro de operação e controle do
realização de simulações na rede elétrica. O     sistema elétrico – COS (8). Além das funções
software trabalha com dados de tempo real        clássicas de estimação de estado, fluxo de
sendo acionado através do próprio console de     potência on-line e análise de segurança em
operação utilizado no dia-a-dia pelo operador.   tempo real, o pacote de aplicativos de análise
Destaca-se as potencialidades do aplicativo, o   de redes da CPFL inclui a função de Módulo
impacto de sua implantação trazendo grande       de Estudos em Tempo Real - METR. Este
agilidade e flexibilidade na programação e       trabalho descreve todo o ambiente envolvido
realização de manobras no sistema elétrico e     na execução de estudos utilizando o METR,
ainda, sua utilização como ferramenta de         destacando suas potencialidades e o impacto
treinamento de despachantes.                     no ambiente de operação advindos com a sua
                                                 implantação no COS da CPFL.

PALAVRAS-CHAVE                                          O METR é utilizado tanto pelas
                                                 áreas de estudos de curto prazo quanto pelas
Simulador, Centro de Operação e Controle,        áreas de controle da operação, sendo
Funções de Análise de Redes.                     inegáveis os ganhos trazidos para esta última,


  *Rod. Campinas Mogi-Mirim, km 2,5, no 1755, Jardim Santana - Campinas - SP – CEP: 13088-900
   Tel.: (019) 756-8446/756-8323  -    Fax: (019) 756-8779     -  e-mail: lfreire@cpfl.com.br
2

pois o operador (despachante) pode verificar, na         menor prioridade, é executado somente com a
fase de programação e instantes antes de realizar        intervenção do operador e de forma off-line,
uma manobra, quais os efeitos que ela provoca no         onde modificações especiais no posto de
sistema elétrico. Na realização dos estudos é            operação se fazem necessárias.
permitida a simulação de abertura/fechamento de
linhas, transformadores e shunts de barra e
alterações de carga/geração das barras, o que
cobre a grande maioria dos tipos de manobras
realizadas no COS. Dispondo dessa ferramenta, o
ambiente de operação exige cada vez mais a
presença do engenheiro de operação e mudanças
no perfil dos operadores, com a possibilidade de
num futuro próximo os estudos de curto prazo
serem realizados diretamente nos centros de
operação.

        Uma importante característica desse
aplicativo é a sua simplicidade e facilidade de
utilização, tanto na preparação do caso base de
tempo real e na escolha da(s) contingência(s) a
ser(em) simulada(s), quanto na execução e
apresentação dos resultados, sendo que o
operador não precisa mudar de ambiente
computacional para realizá-los.

        O aplicativo METR é também utilizado
para treinamento de operadores, sendo realizado
na forma de auto-treinamento ou treinamento
dirigido. Em qualquer uma dessas opções, o
METR proporciona o aprimoramento dos                              FIGURA 1 - Aplicativos FAR
operadores, dando-lhes a oportunidade de
aumento contínuo na sua sensibilidade com
relação ao sistema elétrico onde atua. Cabe              3.0 - PREPARAÇÃO          DO     CASO     BASE
ressaltar a grande utilidade dessa ferramenta face       DE TEMPO REAL
a renovação do quadro de operadores acelerando
o processo de aprendizado.                                       Um dos maiores desafios na consolidação
                                                         das chamadas Funções de Análise de Redes, FAR
                                                         é a geração de um modelo em tempo real da rede
2.0 - AMBIENTE DE TEMPO REAL                             de interesse (caso base de tempo real) que seja
                                                         consistente e reflita com exatidão a situação
        Os aplicativos FAR implantados na CPFL           operativa do sistema elétrico para um
são: Configurador, Estimador, Fluxo de Potência,         determinado instante (1) (3). Os resultados do
Análise de Segurança e Módulo de Estudos (5).            Módulo de Estudos, assim como do Fluxo de
Eles são controlados por um Escalonador que              Potência On-Line e Análise de Segurança, serão
concede o uso do processador aos aplicativos de          tão mais precisos quanto mais exata for a
acordo com a prioridade de cada um, conforme             representação da rede de interesse.
mostrado na Figura 1. Com exceção do Módulo
de Estudos, os aplicativos são executados                        Define-se aqui rede elétrica de interesse
ciclicamente de forma on-line sendo que o Fluxo          como sendo a rede elétrica da própria
de Potência e a Análise de Segurança podem               concessionária (rede interna) e parte da rede das
também ser executados por        solicitação do          concessionárias vizinhas (rede externa). A razão
operador. Já o Módulo de Estudos, aplicativo de          de se agregar parte da rede externa à rede de
                                                         interesse é representar as influências externas
3

