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Departamento-Gerenciais


          Interpretação e Elaboração Textual
                       Material de Apoio

           PROFESSORA: RENATA VALENTE FERREIRA VILELA

        CURSO: _________________________________1/2013
     Aluno:_________________________________________RA_____________________




Se houver um lugar propício para promover mudanças e inovações em vista
da melhoria da qualidade de ensino, esse lugar é o seu curso, com seus
professores e colegas. “É na aula universitária que, principalmente, se
traduzem as ambiguidades e desafios do ensino superior (...) Nela é que se
materializam os conflitos entre expectativas sociais e projeto de cada
universidade, sonhos individuais e compromissos coletivos, transmissão e
produção do conhecimento, ser e vir a ser”. ( Cunha, 1997, p 80-81).




                                    1
PRATIQUE:

               - Produzir um resumo de filme ou livro (em grupos);

               - Não colocar o título da obra.

               -Ler para avaliação da turma.



OBJETIVO: Analisar a produção textual a partir dos elementos estudados em LPT:

- relembrar o processo de produção de um texto:

Pensar em um tema/ levantar idéias sobre ele/ fazer uma primeira versão do texto/ ler/ corrigir/
preparar a versão definitiva;

-organização do tópico frasal;

-apresentação dos elementos de coesão. Por exemplo: quem fez o quê, para quê, onde, como?

Processo de produção de um texto;

-Cartas do leitor;



Processo de produção de um texto: Leia a seguir como Graciliano Ramos fala
do processo de escrever:

“[...] deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício.
Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa seja na beira da lagoa ou do riacho,
torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem
uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a
mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até
não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a
roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a
mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso: a palavra foi feita
para dizer.”

        Escrever não é apenas colocar palavras no papel, não é? Precisamos trabalhar
muito, quando queremos escrever. Todo texto é um produto, mas sua elaboração é,
antes de tudo, um processo que relaciona, basicamente, duas ordens de fatores: 1)
finalidade, leitor previsto, assunto e tipo de texto; e 2) a construção de uma unidade de
significação.

      Imagine que você vai escrever uma carta (ou um e-mail) para um jornal
comentando uma notícia sobre a nova lei de proibição do fumo em lugares públicos.
Evidentemente, você leva em consideração:

   a finalidade de sua carta (participar do debate, dando sua opinião);
   o que quer comentar (fumo; saúde; mudança de hábitos);
   para quem está escrevendo (jornal);
   o tipo de texto: a carta ou e-mail.
                                                2
Em função disso tudo, você dá sua opinião, usando elementos da carta e escolhendo
argumentos que sustentem suas ideias. Assim, para escrever sua carta, você - como
autor - precisa elaborar um texto coerente não só com suas ideias, mas também coerente
em relação ao seu objetivo, ao leitor que pretende atingir, ao gênero textual que está
desenvolvendo.

Leia o que circulou por aí a respeito desse tema......

PAINEL DO LEITOR –Folha de São Paulo São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009

          O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br),
          fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São
          Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter
          nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de
          publicar trechos.

          Lei antifumo
          "Parabéns ao articulista Luiz Felipe Pondé ("As freiras feias sem Deus",
          Cotidiano, 7/8). O ponto é exatamente este: o comportamento fascista que
          se torna a cada dia mais forte, aqui e no mundo. Nunca é demais lembrar que
          o primeiro regime a combater o tabagismo foi o nazista. Sabe-se lá onde
          vamos parar com as preocupações e concepções do Estado sobre o que seja
          bom e "saudável" para os cidadãos.
          O Estado deve zelar pelos direitos individuais protegendo os não fumantes,
          mas não pode tratar os fumantes como criminosos, proibindo, por exemplo,
          que estabelecimentos privados decidam que tipo de clientela querem atender.
          Sou fumante, consciente dos males que o fumo causa, e tenho certeza de que
          mal muito maior me causa saber que quatro meses do meu salário viram
          impostos para sustentar os Sarneys que nos governam. Que tal uma lei para
          fechar o Congresso em nome da saúde pública? Tenho certeza de que muita
          gente por aí apoiaria essa proposta. Afinal, quem se importaria com uma
          ditadura, desde que estivéssemos sãos e salvos?"
          ELAINE SENISE BARBOSA, historiadora (São Paulo, SP)


          "Não entendo o porquê de algumas pessoas gritarem histéricas contra essa
          lei antifumo, a ponto de a rotularem de fascista, mesmo porque nenhum
          fumante foi proibido do desfrute do seu "saudável" vício. Há liberdade para
          fumar sem incomodar quem não fuma. Eu mesmo, fumante por mais de 20
          anos, carrego um stent no coração, em parte com a ajuda desse hábito -que,
          reconheço, é difícil de largar."
          LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)


          "Será que ninguém comentou com o governador José Serra e o prefeito
          Gilberto Kassab que, caso eles queiram mesmo evitar gastos com saúde
          pública e poupar vidas, deveriam colocar esses 500 fiscais com bafômetros
          nas saídas das baladas e bares? Isso sim salvaria vidas. E, quanto às
          fumacinhas indesejáveis, deixem que cada bar e local cuide da sua!"
          ELENI MOROS MOUTA (Curitiba, PR)



                                              3
"O teor da entrevista com um humorista (Cotidiano, 8/7) realizada pela
          Folha mostra o acerto do governador. Ele confessa que fuma em
          supermercado e nos aeroportos em desrespeito à lei, à cidadania e às pessoas
          que, como eu, são alérgicas. Não raro sou obrigado a sair de livrarias,
          lanchonetes e até cinemas porque pessoas se acham no direito de fumar
          escondidas. A baladas e outras diversões nunca pude ir."
          REGINALDO SALOMÃO (São Paulo, SP)

       Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a
opinião dos leitores seja publicada? Estamos falando das cartas dos leitores que
mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e
fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc.
Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o
veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a
opinião pública.
       Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “CARTA DO
LEITOR”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos
a alguém: especificar o assunto e ser breve; traçar previamente o objetivo da carta
(opinar, sugerir, debater); escrever em uma linguagem clara, precisa e nunca fazer uso
de palavras de baixo calão, pois a carta não será publicada!
       O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma
revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação.
A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez
que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode
acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser
abordados! O mesmo cuidado deve ser empregado ao redigir uma carta, pois será lida
por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas
frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou
palavras, se há erros de pontuação e grafia.

Importante: é importante dar o ponto de vista, sempre explicando com muita cautela.
Se for expor fatos, tenha certeza de que são verdadeiros.




                                   PRATIQUE 1:

              -Mostre o seu ponto de vista a respeito de um
                tema polêmico usando o seguinte critério:

                                               4
-Você é a favor ou contra? Por que tem essa
                          opinião e dê um exemplo.




Resumo e Resenha




                                              "Planos não são nada; planejamento é tudo."
                                                                    Dwight D. Eisenhower

       Para quem já tem experiência em pesquisa lhe dirá que é importante aportar
seu trabalho em teorias trabalhadas na sua área e este é o princípio básico para que
tenhamos um trabalho acadêmico certamente, assim as leituras escolhidas como
aportes teóricos se fazem amplamente necessárias. Essas teorias já foram pensadas
antes e são ponto de partida para o que virá de novo. Assim, ao conhecer novas
teorias fazem-se necessárias leituras. A pergunta é: Como se lembrar de todas essas
leituras?

       Simples: Faça apontamentos eficazes por intermédio de RESUMOS E
RESENHAS.

1) O que é um RESUMO?

       Muito se estuda sobre resumo e sempre ouvimos dos alunos aquela pergunta:
“É com as minhas próprias palavras?” É sim! MAS vamos incrementar essa idéia.

Façamos um levantamento do que seja resumo:

- ato de condensar as idéias principais do texto original (já ouvimos isso)

- necessário que se faça uma leitura de todo o texto (também sabemos)




Qual é a dica?

       Ninguém, ao planejar elaborar um trabalho acadêmico, escapa de um resumo.
O resumo é um excelente aliado para nosso trabalho acadêmico. Ao escolher a
bibliografia com a qual iremos trabalhar, há a necessidade de leitura e registro para,
                                           5
posteriormente usarmos em nosso trabalho acadêmico. Há técnicas para elaboração
de um resumo:

A – faça a leitura integral do texto - “dê uma lida” sem muita preocupação, a não ser
responder à pergunta: “Qual o assunto do texto?”

B – Agora, faça uma leitura de estudo, com a caneta ou lápis, sublinhe os pontos
importantes, ressalte as idéias necessárias e importantes, segmente o texto por
parágrafos e escreva, ao lado dos parágrafos, as idéias centrais que eles trazem.

C – Você terá, ao final, ao lado dos parágrafos do texto original, idéias condensadas
por você e na seqüência em que aparecem no texto. Dê a elas redação final,
encadeando as idéias de forma a estruturar outro texto, menor que o original, mas com
suas próprias palavras.

       Para que serve um resumo? Para registrar por suas palavras o texto lido.

       Nesse ponto, se faz necessário falarmos sobre direitos autorais.

       Olhar para uma idéia e dizer que é boa, não é copiá-la, A cópia se inicia
quando “recortamos e colamos” tal qual ela se apresenta. Como fazer para que
sejamos corretos com as idéias das pessoas que nos surpreenderam pelo que
disseram?

       Sempre nos referirmos à fonte que buscamos. Fazer resumo é uma boa
maneira. Ao ler o texto de outra pessoa e resumi-lo, é necessário dar conta de
interpretar as ações do autor e nunca omitir esse autor. Observe o plano global do
texto, procure voltar ao seu esquema, às idéias principais de onde o autor partiu.

2) Resenha

Resumo e resenha: a mesma coisa?

            Não! Uma resenha contém um resumo, mas um resumo não contém todas
as especificações de uma resenha.

            Como assim?

            Para entendermos, vejamos onde encontramos resenhas no nosso
cotidiano e, sobretudo para que servem resenhas?

            As resenhas são gêneros textuais que têm como objetivo dar conhecimento
de algo a alguém. Esse “algo” está sempre no campo das artes, do conhecimento, ou
                                           6
seja, aquilo que outra pessoa tenha visto e conheça por completo. No cotidiano, é
possível fazer-se resenha de filmes, peças teatrais, de eventos culturais, livros, CDs.
As resenhas dão-nos conhecimentos prévios do que poderemos ver se quisermos
assistir a um filme ou a peça de teatro, ou ainda o que leremos no livro anunciado.
Resenhas são importantes porque nos dão um panorama geral do que poderemos ler,
ver, caso nos interessemos por determinado evento.

           No campo acadêmico, a resenha acadêmica, então, tem a importância de
nos oferecer um panorama do que temos em mãos e nos dá oportunidade de escolha
de um livro teórico, um artigo científico. A ação de leitura de resenhas oportuniza e
muito o nosso trabalho na elaboração de um TCC, por exemplo, porque nos dão
parâmetros seguros para escolha do artigo ou livro que iremos utilizar em nosso
trabalho. Assim, uma resenha feita por em expert da área, no caso, resenha
acadêmica, nos oferece índices importantes de uma leitura prévia feita e indicações
pertinentes de leitura.

           Todo trabalho acadêmico requer leituras teóricas. Essas leituras constroem
os aportes teóricos de sustentação do nosso trabalho acadêmico. Uma boa forma de
registrar essas leituras é com a elaboração de resenhas e as resenhas são um bom
exercício de reflexão daquilo que lemos e aponta para a compreensão, se houve de
fato, de nossa leitura, quando bem realizada.

           E para realizar, construir, escrever uma resenha?

           Há dois tipos de resenha: resenha, pura e simplesmente e resenha
crítica. Nesse estudo nos interessará a resenha crítica acadêmica.

           Tecnicamente, a resenha crítica acadêmica apresenta um plano global
básico:

A - Descrição técnica

B – Resumo

C – Avaliação crítica

           Não há uma rigidez em, numa resenha crítica aparecer esses dados nessa
ordem, mas esses são os aspectos mínimos considerados para que tenhamos uma
resenha.



                                           7
Imagine que você tenha lido um livro e tenha de contá-lo a um colega. Se
você tiver um roteiro de como iniciar o trabalho de falar sobre sua leitura terá sido, ao
final, mais eficiente em seu trabalho, ou seja, pense em começar pelo

   •   Título: o que representa o título para a obra?
   •   Fale sobre o autor: esse autor, para a área de estudo, é importante?
   •   Qual a editora do livro? caso seu amigo queira comprá-lo é bom que ele tenha
       esse dado.
   •   Estamos sempre atarefados, talvez seu amigo queira saber qual o número de
       páginas, se a linguagem é clara, objetiva, como se organiza o livro (capítulos e,
       se em capítulos, quantos são os capítulos?
   •   Qual a data do livro: é recente, antigo?
           Esses dados compõem a descrição técnica do livro.

