SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 17
Economia e mercados: Introdução à economia César Roberto Leite da Silva Sinclayr Luiz 19º Edição | 2010 |
Capítulo10 Inflação
DEFINIÇÃO DE INFLAÇÃO Inflação: é a situação em que há um aumento contínuo e generalizado de preços. Quando ocorre, há o aumento de preços estendido a todos os bens e serviços produzidos pela economia. 2. MEDIDA DA INFLAÇÃO Números-índices: são fórmulas matemáticas que informam a porcentagem do aumento nos preços dos bens e serviços. No Brasil, há dois tipos: ,[object Object],[object Object]
ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS Índice Gerais de Preços Segundo os Conceitos Oferta Global (IGP-OG) e Disponibilidade Interna (IGP-DI): Oferta global: nela são pesquisados os preços de todos os bens e serviços, tanto os produzidos internamente e exportados, quanto os importados. Disponibilidade interna: refere-se aos bens e serviços disponíveis para o consumo interno, sejam produzidos no Brasil ou importados. Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): é o mesmo que o IGP-DI, porém o período de coleta de informações vai do dia 21 de um mês ao dia 21 do mês seguinte.
O IGP é a média ponderada de três outros índices: ,[object Object]
Índice de Preços ao Consumidor para o Brasil (IPC-Br): pesquisa os gastos das famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): acompanha a evolução dos preços dos materiais, equipamentos e mão de obra empregados na construção civil.,[object Object]
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, independente da origem da renda. CÁLCULO DA INFLAÇÃO Se, por exemplo, quisermos saber a inflação entre janeiro e fevereiro de 1999, medida pelo IGP-DI, basta calcular da seguinte forma, sendo P a taxa de inflação:
Para determinar a taxa de inflação acumulada de janeiro e fevereiro, deve-se levar em consideração os valores do IGP-DI de janeiro e março: Nos casos em que o cálculo envolve apenas unidades monetárias, temos o chamado valor nominal. Poder de compra: quantidade de bens e serviços que uma unidade monetária consegue comprar.
3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO Efeito sobre a distribuição de renda: o poder de compra diminui nos períodos de reajuste salarial, prejudicando os assalariados, enquanto os proprietários, empresários e profissionais liberais dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da economia. Efeito sobre a balança comercial: os produtos importados ficam mais baratos que os nacionais contribuindo com o déficit da balança comercial. Efeito sobre as expectativas dos empresários: os lucros tendem a se tornar instáveis, levando-os a reduzir seus investimentos, diminuindo a capacidade produtiva do sistema econômico. 4. INFLAÇÃO DE DEMANDA Políticas de estabilização: conjunto de medidas que  governo toma para combater a inflação.
Inflação de demanda: é causada pelo aumento da demanda, indicando que há um excesso de procura dos bens e serviços. Política monetária: medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia. Política fiscal: medidas do governo que objetivam diminuir a demanda com o aumento da carga tributária. 5. INFLAÇÃO DE CUSTOS Inflação de custos: tem origem na oferta de bens e serviços. É causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor pelo aumento do preço do produto. Monopólio: quando a empresa domina o mercado de um setor de produção ou produto, agravando esse tipo de inflação.
Oligopólio: quando poucas empresas dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, o que também se constitui um agravante. 6. A INÉRCIA INFLACIONÁRIA Indexação: é o reajuste do valor das parcelas dos diversos tipos de contrato (trabalho, aluguel, financiamento) pela inflação do período passado. Inércia inflacionária: é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
7. CONFLITO DISTRIBUTIVO Conflito distributivo: é a disputa entre trabalhadores e empresários por uma participação maior na renda. Espiral preços-salários: fenômeno causado quando o aumento do salário é concedido aos trabalhadores, resultando no aumento dos preços dos produtos. 8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL Déficit orçamentário do setor público: é o causador mais comum da inflação brasileira, e levando o governo a emitir moeda ou se endividar. Emissão de moeda como fonte de inflação: é o caso típico da inflação de demanda, quando o excesso de moeda eleva os preços dos bens e serviços pelo excesso de demanda.
A inflação no Brasil é causada tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos,caso em que se tem a inflação de custos. 9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO 1986: o Plano Cruzado foi implementado no país congelando os preços e salários e realizando uma reforma monetária, a mudança do nome da moeda de cruzeiro para cruzado, além de dividir seu valor por mil. 1987: foi implementado o Plano Bresser, que também congelava preços e salários, mas por um período fixo de cerca de três meses. 1989: foi implementado o Plano Verão, no qual também houve congelamento de preços e salários e  uma nova reforma monetária, com a mudança para a moeda cruzado novo, que foi dividida por mil.
1990: foi implementado o Plano Collor, que reteve os saldos em conta corrente, poupança e em aplicações financeiras que ultrapassassem 50.000,00 novos cruzados. Nele, também houve a volta do cruzeiro, mas sem divisão de valor. 1991: houve um novo plano conhecido como Plano Collor II, no qual houve o congelamento de preços temporário e de apenas alguns bens, havendo também certo controle de preços. 1993: houve outra reforma monetária na qual foi implementado o cruzeiro real, em que mil cruzeiros valiam um cruzeiro real, contudo essa reforma só atendeu a necessidade de diminuir o número de zeros dos preços que subiam constantemente.
1994: foi implementado o Plano Real, com a criação da Unidade Real de Valor (URV). Além disso, houve esforços para equilibrar as contas públicas e evitar a emissão de moeda. Então, houve a reforma monetária com a criação do real, que extinguiu o URV, com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.740,00. 10. PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA BRASILEIRA 1808: família imperial portuguesa chega ao Brasil e é criado o Banco Público, com autorização para emissão e circulação de papel-moeda. Até 1942: a moeda oficial era o mil-réis, sendo adotado depois dessa data o cruzeiro. 1849: foi adotado oficialmente o monometalismo ouro, uniformizando-se o sistema monetário nacional.
1967: cruzeiro deixa de ser moeda oficial, passando a vigorar o cruzeiro novo. 1970: a moeda volta a ser denominada cruzeiro. 1984: o centavo é extinto devido aos preços elevados. 1986: é implementado o Plano Cruzado e a moeda passa a ser o cruzado. 1989: é criado o cruzado novo. 1999: a moeda volta a ser o cruzeiro com o Plano Collor. 1993: é criado o cruzeiro real. 1994: com o Plano Real, a moeda oficial passa a ser o real.ß