quando da ocorrência (ou          simulação)    de        dia-a-dia utilizando o seu próprio console de
contingências na rede interna.                            operação, onde os resultados são mostrados nas
                                                          telas habituais de operação do sistema.
        No caso da CPFL, a rede elétrica de
interesse é modelada como mostrado na Figura 2.                  O posto de operação (PO) é constituído
As partes observáveis da rede são modeladas               por dois monitores. Ao selecionar no Menu
através de dados telemedidos e do estimador de            Principal, Figura 3, a opção “Entrar no Modo de
estado e as partes não observáveis através de             Estudos” é gerado um caso base de tempo real e
dados estatísticos (6) e equivalentes externos (2).       suas informações (fluxos nas linhas, tensões e
                                                          potência líquida nas barras) são exteriorizadas em
                                                          um dos monitores. No outro monitor, o operador
                                                          tem acesso normal às informações de tempo real,
                                                          não ficando alheio ao que se passa no sistema
                                                          enquanto realiza o estudo.


                                                                     FUNÇÕES DE ANÁLISE DE REDES 


                                                            ** ENTRAR NO MODO DE ESTUDOS 
                                                            ** MEDIDAS COM ERROS GROSSEIROS 
                                                            ** RESULTADOS DA ANÁLISE DE SEGURANÇA 
                                                            ** RESULTADOS DO MODO DE ESTUDOS 
                                                            ** ENTRAR EM MODO DE TCSP 
 FIGURA 2 – Modelagem da Rede de Interesse                  ** RESULTADOS DA TCSP 


                                                            EXECUTAR:                      ÚLTIMA EXECUÇÃO 
     Uma vez modeladas as redes                                                             
                                                            ** FLUXO DE POTÊNCIA             dd/mm/aa    hh:mm:ss 
interna e externa (Figura 1),                               ** ANÁLISE DE SEGURANÇA          dd/mm/aa    hh:mm:ss 
tomando-se    certos     cuidados,                          ** ESTUDO                        dd/mm/aa    hh:mm:ss 
                                                            ** TCSP                          dd/mm/aa    hh:mm:ss 
combina-se   os   resultados    do
equivalente   e    do    estimador
gerando-se finalmente um modelo                                      FIGURA 3 – Menu Principal
completo da rede de interesse: o
caso base de tempo real.
                                                                  O operador pode simular manobras do seu
       Na CPFL, no modo de tempo real, a cada             dia-a-dia tais como:
minuto é gerado um caso base utilizando esse
procedimento que acabamos de descrever.                          • abrir/fechar linha;
Quando há uma solicitação de estudo, o caso base                 • desligar/ligar linha;
do METR é gerado através do mesmo                                • chavear banco de capacitores;
procedimento.                                                    • seccionar barramento;
                                                                 • transferência de circuito sem pisca com
                                                                   fechamento e abertura de anel através
4.0 - O POSTO DE OPERAÇÃO E OS                                     de seccionadores;
ESTUDOS EM TEMPO REAL                                            • e ainda pode alterar o valor de carga ou
                                                                   geração      na       barra   simulando
        Uma grande vantagem do METR é a                            transferência/corte de carga ou
facilidade que o operador encontra para realizar                   redespacho de geração.
um estudo. O estudo é realizado no próprio posto
de operação não necessitando de mudança de                       Além dos resultados das simulações
ambiente de trabalho. Na escolha da                       mostrados de forma gráfica nas telas que
contingência, que pode ser simples ou múltipla e          representam os unifilares do sistema, o operador
de natureza diversa, tudo se passa como se ele            tem ainda à sua disposição:
estivesse realizando uma manobra do seu
4