           Agora, pense como você falaria sobre o conteúdo do livro. Talvez se você
pensasse em fazer um resumo. Certo! Bem pensado. Já vimos, na etapa anterior, as
técnicas do resumo. Interprete as ações do autor do livro, utilize os verbos de dizer
dessas ações.

           Aqui você terá o resumo da obra.

           Talvez o livro lido por você, ainda imaginando que você o tenha lido e tenha
de contá-lo ao amigo, tenha produzido em você algumas sensações, algumas
emoções, alguns novos conhecimentos, despertado em você novas idéias. Como você
agora traduziria essas sensações. São boas essas sensações? Esse novo
conhecimento é importante? Certamente você avaliará suas sensações e utilizará,
para tanto, adjetivos avaliativos: “Incríveis idéias a do autor”; “tema importante e
necessário para o nosso estudo...”

           Nesse ponto, você terá feito uma avaliação crítica sobre o que leu.

           No final de seu trabalho, seu amigo, certamente terá um painel completo e
bem próximo do que ele teria se ele próprio tivesse lido o livro, com o acréscimo da
avaliação crítica que o estimularia, ou não, a ler o livro, além de dar a ele
conhecimento inicial sobre a obra.

Nas revistas acadêmicas da UNINOVE, há boas resenhas:

Veja um trecho de uma resenha crítica acadêmica:

             (...)
                                           8
“Os autores abordam, de maneira clara e objetiva, a utilização da gestão
estratégica da informação, transformando a carga de dados recebidos em informações
úteis à empresa, de forma que essa possa agregar valores a seu ambiente interno,
aumentando e racionalizando recursos para se tornar competitiva.

              (...)

             Como assunto crepuscular, a obra revela um horizonte de caminhos a
percorrer (enfatizando, ainda, que há muitos em estudo), sendo de especial
importância para o conhecimento dos profissionais que têm como desafios a enfrentar
a velocidade da informação, a computação móvel e até a exploração desse mercado
que ainda engatinha a procura das melhores respostas.”

SANTOS, E.S.M. Revista Gerenciais, São Paulo, V. 5, n. especial, p.143-144, jan./jun. 2006.



Veja agora um trabalho de análise com a resenha crítica de filme:

Diretora aprofunda sua linguagem poética

José Geraldo Couto – Colunista da Folha de São Paulo

      O cinema de Lina Chamie, como já havia ficado claro em seu primeiro longa-
metragem, Tônica Dominante (2000), é menos narrativo do que poético e musical. Em
A Via Láctea a diretora amadurece e aprofunda esse seu modo de encarar “o mundo que é” e
“o mundo que poderia ser”.

         A partir de uma situação dramática forte – um amante que atravessa a metrópole em
busca da amada, com quem discutiu ao telefone - , o filme desdobra cadências, harmonia,
contrapontos e dissonâncias. Não é à toa que um dos livros citados ao longo da odisséia
urbana de Heitor (Marco Ricca) seja Fragmentos do discurso amoroso. O filme, de certo modo,
realiza no plano audiovisual uma operação análoga à do livro de Barthes ao identificar, glosar e
desconstruir motivos, tropos e clichês do relacionamento amoroso.

       A viagem de Heitor em busca de Júlia (Alice Braga) é mais musical do que geográfica.
Não só porque é pontuada por peças de Mozart, Schubert, Satie, Jobim e Manu Chão, mas
porque sua progressão não é linear, e sim feita de tema e variações, de motivos recorrentes,
de rimas visuais e sonoras.

         É um deslocamento inverossímil (o protagonista demora horas para percorrer a
avenida Paulista), mais espiritual – em falta de palavra melhor – do que físico. Chamie não está
preocupada com o realismo de um draminha psicológico urbano, seu horizonte é cósmico e, no
limite, metafísico.

         Não é um filme perfeito, e nem poderia, em se tratando de uma obra de risco. (Arriscar
implica também errar, embora nem sempre nos lembremos disso.) Uma certa redundância da
locução em off , em que o protagonista externa pensamentos tornados mais ou menos
evidentes pela imagem, indica talvez um receio de perder a inteligibilidade. O mesmo vale para
um recurso excessivo de flashbacks, que em alguns momentos quase afrouxam a tensão do
relato. No mais, A Via Láctea é um banho de invenção em meio a um cinema preocupado
demais em agradar aos espectadores de TV. (Folha de São Paulo, 01 de Nov. 2007)


                                               9
Estudaremos, com essa resenha crítica de filme, a presença de 5 elementos
fundamentais:

Elementos:                                 Comprovação com exemplos do texto:

1) Contextualização                        “O cinema de Lina Chamie, como já havia
                                           ficado claro em seu primeiro longa-metragem,
                                           Tônica Dominante (2000), é menos narrativo
                                           do que poético e musical.”

                                           “A Via Láctea a diretora amadurece e
Tese:
                                           aprofunda esse seu modo de encarar “o
                                           mundo que é” e “o mundo que poderia ser”.”

2) Resumo:                                 “A partir de uma situação dramática forte –
                                           um amante que atravessa a metrópole em
                                           busca da amada, com quem discutiu ao
                                           telefone.”

3) Apresentação de argumentos:

Argumento 1:                               “o filme desdobra cadências, harmonia,
                                           contrapontos e dissonâncias”.

                                           “Não é à toa que um dos livros citados ao
Comprovação do argumento 1:                longo da odisséia urbana de Heitor (Marco
                                           Ricca) seja Fragmentos do discurso amoroso.
                                           O filme, de certo modo, realiza no plano
                                           audiovisual uma operação análoga à do livro
                                           de Barthes ao identificar, glosar e
                                           desconstruir motivos, tropos e clichês do
                                           relacionamento amoroso.”

                                           “A viagem de Heitor em busca de Júlia (Alice
                                           Braga) é mais musical do que geográfica.”

Argumento 2:                               “Não só porque é pontuada por peças de
                                           Mozart, Schubert, Satie, Jobim e Manu Chão,
                                           mas porque sua progressão não é linear, e
Comprovação do argumento 2:                sim feita de tema e variações, de motivos
                                           recorrentes, de rimas visuais e sonoras.”.




4) Contra-argumentos:

1)                                         “Não é um filme perfeito, e nem poderia, em
                                           se tratando de uma obra de risco. (Arriscar
                                           implica também errar, embora nem sempre
                                           nos lembremos disso.)”

                                           “Uma certa redundância da locução em off ,
                                         10
Exemplo 1)                                        em que o protagonista externa pensamentos
                                                  tornados mais ou menos evidentes pela
                                                  imagem, indica talvez um receio de perder a
                                                  inteligibilidade”

                                                  “O mesmo vale para um recurso excessivo de
Exemplo 2:
                                                  flashbacks, que em alguns momentos quase
                                                  afrouxam a tensão do relato”

5) Conclusão (ou nova tese) interação             “No mais, A Via Láctea é um banho de
entre os argumentos e contra-argumentos:          invenção em meio a um cinema preocupado
                                                  demais em agradar aos espectadores de TV.”

Baseado in: Caderno do professor: Língua Portuguesa, ensino médio – 3º série, volume 1/
Secretaria da Educação. São Paulo, 2009 (Referência completa no final do conteúdo)

QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO?
Ser aluno universitário significa dizer que tenha capacidades para desenvolver pesquisa,
assim, utilizarmos de técnicas de memorização: resumos, resenhas e fichamentos são tarefas
bem-vindas porque fazem o registro de nossas leituras no âmbito descritivo somente: resumos
e fichamentos ou no âmbito de avaliações críticas com exposição do conteúdo: resenha crítica,
então, as leituras se convertem para a pesquisa como aportes teóricos que são o
embasamento teórico necessário para toda pesquisa. “Ninguém cria uma teoria do nada.”

        Os resumos, resenhas críticas e fichamentos que fizermos serão de grande auxílio no
momento de elaborarmos nossa pesquisa escrita, pois trarão os argumentos teóricos que
precisamos para sustentar nossas teses sobre um assunto que queiramos desenvolver.

4) Artigo científico

        O texto abaixo foi retirado da Revista Gerenciais produzida na Uninove. Veja a
descrição da Revista:

A Revista Gerenciais é um publicação semestral de caráter acadêmico do Programa de Pós-
Graduação em Administração – PPGA da Universidade Nove de Julho - Uninove, sob os
cuidados editoriais da Coordenação Editorial - COPE e do Grupo de Pesquisa Gestão Social e
Ambiental. O objetivo da publicação é estimular e divulgar pesquisas científicas nas áreas de
Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas que contemplem temas que
contribuirão para o alcance do desenvolvimento sustentável. Assim, os artigos submetidos
devem abordar, preferencialmente, as áreas de responsabilidade social, gestão ambiental,
inclusão social, terceiro setor, ética, governança corporativa, entre outros que privilegiem a
discussão sobre as dimensões da sustentabilidade social, ambiental e econômica.

        Conforme já estudamos, toda produção científica segue regras próprias de organização
textual. Vamos fazer uma leitura crítica do artigo O meio ambiente e o desenvolvimento de
produtos     :   um    estudo   no   setor   de    reciclagem   de   plásticos.(disponível   em
http://www4.uninove.br/mkt//gerenciais.php) ( Você deve pesquisar o volume 6. N.2)

                                              11
Reforçando 1...

Leia agora uma resenha de livro publicada na Revista Gerenciais, em seguida faça um
levantamento por parágrafos das idéias do autor:

Fonte: Revista Gerenciais, São Paulo, v. 6, n.2, p. 191-192, 2007.




Reforçando 2...

Resumo:é a apresentação compacta            e fiel dos pontos mais importantes de um texto.
Características: - destacar a ideias central, respeitar a estrutura e o encadeamento das
ideias; o objetivo do texto e as conclusões do autor; linguagem objetiva; evitar
repetições ou palavras do autor, indicar a fonte. Há dois tipos de resumo: indicativo e
informativo.(Medeiros 1984, p.74-75)



Pratique:
Leia o fragmento de texto que segue:

       “É mais ou menos consensual que o país precisa de uma reforma tributária,
mas o acordo se desfaz quando ela começa a ser concretamente debatida. Aliás é
exagero dizer que haja um debate em curso. Os interesses falam mais alto e, até o
presente momento, foram capazes de manter a reforma no limbo das intenções
sempre reiteradas e nunca realizadas.

       Nesse contexto de falta de definição, em tudo agravado pela prioridade óbvia
da crise financeira, vez por outra surgem ideias dignas de nota. Uma delas foi
apresentada pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn:
uma sobretaxa para combustíveis.

       À primeira vista, parece apenas mais um ônus sobre os contribuintes e a
atividade econômica. E seria mesmo, caso a medida viesse isolada, como mais um
artifício para aumentar a arrecadação – algo inaceitável.

       Não é com tal feitio que esse tributo vem sendo discutido em países
desenvolvidos, em que é encarado como instrumento econômico para obter a redução
na emissão de poluentes. A ideias foi apoiada por 2500 economistas dos EUA,
liderados por dois prêmios Nobel e uma estrela do brilho de Paul Krugman.”

                     1- Resume-se corretamente o assunto central do texto em:

                                             12
a- No contexto indefinido da crise financeira, a falta de debates voltados para
            nossa reforma tributária impede que sigamos a lição dos economistas dos
            EUA ;

         b- Não é com medidas onerosas, como a da sobretributação dos
            combustíveis, que se vai amenizar esta óbvia crise financeira ou mesmo o
            nível de poluição ambiental;

         c- Pode ser oportuna para o país a sobretaxa para combustíveis, medida que
            os países desenvolvidos vêm discutindo como instrumento para a redução
            da emissão de poluentes;

         d- O diretor da ANP, seguindo o caminho dos economistas dos EUA, estuda
            medidas que tragam efetiva redução no impostos que assolam também o
            nosso país;
         e- Em meio aos debates sobre a crise financeira, são oportunas as medidas
            anunciadas por Paulo Krugman e muitos outros economistas, relativas à
            nossa reforma tributária.

                    2- Considere as seguintes afirmações:

                          I-      A crise financeira tornou-se um assunto mais
                                  preocupante do que a necessidade de uma reforma
                                  tributária;

                          II-     Uma sobretaxa para combustíveis, além de colocar
                                  em debate a reforma tributária, é atraente por seus
                                  efeitos ecológicos;

                          III-    Será onerosa, e talvez inócua, a medida do diretor da
                                  ANP, que visa reduzir a emissão de poluentes.