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiabergerbird
 
Economia aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetária
Economia   aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetáriaEconomia   aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetária
Economia aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetáriaFelipe Leo
 
Aula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAmanda Pontar
 
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaIntrodução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaJoão Cláudio Arroyo
 
A Inflação (Uma Sumarização)
A Inflação (Uma Sumarização)A Inflação (Uma Sumarização)
A Inflação (Uma Sumarização)Tomás Pinto
 
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoCrescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoYuri Silver
 
A evolução da inflação em portugal
A evolução da inflação em portugalA evolução da inflação em portugal
A evolução da inflação em portugalMarco Oliveira
 
Aula De Inflação
Aula De InflaçãoAula De Inflação
Aula De InflaçãoSebrae
 
Política fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaPolítica fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaUsuarioManeiro
 
Política fiscal
Política fiscalPolítica fiscal
Política fiscalPaulo Lima
 
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoFelipe Leo
 
Custo de vida, inflação e indices de preços
Custo de vida, inflação e indices de preçosCusto de vida, inflação e indices de preços
Custo de vida, inflação e indices de preçosLuciano Pires
 
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015DenizecomZ
 

Was ist angesagt? (20)

Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomia
 
Economia aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetária
Economia   aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetáriaEconomia   aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetária
Economia aula 8 - o sistema is - lm e as políticas fiscal e monetária
 