       • listas de violações de limites de tensão         economia de tempo despendido em simulações,
         nas barras e carregamento nas linhas de          mas principalmente uma valiosa redução de
         transmissão/transformadores,                     riscos operativos nas manobras de transferências
       • o grau de severidade da contingência e           sem pisca.
       • um relatório das atuações dos
         elementos de controle (banco de
         capacitores, LTC e geradores).                   5.0 - COMENTÁRIOS FINAIS

       Para a realização de um estudo o                           Dentre as dificuldades encontradas na fase
operador, de forma prática, fácil e rápida, executa       de implementação destacam-se a modelagem da
os seguintes passos (7):                                  rede interna, face a escassez de telemedições, e a
                                                          combinação dela com o equivalente externo. Tais
       1. seleciona o PO para modo de estudos             dificuldades sinalizam a necessidade de
          (um caso base de tempo real é gerado);          investimentos em telemedições e na troca de
       2. realiza as manobras desejadas;                  informações entre centros de operação de
       3. solicita a execução do estudo;                  concessionárias vizinhas.
       4. analisa os resultados.
                                                                  A utilização do METR para investigar os
       Apesar de ser a tarefa de menor prioridade         efeitos de manobras e de contingências no
dentro do sistema de análise de redes em tempo            sistema elétrico da CPFL tem trazido
real, o tempo de execução de um estudo no                 simplificações e diminuição do tempo despendido
METR (passo 3) não ultrapassa 30 segundos, o              para a realização de estudos de curto prazo e
que não chega a causar ansiedade ao operador.             programação de manobras. Além disto, face à
No entanto, como só lhe é alocado o processador           facilidade de utilização, o METR está sendo
quando não há nenhuma outra função de análise             empregado com êxito no treinamento de novos
de redes em tempo real em execução, pode-se               operadores e        atualização do pessoal de
ainda reduzir este tempo a apenas alguns                  operação.
segundos, bastando, para isso, alocar um
processador exclusivo para a execução do METR.                    Por ser executado no mesmo ambiente
                                                          computacional de operação do COS e devido à
       Assim, o METR é utilizado tanto na                 interface amigável de manuseio, o METR tem
programação e instantes antes da manobra a fim            estimulado o operador a utilizá-lo. A prática de
de se verificar os valores da programação, como           simulações tem conferido ao operador, não
também em situações de alerta ou emergência,              apenas uma melhor compreensão técnica da
onde o operador pode simular várias manobras a            engenharia de sistemas de potência, aprimorando
fim de levar o sistema para um estado seguro de           seu perfil de análise, mas também uma maior
operação.                                                 familiaridade com determinadas partes do sistema
                                                          elétrico, especialmente no que diz respeito a
4.1 - Transferência de circuito sem pisca - TCSP          solução de problemas e preparação para
                                                          emergências.
        Dentre as manobras de equipamentos do
sistema elétrico realizadas com a supervisão do                   Enfim, aliando todos esses benefícios, a
Centro de Controle da CPFL, uma tem especial              incorporação do METR ao Centro de Operação
importância: transferência de circuito sem pisca          do Sistema da CPFL, ferramenta tão almejada por
com fechamento e abertura de anel através de              todos que trabalham com operação e controle em
seccionadores (4). Esta importância se deve à             tempo real, tem proporcionado um estimável
relevante freqüência com que essas manobras são           aumento da segurança operativa e melhoria na
realizadas devido ao grande número de SE’s em             qualidade do fornecimento de energia.
138kV com dupla alimentação existentes na área
de concessão da CPFL. A implementação dos                        No futuro o METR poderá servir como
estudos de transferência sem pisca no METR                base para a implantação de um simulador para
proporcionaram, não apenas uma sensível                   treinamento de operadores.
5