Está correto, em relação ao texto, o que vem afirmado em:
   a- I,II e III
   b- I e II, apenas;
   c- I e III, apenas
   d- II e III, apenas
   e- II, apenas


       Pratique:
                                            13
1) Abaixo, temos alguns períodos tratando de assuntos variados. Por meio da redução seletiva e
da reescrita, vamos deixá-los mais concisos. Veja o exemplo:

Período original: O Tribunal Superior Eleitoral procedeu a uma verdadeira investigação na
vida dos candidatos.

Período resumido: O Tribunal Superior Eleitoral investigou os candidatos.

Obs.: Note que as expressões “a uma verdadeira” , “na vida” foram eliminadas. O verbo
“procedeu a“ foi substituído por um mais simples como “investigou” sem prejuízo no
significado do período.

Período original: Estamos envolvidos no processo de fazer uma comparação entre as
capacidades de raciocínio mental do homem de hoje, do século XX, com a capacidade de
raciocínio mental do homem do século XV.

Período resumido:

_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Texto original: Carlos Alberto é proprietário da Empresa Noruega Importação e Exportação.
Está presente no mercado há aproximadamente 15 anos. Busca manter sua empresa sempre apta
a atuar no mercado com a inserção de recursos externos necessários que possibilitem a
operacionalização de seus processos de forma eficiente e eficaz. Necessita também que as
funções da administração sejam perfeitamente exercidas, pois a base de sua administração está
no Planejamento das atividades.

        Para exportar seus produtos, Carlos precisou adequar-se às exigências feitas pelos
Portos quanto ao preenchimento e determinações que se fazem necessárias para que o processo
de exportação seja concluído. Para isto, precisa conhecer todos os dados necessários para a
exportação destes produtos, pois qualquer alteração nos trâmites legais fará com que sejam
alterados e revistos os planejamentos de sua empresa.

Texto resumido:

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

                                              14
2) Considere o texto abaixo e em seguida, resuma-o:

A COISIFICAÇÃO DA VIDA HUMANA
 (texto de André Petry – fonte desconhecida)

     No dia 12 de abril, apareceu um policial carregando um
cadáver num carrinho de mão, na favela da Rocinha. Parecia
que transportava tijolos, sacos de cimento, entulho,
qualquer coisa, menos um ser humano. Cinco dias depois, um
cadáver, provavelmente resgatado do mar, ficou pelo menos
três horas jogado nas areias da Praia de Copacabana. A
maioria dos transeuntes dava uma olhada no corpo, meio de
longe, apenas para satisfazer a curiosidade, mas sem sinais
de comoção. Em seguida, veio a rebelião no presídio de Urso
Branco, em Porto Velho, capital de Rondônia, onde os
rebelados não só mataram desafetos aos olhos da platéia que
se concentrava diante da prisão. Num espetáculo de horror,
resolveram decapitá-los, esquartejá-los. Deceparam pés e
pernas e braços e cabeças. Do alto do telhado do presídio,
como que desfraldando a bandeira da vitória, jogaram os
membros no pátio interno da prisão.
     O que existe de comum entre esses três acontecimentos
é um dado estarrecedor: o processo de desumanização, de
coisificação da vida humana. Em Copacabana, isso aparece na
espantosa indiferença com que se trata a macabra presença
de um cadáver nas areias da praia, sendo que a vida humana
ainda é, ou deveria ser, nosso valor supremo. Na Rocinha, a
ruína moral está no desrespeito a um cadáver, carregado
como se fosse lixo. O respeito aos mortos, o ritual do
enterro, data de 40.000 anos, antes mesmo da escrita ou da
agricultura,   e  marca   a   entrada   da  humanidade   na
civilização. Os túmulos, as flores fúnebres, as cerimônias
de adeus são um marco civilizatório, quando o homem começa
a se distinguir dos outros animais. Em Porto Velho, a
ultrajante brutalidade cometida pelos criminosos é a cena
perfeita da redução do homem e sua consciência ao valor de
um objeto, ou ao valor de um porco saído do abatedouro.
     Talvez o único aspecto mais nefasto que tudo isso –
mais nefasto que a indiferença, que o desrespeito, que a
brutalidade – seja a aparente normalidade com que o Brasil
assiste a essas cenas. É quase como se fosse um dado
inescapável da rotina, como o ato de respirar. Algo que
pertencesse à categoria das coisas previsíveis, como as
chuvas de verão. Nessas horas, é fundamental revisitar as
lições da história. Na Alemanha hitleriana, os nazistas
conseguiram promover a matança de judeus porque, entre
outras razões, a sociedade alemã da época mergulhou em
massa “no auto-engano, na mentira, na estupidez”, conforme
                                             15
definiu a filósofa alemã Hannah Arendt, criadora do famoso
conceito da “banalidade do mal”. A barbárie sempre que
logra passar pela fresta da normalidade, arromba a porta
para a entrada do caos. Esse é o grande perigo.

                         RASCUNHO :
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                                   VERSÃO DEFINITIVA :
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O que é o Enade

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo
de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos
conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
(http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp acesso em 06/02/11)

Dúvidasfreqüentes

O que é?
Forma de avaliação de desempenho do aluno que substitui o Exame Nacional
de
Cursos (Provão).
Faz parte do processo de avaliação estabelecido pelo MEC.

Para que serve?


                                                  16
Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos
conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

Por que participar do exame?
O Enade é obrigatório.
De acordo com a Lei nº 10.861, de 14/04/2004, o Enade é componente
curricular obrigatório. Sem ele, o aluno não cola grau e não recebe o diploma.
O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante, bem como
dos resultados da Universidade.

Quais são os benefícios para você?
Valorização do certificado no mercado de trabalho (à medida que os cursos
forem bem avaliados pelo Enade).

Quem deve se inscrever?
Iniciantes – todos os alunos do primeiro ano dos cursos a serem avaliados,
desde que, até o dia 1º de agosto do ano da avaliação, tenham concluído entre
7% e 22% da carga horária mínima do currículo.
Concluintes/formados - todos os estudantes do último ano dos cursos a serem
avaliados que, até o dia 1º de agosto do ano da avaliação, tenham concluído
pelo menos 80% da carga horária mínima do currículo.
Obs.: A inscrição no exame não está condicionada à atualização da matrícula
nem à regularidade nos pagamentos da mensalidade escolar.
(Acesse www.inep.gov.br/superior/enade para esclarecimentos adicionais).




Questões discursivas - ENADE

- Formação Geral- ENADE 2005
(JB ECOLÓGICO. JB, Ano 4, n. 41, junho 2005, p.21.)

Agora é vero. Deu na imprensa internacional, com base científica e fotos de satélite: a
continuar o ritmo atual da devastação e a incompetência política secular do Governo
e do povo brasileiro em contê-la, a Amazônia desaparecerá em menos de 200 anos. A
última grande floresta tropical e refrigerador natural do único mundo onde vivemos irá
virar deserto.
Internacionalização já! Ou não seremos mais nada. Nem brasileiros, nem terráqueos.
Apenas uma lembrança vaga e infeliz de vida breve, vida louca, daqui a dois séculos. A
quem possa interessar e ouvir, assinam essa declaração: todos os rios, os céus, as
plantas, os animais, e os povos índios, caboclos e universais da Floresta Amazônica.
Dia cinco de junho de 2005.
Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial da Esperança. A última.
(CONCOLOR, Felis. Amazônia? Internacionalização já! In: JB ecológico. Ano 4, no 41, jun. 2005, p. 14, 15. fragmento)

A tese da internacionalização, ainda que circunstancialmente possa até ser mencionada
por pessoas preocupadas com a região, longe está de ser solução para qualquer dos
nossos problemas. Assim, escolher a Amazônia para demonstrar preocupação com o

                                                         17
futuro da humanidade é louvável se assumido também, com todas as suas
conseqüências, que o inaceitável processo de destruição das nossas florestas é o
mesmo que produz e
reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo.
Se assim não for, e a prevalecer mera motivação “da propriedade”, então seria
justificável também propor devaneios como a internacionalização do Museu do Louvre
ou, quem sabe, dos poços de petróleo ou ainda, e neste caso não totalmente desprovido
de razão, do sistema financeiro mundial.
(JATENE, Simão. Preconceito e pretensão. In: JB ecológico. Ano 4, no 42, jul. 2005, p. 46, 47. fragmento)


A partir das idéias presentes nos textos acima, expresse a sua opinião, fundamentada
em dois argumentos sobre a melhor maneira de se preservar a maior floresta
equatorial do planeta.
(máximo de 10 linhas)                                     (valor: 10,0 pontos)

                          RASCUNHO:
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                                                          18
19
Interpretação de charges


Interpretação de charges:
       Assim como as piadas, as charges são textos humorísticos que requerem a
mobilização de conhecimentos prévios para que seja possível a interpretação. Que
conhecimentos prévios são esses? Conhecimentos de fatos que circulam na
sociedade, de questões culturais e ideológicas etc. Um exemplo: na piada “feliz foi
Adão que não teve sogra”, NÃO HÁ COMO INTERPRETÁ-LA E RIR DELA sem o
conhecimento de quem foi Adão, na história (o primeiro homem), de quem foi Eva (a
primeira mulher), de que sogra é a mãe da mulher ou do homem com quem se é
casado e, ainda, de que ter sogra, em nossa cultura, é algo ruim. UFA!!!
Esse simples exemplo (que não é um texto simples) nos mostra que a linguagem não
é um código. Na piada, os sentidos foram veiculados, mesmo sem estarem
codificados, entende? Conceber a língua como um código é assumir que o conteúdo
semântico está integralmente explicitado por estruturas sintáticas (Coudry & Possenti,
1993), o que não é verdade. Mas isso é um papo para depois, ok!? Continuemos na
charge…




http://www.acharge.com.br/index.htm




                                         20
PRATIQUE:

     1- Quais conhecimentos prévios precisam ser mobilizados para a
          compreensão da charge acima?

ENADE-2005

1-Leia e relacione os textos a seguir.

 O Governo Federal deve promover a inclusão digital,
 pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba
por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude.
Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.)




Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que
(A) o conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil.
(B) a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
(C) o apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
(D) o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
(E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.

2-




                                                        21
(Laerte. O condomínio)(Disponível em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomínio.html)

As duas charges de Laerte são críticas a dois problemas atuais da sociedade brasileira, que
podem ser identificados pela crise

(A) na saúde e na segurança pública.
(B) na assistência social e na habitação.
(C) na educação básica e na comunicação.
(D) na previdência social e pelo desemprego.
(E) nos hospitais e pelas epidemias urbanas.




Eletrodomésticos: menos IPI poderá gerar mais empregos no setor


O ministro da Fazenda, Guido Mantega confirmou, nesta sexta-feira (17), a
redução do IPI para quatro produtos da linha branca por três meses, em mais
uma medida para aliviar os efeitos da crise global sobre o País e que
representará renúncia fiscal de R$ 173 milhões.
Mantega afirmou ainda que o Governo pode tomar outras ações e que
mudanças na remuneração da poupança ainda estão sendo estudadas.

                                                   22
Os produtos contemplados são geladeira (redução de 15 para 5% da alíquota),
fogão (de 5% para zero), máquina de lavar roupa (de 20 para 10%) e tanquinho
(de 10% para zero).
A desoneração havia sido antecipada pouco antes pelo presidente da Força
Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP).
Segundo Mantega, há um acordo entre varejistas, atacadistas e o Governo
para que não haja demissões, mas nada foi formalizado, uma vez que a
desoneração não cobre todos os produtos comercializados por eles.
"Com o Governo aumentando o crédito (em geral) e reduzindo os preços dos
produtos      ao     baixar      o    IPI,    esperamos         aumento        das     vendas       e,
consequentemente, do emprego", disse o ministro a jornalistas.
Ele acrescentou que 600 mil trabalhadores estão envolvidos direta ou
indiretamente na indústria de eletrodomésticos da linha branca. A redução do
IPI entra em vigor ainda nesta sexta-feira (17).
O ministro acrescentou que o Governo continua trabalhando em um projeto de
substituição de geladeiras antigas e mais nocivas ao meio ambiente.
(Disponível em http://www.diap.org.br/index.php/agencia-diap/8685-eletrodomesticos-governo-corta-ipi-
da-linha-branca-e-conta-com-empregos em 17/04/2009)




Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução do IPI para
produtos de linha branca:

a) Levará a demissões de 600 mil trabalhadores envolvidos nessa indústria;
b) Pode levar ao aumento das vendas desses produtos e evitar demissões;
c) Será antecipada por três meses pela Força Sindical, de Paulo Pereira da
Silva;
d) Aumentará os encargos fiscais e representará grande renúncia fiscal;
e) Aumentará o crédito em geral, devido à renúncia fiscal por parte do governo.