Aula de macroeconomia
Aula de macroeconomiaAula de macroeconomia
Aula de macroeconomia
 
Fluxo circular da renda
Fluxo circular da rendaFluxo circular da renda
Fluxo circular da renda
 
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomiaIntrodução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
Introdução à economia para gestão 4a parte macroeconomia
 
Macroeconomia resumo
Macroeconomia resumoMacroeconomia resumo
Macroeconomia resumo
 
Apresentação inflação
Apresentação inflaçãoApresentação inflação
Apresentação inflação
 
A Inflação (Uma Sumarização)
A Inflação (Uma Sumarização)A Inflação (Uma Sumarização)
A Inflação (Uma Sumarização)
 
09.02.2012 economia (4)
09.02.2012 economia (4)09.02.2012 economia (4)
09.02.2012 economia (4)
 
Ex 1 (mercado de bens e monetario)
Ex 1 (mercado de bens e monetario)Ex 1 (mercado de bens e monetario)
Ex 1 (mercado de bens e monetario)
 
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento EconômicoCrescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento e Desenvolvimento Econômico
 
A evolução da inflação em portugal
A evolução da inflação em portugalA evolução da inflação em portugal
A evolução da inflação em portugal
 
Aula De Inflação
Aula De InflaçãoAula De Inflação
Aula De Inflação
 
Slide inflaçao 1
Slide inflaçao 1Slide inflaçao 1
Slide inflaçao 1
 
Resumo macroeconomia espm
Resumo macroeconomia espmResumo macroeconomia espm
Resumo macroeconomia espm
 
Política fiscal e monetária
Política fiscal e monetáriaPolítica fiscal e monetária
Política fiscal e monetária
 
Política fiscal
Política fiscalPolítica fiscal
Política fiscal
 
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflação
 
Custo de vida, inflação e indices de preços
Custo de vida, inflação e indices de preçosCusto de vida, inflação e indices de preços
Custo de vida, inflação e indices de preços
 
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
Apresentação - Relatório de Inflação de 24 de Setembro de 2015
 

Andere mochten auch

Apresentação teleconferência de resultados 1 t08
Apresentação   teleconferência de resultados 1 t08Apresentação   teleconferência de resultados 1 t08
Apresentação teleconferência de resultados 1 t08Braskem_RI
 
Apresentação teleconferência de resultados 3 t10
Apresentação   teleconferência de resultados 3 t10Apresentação   teleconferência de resultados 3 t10
Apresentação teleconferência de resultados 3 t10Braskem_RI
 
Teleconferência de resultados 4 t05
Teleconferência de resultados 4 t05Teleconferência de resultados 4 t05
Teleconferência de resultados 4 t05Braskem_RI
 
Apresentação apimec resultados 2 t10
Apresentação apimec   resultados 2 t10Apresentação apimec   resultados 2 t10
Apresentação apimec resultados 2 t10Braskem_RI
 
Apresentação aquisição da sunoco
Apresentação   aquisição da sunocoApresentação   aquisição da sunoco
Apresentação aquisição da sunocoBraskem_RI
 
Django nutshell overview
Django nutshell overviewDjango nutshell overview
Django nutshell overviewschacki
 

Andere mochten auch (8)

Apresentação teleconferência de resultados 1 t08
Apresentação   teleconferência de resultados 1 t08Apresentação   teleconferência de resultados 1 t08
Apresentação teleconferência de resultados 1 t08
 
Apresentação teleconferência de resultados 3 t10
Apresentação   teleconferência de resultados 3 t10Apresentação   teleconferência de resultados 3 t10
Apresentação teleconferência de resultados 3 t10
 
Teleconferência de resultados 4 t05
Teleconferência de resultados 4 t05Teleconferência de resultados 4 t05
Teleconferência de resultados 4 t05
 