6.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                     Elétricos, 1992, Campinas, SP. Anais ...
                                                     Campinas: CPFL, 1992. p. 318-328.
(1) KEN KATO ET AL.. External Network
      Modeling - Recent Practical Experience
      - A Report Prepared by the External
      Network Modeling Task Force, IEEE
      Transactions on Power Systems, Vol. 9,
      No. 1, Feb 1994.

(2) MONTICELLI, A. J., DECKMANN, S,
      GARCIA, A., STOTT, B.. Real-Time
      External Equivalents for Static Security
      Analysis. IEEE Transactions on Power
      Apparatus and Systems, PAS-98, pp.
      498-508, New York 1979.

(3) MONTICELLI, A. J., FELIX, F. W.. A
      Method that Combines Internal State
      Estimation and External Network
      Modeling. IEEE Transactions on Power
      Apparatus and Systems, PAS-104, No. 1,
      pp. 91-99, Jan 1985.

(4) IEEE COMMITTEE REPORT. Results of
       Survey on Interrupting Ability of Air
       Break Switches. IEEE Transactions on
       Power Apparatus and Systems, Vol.
       PAS-85, No. 9, pp. 1008-1020, Sep
       1966.

(5) CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO ENTRE
       CPFL/UNICAMP. Relatórios 02, 03 e
       04 do Aditivo 03, Relatórios 02 e 04 do
       Aditivo 06 e Relatórios 01 e 02 do
       Aditivo 07 sobre Funções de Análise de
       Redes, Campinas, 1990-1997.

(6) ZAGARI, E. N. F., FREIRE, M. L.,
      Modelagem de Ilhas Não Observáveis na
      Análise em Tempo Real. Relatório
      CPFL/OSE, Campinas Junho/96.

(7) FREIRE, M. L. e ZAGARI, E. N. F.. Manual
    Do Usuário FAR., CPFL, Campinas
    Novembro/97.

(8)   FREIRE, L. M.; GARCIA, A. V.;
        MONTICELLI, A. J.. Modernização
        Incremental do Centro de Operação do
        Sistema da CPFL. In: 1o SIMPASE -
        Simpósio de Automação de Sistemas