                                                  23
QUESTÃO 2

Google diz que roteadores causaram falha de conexão no Brasil




O Google informou que o problema de acesso a alguns de seus serviços
registrado nesta quinta-feira (07/05) no Brasil ocorreu em razão de uma falha
em um grupo de roteadores, durante uma manutenção de rotina. Segundo a
empresa, uma falha na programação dessa inspeção afetou o funcionamento
dos equipamentos, responsáveis por interligar as redes de computadores e
permitir a troca de dados, o que limitou o acesso no Brasil. "Não houve falha
em nenhum dos nossos servidores", diz o Google, em nota. De acordo com a
empresa, "o acesso foi restabelecido prontamente", entretanto ainda há
usuários relatando dificuldades de usar serviços como o buscador Google, o
Orkut e o YouTube. "Sabemos quão importante é a disponibilidade dos nossos
serviços e lamentamos qualquer inconveniente", diz a companhia. Como já
havia ocorrido em ocasiões anteriores, o episódio levou pânico a internautas -
alguns chegaram a falar em "Apocalipse". "É incrível como eu fico inútil quando
cai o Google", afirmou um deles, no Twitter, completando 'não ser nada' sem
ferramentas como Gmail e Google Reader. "Apocalipse! Google e seus sites
relacionados (YouTube, Orkut...) estão fora do ar", exclamou outro.

(Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u562293.shtml em 7/5/2009)
                                                  24
Segundo o texto, o problema de acesso a alguns dos serviços do Google,
registrado nesta quinta-feira (07/05), no Brasil:

a) Deveu-se à falha de um dos seus servidores, o que limitou o acesso no
   Brasil;
b) Levou pânico a internautas, pois era o início do “Apocalipse” anunciado;
c) Tornou muitos internautas inúteis, pois não sabem viver sem o Orkut;
d) Deveu-se apenas a uma falha na programação de inspeção, que gerou
   falha no acesso;
e) Foi rapidamente resolvido, mas revela a possibilidade de um “Apocalipse”.



QUESTÃO 3




(http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=chargeonline&meta=&aq=0&oq=chargeon)



Gripe Suína: Contágio


A gripe suína tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum,
com contato diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos
contaminados, o vírus também se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente.
A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a
mesma à 71 graus Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive.




                                             25
Sintomas da Gripe Suína
Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum; estão incluídos: febre
alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga. Surgiram também pessoas com
vômitos e diarréias.
Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não
temos nada, e pode levar uns seis meses para que isso ocorra.
O medicamento oseltamivir, segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros
testes contra o vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal
efeito.
O que podemos fazer é sempre lavar as mãos, mesmo porque temos que
evitar as gripes comuns, que também podem trazer consequências.
O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando-se de que
nenhum passageiro esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe
não estejam aparentes, temos que estar alerta por um período, pois alguns
deles vieram de países que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros
desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles
esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom; deve-se estar em alerta e
conscientizar a todos.
A informação nesses momentos é um fator determinante para combater a
Gripe Suína.
(Disponível em http://www.vaicomtudo.com/2009/04/gripe-suina-sintomas.html em 10/05/2009)



A gripe suína, segundo o texto:
a) geralmente é contraída pelo nariz e pela boca;
b) é contraída em transportes aéreos;
c) é a única que traz consequências negativas para o ser humano;
d) leva-nos à preocupação de lavar as mãos, diferentemente das gripes
comuns;
e) apresenta sintomas e tem vacina idêntica aos das gripes comuns.




                                                26
INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS

Os gráficos são utilizados extensivamente em nossas vidas cotidianas e é importante saber
suas aplicações. Em uma das aulas anteriores você analisou uma situação-problema de
uma mulher à procura de emprego e um gráfico que apresentava o número de internautas
no Brasil e no mundo.


1-Agora apresente uma conclusão na forma de um parágrafo-padrão que pode ser
extraída da análise do gráfico:


Conclusão:________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________




                                        27
2- O gráfico analisado fez parte de uma reportagem publicada na Folha de São Paulo do dia
16 de agosto de 2009.
Leia agora a reportagem disponível no site do jornal:


                                          28
São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009


Próximo Texto | Índice

Lei antifumo de SP é aprovada por 88%
Entre fumantes, aprovação atinge 71%; apoio cresceu oito pontos
percentuais na cidade de São Paulo de maio a agosto

Instituto Datafolha ouviu 2.052 pessoas em todo o Estado na semana
passada, após o primeiro final de semana com a lei em vigor

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A lei que proíbe fumar em lugares fechados de uso coletivo no Estado de
São Paulo agradou os paulistas.
Pesquisa Datafolha feita na semana passada aponta que 88% dos moradores
do Estado aprovam a lei. Outros 10% se declararam contra a restrição e 2%
disseram ser indiferentes.
A restrição agradou até mesmo os próprios fumantes, que agora precisam
sair de bares e restaurantes para fumar na calçada ou outros locais ao ar
livre -os fumódromos também estão proibidos.
Segundo o Datafolha, 71% dos fumantes estão a favor da lei, 26% são
contra e 3% se declaram indiferentes.
A lei entrou em vigor no dia 7 deste mês. O Datafolha foi às ruas entre os
dias 11 e 13, após o primeiro fim de semana da restrição. Foram
entrevistadas 2.052 pessoas com 16 anos ou mais em 56 cidades do Estado.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Este é o primeiro levantamento com esta abrangência feito pelo Datafolha
sobre a lei antifumo. Em maio, logo após a lei ser sancionada pelo
governador José Serra (PSDB), o instituto ouviu apenas moradores da
capital.
Na ocasião, 80% dos paulistanos se declararam favoráveis à medida, 14%
eram contrários e 5%, indiferentes. De lá para cá, a adesão dos moradores
da capital cresceu para 87%. Outros 11% são contrários e 2% estão
indiferentes.
No Estado de São Paulo, 24% dos moradores com mais de 16 anos são
fumantes. No interior fuma-se mais (26%) que na capital (23%) e nos
demais municípios da região metropolitana de São Paulo (19%).
O Datafolha apurou que 99% dos paulistas tomaram conhecimento das
novas regras sobre o fumo no Estado, e que 79% se consideram bem
informados.
Neste aspecto, há um dado curioso na pesquisa: 18% disseram ter tomado
conhecimento da restrição, mas confessaram estar mal informados sobre o
assunto. Pois são justamente estes que mais reprovam a medida: 24% dos
mal informados confessos são contra a lei.
A pesquisa demonstrou ainda que os fumantes estão mais bem informados
                                               29
sobre as restrições que os não-fumantes. De acordo com o Datafolha, 84%
   dos fumantes se consideram bem informados sobre a lei. Entre os não-
   fumantes, o índice cai para 77%.
   Segundo a pesquisa, os paulistas acreditam que a lei será positiva para os
   bares e restaurantes (71%) e principalmente para os não-fumantes (91%).

Como foi a sua análise? Fugiu muito do texto acima? Você interpretou algum dado
incorretamente? Por que você acha que aconteceu isso?


3- Analise agora outro gráfico:




Agora apresente uma conclusão na forma de um parágrafo-padrão que pode ser
extraída da análise do gráfico acima.
Agora leia o texto que acompanhava o gráfico:



                             São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009

                                                 30
BrasileiBrasileiro prevê mais vagas, mas pretende gastar
                          menos
       Pesquisa da FGV aponta ainda que os consumidores pretendem gastar
       menos

       Intenção de compra de bens como carros cai pelo 3º mês; para FGV,
       antecipação de aquisição em razão do IPI pode explicar tendência

       CIRILO JUNIOR
       DA FOLHA ONLINE, NO RIO

       Ainda em meio à retomada do crescimento da economia, o brasileiro nunca
       esteve tão otimista em relação ao emprego, conforme dados revelados pela
       Sondagem do Consumidor de outubro, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
       Mesmo assim, a pesquisa mostra que a cautela aparece na hora de gastar, já que
       a intenção de compra de bens duráveis (como veículos e eletrodomésticos) caiu
       pelo terceiro mês consecutivo.
       O levantamento, colhido em pouco mais de 2.000 domicílios, em sete capitais,
       aponta que 24,7% acreditam que será mais fácil encontrar emprego nos
       próximos seis meses. Na outra ponta, 18% acham que será mais difícil. O
       restante avalia que será igual. O índice sobre emprego local futuro atingiu 106,7
       pontos, maior nível da série histórica, iniciada em novembro de 2005.
       Em dezembro de 2008, quando o índice alcançou o pior nível durante a crise,
       12,8% estavam otimistas em relação ao emprego, e 38,4%, pessimistas. Naquela
       época, o índice não passava dos 74,4 pontos.
       O otimismo sobre o mercado de trabalho é ainda maior em São Paulo, onde
       34,3% dos entrevistados disseram que haverá perspectivas favoráveis para
       encontrar emprego e 12,5% acreditam que a busca por trabalho será mais
       complicada.
       A intenção de compra de bens duráveis, no entanto, registrou a terceira queda
       seguida em outubro. De acordo com a FGV, 9,7% têm mais expectativa de
       adquirir itens como automóveis e eletroeletrônicos, e 27,8% consideram
       menores a chance de obter esses produtos.

       Antecipação de compras
       Em julho, último mês de alta nesse índice, 15,1% pretendiam comprar, e 29%,
       não. Aloisio Campelo, economista da FGV, disse que essa cautela pode ser
       atribuída a dois fatores: um endividamento maior recente por parte dos
       consumidores, no período pré-crise, ou mesmo a antecipação das compras, em
       razão da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Importados) sobre automóveis
       e eletroeletrônicos da linha branca.
       "A pesquisa não mede as razões dessa expectativa, mas esses fatores devem
       estar influenciando a expectativa de compras do brasileiro."
       No plano geral da pesquisa, a consumidor retomou a confiança em patamar
       semelhante ao que era verificado antes da crise. O ICC (Índice de Confiança do
       Consumidor) teve alta de 2,2% ante setembro, para 113,6 pontos. Trata-se do
                                               31
maior nível desde maio de 2008.
   Entre os mais pobres, no entanto, a confiança se encontra aquém dos níveis pré-
   crise. Entre os que ganham menos de R$ 2.100, o ICC está 5,7% abaixo de
   setembro de 2008.
   Na faixa entre R$ 2.100 e R$ 4.800, a confiança cresceu 2,2%, na mesma
   comparação. No intervalo entre R$ 4.800 e R$ 9.600 a alta é de 8,4%. Acima
   dessa faixa, o incremento é de 3,2%.



PRATIQUE:




                                           Revista Isto É Independente. São Paulo: Ed. Três [s.d.]

   1- O alerta que a gravura acima pretende transmitir refere-se a uma situação que
(A) atinge circunstancialmente os habitantes da área rural do País.
(B) atinge, por sua gravidade, principalmente as crianças da área rural.
(C) preocupa no presente, com graves conseqüências para o futuro.
(D) preocupa no presente, sem possibilidade de ter conseqüências no futuro.
(E) preocupa, por sua gravidade, especialmente os que têm filhos.
2- Os países em desenvolvimento fazem grandes esforços para promover a inclusão digital,
ou seja, o acesso, por parte de seus cidadãos, às tecnologias da era da informação. Um dos
indicadores empregados é o número de hosts, isto é, o número de computadores que estão
conectados à Internet. A tabela e o gráfico abaixo mostram a evolução do número de
hosts nos três países que lideram o setor na América do Sul.
                      2003          2004             2005                2006               2007

                                           32
Brasil                2.237.527      3.163.349     3.934.577         5.094.730         7.422.440
Argentina             495.920        742.358       1.050.639         1.464.719         1.837.050
Colômbia              55.626         115.158       324.889           440.585           721.114




                                                      Fonte: IBGE (Network Wizards, 2007)

Dos três países, os que apresentaram, respectivamente, o maior e o menor crescimento
percentual no número de hosts, no período 2003−2007, foram
(A) Brasil e Colômbia.
(B) Brasil e Argentina.
(C) Argentina e Brasil.
(D) Colômbia e Brasil.
(E) Colômbia e Argentina.


3- Desnutrição entre crianças quilombolas
“Cerca de três mil meninos e meninas com até 5 anos de idade, que vivem em 60
comunidades quilombolas em 22 Estados brasileiros, foram pesados e medidos. O objetivo
era conhecer a situação nutricional dessas crianças.(...)
De acordo com o estudo,11,6% dos meninos e meninas que vivem nessas comunidades
estão mais baixos do que deveriam,considerando-se a sua idade, índice que mede a
desnutrição. No Brasil, estima-se uma população de 2 milhões de quilombolas. A
escolaridade materna influencia diretamente o índice de desnutrição.
Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mães com mais de quatro anos de estudo estão
desnutridos. Esse indicador sobe para 13,7% entre as crianças de mães com escolaridade
menor que quatro anos. A condição econômica também é determinante. Entre as crianças
que vivem em famílias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrição chega a 15,6%; e
cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual estão 33,4% do total das pesquisadas.
Os resultados serão incorporados à política de nutrição do País. O Ministério de
Desenvolvimento Social prevê ainda um estudo semelhante para as crianças indígenas.”
BAVARESCO, Rafael. UNICEF/BRZ. Boletim, ano 3, n. 8, jun. 2007.