Apresentação apimec resultados 2 t10
Apresentação apimec   resultados 2 t10Apresentação apimec   resultados 2 t10
Apresentação apimec resultados 2 t10
 
Apresentação aquisição da sunoco
Apresentação   aquisição da sunocoApresentação   aquisição da sunoco
Apresentação aquisição da sunoco
 
Photo shop
Photo shopPhoto shop
Photo shop
 
Paulistão 2012 442
Paulistão 2012   442Paulistão 2012   442
Paulistão 2012 442
 
Django nutshell overview
Django nutshell overviewDjango nutshell overview
Django nutshell overview
 

Ähnlich wie Economia apres. 2010 10-4 (20)

Introdução às Análises Macroeconômicas
Introdução às Análises MacroeconômicasIntrodução às Análises Macroeconômicas
Introdução às Análises Macroeconômicas
 
Exercício
 Exercício Exercício
Exercício
 
Unidade 5 parte 2
Unidade 5   parte 2Unidade 5   parte 2
Unidade 5 parte 2
 
fundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomiafundamentos instrumentos da_macroeconomia
fundamentos instrumentos da_macroeconomia
 
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptxDETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 2.pptx
 
1. A INFLAÇÃO.ppt
1.  A INFLAÇÃO.ppt1.  A INFLAÇÃO.ppt
1. A INFLAÇÃO.ppt
 
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdfAula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
Aula de macroeconomia_moeda e inflação.pdf
 
Introdução a economia
Introdução a economiaIntrodução a economia
Introdução a economia
 
Matéria avi macroeconomia
Matéria avi  macroeconomiaMatéria avi  macroeconomia
Matéria avi macroeconomia
 
Economia inflacao
Economia inflacaoEconomia inflacao
Economia inflacao
 
Aula 04.pptx
Aula 04.pptxAula 04.pptx
Aula 04.pptx
 
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdfCOMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
COMO ELIMINAR A INFLAÇÃO NO BRASIL..pdf
 
O Setor Externo de Uma Economia
O Setor Externo de Uma EconomiaO Setor Externo de Uma Economia
O Setor Externo de Uma Economia
 
Indicadores econômicos
Indicadores econômicosIndicadores econômicos
Indicadores econômicos
 
Macro economia
Macro economiaMacro economia
Macro economia
 
Ec 01.06
Ec 01.06Ec 01.06
Ec 01.06
 
Comércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.pptComércio Internacional.ppt
Comércio Internacional.ppt
 
Exemplo de um artigo cientifico
Exemplo de um artigo cientificoExemplo de um artigo cientifico
Exemplo de um artigo cientifico
 
Macroeconomia -aula 1
Macroeconomia -aula  1Macroeconomia -aula  1
Macroeconomia -aula 1
 
Cap3 macro
Cap3 macroCap3 macro
Cap3 macro
 

Mehr von Yuri Silver

Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Yuri Silver
 
Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Yuri Silver
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacionalYuri Silver
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Yuri Silver
 
Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Yuri Silver
 
2 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 20102 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 2010Yuri Silver
 
Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Yuri Silver
 
Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Yuri Silver
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Yuri Silver
 
Apres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teApres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teYuri Silver
 
Direito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoDireito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoYuri Silver
 
As fontes do direito
As fontes do direitoAs fontes do direito
As fontes do direitoYuri Silver
 
Teoria Econômica
Teoria EconômicaTeoria Econômica
Teoria EconômicaYuri Silver
 
Evolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaEvolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaYuri Silver
 
Teoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaTeoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaYuri Silver
 
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeDeterminação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeYuri Silver
 

Mehr von Yuri Silver (20)

Renda 11
Renda 11Renda 11
Renda 11
 
Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010Heg rev. russa -2010
Heg rev. russa -2010
 
Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929Grande depressao de 1929
Grande depressao de 1929
 
Economia internacional
Economia internacionalEconomia internacional
Economia internacional
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2
 
Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15Crescimento econ. 15
Crescimento econ. 15
 
2 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 20102 guerra mundial 2010
2 guerra mundial 2010
 
1 guerra 2010 2
1 guerra 2010 21 guerra 2010 2
1 guerra 2010 2
 
Heg 2010
Heg 2010Heg 2010
Heg 2010
 
Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010Microeconomia março 2010
Microeconomia março 2010
 
Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4Economia apres. 2010 10-4
Economia apres. 2010 10-4
 
Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2Desenvolvimento e pobreza 2
Desenvolvimento e pobreza 2
 
Apres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-teApres. curva possib. mar 2010-te
Apres. curva possib. mar 2010-te
 
Te 2011 31
Te 2011 31Te 2011 31
Te 2011 31
 
Direito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídicoDireito natural e positivismo jurídico
Direito natural e positivismo jurídico
 
As fontes do direito
As fontes do direitoAs fontes do direito
As fontes do direito
 
Teoria Econômica
Teoria EconômicaTeoria Econômica
Teoria Econômica
 
Evolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria MicroeconômicaEvolução da Teoria Microeconômica
Evolução da Teoria Microeconômica
 
Teoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da DemandaTeoria Elementar da Demanda
Teoria Elementar da Demanda
 
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de AtividadeDeterminação da Renda e do Nível de Atividade
Determinação da Renda e do Nível de Atividade
 