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  • 1. TEMA GERAL B: MODERNIZAÇÃO DE RECURSOS APLICADOS À OPERAÇÃO MÓDULO DE ESTUDOS E TREINAMENTO EM TEMPO REAL FREIRE, L. M.*; ZAGARI, E. N. F.; RODRIGUES, L. F. G.; MOKARZEL JR., F. e CALIXTO, R. CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz RESUMO 1.0 - INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta o programa A CPFL vem trabalhando há cinco computacional implantado junto ao centro de anos na implantação das funções de análise de operação e controle da CPFL para a redes em seu centro de operação e controle do realização de simulações na rede elétrica. O sistema elétrico – COS (8). Além das funções software trabalha com dados de tempo real clássicas de estimação de estado, fluxo de sendo acionado através do próprio console de potência on-line e análise de segurança em operação utilizado no dia-a-dia pelo operador. tempo real, o pacote de aplicativos de análise Destaca-se as potencialidades do aplicativo, o de redes da CPFL inclui a função de Módulo impacto de sua implantação trazendo grande de Estudos em Tempo Real - METR. Este agilidade e flexibilidade na programação e trabalho descreve todo o ambiente envolvido realização de manobras no sistema elétrico e na execução de estudos utilizando o METR, ainda, sua utilização como ferramenta de destacando suas potencialidades e o impacto treinamento de despachantes. no ambiente de operação advindos com a sua implantação no COS da CPFL. PALAVRAS-CHAVE O METR é utilizado tanto pelas áreas de estudos de curto prazo quanto pelas Simulador, Centro de Operação e Controle, áreas de controle da operação, sendo Funções de Análise de Redes. inegáveis os ganhos trazidos para esta última, *Rod. Campinas Mogi-Mirim, km 2,5, no 1755, Jardim Santana - Campinas - SP – CEP: 13088-900 Tel.: (019) 756-8446/756-8323 - Fax: (019) 756-8779 - e-mail: lfreire@cpfl.com.br
  • 2. 2 pois o operador (despachante) pode verificar, na menor prioridade, é executado somente com a fase de programação e instantes antes de realizar intervenção do operador e de forma off-line, uma manobra, quais os efeitos que ela provoca no onde modificações especiais no posto de sistema elétrico. Na realização dos estudos é operação se fazem necessárias. permitida a simulação de abertura/fechamento de linhas, transformadores e shunts de barra e alterações de carga/geração das barras, o que cobre a grande maioria dos tipos de manobras realizadas no COS. Dispondo dessa ferramenta, o ambiente de operação exige cada vez mais a presença do engenheiro de operação e mudanças no perfil dos operadores, com a possibilidade de num futuro próximo os estudos de curto prazo serem realizados diretamente nos centros de operação. Uma importante característica desse aplicativo é a sua simplicidade e facilidade de utilização, tanto na preparação do caso base de tempo real e na escolha da(s) contingência(s) a ser(em) simulada(s), quanto na execução e apresentação dos resultados, sendo que o operador não precisa mudar de ambiente computacional para realizá-los. O aplicativo METR é também utilizado para treinamento de operadores, sendo realizado na forma de auto-treinamento ou treinamento dirigido. Em qualquer uma dessas opções, o METR proporciona o aprimoramento dos FIGURA 1 - Aplicativos FAR operadores, dando-lhes a oportunidade de aumento contínuo na sua sensibilidade com relação ao sistema elétrico onde atua. Cabe 3.0 - PREPARAÇÃO DO CASO BASE ressaltar a grande utilidade dessa ferramenta face DE TEMPO REAL a renovação do quadro de operadores acelerando o processo de aprendizado. Um dos maiores desafios na consolidação das chamadas Funções de Análise de Redes, FAR é a geração de um modelo em tempo real da rede 2.0 - AMBIENTE DE TEMPO REAL de interesse (caso base de tempo real) que seja consistente e reflita com exatidão a situação Os aplicativos FAR implantados na CPFL operativa do sistema elétrico para um são: Configurador, Estimador, Fluxo de Potência, determinado instante (1) (3). Os resultados do Análise de Segurança e Módulo de Estudos (5). Módulo de Estudos, assim como do Fluxo de Eles são controlados por um Escalonador que Potência On-Line e Análise de Segurança, serão concede o uso do processador aos aplicativos de tão mais precisos quanto mais exata for a acordo com a prioridade de cada um, conforme representação da rede de interesse. mostrado na Figura 1. Com exceção do Módulo de Estudos, os aplicativos são executados Define-se aqui rede elétrica de interesse ciclicamente de forma on-line sendo que o Fluxo como sendo a rede elétrica da própria de Potência e a Análise de Segurança podem concessionária (rede interna) e parte da rede das também ser executados por solicitação do concessionárias vizinhas (rede externa). A razão operador. Já o Módulo de Estudos, aplicativo de de se agregar parte da rede externa à rede de interesse é representar as influências externas