                                            33
O boletim da UNICEF mostra a relação da desnutrição com o nível de escolaridade materna
e a condição econômica da família. Para resolver essa grave questão de subnutrição
infantil, algumas iniciativas são propostas:


I − distribuição de cestas básicas para as famílias com crianças em risco;
II − programas de educação que atendam a crianças e também a jovens e adultos;
III − hortas comunitárias, que ofereçam não só alimentação de qualidade, mas também
renda para as famílias.


Das iniciativas propostas, pode-se afirmar que


(A) somente I é solução dos problemas a médio e longo prazo.
(B) somente II é solução dos problemas a curto prazo.
(C) somente III é solução dos problemas a curto prazo.
(D) I e II são soluções dos problemas a curto prazo.
(E) II e III são soluções dos problemas a médio e longo prazo.




                                               34

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Produzir resumos e analisar textos

  • 1. Departamento-Gerenciais Interpretação e Elaboração Textual Material de Apoio PROFESSORA: RENATA VALENTE FERREIRA VILELA CURSO: _________________________________1/2013 Aluno:_________________________________________RA_____________________ Se houver um lugar propício para promover mudanças e inovações em vista da melhoria da qualidade de ensino, esse lugar é o seu curso, com seus professores e colegas. “É na aula universitária que, principalmente, se traduzem as ambiguidades e desafios do ensino superior (...) Nela é que se materializam os conflitos entre expectativas sociais e projeto de cada universidade, sonhos individuais e compromissos coletivos, transmissão e produção do conhecimento, ser e vir a ser”. ( Cunha, 1997, p 80-81). 1
  • 2. PRATIQUE: - Produzir um resumo de filme ou livro (em grupos); - Não colocar o título da obra. -Ler para avaliação da turma. OBJETIVO: Analisar a produção textual a partir dos elementos estudados em LPT: - relembrar o processo de produção de um texto: Pensar em um tema/ levantar idéias sobre ele/ fazer uma primeira versão do texto/ ler/ corrigir/ preparar a versão definitiva; -organização do tópico frasal; -apresentação dos elementos de coesão. Por exemplo: quem fez o quê, para quê, onde, como? Processo de produção de um texto; -Cartas do leitor; Processo de produção de um texto: Leia a seguir como Graciliano Ramos fala do processo de escrever: “[...] deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa seja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso: a palavra foi feita para dizer.” Escrever não é apenas colocar palavras no papel, não é? Precisamos trabalhar muito, quando queremos escrever. Todo texto é um produto, mas sua elaboração é, antes de tudo, um processo que relaciona, basicamente, duas ordens de fatores: 1) finalidade, leitor previsto, assunto e tipo de texto; e 2) a construção de uma unidade de significação. Imagine que você vai escrever uma carta (ou um e-mail) para um jornal comentando uma notícia sobre a nova lei de proibição do fumo em lugares públicos. Evidentemente, você leva em consideração:  a finalidade de sua carta (participar do debate, dando sua opinião);  o que quer comentar (fumo; saúde; mudança de hábitos);  para quem está escrevendo (jornal);  o tipo de texto: a carta ou e-mail. 2
  • 3. Em função disso tudo, você dá sua opinião, usando elementos da carta e escolhendo argumentos que sustentem suas ideias. Assim, para escrever sua carta, você - como autor - precisa elaborar um texto coerente não só com suas ideias, mas também coerente em relação ao seu objetivo, ao leitor que pretende atingir, ao gênero textual que está desenvolvendo. Leia o que circulou por aí a respeito desse tema...... PAINEL DO LEITOR –Folha de São Paulo São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009 O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Lei antifumo "Parabéns ao articulista Luiz Felipe Pondé ("As freiras feias sem Deus", Cotidiano, 7/8). O ponto é exatamente este: o comportamento fascista que se torna a cada dia mais forte, aqui e no mundo. Nunca é demais lembrar que o primeiro regime a combater o tabagismo foi o nazista. Sabe-se lá onde vamos parar com as preocupações e concepções do Estado sobre o que seja bom e "saudável" para os cidadãos. O Estado deve zelar pelos direitos individuais protegendo os não fumantes, mas não pode tratar os fumantes como criminosos, proibindo, por exemplo, que estabelecimentos privados decidam que tipo de clientela querem atender. Sou fumante, consciente dos males que o fumo causa, e tenho certeza de que mal muito maior me causa saber que quatro meses do meu salário viram impostos para sustentar os Sarneys que nos governam. Que tal uma lei para fechar o Congresso em nome da saúde pública? Tenho certeza de que muita gente por aí apoiaria essa proposta. Afinal, quem se importaria com uma ditadura, desde que estivéssemos sãos e salvos?" ELAINE SENISE BARBOSA, historiadora (São Paulo, SP) "Não entendo o porquê de algumas pessoas gritarem histéricas contra essa lei antifumo, a ponto de a rotularem de fascista, mesmo porque nenhum fumante foi proibido do desfrute do seu "saudável" vício. Há liberdade para fumar sem incomodar quem não fuma. Eu mesmo, fumante por mais de 20 anos, carrego um stent no coração, em parte com a ajuda desse hábito -que, reconheço, é difícil de largar." LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP) "Será que ninguém comentou com o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab que, caso eles queiram mesmo evitar gastos com saúde pública e poupar vidas, deveriam colocar esses 500 fiscais com bafômetros nas saídas das baladas e bares? Isso sim salvaria vidas. E, quanto às fumacinhas indesejáveis, deixem que cada bar e local cuide da sua!" ELENI MOROS MOUTA (Curitiba, PR) 3
  • 4. "O teor da entrevista com um humorista (Cotidiano, 8/7) realizada pela Folha mostra o acerto do governador. Ele confessa que fuma em supermercado e nos aeroportos em desrespeito à lei, à cidadania e às pessoas que, como eu, são alérgicas. Não raro sou obrigado a sair de livrarias, lanchonetes e até cinemas porque pessoas se acham no direito de fumar escondidas. A baladas e outras diversões nunca pude ir." REGINALDO SALOMÃO (São Paulo, SP) Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião dos leitores seja publicada? Estamos falando das cartas dos leitores que mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “CARTA DO LEITOR”, a não ser as que já são preconizadas, ou seja, recomendadas ao escrevermos a alguém: especificar o assunto e ser breve; traçar previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escrever em uma linguagem clara, precisa e nunca fazer uso de palavras de baixo calão, pois a carta não será publicada! O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo e possam ser abordados! O mesmo cuidado deve ser empregado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. Importante: é importante dar o ponto de vista, sempre explicando com muita cautela. Se for expor fatos, tenha certeza de que são verdadeiros. PRATIQUE 1: -Mostre o seu ponto de vista a respeito de um tema polêmico usando o seguinte critério: 4
  • 5. -Você é a favor ou contra? Por que tem essa opinião e dê um exemplo. Resumo e Resenha "Planos não são nada; planejamento é tudo." Dwight D. Eisenhower Para quem já tem experiência em pesquisa lhe dirá que é importante aportar seu trabalho em teorias trabalhadas na sua área e este é o princípio básico para que tenhamos um trabalho acadêmico certamente, assim as leituras escolhidas como aportes teóricos se fazem amplamente necessárias. Essas teorias já foram pensadas antes e são ponto de partida para o que virá de novo. Assim, ao conhecer novas teorias fazem-se necessárias leituras. A pergunta é: Como se lembrar de todas essas leituras? Simples: Faça apontamentos eficazes por intermédio de RESUMOS E RESENHAS. 1) O que é um RESUMO? Muito se estuda sobre resumo e sempre ouvimos dos alunos aquela pergunta: “É com as minhas próprias palavras?” É sim! MAS vamos incrementar essa idéia. Façamos um levantamento do que seja resumo: - ato de condensar as idéias principais do texto original (já ouvimos isso) - necessário que se faça uma leitura de todo o texto (também sabemos) Qual é a dica? Ninguém, ao planejar elaborar um trabalho acadêmico, escapa de um resumo. O resumo é um excelente aliado para nosso trabalho acadêmico. Ao escolher a bibliografia com a qual iremos trabalhar, há a necessidade de leitura e registro para, 5
  • 6. posteriormente usarmos em nosso trabalho acadêmico. Há técnicas para elaboração de um resumo: A – faça a leitura integral do texto - “dê uma lida” sem muita preocupação, a não ser responder à pergunta: “Qual o assunto do texto?” B – Agora, faça uma leitura de estudo, com a caneta ou lápis, sublinhe os pontos importantes, ressalte as idéias necessárias e importantes, segmente o texto por parágrafos e escreva, ao lado dos parágrafos, as idéias centrais que eles trazem. C – Você terá, ao final, ao lado dos parágrafos do texto original, idéias condensadas por você e na seqüência em que aparecem no texto. Dê a elas redação final, encadeando as idéias de forma a estruturar outro texto, menor que o original, mas com suas próprias palavras. Para que serve um resumo? Para registrar por suas palavras o texto lido. Nesse ponto, se faz necessário falarmos sobre direitos autorais. Olhar para uma idéia e dizer que é boa, não é copiá-la, A cópia se inicia quando “recortamos e colamos” tal qual ela se apresenta. Como fazer para que sejamos corretos com as idéias das pessoas que nos surpreenderam pelo que disseram? Sempre nos referirmos à fonte que buscamos. Fazer resumo é uma boa maneira. Ao ler o texto de outra pessoa e resumi-lo, é necessário dar conta de interpretar as ações do autor e nunca omitir esse autor. Observe o plano global do texto, procure voltar ao seu esquema, às idéias principais de onde o autor partiu. 2) Resenha Resumo e resenha: a mesma coisa? Não! Uma resenha contém um resumo, mas um resumo não contém todas as especificações de uma resenha. Como assim? Para entendermos, vejamos onde encontramos resenhas no nosso cotidiano e, sobretudo para que servem resenhas? As resenhas são gêneros textuais que têm como objetivo dar conhecimento de algo a alguém. Esse “algo” está sempre no campo das artes, do conhecimento, ou 6
  • 7. seja, aquilo que outra pessoa tenha visto e conheça por completo. No cotidiano, é possível fazer-se resenha de filmes, peças teatrais, de eventos culturais, livros, CDs. As resenhas dão-nos conhecimentos prévios do que poderemos ver se quisermos assistir a um filme ou a peça de teatro, ou ainda o que leremos no livro anunciado. Resenhas são importantes porque nos dão um panorama geral do que poderemos ler, ver, caso nos interessemos por determinado evento. No campo acadêmico, a resenha acadêmica, então, tem a importância de nos oferecer um panorama do que temos em mãos e nos dá oportunidade de escolha de um livro teórico, um artigo científico. A ação de leitura de resenhas oportuniza e muito o nosso trabalho na elaboração de um TCC, por exemplo, porque nos dão parâmetros seguros para escolha do artigo ou livro que iremos utilizar em nosso trabalho. Assim, uma resenha feita por em expert da área, no caso, resenha acadêmica, nos oferece índices importantes de uma leitura prévia feita e indicações pertinentes de leitura. Todo trabalho acadêmico requer leituras teóricas. Essas leituras constroem os aportes teóricos de sustentação do nosso trabalho acadêmico. Uma boa forma de registrar essas leituras é com a elaboração de resenhas e as resenhas são um bom exercício de reflexão daquilo que lemos e aponta para a compreensão, se houve de fato, de nossa leitura, quando bem realizada. E para realizar, construir, escrever uma resenha? Há dois tipos de resenha: resenha, pura e simplesmente e resenha crítica. Nesse estudo nos interessará a resenha crítica acadêmica. Tecnicamente, a resenha crítica acadêmica apresenta um plano global básico: A - Descrição técnica B – Resumo C – Avaliação crítica Não há uma rigidez em, numa resenha crítica aparecer esses dados nessa ordem, mas esses são os aspectos mínimos considerados para que tenhamos uma resenha. 7
