2. DIVISÃO
1. Figuras de palavras
Figuras de
2. Figuras de pensamento
estilo
3. Figuras de construção (ou de sintaxe)
Definição: são certos recursos não-convencionais
que o emissor cria para dar maior expressividade à
sua mensagem.
4. METÁFORA
É o emprego de um termo que se associa a um
outro, ou que o substitui, basendo-se numa
comparação subjetiva.
“Eu sou uma ilha longe de você.”
5. METONÍMIA
É a substituição de um termo por outro, baseandose numa estreita relação de sentido
Exemplos de metonímia:
- O autor pela obra: “Ontem li Machado de Assis.”
- O continente pelo conteúdo: “Bebi um copo de
coca-cola.”
- O efeito pela causa: “Com muito suor, passei no
vestibular.”
- O singular pelo plural: “A mulher foi chamada para
ir às ruas na luta contra a violência.”
- O abstrato pelo concreto: “A juventude é corajosa
e nem sempre consequente.”
6. - A parte pelo todo: “Há muitas cabeças nessa sala”
- A marca pelo produto: “Acabou o bombril.” (Bucha/
palha de aço)
7. CATACRESE
Emprego de um termo figurado pela falta de outro
mais próprio.
“A perna da mesa quebrou-se.”
8. COMPARAÇÃO
Confronto de termos semelhantes ou não
Há presença de conectivos (que indicam o sentido
comparativo dos termos)
“Eu sou como uma ilha longe de você.”
10. ANTONOMÁSIA/ PERÍFRASE
Antonomásia: é a designação de uma PESSOA
não pelo seu nome, mas pela qualidade ou
circunstância que a notabilizou.
“O poeta dos escravos” (Castro Alves)
Perífrase: é a designação de um LUGAR/OBJETO
não pelo seu nome, mas pela qualidade ou
característica que a notabilizou.
“Cidade luz” (Paris)
12. ANTÍTESE/ PARADOXO
Paradoxo: é o emprego de expressões com
sentido contrários
“É dor que desatina sem doer.” (Camões)
Antítese: termos contrários
“Naquele rosto tão feio e tão belo...” (Raquel de
Queirós)
13. IRONIA
É o emprego de palavras ou expressões com o
sentido oposto ao seu sentido próprio.
“Que careta mais linda!”
14. EUFEMISMO
É o emprego de uma expressão suave e polida no
lugar de outra considerada grosseira ou pouco
polida
“Aqueles homens apropriaram do nosso dinheiro.”
(Roubaram)
15. HIPÉRBOLE
É uma afirmação exagerada;
É a deformação da verdade que visa a um efeito
expressivo
“Estou um século à sua espera.”
16. PROSOPOPEIA (PERSONIFICAÇÃO)
É a atribuição de características humanas a entes
inanimados
“Os sinos chamam para o amor.” (Machado de Assis)
17. GRADAÇÃO (CLÍMAX)
É a sequência ascendente de ideias ou de fatos
até sua maior intensidade
“E o bosque estala, move-se, estremece.” (Raimundo
Correa)
19. ELIPSE/ ZEUGMA
Elipse: É a omissão de um termo que o contexto
permite suprimir e que se subentende facilmente
“Este prefácio, apesar interessante, inútil.” (Mário de
Andrade)
Zeugma: É quando a omissão é feita porque o
termo já apareceu na frase.
“Nem ele entende a nós, nem nós a ele.” (Camões)
20. PLEONASMO
Consiste no emprego de palavras ou expressões
redundantes com objetivo de enfatizar uma ideia
“Os problemas, é necessário resolvê-los.”
22. ASSÍNDETO
Consiste na supressão
elementos coordenados
do
conectivo
entre
“Em volta: leões deitados, pombos voando,
ramalhetes de flores com laços de fita, o ZéPovinho de chapéu erguido.” (Aníbal Machado)
23. HIPÉRBATO (INVERSÃO)
Consiste na inversão da ordem natural das
palavras na frase
Ordem do português -> S.V.C.
“Da lua os claros raios rutilavam.” (Camões)
24. ANACOLUTO
Consiste na mudança da construção sintática no
meio da frase, ficando alguns termos desligados do
resto do período.
OBS.: O anacoluto deve ser usado com finalidade
expressiva em casos muito especiais. Em geral,
deve-se evitá-lo.
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras
espertas botassem as mãos.” (José Lins do Rego)
25. ANÁFORA (REPETIÇÃO)
Repetição da mesma palavra ou expressão em
intervalos regulares: do princípio das frases ou de
membros de frase.
“A minha amada veio de leve.
A minha amada veio de longe.
A minha amada veio em silêncio”.
(Vinícius de Morais)
26. SILEPSE
É a concordância que se faz com o sentido e não com
a forma gramatical
De gênero: “V. Ex.ª está abatido.”
(está no masculino, pois concorda com a pessoa e não
com o gênero da palavra excelência)
De número: “A criançada corria por todo o quintal e
gritavam alucinadamente.
(está no plural concordando com a ideia de muitas
crianças)
De pessoa: “Os brasileiros somos macacos dos
americanos.
(o autor se incluiu dentro do grupo dos brasileiros, por isso
o verbo ficou na 1ª pessoa do plural e não na 3ª
pessoa)
27. ONOMATOPEIA
É a utilização dos fonemas com o objetivo de
imitar a realidade de certos fenômenos.
“E o cipó-de-boi roncando nas costas – lápote!
Lápote!” (José Lins do Rego)
28. ALITERAÇÃO
É a repetição de fonemas no início de várias
sílabas ou palavras. Às vezes é utilizada para
sugerir ruídos da natureza.
“Vozes veladas, veludosas vozes” (Cruz e Souza)