  • 3. 3 quando da ocorrência (ou simulação) de dia-a-dia utilizando o seu próprio console de contingências na rede interna. operação, onde os resultados são mostrados nas telas habituais de operação do sistema. No caso da CPFL, a rede elétrica de interesse é modelada como mostrado na Figura 2. O posto de operação (PO) é constituído As partes observáveis da rede são modeladas por dois monitores. Ao selecionar no Menu através de dados telemedidos e do estimador de Principal, Figura 3, a opção “Entrar no Modo de estado e as partes não observáveis através de Estudos” é gerado um caso base de tempo real e dados estatísticos (6) e equivalentes externos (2). suas informações (fluxos nas linhas, tensões e potência líquida nas barras) são exteriorizadas em um dos monitores. No outro monitor, o operador tem acesso normal às informações de tempo real, não ficando alheio ao que se passa no sistema enquanto realiza o estudo. FUNÇÕES DE ANÁLISE DE REDES  ** ENTRAR NO MODO DE ESTUDOS  ** MEDIDAS COM ERROS GROSSEIROS  ** RESULTADOS DA ANÁLISE DE SEGURANÇA  ** RESULTADOS DO MODO DE ESTUDOS  ** ENTRAR EM MODO DE TCSP  FIGURA 2 – Modelagem da Rede de Interesse ** RESULTADOS DA TCSP  EXECUTAR:  ÚLTIMA EXECUÇÃO  Uma vez modeladas as redes     ** FLUXO DE POTÊNCIA    dd/mm/aa    hh:mm:ss  interna e externa (Figura 1), ** ANÁLISE DE SEGURANÇA    dd/mm/aa    hh:mm:ss  tomando-se certos cuidados, ** ESTUDO    dd/mm/aa    hh:mm:ss  ** TCSP    dd/mm/aa    hh:mm:ss  combina-se os resultados do equivalente e do estimador gerando-se finalmente um modelo FIGURA 3 – Menu Principal completo da rede de interesse: o caso base de tempo real. O operador pode simular manobras do seu Na CPFL, no modo de tempo real, a cada dia-a-dia tais como: minuto é gerado um caso base utilizando esse procedimento que acabamos de descrever. • abrir/fechar linha; Quando há uma solicitação de estudo, o caso base • desligar/ligar linha; do METR é gerado através do mesmo • chavear banco de capacitores; procedimento. • seccionar barramento; • transferência de circuito sem pisca com fechamento e abertura de anel através 4.0 - O POSTO DE OPERAÇÃO E OS de seccionadores; ESTUDOS EM TEMPO REAL • e ainda pode alterar o valor de carga ou geração na barra simulando Uma grande vantagem do METR é a transferência/corte de carga ou facilidade que o operador encontra para realizar redespacho de geração. um estudo. O estudo é realizado no próprio posto de operação não necessitando de mudança de Além dos resultados das simulações ambiente de trabalho. Na escolha da mostrados de forma gráfica nas telas que contingência, que pode ser simples ou múltipla e representam os unifilares do sistema, o operador de natureza diversa, tudo se passa como se ele tem ainda à sua disposição: estivesse realizando uma manobra do seu
  • 4. 4 • listas de violações de limites de tensão economia de tempo despendido em simulações, nas barras e carregamento nas linhas de mas principalmente uma valiosa redução de transmissão/transformadores, riscos operativos nas manobras de transferências • o grau de severidade da contingência e sem pisca. • um relatório das atuações dos elementos de controle (banco de capacitores, LTC e geradores). 5.0 - COMENTÁRIOS FINAIS Para a realização de um estudo o Dentre as dificuldades encontradas na fase operador, de forma prática, fácil e rápida, executa de implementação destacam-se a modelagem da os seguintes passos (7): rede interna, face a escassez de telemedições, e a combinação dela com o equivalente externo. Tais 1. seleciona o PO para modo de estudos dificuldades sinalizam a necessidade de (um caso base de tempo real é gerado); investimentos em telemedições e na troca de 2. realiza as manobras desejadas; informações entre centros de operação de 3. solicita a execução do estudo; concessionárias vizinhas. 