  • 8. Imagine que você tenha lido um livro e tenha de contá-lo a um colega. Se você tiver um roteiro de como iniciar o trabalho de falar sobre sua leitura terá sido, ao final, mais eficiente em seu trabalho, ou seja, pense em começar pelo • Título: o que representa o título para a obra? • Fale sobre o autor: esse autor, para a área de estudo, é importante? • Qual a editora do livro? caso seu amigo queira comprá-lo é bom que ele tenha esse dado. • Estamos sempre atarefados, talvez seu amigo queira saber qual o número de páginas, se a linguagem é clara, objetiva, como se organiza o livro (capítulos e, se em capítulos, quantos são os capítulos? • Qual a data do livro: é recente, antigo? Esses dados compõem a descrição técnica do livro. Agora, pense como você falaria sobre o conteúdo do livro. Talvez se você pensasse em fazer um resumo. Certo! Bem pensado. Já vimos, na etapa anterior, as técnicas do resumo. Interprete as ações do autor do livro, utilize os verbos de dizer dessas ações. Aqui você terá o resumo da obra. Talvez o livro lido por você, ainda imaginando que você o tenha lido e tenha de contá-lo ao amigo, tenha produzido em você algumas sensações, algumas emoções, alguns novos conhecimentos, despertado em você novas idéias. Como você agora traduziria essas sensações. São boas essas sensações? Esse novo conhecimento é importante? Certamente você avaliará suas sensações e utilizará, para tanto, adjetivos avaliativos: “Incríveis idéias a do autor”; “tema importante e necessário para o nosso estudo...” Nesse ponto, você terá feito uma avaliação crítica sobre o que leu. No final de seu trabalho, seu amigo, certamente terá um painel completo e bem próximo do que ele teria se ele próprio tivesse lido o livro, com o acréscimo da avaliação crítica que o estimularia, ou não, a ler o livro, além de dar a ele conhecimento inicial sobre a obra. Nas revistas acadêmicas da UNINOVE, há boas resenhas: Veja um trecho de uma resenha crítica acadêmica: (...) 8
  • 9. “Os autores abordam, de maneira clara e objetiva, a utilização da gestão estratégica da informação, transformando a carga de dados recebidos em informações úteis à empresa, de forma que essa possa agregar valores a seu ambiente interno, aumentando e racionalizando recursos para se tornar competitiva. (...) Como assunto crepuscular, a obra revela um horizonte de caminhos a percorrer (enfatizando, ainda, que há muitos em estudo), sendo de especial importância para o conhecimento dos profissionais que têm como desafios a enfrentar a velocidade da informação, a computação móvel e até a exploração desse mercado que ainda engatinha a procura das melhores respostas.” SANTOS, E.S.M. Revista Gerenciais, São Paulo, V. 5, n. especial, p.143-144, jan./jun. 2006. Veja agora um trabalho de análise com a resenha crítica de filme: Diretora aprofunda sua linguagem poética José Geraldo Couto – Colunista da Folha de São Paulo O cinema de Lina Chamie, como já havia ficado claro em seu primeiro longa- metragem, Tônica Dominante (2000), é menos narrativo do que poético e musical. Em A Via Láctea a diretora amadurece e aprofunda esse seu modo de encarar “o mundo que é” e “o mundo que poderia ser”. A partir de uma situação dramática forte – um amante que atravessa a metrópole em busca da amada, com quem discutiu ao telefone - , o filme desdobra cadências, harmonia, contrapontos e dissonâncias. Não é à toa que um dos livros citados ao longo da odisséia urbana de Heitor (Marco Ricca) seja Fragmentos do discurso amoroso. O filme, de certo modo, realiza no plano audiovisual uma operação análoga à do livro de Barthes ao identificar, glosar e desconstruir motivos, tropos e clichês do relacionamento amoroso. A viagem de Heitor em busca de Júlia (Alice Braga) é mais musical do que geográfica. Não só porque é pontuada por peças de Mozart, Schubert, Satie, Jobim e Manu Chão, mas porque sua progressão não é linear, e sim feita de tema e variações, de motivos recorrentes, de rimas visuais e sonoras. É um deslocamento inverossímil (o protagonista demora horas para percorrer a avenida Paulista), mais espiritual – em falta de palavra melhor – do que físico. Chamie não está preocupada com o realismo de um draminha psicológico urbano, seu horizonte é cósmico e, no limite, metafísico. Não é um filme perfeito, e nem poderia, em se tratando de uma obra de risco. (Arriscar implica também errar, embora nem sempre nos lembremos disso.) Uma certa redundância da locução em off , em que o protagonista externa pensamentos tornados mais ou menos evidentes pela imagem, indica talvez um receio de perder a inteligibilidade. O mesmo vale para um recurso excessivo de flashbacks, que em alguns momentos quase afrouxam a tensão do relato. No mais, A Via Láctea é um banho de invenção em meio a um cinema preocupado demais em agradar aos espectadores de TV. (Folha de São Paulo, 01 de Nov. 2007) 9
  • 10. Estudaremos, com essa resenha crítica de filme, a presença de 5 elementos fundamentais: Elementos: Comprovação com exemplos do texto: 1) Contextualização “O cinema de Lina Chamie, como já havia ficado claro em seu primeiro longa-metragem, Tônica Dominante (2000), é menos narrativo do que poético e musical.” “A Via Láctea a diretora amadurece e Tese: aprofunda esse seu modo de encarar “o mundo que é” e “o mundo que poderia ser”.” 2) Resumo: “A partir de uma situação dramática forte – um amante que atravessa a metrópole em busca da amada, com quem discutiu ao telefone.” 3) Apresentação de argumentos: Argumento 1: “o filme desdobra cadências, harmonia, contrapontos e dissonâncias”. “Não é à toa que um dos livros citados ao Comprovação do argumento 1: longo da odisséia urbana de Heitor (Marco Ricca) seja Fragmentos do discurso amoroso. O filme, de certo modo, realiza no plano audiovisual uma operação análoga à do livro de Barthes ao identificar, glosar e desconstruir motivos, tropos e clichês do relacionamento amoroso.” “A viagem de Heitor em busca de Júlia (Alice Braga) é mais musical do que geográfica.” Argumento 2: “Não só porque é pontuada por peças de Mozart, Schubert, Satie, Jobim e Manu Chão, mas porque sua progressão não é linear, e Comprovação do argumento 2: sim feita de tema e variações, de motivos recorrentes, de rimas visuais e sonoras.”. 4) Contra-argumentos: 1) “Não é um filme perfeito, e nem poderia, em se tratando de uma obra de risco. (Arriscar implica também errar, embora nem sempre nos lembremos disso.)” “Uma certa redundância da locução em off , 10
  • 11. Exemplo 1) em que o protagonista externa pensamentos tornados mais ou menos evidentes pela imagem, indica talvez um receio de perder a inteligibilidade” “O mesmo vale para um recurso excessivo de Exemplo 2: flashbacks, que em alguns momentos quase afrouxam a tensão do relato” 5) Conclusão (ou nova tese) interação “No mais, A Via Láctea é um banho de entre os argumentos e contra-argumentos: invenção em meio a um cinema preocupado demais em agradar aos espectadores de TV.” Baseado in: Caderno do professor: Língua Portuguesa, ensino médio – 3º série, volume 1/ Secretaria da Educação. São Paulo, 2009 (Referência completa no final do conteúdo) QUAL A IMPORTÂNCIA DISSO? Ser aluno universitário significa dizer que tenha capacidades para desenvolver pesquisa, assim, utilizarmos de técnicas de memorização: resumos, resenhas e fichamentos são tarefas bem-vindas porque fazem o registro de nossas leituras no âmbito descritivo somente: resumos e fichamentos ou no âmbito de avaliações críticas com exposição do conteúdo: resenha crítica, então, as leituras se convertem para a pesquisa como aportes teóricos que são o embasamento teórico necessário para toda pesquisa. “Ninguém cria uma teoria do nada.” Os resumos, resenhas críticas e fichamentos que fizermos serão de grande auxílio no momento de elaborarmos nossa pesquisa escrita, pois trarão os argumentos teóricos que precisamos para sustentar nossas teses sobre um assunto que queiramos desenvolver. 4) Artigo científico O texto abaixo foi retirado da Revista Gerenciais produzida na Uninove. Veja a descrição da Revista: A Revista Gerenciais é um publicação semestral de caráter acadêmico do Programa de Pós- Graduação em Administração – PPGA da Universidade Nove de Julho - Uninove, sob os cuidados editoriais da Coordenação Editorial - COPE e do Grupo de Pesquisa Gestão Social e Ambiental. O objetivo da publicação é estimular e divulgar pesquisas científicas nas áreas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas que contemplem temas que contribuirão para o alcance do desenvolvimento sustentável. Assim, os artigos submetidos devem abordar, preferencialmente, as áreas de responsabilidade social, gestão ambiental, inclusão social, terceiro setor, ética, governança corporativa, entre outros que privilegiem a discussão sobre as dimensões da sustentabilidade social, ambiental e econômica. Conforme já estudamos, toda produção científica segue regras próprias de organização textual. Vamos fazer uma leitura crítica do artigo O meio ambiente e o desenvolvimento de produtos : um estudo no setor de reciclagem de plásticos.(disponível em http://www4.uninove.br/mkt//gerenciais.php) ( Você deve pesquisar o volume 6. N.2) 11
  • 12. Reforçando 1... Leia agora uma resenha de livro publicada na Revista Gerenciais, em seguida faça um levantamento por parágrafos das idéias do autor: Fonte: Revista Gerenciais, São Paulo, v. 6, n.2, p. 191-192, 2007. Reforçando 2... Resumo:é a apresentação compacta e fiel dos pontos mais importantes de um texto. Características: - destacar a ideias central, respeitar a estrutura e o encadeamento das ideias; o objetivo do texto e as conclusões do autor; linguagem objetiva; evitar repetições ou palavras do autor, indicar a fonte. Há dois tipos de resumo: indicativo e informativo.(Medeiros 1984, p.74-75) Pratique: Leia o fragmento de texto que segue: “É mais ou menos consensual que o país precisa de uma reforma tributária, mas o acordo se desfaz quando ela começa a ser concretamente debatida. Aliás é exagero dizer que haja um debate em curso. Os interesses falam mais alto e, até o presente momento, foram capazes de manter a reforma no limbo das intenções sempre reiteradas e nunca realizadas. Nesse contexto de falta de definição, em tudo agravado pela prioridade óbvia da crise financeira, vez por outra surgem ideias dignas de nota. Uma delas foi apresentada pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn: uma sobretaxa para combustíveis. À primeira vista, parece apenas mais um ônus sobre os contribuintes e a atividade econômica. E seria mesmo, caso a medida viesse isolada, como mais um artifício para aumentar a arrecadação – algo inaceitável. Não é com tal feitio que esse tributo vem sendo discutido em países desenvolvidos, em que é encarado como instrumento econômico para obter a redução na emissão de poluentes. A ideias foi apoiada por 2500 economistas dos EUA, liderados por dois prêmios Nobel e uma estrela do brilho de Paul Krugman.” 1- Resume-se corretamente o assunto central do texto em: 12
  • 13. a- No contexto indefinido da crise financeira, a falta de debates voltados para nossa reforma tributária impede que sigamos a lição dos economistas dos EUA ; b- Não é com medidas onerosas, como a da sobretributação dos combustíveis, que se vai amenizar esta óbvia crise financeira ou mesmo o nível de poluição ambiental; c- Pode ser oportuna para o país a sobretaxa para combustíveis, medida que os países desenvolvidos vêm discutindo como instrumento para a redução da emissão de poluentes; d- O diretor da ANP, seguindo o caminho dos economistas dos EUA, estuda medidas que tragam efetiva redução no impostos que assolam também o nosso país; e- Em meio aos debates sobre a crise financeira, são oportunas as medidas anunciadas por Paulo Krugman e muitos outros economistas, relativas à nossa reforma tributária. 2- Considere as seguintes afirmações: I- A crise financeira tornou-se um assunto mais preocupante do que a necessidade de uma reforma tributária; II- Uma sobretaxa para combustíveis, além de colocar em debate a reforma tributária, é atraente por seus efeitos ecológicos; III- Será onerosa, e talvez inócua, a medida do diretor da ANP, que visa reduzir a emissão de poluentes. Está correto, em relação ao texto, o que vem afirmado em: a- I,II e III b- I e II, apenas; c- I e III, apenas d- II e III, apenas e- II, apenas Pratique: 13
  • 14. 1) Abaixo, temos alguns períodos tratando de assuntos variados. Por meio da redução seletiva e da reescrita, vamos deixá-los mais concisos. Veja o exemplo: Período original: O Tribunal Superior Eleitoral procedeu a uma verdadeira investigação na vida dos candidatos. Período resumido: O Tribunal Superior Eleitoral investigou os candidatos. Obs.: Note que as expressões “a uma verdadeira” , “na vida” foram eliminadas. O verbo “procedeu a“ foi substituído por um mais simples como “investigou” sem prejuízo no significado do período. Período original: Estamos envolvidos no processo de fazer uma comparação entre as capacidades de raciocínio mental do homem de hoje, do século XX, com a capacidade de raciocínio mental do homem do século XV. Período resumido: _____________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ Texto original: Carlos Alberto é proprietário da Empresa Noruega Importação e Exportação. Está presente no mercado há aproximadamente 15 anos. Busca manter sua empresa sempre apta a atuar no mercado com a inserção de recursos externos necessários que possibilitem a operacionalização de seus processos de forma eficiente e eficaz. Necessita também que as funções da administração sejam perfeitamente exercidas, pois a base de sua administração está no Planejamento das atividades. Para exportar seus produtos, Carlos precisou adequar-se às exigências feitas pelos Portos quanto ao preenchimento e determinações que se fazem necessárias para que o processo de exportação seja concluído. Para isto, precisa conhecer todos os dados necessários para a exportação destes produtos, pois qualquer alteração nos trâmites legais fará com que sejam alterados e revistos os planejamentos de sua empresa. Texto resumido: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 14