Economia apres. 2010 10-4

  • 1. Economia e mercados: Introdução à economia César Roberto Leite da Silva Sinclayr Luiz 19º Edição | 2010 |
  • 3.
  • 4. ÍNDICES GERAIS DE PREÇOS Índice Gerais de Preços Segundo os Conceitos Oferta Global (IGP-OG) e Disponibilidade Interna (IGP-DI): Oferta global: nela são pesquisados os preços de todos os bens e serviços, tanto os produzidos internamente e exportados, quanto os importados. Disponibilidade interna: refere-se aos bens e serviços disponíveis para o consumo interno, sejam produzidos no Brasil ou importados. Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M): é o mesmo que o IGP-DI, porém o período de coleta de informações vai do dia 21 de um mês ao dia 21 do mês seguinte.
  • 5.
  • 6. Índice de Preços ao Consumidor para o Brasil (IPC-Br): pesquisa os gastos das famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
  • 7.
  • 8. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA): é estimado a partir de dados de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos, independente da origem da renda. CÁLCULO DA INFLAÇÃO Se, por exemplo, quisermos saber a inflação entre janeiro e fevereiro de 1999, medida pelo IGP-DI, basta calcular da seguinte forma, sendo P a taxa de inflação:
  • 9. Para determinar a taxa de inflação acumulada de janeiro e fevereiro, deve-se levar em consideração os valores do IGP-DI de janeiro e março: Nos casos em que o cálculo envolve apenas unidades monetárias, temos o chamado valor nominal. Poder de compra: quantidade de bens e serviços que uma unidade monetária consegue comprar.
  • 10. 3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO Efeito sobre a distribuição de renda: o poder de compra diminui nos períodos de reajuste salarial, prejudicando os assalariados, enquanto os proprietários, empresários e profissionais liberais dispõem de mecanismos que permitem a defesa de sua participação no produto da economia. Efeito sobre a balança comercial: os produtos importados ficam mais baratos que os nacionais contribuindo com o déficit da balança comercial. Efeito sobre as expectativas dos empresários: os lucros tendem a se tornar instáveis, levando-os a reduzir seus investimentos, diminuindo a capacidade produtiva do sistema econômico. 4. INFLAÇÃO DE DEMANDA Políticas de estabilização: conjunto de medidas que governo toma para combater a inflação.
  • 11. Inflação de demanda: é causada pelo aumento da demanda, indicando que há um excesso de procura dos bens e serviços. Política monetária: medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação na economia. Política fiscal: medidas do governo que objetivam diminuir a demanda com o aumento da carga tributária. 5. INFLAÇÃO DE CUSTOS Inflação de custos: tem origem na oferta de bens e serviços. É causada pela elevação dos custos de produção, repassados ao consumidor pelo aumento do preço do produto. Monopólio: quando a empresa domina o mercado de um setor de produção ou produto, agravando esse tipo de inflação.
  • 12. Oligopólio: quando poucas empresas dominam o mercado de um determinado setor de produção ou produto, o que também se constitui um agravante. 6. A INÉRCIA INFLACIONÁRIA Indexação: é o reajuste do valor das parcelas dos diversos tipos de contrato (trabalho, aluguel, financiamento) pela inflação do período passado. Inércia inflacionária: é a resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
  • 13. 7. CONFLITO DISTRIBUTIVO Conflito distributivo: é a disputa entre trabalhadores e empresários por uma participação maior na renda. Espiral preços-salários: fenômeno causado quando o aumento do salário é concedido aos trabalhadores, resultando no aumento dos preços dos produtos. 8. A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL Déficit orçamentário do setor público: é o causador mais comum da inflação brasileira, e levando o governo a emitir moeda ou se endividar. Emissão de moeda como fonte de inflação: é o caso típico da inflação de demanda, quando o excesso de moeda eleva os preços dos bens e serviços pelo excesso de demanda.
  • 14. A inflação no Brasil é causada tanto pela emissão de moeda como pela elevação dos custos,caso em que se tem a inflação de custos. 9. PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO 1986: o Plano Cruzado foi implementado no país congelando os preços e salários e realizando uma reforma monetária, a mudança do nome da moeda de cruzeiro para cruzado, além de dividir seu valor por mil. 1987: foi implementado o Plano Bresser, que também congelava preços e salários, mas por um período fixo de cerca de três meses. 1989: foi implementado o Plano Verão, no qual também houve congelamento de preços e salários e uma nova reforma monetária, com a mudança para a moeda cruzado novo, que foi dividida por mil.
  • 15. 1990: foi implementado o Plano Collor, que reteve os saldos em conta corrente, poupança e em aplicações financeiras que ultrapassassem 50.000,00 novos cruzados. Nele, também houve a volta do cruzeiro, mas sem divisão de valor. 1991: houve um novo plano conhecido como Plano Collor II, no qual houve o congelamento de preços temporário e de apenas alguns bens, havendo também certo controle de preços. 1993: houve outra reforma monetária na qual foi implementado o cruzeiro real, em que mil cruzeiros valiam um cruzeiro real, contudo essa reforma só atendeu a necessidade de diminuir o número de zeros dos preços que subiam constantemente.
  • 16. 1994: foi implementado o Plano Real, com a criação da Unidade Real de Valor (URV). Além disso, houve esforços para equilibrar as contas públicas e evitar a emissão de moeda. Então, houve a reforma monetária com a criação do real, que extinguiu o URV, com a seguinte paridade: R$ 1,00 = CR$ 2.740,00. 10. PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA BRASILEIRA 1808: família imperial portuguesa chega ao Brasil e é criado o Banco Público, com autorização para emissão e circulação de papel-moeda. Até 1942: a moeda oficial era o mil-réis, sendo adotado depois dessa data o cruzeiro. 1849: foi adotado oficialmente o monometalismo ouro, uniformizando-se o sistema monetário nacional.
  • 17. 1967: cruzeiro deixa de ser moeda oficial, passando a vigorar o cruzeiro novo. 1970: a moeda volta a ser denominada cruzeiro. 1984: o centavo é extinto devido aos preços elevados. 1986: é implementado o Plano Cruzado e a moeda passa a ser o cruzado. 1989: é criado o cruzado novo. 1999: a moeda volta a ser o cruzeiro com o Plano Collor. 1993: é criado o cruzeiro real. 1994: com o Plano Real, a moeda oficial passa a ser o real.ß