4. analisa os resultados. A utilização do METR para investigar os Apesar de ser a tarefa de menor prioridade efeitos de manobras e de contingências no dentro do sistema de análise de redes em tempo sistema elétrico da CPFL tem trazido real, o tempo de execução de um estudo no simplificações e diminuição do tempo despendido METR (passo 3) não ultrapassa 30 segundos, o para a realização de estudos de curto prazo e que não chega a causar ansiedade ao operador. programação de manobras. Além disto, face à No entanto, como só lhe é alocado o processador facilidade de utilização, o METR está sendo quando não há nenhuma outra função de análise empregado com êxito no treinamento de novos de redes em tempo real em execução, pode-se operadores e atualização do pessoal de ainda reduzir este tempo a apenas alguns operação. segundos, bastando, para isso, alocar um processador exclusivo para a execução do METR. Por ser executado no mesmo ambiente computacional de operação do COS e devido à Assim, o METR é utilizado tanto na interface amigável de manuseio, o METR tem programação e instantes antes da manobra a fim estimulado o operador a utilizá-lo. A prática de de se verificar os valores da programação, como simulações tem conferido ao operador, não também em situações de alerta ou emergência, apenas uma melhor compreensão técnica da onde o operador pode simular várias manobras a engenharia de sistemas de potência, aprimorando fim de levar o sistema para um estado seguro de seu perfil de análise, mas também uma maior operação. familiaridade com determinadas partes do sistema elétrico, especialmente no que diz respeito a 4.1 - Transferência de circuito sem pisca - TCSP solução de problemas e preparação para emergências. Dentre as manobras de equipamentos do sistema elétrico realizadas com a supervisão do Enfim, aliando todos esses benefícios, a Centro de Controle da CPFL, uma tem especial incorporação do METR ao Centro de Operação importância: transferência de circuito sem pisca do Sistema da CPFL, ferramenta tão almejada por com fechamento e abertura de anel através de todos que trabalham com operação e controle em seccionadores (4). Esta importância se deve à tempo real, tem proporcionado um estimável relevante freqüência com que essas manobras são aumento da segurança operativa e melhoria na realizadas devido ao grande número de SE’s em qualidade do fornecimento de energia. 138kV com dupla alimentação existentes na área de concessão da CPFL. A implementação dos No futuro o METR poderá servir como estudos de transferência sem pisca no METR base para a implantação de um simulador para proporcionaram, não apenas uma sensível treinamento de operadores.
  • 5. 5 6.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Elétricos, 1992, Campinas, SP. Anais ... Campinas: CPFL, 1992. p. 318-328. (1) KEN KATO ET AL.. External Network Modeling - Recent Practical Experience - A Report Prepared by the External Network Modeling Task Force, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 9, No. 1, Feb 1994. (2) MONTICELLI, A. J., DECKMANN, S, GARCIA, A., STOTT, B.. Real-Time External Equivalents for Static Security Analysis. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, PAS-98, pp. 498-508, New York 1979. (3) MONTICELLI, A. J., FELIX, F. W.. A Method that Combines Internal State Estimation and External Network Modeling. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, PAS-104, No. 1, pp. 91-99, Jan 1985. (4) IEEE COMMITTEE REPORT. Results of Survey on Interrupting Ability of Air Break Switches. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, Vol. PAS-85, No. 9, pp. 1008-1020, Sep 1966. (5) CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO ENTRE CPFL/UNICAMP. Relatórios 02, 03 e 04 do Aditivo 03, Relatórios 02 e 04 do Aditivo 06 e Relatórios 01 e 02 do Aditivo 07 sobre Funções de Análise de Redes, Campinas, 1990-1997. (6) ZAGARI, E. N. F., FREIRE, M. L., Modelagem de Ilhas Não Observáveis na Análise em Tempo Real. Relatório CPFL/OSE, Campinas Junho/96. (7) FREIRE, M. L. e ZAGARI, E. N. F.. Manual Do Usuário FAR., CPFL, Campinas Novembro/97. (8) FREIRE, L. M.; GARCIA, A. V.; MONTICELLI, A. J.. Modernização Incremental do Centro de Operação do Sistema da CPFL. In: 1o SIMPASE - Simpósio de Automação de Sistemas