  • 15. 2) Considere o texto abaixo e em seguida, resuma-o: A COISIFICAÇÃO DA VIDA HUMANA (texto de André Petry – fonte desconhecida) No dia 12 de abril, apareceu um policial carregando um cadáver num carrinho de mão, na favela da Rocinha. Parecia que transportava tijolos, sacos de cimento, entulho, qualquer coisa, menos um ser humano. Cinco dias depois, um cadáver, provavelmente resgatado do mar, ficou pelo menos três horas jogado nas areias da Praia de Copacabana. A maioria dos transeuntes dava uma olhada no corpo, meio de longe, apenas para satisfazer a curiosidade, mas sem sinais de comoção. Em seguida, veio a rebelião no presídio de Urso Branco, em Porto Velho, capital de Rondônia, onde os rebelados não só mataram desafetos aos olhos da platéia que se concentrava diante da prisão. Num espetáculo de horror, resolveram decapitá-los, esquartejá-los. Deceparam pés e pernas e braços e cabeças. Do alto do telhado do presídio, como que desfraldando a bandeira da vitória, jogaram os membros no pátio interno da prisão. O que existe de comum entre esses três acontecimentos é um dado estarrecedor: o processo de desumanização, de coisificação da vida humana. Em Copacabana, isso aparece na espantosa indiferença com que se trata a macabra presença de um cadáver nas areias da praia, sendo que a vida humana ainda é, ou deveria ser, nosso valor supremo. Na Rocinha, a ruína moral está no desrespeito a um cadáver, carregado como se fosse lixo. O respeito aos mortos, o ritual do enterro, data de 40.000 anos, antes mesmo da escrita ou da agricultura, e marca a entrada da humanidade na civilização. Os túmulos, as flores fúnebres, as cerimônias de adeus são um marco civilizatório, quando o homem começa a se distinguir dos outros animais. Em Porto Velho, a ultrajante brutalidade cometida pelos criminosos é a cena perfeita da redução do homem e sua consciência ao valor de um objeto, ou ao valor de um porco saído do abatedouro. Talvez o único aspecto mais nefasto que tudo isso – mais nefasto que a indiferença, que o desrespeito, que a brutalidade – seja a aparente normalidade com que o Brasil assiste a essas cenas. É quase como se fosse um dado inescapável da rotina, como o ato de respirar. Algo que pertencesse à categoria das coisas previsíveis, como as chuvas de verão. Nessas horas, é fundamental revisitar as lições da história. Na Alemanha hitleriana, os nazistas conseguiram promover a matança de judeus porque, entre outras razões, a sociedade alemã da época mergulhou em massa “no auto-engano, na mentira, na estupidez”, conforme 15
  • 16. definiu a filósofa alemã Hannah Arendt, criadora do famoso conceito da “banalidade do mal”. A barbárie sempre que logra passar pela fresta da normalidade, arromba a porta para a entrada do caos. Esse é o grande perigo. RASCUNHO : ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ VERSÃO DEFINITIVA : ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ O que é o Enade O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. (http://www.inep.gov.br/superior/enade/default.asp acesso em 06/02/11) Dúvidasfreqüentes O que é? Forma de avaliação de desempenho do aluno que substitui o Exame Nacional de Cursos (Provão). Faz parte do processo de avaliação estabelecido pelo MEC. Para que serve? 16
  • 17. Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Por que participar do exame? O Enade é obrigatório. De acordo com a Lei nº 10.861, de 14/04/2004, o Enade é componente curricular obrigatório. Sem ele, o aluno não cola grau e não recebe o diploma. O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante, bem como dos resultados da Universidade. Quais são os benefícios para você? Valorização do certificado no mercado de trabalho (à medida que os cursos forem bem avaliados pelo Enade). Quem deve se inscrever? Iniciantes – todos os alunos do primeiro ano dos cursos a serem avaliados, desde que, até o dia 1º de agosto do ano da avaliação, tenham concluído entre 7% e 22% da carga horária mínima do currículo. Concluintes/formados - todos os estudantes do último ano dos cursos a serem avaliados que, até o dia 1º de agosto do ano da avaliação, tenham concluído pelo menos 80% da carga horária mínima do currículo. Obs.: A inscrição no exame não está condicionada à atualização da matrícula nem à regularidade nos pagamentos da mensalidade escolar. (Acesse www.inep.gov.br/superior/enade para esclarecimentos adicionais). Questões discursivas - ENADE - Formação Geral- ENADE 2005 (JB ECOLÓGICO. JB, Ano 4, n. 41, junho 2005, p.21.) Agora é vero. Deu na imprensa internacional, com base científica e fotos de satélite: a continuar o ritmo atual da devastação e a incompetência política secular do Governo e do povo brasileiro em contê-la, a Amazônia desaparecerá em menos de 200 anos. A última grande floresta tropical e refrigerador natural do único mundo onde vivemos irá virar deserto. Internacionalização já! Ou não seremos mais nada. Nem brasileiros, nem terráqueos. Apenas uma lembrança vaga e infeliz de vida breve, vida louca, daqui a dois séculos. A quem possa interessar e ouvir, assinam essa declaração: todos os rios, os céus, as plantas, os animais, e os povos índios, caboclos e universais da Floresta Amazônica. Dia cinco de junho de 2005. Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia Mundial da Esperança. A última. (CONCOLOR, Felis. Amazônia? Internacionalização já! In: JB ecológico. Ano 4, no 41, jun. 2005, p. 14, 15. fragmento) A tese da internacionalização, ainda que circunstancialmente possa até ser mencionada por pessoas preocupadas com a região, longe está de ser solução para qualquer dos nossos problemas. Assim, escolher a Amazônia para demonstrar preocupação com o 17
  • 18. futuro da humanidade é louvável se assumido também, com todas as suas conseqüências, que o inaceitável processo de destruição das nossas florestas é o mesmo que produz e reproduz diariamente a pobreza e a desigualdade por todo o mundo. Se assim não for, e a prevalecer mera motivação “da propriedade”, então seria justificável também propor devaneios como a internacionalização do Museu do Louvre ou, quem sabe, dos poços de petróleo ou ainda, e neste caso não totalmente desprovido de razão, do sistema financeiro mundial. (JATENE, Simão. Preconceito e pretensão. In: JB ecológico. Ano 4, no 42, jul. 2005, p. 46, 47. fragmento) A partir das idéias presentes nos textos acima, expresse a sua opinião, fundamentada em dois argumentos sobre a melhor maneira de se preservar a maior floresta equatorial do planeta. (máximo de 10 linhas) (valor: 10,0 pontos) RASCUNHO: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 18
  • 19. 19
  • 20. Interpretação de charges Interpretação de charges: Assim como as piadas, as charges são textos humorísticos que requerem a mobilização de conhecimentos prévios para que seja possível a interpretação. Que conhecimentos prévios são esses? Conhecimentos de fatos que circulam na sociedade, de questões culturais e ideológicas etc. Um exemplo: na piada “feliz foi Adão que não teve sogra”, NÃO HÁ COMO INTERPRETÁ-LA E RIR DELA sem o conhecimento de quem foi Adão, na história (o primeiro homem), de quem foi Eva (a primeira mulher), de que sogra é a mãe da mulher ou do homem com quem se é casado e, ainda, de que ter sogra, em nossa cultura, é algo ruim. UFA!!! Esse simples exemplo (que não é um texto simples) nos mostra que a linguagem não é um código. Na piada, os sentidos foram veiculados, mesmo sem estarem codificados, entende? Conceber a língua como um código é assumir que o conteúdo semântico está integralmente explicitado por estruturas sintáticas (Coudry & Possenti, 1993), o que não é verdade. Mas isso é um papo para depois, ok!? Continuemos na charge… http://www.acharge.com.br/index.htm 20
  • 21. PRATIQUE: 1- Quais conhecimentos prévios precisam ser mobilizados para a compreensão da charge acima? ENADE-2005 1-Leia e relacione os textos a seguir. O Governo Federal deve promover a inclusão digital, pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude. Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.) Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que (A) o conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil. (B) a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática. (C) o apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação. (D) o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes. (E) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social. 2- 21
  • 22. (Laerte. O condomínio)(Disponível em: http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condomínio.html) As duas charges de Laerte são críticas a dois problemas atuais da sociedade brasileira, que podem ser identificados pela crise (A) na saúde e na segurança pública. (B) na assistência social e na habitação. (C) na educação básica e na comunicação. (D) na previdência social e pelo desemprego. (E) nos hospitais e pelas epidemias urbanas. Eletrodomésticos: menos IPI poderá gerar mais empregos no setor O ministro da Fazenda, Guido Mantega confirmou, nesta sexta-feira (17), a redução do IPI para quatro produtos da linha branca por três meses, em mais uma medida para aliviar os efeitos da crise global sobre o País e que representará renúncia fiscal de R$ 173 milhões. Mantega afirmou ainda que o Governo pode tomar outras ações e que mudanças na remuneração da poupança ainda estão sendo estudadas. 22
  • 23. Os produtos contemplados são geladeira (redução de 15 para 5% da alíquota), fogão (de 5% para zero), máquina de lavar roupa (de 20 para 10%) e tanquinho (de 10% para zero). A desoneração havia sido antecipada pouco antes pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP). Segundo Mantega, há um acordo entre varejistas, atacadistas e o Governo para que não haja demissões, mas nada foi formalizado, uma vez que a desoneração não cobre todos os produtos comercializados por eles. "Com o Governo aumentando o crédito (em geral) e reduzindo os preços dos produtos ao baixar o IPI, esperamos aumento das vendas e, consequentemente, do emprego", disse o ministro a jornalistas. Ele acrescentou que 600 mil trabalhadores estão envolvidos direta ou indiretamente na indústria de eletrodomésticos da linha branca. A redução do IPI entra em vigor ainda nesta sexta-feira (17). O ministro acrescentou que o Governo continua trabalhando em um projeto de substituição de geladeiras antigas e mais nocivas ao meio ambiente. (Disponível em http://www.diap.org.br/index.php/agencia-diap/8685-eletrodomesticos-governo-corta-ipi- da-linha-branca-e-conta-com-empregos em 17/04/2009) Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução do IPI para produtos de linha branca: a) Levará a demissões de 600 mil trabalhadores envolvidos nessa indústria; b) Pode levar ao aumento das vendas desses produtos e evitar demissões; c) Será antecipada por três meses pela Força Sindical, de Paulo Pereira da Silva; d) Aumentará os encargos fiscais e representará grande renúncia fiscal; e) Aumentará o crédito em geral, devido à renúncia fiscal por parte do governo. 23
  • 24. QUESTÃO 2 Google diz que roteadores causaram falha de conexão no Brasil O Google informou que o problema de acesso a alguns de seus serviços registrado nesta quinta-feira (07/05) no Brasil ocorreu em razão de uma falha em um grupo de roteadores, durante uma manutenção de rotina. Segundo a empresa, uma falha na programação dessa inspeção afetou o funcionamento dos equipamentos, responsáveis por interligar as redes de computadores e permitir a troca de dados, o que limitou o acesso no Brasil. "Não houve falha em nenhum dos nossos servidores", diz o Google, em nota. De acordo com a empresa, "o acesso foi restabelecido prontamente", entretanto ainda há usuários relatando dificuldades de usar serviços como o buscador Google, o Orkut e o YouTube. "Sabemos quão importante é a disponibilidade dos nossos serviços e lamentamos qualquer inconveniente", diz a companhia. Como já havia ocorrido em ocasiões anteriores, o episódio levou pânico a internautas - alguns chegaram a falar em "Apocalipse". "É incrível como eu fico inútil quando cai o Google", afirmou um deles, no Twitter, completando 'não ser nada' sem ferramentas como Gmail e Google Reader. "Apocalipse! Google e seus sites relacionados (YouTube, Orkut...) estão fora do ar", exclamou outro. (Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u562293.shtml em 7/5/2009) 24
  • 25. Segundo o texto, o problema de acesso a alguns dos serviços do Google, registrado nesta quinta-feira (07/05), no Brasil: a) Deveu-se à falha de um dos seus servidores, o que limitou o acesso no Brasil; b) Levou pânico a internautas, pois era o início do “Apocalipse” anunciado; c) Tornou muitos internautas inúteis, pois não sabem viver sem o Orkut; d) Deveu-se apenas a uma falha na programação de inspeção, que gerou falha no acesso; e) Foi rapidamente resolvido, mas revela a possibilidade de um “Apocalipse”. QUESTÃO 3 (http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=chargeonline&meta=&aq=0&oq=chargeon) Gripe Suína: Contágio A gripe suína tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum, com contato diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos contaminados, o vírus também se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente. A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a mesma à 71 graus Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive. 25
  • 26. Sintomas da Gripe Suína Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum; estão incluídos: febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga. Surgiram também pessoas com vômitos e diarréias. Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode levar uns seis meses para que isso ocorra. O medicamento oseltamivir, segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros testes contra o vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal efeito. O que podemos fazer é sempre lavar as mãos, mesmo porque temos que evitar as gripes comuns, que também podem trazer consequências. O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando-se de que nenhum passageiro esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe não estejam aparentes, temos que estar alerta por um período, pois alguns deles vieram de países que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom; deve-se estar em alerta e conscientizar a todos. A informação nesses momentos é um fator determinante para combater a Gripe Suína. (Disponível em http://www.vaicomtudo.com/2009/04/gripe-suina-sintomas.html em 10/05/2009) A gripe suína, segundo o texto: a) geralmente é contraída pelo nariz e pela boca; b) é contraída em transportes aéreos; c) é a única que traz consequências negativas para o ser humano; d) leva-nos à preocupação de lavar as mãos, diferentemente das gripes comuns; e) apresenta sintomas e tem vacina idêntica aos das gripes comuns. 26
  • 27. INTERPRETAÇÃO DE GRÁFICOS Os gráficos são utilizados extensivamente em nossas vidas cotidianas e é importante saber suas aplicações. Em uma das aulas anteriores você analisou uma situação-problema de uma mulher à procura de emprego e um gráfico que apresentava o número de internautas no Brasil e no mundo. 1-Agora apresente uma conclusão na forma de um parágrafo-padrão que pode ser extraída da análise do gráfico: Conclusão:________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 27
  • 28. 2- O gráfico analisado fez parte de uma reportagem publicada na Folha de São Paulo do dia 16 de agosto de 2009. Leia agora a reportagem disponível no site do jornal: 28
  • 29. São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009 Próximo Texto | Índice Lei antifumo de SP é aprovada por 88% Entre fumantes, aprovação atinge 71%; apoio cresceu oito pontos percentuais na cidade de São Paulo de maio a agosto Instituto Datafolha ouviu 2.052 pessoas em todo o Estado na semana passada, após o primeiro final de semana com a lei em vigor EVANDRO SPINELLI DA REPORTAGEM LOCAL A lei que proíbe fumar em lugares fechados de uso coletivo no Estado de São Paulo agradou os paulistas. Pesquisa Datafolha feita na semana passada aponta que 88% dos moradores do Estado aprovam a lei. Outros 10% se declararam contra a restrição e 2% disseram ser indiferentes. A restrição agradou até mesmo os próprios fumantes, que agora precisam sair de bares e restaurantes para fumar na calçada ou outros locais ao ar livre -os fumódromos também estão proibidos. Segundo o Datafolha, 71% dos fumantes estão a favor da lei, 26% são contra e 3% se declaram indiferentes. A lei entrou em vigor no dia 7 deste mês. O Datafolha foi às ruas entre os dias 11 e 13, após o primeiro fim de semana da restrição. Foram entrevistadas 2.052 pessoas com 16 anos ou mais em 56 cidades do Estado. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Este é o primeiro levantamento com esta abrangência feito pelo Datafolha sobre a lei antifumo. Em maio, logo após a lei ser sancionada pelo governador José Serra (PSDB), o instituto ouviu apenas moradores da capital. Na ocasião, 80% dos paulistanos se declararam favoráveis à medida, 14% eram contrários e 5%, indiferentes. De lá para cá, a adesão dos moradores da capital cresceu para 87%. Outros 11% são contrários e 2% estão indiferentes. No Estado de São Paulo, 24% dos moradores com mais de 16 anos são fumantes. No interior fuma-se mais (26%) que na capital (23%) e nos demais municípios da região metropolitana de São Paulo (19%). O Datafolha apurou que 99% dos paulistas tomaram conhecimento das novas regras sobre o fumo no Estado, e que 79% se consideram bem informados. Neste aspecto, há um dado curioso na pesquisa: 18% disseram ter tomado conhecimento da restrição, mas confessaram estar mal informados sobre o assunto. Pois são justamente estes que mais reprovam a medida: 24% dos mal informados confessos são contra a lei. A pesquisa demonstrou ainda que os fumantes estão mais bem informados 29
  • 30. sobre as restrições que os não-fumantes. De acordo com o Datafolha, 84% dos fumantes se consideram bem informados sobre a lei. Entre os não- fumantes, o índice cai para 77%. Segundo a pesquisa, os paulistas acreditam que a lei será positiva para os bares e restaurantes (71%) e principalmente para os não-fumantes (91%). Como foi a sua análise? Fugiu muito do texto acima? Você interpretou algum dado incorretamente? Por que você acha que aconteceu isso? 3- Analise agora outro gráfico: Agora apresente uma conclusão na forma de um parágrafo-padrão que pode ser extraída da análise do gráfico acima. Agora leia o texto que acompanhava o gráfico: São Paulo, sábado, 24 de outubro de 2009 30
  • 31. BrasileiBrasileiro prevê mais vagas, mas pretende gastar menos Pesquisa da FGV aponta ainda que os consumidores pretendem gastar menos Intenção de compra de bens como carros cai pelo 3º mês; para FGV, antecipação de aquisição em razão do IPI pode explicar tendência CIRILO JUNIOR DA FOLHA ONLINE, NO RIO Ainda em meio à retomada do crescimento da economia, o brasileiro nunca esteve tão otimista em relação ao emprego, conforme dados revelados pela Sondagem do Consumidor de outubro, da FGV (Fundação Getulio Vargas). Mesmo assim, a pesquisa mostra que a cautela aparece na hora de gastar, já que a intenção de compra de bens duráveis (como veículos e eletrodomésticos) caiu pelo terceiro mês consecutivo. O levantamento, colhido em pouco mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, aponta que 24,7% acreditam que será mais fácil encontrar emprego nos próximos seis meses. Na outra ponta, 18% acham que será mais difícil. O restante avalia que será igual. O índice sobre emprego local futuro atingiu 106,7 pontos, maior nível da série histórica, iniciada em novembro de 2005. Em dezembro de 2008, quando o índice alcançou o pior nível durante a crise, 12,8% estavam otimistas em relação ao emprego, e 38,4%, pessimistas. Naquela época, o índice não passava dos 74,4 pontos. O otimismo sobre o mercado de trabalho é ainda maior em São Paulo, onde 34,3% dos entrevistados disseram que haverá perspectivas favoráveis para encontrar emprego e 12,5% acreditam que a busca por trabalho será mais complicada. A intenção de compra de bens duráveis, no entanto, registrou a terceira queda seguida em outubro. De acordo com a FGV, 9,7% têm mais expectativa de adquirir itens como automóveis e eletroeletrônicos, e 27,8% consideram menores a chance de obter esses produtos. Antecipação de compras Em julho, último mês de alta nesse índice, 15,1% pretendiam comprar, e 29%, não. Aloisio Campelo, economista da FGV, disse que essa cautela pode ser atribuída a dois fatores: um endividamento maior recente por parte dos consumidores, no período pré-crise, ou mesmo a antecipação das compras, em razão da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Importados) sobre automóveis e eletroeletrônicos da linha branca. "A pesquisa não mede as razões dessa expectativa, mas esses fatores devem estar influenciando a expectativa de compras do brasileiro." No plano geral da pesquisa, a consumidor retomou a confiança em patamar semelhante ao que era verificado antes da crise. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) teve alta de 2,2% ante setembro, para 113,6 pontos. Trata-se do 31
  • 32. maior nível desde maio de 2008. Entre os mais pobres, no entanto, a confiança se encontra aquém dos níveis pré- crise. Entre os que ganham menos de R$ 2.100, o ICC está 5,7% abaixo de setembro de 2008. Na faixa entre R$ 2.100 e R$ 4.800, a confiança cresceu 2,2%, na mesma comparação. No intervalo entre R$ 4.800 e R$ 9.600 a alta é de 8,4%. Acima dessa faixa, o incremento é de 3,2%. PRATIQUE: Revista Isto É Independente. São Paulo: Ed. Três [s.d.] 1- O alerta que a gravura acima pretende transmitir refere-se a uma situação que (A) atinge circunstancialmente os habitantes da área rural do País. (B) atinge, por sua gravidade, principalmente as crianças da área rural. (C) preocupa no presente, com graves conseqüências para o futuro. (D) preocupa no presente, sem possibilidade de ter conseqüências no futuro. (E) preocupa, por sua gravidade, especialmente os que têm filhos. 2- Os países em desenvolvimento fazem grandes esforços para promover a inclusão digital, ou seja, o acesso, por parte de seus cidadãos, às tecnologias da era da informação. Um dos indicadores empregados é o número de hosts, isto é, o número de computadores que estão conectados à Internet. A tabela e o gráfico abaixo mostram a evolução do número de hosts nos três países que lideram o setor na América do Sul. 2003 2004 2005 2006 2007 32
  • 33. Brasil 2.237.527 3.163.349 3.934.577 5.094.730 7.422.440 Argentina 495.920 742.358 1.050.639 1.464.719 1.837.050 Colômbia 55.626 115.158 324.889 440.585 721.114 Fonte: IBGE (Network Wizards, 2007) Dos três países, os que apresentaram, respectivamente, o maior e o menor crescimento percentual no número de hosts, no período 2003−2007, foram (A) Brasil e Colômbia. (B) Brasil e Argentina. (C) Argentina e Brasil. (D) Colômbia e Brasil. (E) Colômbia e Argentina. 3- Desnutrição entre crianças quilombolas “Cerca de três mil meninos e meninas com até 5 anos de idade, que vivem em 60 comunidades quilombolas em 22 Estados brasileiros, foram pesados e medidos. O objetivo era conhecer a situação nutricional dessas crianças.(...) De acordo com o estudo,11,6% dos meninos e meninas que vivem nessas comunidades estão mais baixos do que deveriam,considerando-se a sua idade, índice que mede a desnutrição. No Brasil, estima-se uma população de 2 milhões de quilombolas. A escolaridade materna influencia diretamente o índice de desnutrição. Segundo a pesquisa, 8,8% dos filhos de mães com mais de quatro anos de estudo estão desnutridos. Esse indicador sobe para 13,7% entre as crianças de mães com escolaridade menor que quatro anos. A condição econômica também é determinante. Entre as crianças que vivem em famílias da classe E (57,5% das avaliadas), a desnutrição chega a 15,6%; e cai para 5,6% no grupo que vive na classe D, na qual estão 33,4% do total das pesquisadas. Os resultados serão incorporados à política de nutrição do País. O Ministério de Desenvolvimento Social prevê ainda um estudo semelhante para as crianças indígenas.” BAVARESCO, Rafael. UNICEF/BRZ. Boletim, ano 3, n. 8, jun. 2007. 33
  • 34. O boletim da UNICEF mostra a relação da desnutrição com o nível de escolaridade materna e a condição econômica da família. Para resolver essa grave questão de subnutrição infantil, algumas iniciativas são propostas: I − distribuição de cestas básicas para as famílias com crianças em risco; II − programas de educação que atendam a crianças e também a jovens e adultos; III − hortas comunitárias, que ofereçam não só alimentação de qualidade, mas também renda para as famílias. Das iniciativas propostas, pode-se afirmar que (A) somente I é solução dos problemas a médio e longo prazo. (B) somente II é solução dos problemas a curto prazo. (C) somente III é solução dos problemas a curto prazo. (D) I e II são soluções dos problemas a curto prazo. (E) II e III são soluções dos problemas a médio e longo prazo. 34